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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Caçada ao "Matemático": Mais um erro grotesco da polícia carioca


Não sei se todos tiverem a oportunidade de assistir ao Fantástico na íntegra ontem, em especial a reportagem sobre a caçada ao traficante carioca de vulgo “Matemático”. Acima eu deixo um vídeo para que não viu a mencionada reportagem, ver.

Em demasiadas discussões em fóruns especializados eu fui taxado de bairrista por questionar o trabalho do polícia carioca. A meu ver, o Rio de Janeiro não tem uma polícia, seja ela militar ou civil profissional e deixa muito a desejar no serviço que presta ao cidadão carioca.

Na reportagem do Fantástico de ontem pudemos ver mais uma fracassada operação da PCERJ. Apesar do objetivo ter sido alçado, podemos afirmar que a operação foi sim fracassada pelo grande número de erros cometidos pela tripulação de um helicóptero da PCERJ.

A polícia do RJ vem sofrendo uma militarização após o sucesso do logra metragem “Tropa de Elite”, do sensacional cineasta José Padilha. Esse sucesso se deu ao fato do brasileiro ter se identificado com magnifica performance do ator Wagner Moura, que no papel do policial Capitão Nascimento, caçava traficantes maus e policiais corruptos.

Não vou entrar no mérito das politicas errôneas do secretário da segurança pública do RJ, o senhor José Mariano Beltrame, que diga-se de passagem nem carioca é (como um gaúcho pode conhecer os problemas do RJ melhor que os cariocas?), mas sim nos erros operacionais da polícia carioca.

Como todos nós sabemos, a cidade do RJ foi por muito tempo e ainda é um cenário de guerra urbana, mas as polícias cariocas não estão preparadas para as missões que lhes foram confiadas. Não estão preparadas por vários motivos, os principais são: baixa remuneração, alto índice de corrupção nas polícias, treinando insuficiente e deficitário, equipamentos obsoletos, não tem inteligência, tampouco tecnologia.

Se não têm treinamento, por que razão querem realizar uma missão de apoio aéreo aproximado (CAS, por sua sigla em inglês) nos moldes dos militares? Alguns colegas que serviram e servem na AvEx já haviam me alertando que os pilotos cariocas costumar realizar vários erros ao apoiar as tropas em terra. Por falar em apoio à tropas em terra, essa deve ser a única missão do braço aéreo de uma força policial. Salvo em raríssimas exceções a tripulação deve abrir fogo contra o “inimigo”. A função primária do atirador embarcado policial é prover a segurança da aeronave e não bancar o herói oportunista.

Como abrir fogo contra o solo se você tem respaldo da lei, não tem treinamento e equipamento para isso? Foi isso que vimos os atiradores da PCERJ fazerem.

A seguir irei enumerar os erros cometidos pela a aviação da PCERJ:

1-) A primeira função dos atiradores embarcados é prover a segurança da aeronave;

2-) Policial algum pode abrir fogo, muito menos força letal contra alguém que não represente uma ameaça para paisanos ou que ameace a segurança do policial;

3-) Os atiradores embarcados não tinham equipamentos de visão noturna, equipamento esse que daria a condição aos atiradores de atirarem com mais facilidade;

4-) Já quem não possuíam óculos de visão noturna, os atiradores deveriam utilizar um projétil traçante a cada 10 projéteis comuns, por exemplo, para que os atiradores soubessem aonde estavam atirando

5-) Os atiradores embarcados abriram fogo contra um veículo supostamente abrigava o traficante Matemático. Eles não tinham certeza, mas mesmo assim abriram fogo;

6-) Atiraram a esmo em ambiente urbano, sem ameaça, o que os fizeram incorrer em crime;

7-) Depois de interromperem a tração do carro do traficante, surgiram traficantes armados correndo por via pública e os atiradores não atiraram. Quer dizer, atirar em suposto traficante, mas em traficante armados de fuzis não pode;

8-) Como bem lembrou o comandante da aeronave, o objetivo da tripulação do helicóptero era monitorar o traficante para que uma equipe de terra pudesse capturá-lo;

9-) Não tinha uma equipe em terra para capturar o traficante;

10-) O comandante mente quando tenta ludibriar a repórter quando afirma que a tripulação tinha equipamento de visão noturna. Quem tem equipamento de visão noturna é a aeronave, não os atiradores;

11-) O piloto foi imprudente ao deixar a aeronave vulnerável, bem como colocou em perigo a segurança dos moradores daquela localidade;

12-) O piloto torna a mentir quando afirma que os atiradores deram tiros de advertência, mas no inicio da reportagem eles deixam claro que vão atirar para matar;

13-) Tripulação "emocionada", o que é um contraponto as operações especias;

Pois bem, essa foi a opinião do Informante sobre essa infeliz operação da PCERJ. Em tempo, gostaria de deixar claro que eu não defendo bandido, mas sim os padrões rígidos das operações especiais.

15 comentários:

  1. eu vi ontem a reportagem, fiquei pasmo! tamanho amadorismo, e a linguagem no radio? "pega pega pega, da mais, da mais, da mais" e a pérola: "policial esbarra na câmera e depois de 5 minutos encontra novamente o alvo"
    a tamanha emoção dos policias é inversamente proporcional ao profissionalismo.
    gustavo

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  2. Uma ação dessas foi totalmente irresponsável, na minha opinião.
    Os caras atiram a esmo, pode-se perceber nitidamente a falta de tiro de precisão,
    o que poderia causar baixas em civis inocentes que estivessem nas imediações.
    Michel, mas uma vez meus parabéns pela matéria

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  3. Falta de profissionalismo total por parte dos policiais. Poderiam ter matando dezenas de civis, mas por sorte não morreu civis. O que um policial tem na cabeça para abri esse quantidade de fogo de metralhadores num bairro altamente povoado?

    Muita bravura e pouco cérebro ...

    O comandante ainda tenta justificar o injustificável.


    Assinado : Hugo Araujo

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  4. Esquadrões oficiais p matar...quantos outros ñ foram mortos assim?!Trágico.Sds.

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  5. Parabéns pela matéria, realmente é AMADORISMO. Assistam os vídeos de Europeus e Americanos, os esquadrões deles agindo, como é profissional. Babaquice total destes senhores, se achando os rambos do céu, mas na verdade são todos palhaços que se emocionam e perdem a noção de uma ação tática e aprimorada que deveria ser.

    Fiquei com vergonha de ser brasileiro ao ver este vídeo. Lamentável.

    E aquela: atiraram nos pneus do blindado da polícia? Mas que blindado de MERDA é esse? É feito pra quê? Andar na praia??

    Se isso acontece em em país organizado, toda a operação é cancelada. Aqui vira essa piada nacional.

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  6. Apesar do amadorismo e das críticas, graças a Deus o resultado foi positivo: Menos um chefe do tráfico no Rio, pois eles matam bem mais que as policias.

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  7. Michel, nem no Tropa de Eliete (que era um filme) foi possível ver tamanho despreparo... Foi antológico para como não se deve agir mas também revelador do nível da PCERJ. Diante disso só nos resta a banal indagação: "-imagine na copa" rs! Que não tenhamos imprevistos terroristas e afins... se não...

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  8. Os americanos praticam esse tipo de operação frequentemente, onde matam suspeitos de terrorismo ignorando se vão atingir inocentes (mesmo crianças).
    Não estou elogiando a operação da polícia carioca, apenas comparando com as ações americanas no exterior.

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    1. Os EUA fazem isso não por despreparado, mas sim por maldade. Eles estão se lixando para o que acontece aos civis dos países que eles invadem, por isso comente inúmeros crimes de guerra. Sua comparação com os militares americanos não procede.

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  9. Também assisti a reportagem.

    Vou levantar uns pontos.

    1 - Não custava nada equipar os fuzis dos atiradores de elite dos helicopteros com lunetas de visão noturna.

    2 - Se for preso, vai pro nosso sistema carcerário de vergonha, pra ser solto com a nossa legislação de vergonha.

    3 - A parte que menos gostei: O despreparo visível irracional dos envolvidos. Eu não vi profissionalismo algum.

    4 - a melhor parte: a primeira rajada. Este tal "matemático" levou com ele no mínimo umas 5 MIL pessoas junto, isto sem contar as famílias reféns de tudo isto. Gerações do tráfico.

    5 - Quero saber que especialista em segurança é este que reclamou da operação ser a noite, SEM COMENTÁRIOS.

    A bandidagem(dos dois lados) vai aproveitar a copa. Vai rolar ou muita corrupção, ou muita violência.

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    1. Na verdade os atiradores embarcados que não da CORE ou do BOPE não são atiradores de fato, logo, o restante não precisa de luneta IR. Mas todos deveriam ter OVNs.

      O especialista que você tenta ridicularizar não é ninguém menos que o major reformado Diogenes Viegas Dalle Lucca, criador do GATE! Ele é a maior referência em operações especiais no Brasil. Ele é um dos poucos comandantes no mundo que pode dizer que nunca perdeu um refém.

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    2. Se fossem atiradores de fato e com luneta IR o problema da dispersão de tiros à noite seria resolvida.

      Eu não tento ridicularizar ninguém. Ele foi ridículo na afirmação.

      A maioria das operações especiais mais importantes no mundo são feitas à noite.

      Não é porque você tem fama que está apto a falar absurdos.

      Está cheio na mídia de pessoal que sai da farda com fama e é comprado depois por algum interesse oculto para só aparecer em reportagens como esta.

      A questão de perder um refém não depende só das decisões do comandante. Ou seja, só por isto, não entendi este sua ultima afirmação...

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    3. Você tentou ridicularizar sim o major Diogenes Viegas Dalle Lucca, por isso eu falei um pouquinho do seu currículo. Se ele comandou o GATE é claro que tem que ficar com os créditos por nunca a tropa ter perdido um refém sob seu comando. Ele tomou as decisões acertadas. Ele é um dos poucos estrangeiros no mundo que é "conselheiro" da SWAT.

      Sim, as mais importantes operações especiais são feitas à noite, mas não se esqueça que as mais importantes operações são levadas a cabo por militares e não por policias. E não podemos chamar uma operação de monitoramento de importante. Você não entendeu o contexto da afirmação do criador do GATE. Pra mim ele quis dizer que o helicóptero não pode ser utilizado daquela forma como plataforma de tiro ainda mais à noite.

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  10. Não tentei ridicularizar até porque nem sabia o RG dele como o sr. também sabe. Apenas o apontei como um agente do absurdo ao expor tal afirmação.

    Ao meu ver um helicoptero que vale milhões, um enorme investimento para a segurança.. deveria ter todos os eletrônicos de provimento da ação noturna, bem como ser o mais versátil possível. A operação de monitoramento deveria ser convertida em surtida de oportunidade quando a situação pedir. Foi o caso.

    Repito. O despreparo foi horrível, mas a primeira rajada deveria e deve ser aprimorada!

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    1. Eu preciso saber o RG do major Diogenes Viegas Dalle Lucca para falar dele? Rapaz, eu já conversei com ele e com o capitão Adriano Giovanini. Você não está falando com nenhum "curioso".

      Só o fato de você desconhecer o Dalle Lucca já monstra seu desconhecimento sobre o tema. Pra mim, não conhecer A MAIOR REFERÊNCIA em operações especiais policias do Brasil já mostra seu interesse pelo tempo.

      Pra começo de conversa, os helicópteros policias só podem voar a noite em emergências, se eles só podem voar em emergências, prepará-los para missões noturnas é um erro. Os helicópteros das policias cariocas tem tecnologia suficiente para monitorar um alvo, dar suporte as tropas em terra e revidar uma agressão, ele não precisa de mais versatilidade.

      Surtida de oportunidade? Tá criando termos inexistentes? Nenhuma polícia do mundo utiliza os helicópteros para matar alguém, mas sim para caçar criminosos. Você só vai ver um atirador policial embarcado atirador caso o agressor atire contra o helicóptero e tem momentos oportunos para isso.

      Outra coisa, você falando tanto em tiro de comprometimento e outras coisas sem conhecer as nossas leis. Nenhum policial pode sair atirando nas mesmas assim, mesmo sendo bandidos. Há situações para isso. Conheça as leis do país, do seu estado antes de falar coisas fora da realidade.

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