Torpedos são armas potentes, apesar de serem raramente utilizados. Tirando aquele naufrágio polêmico de uma fragata sul-coreano, em março do ano passado, o último torpedo usado em combate real foi na Guerra das Malvinas, pela Marinha Real Britânica. O curioso que no caso da Guerra das Malvinas (de 2 abril de 1982 a 14 Junho de 1982) fora usado um torpedo da Segunda Guerra Mundial, diz Marc Le Roy, diretor da (Business Unit Armes Sous Marines).
No entanto, a França está investindo no desenvolvimento de uma nova geração de torpedos pesados. Sob a nomenclatura de F21, o novo torpedo foi a arma escolhida para arma os submarinos nucleares franceses pelos próximos 30-40 anos.
“França é único país a desenvolver novos torpedos pesados”, disse Le Roy. A Alemanha e os EUA, acrescenta ele, “fizeram melhorais aos já torpedos existentes nos respectivos países, enquanto o F21 se trata de um produto totalmente novo.”
Segundo as previsões da DCNS (idealizadora do torpedo), o novo torpedo poderia estar operacional já em 2016. O BU ASM tem planos de produzir 100 torpedos para destruí-los entre os submarinos das classes Rubis, Barracuda e Le Terrible da Armada Francesa.
“Os novos torpedos estão sendo desenhados como parte do sistema de armas dos submarinos nucleares, e por isso têm que ser extremamente seguros”, disse Le Roy. Deve haver risco zero de uma explosão ou lançamento acidental.
O Estaleiro DCNS está desenvolvendo um importante componente de segurança. Na realidade trata-se de uma bateria elétrica baseada em liga de alumínio/óxido de prata que necessita da água do mar para a ativação, improvável de ser encontrado no submarino.
Para atender as políticas de segurança para os submarinos, o F21 será lançado através de uma técnica, onde o pistão ‘expulsa’ o torpedo do submarino, depois abra-se uma válvula no torpedo, que deixa água do mar entrar, que por sua vez entrará em contato com a bateria, ativando assim o torpedo. A bateria oferece energia de alta densidade e tem a melhor performance do mercado.
O gerente de negócios e marketing da DCNS, Loic Beaurepaire, explica que países como Rússia, Suécia, Reino Unido e EUA utilizam sistemas térmicos como fonte de energia, enquanto a França opta pelo sistema elétrico, uma vez que é mais seguro e silencioso. “Nas missões submarinas, o silêncio é de extrema importância para evitar a detecção por parte do inimigo”, disse Beaurepaire. “Esse sistema permite um ataque totalmente silencioso”, conclui.
O F21 é digital e opera em profundidades de 15 a 500 metros, o que significa que pode ser utilizada em operações litorâneas ou em águas azuis. Beaurepaire diz que em águas rasas, existem alguns sons que confundem os torpedos. “Tratamos os sinais sonoros digitais do mesmo modo que os modernos sonares e isso nos permite superar essas dificuldades.”
O novo torpedo pesa cerca de 1200 quilos, tem um alcance de 50 metros, alcança a velocidade de 50 nós e tem uma resistência de uma hora. O torpedo pode atacar vários tipos de alvos. A DCNS diz que o novo torpedo é imune a maioria das contramedidas.
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