sábado, 6 de abril de 2013
Incêndio faz Rússia dar baixa em um Tu-95MS “Bear-H”
Um icônico bombardeiro russo da Guerra Fria sofreu um incêndio, reportou neste sábado o jornal russo Kommersant.
Um bombardeiro estratégico russo turboélice Tu-95MS “Bear-H” em meados de fevereiro abortou uma decolagem depois que sua tripulação descobriu uma fumaça no compartimento de serviço.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que o fogo foi rapidamente extinto e que ninguém ficou ferido no acidente, que teve lugar em uma base aérea na região de Ryazan.
Uma fonte do Ministério da Defesa da Rússia disse ao Kommersant, que os danos causados pelo incêndio tornaram o bombardeiro inoperável.
Um relatório que avalia às causas do acidente afirma que reparar o bombardeiro seria muito custoso e sugere o mesmo seja descartado.
Investigadores que estão a desvendar as causas do acidente indicam preliminarmente que incêndio se produziu devido a falhas nos equipamentos eletrônicos.
O bombardeiro em questão havia passado excelente manutenção em novembro de 2012, a qual custará US$9.5 milhões. A aeronave teve sua vida útil prolongada por mais 2.000 horas de voo.
O Tu-95MS é a base da aviação estratégica russa, com cerca de 104 aeronaves na ativa.
Esse bombardeiro é capaz de transportar 16 mísseis nucleares e, é uma das mais barulhentas do mundo.
O bombardeiro, cuja primeira modificação foi introduzida em 1956, regularmente faz voos de patrulha e exercícios de voo perto das fronteiras russas.
Nenhum Tu-95MS foi produzido desde 1992. Uma aeronave que virá substituir todos os atuais modelos de bombardeiros da Força Aérea Russa está em desenvolvimento e sua produção em série pode sair antes de 2025.
Em julho de 2010, dois bombardeiros estratégicos russos Tu-95MS Bear-H realizaram um voo de patrulha, o qual estabeleceu um novo recorde. Nesse voo, eles voaram por 40 horas ininterruptas passando por 3 oceanos.
“Os bombardeiros Tu-95MS realizaram patrulhas ao longo do Ártico, e dos oceanos Atlântico Pacífico e estabeleceram um novo recorde de duração de voo de cerca de 40 horas, superando o recorde anterior de quatro horas", disse o tenente-coronel Vladimir Drik à época.
As tripulações praticaram voo instrumental e realizaram quatro reabastecimentos em voo por aviões tanque IL-78.
A Rússia retomou os vôos de bombardeiros estratégicos de patrulha sobre o Pacífico, Atlântico e Ártico em agosto de 2007, na seqüência de uma ordem do então presidente Vladimir Putin.
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Pelo que já vi em fotos na net, salvo engano, o painel de instrumentos desses aviões é todo analógico ainda, bem fora dos padrões mais modernos de aviação, por isso faz sentido a informação de que nenhum deles seja fabricado desde 1992.
ResponderExcluirSem dúvida é uma grande aeronave, mesmo sendo um projeto antigo.