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sábado, 10 de dezembro de 2011

O chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA alerta para o perigo de colapso da UE para a defesa dos EUA

General Martin Dempsey

Um dos mais altos comandantes militares dos Estados Unidos, o chefe do Estado-Maior Conjunto, o general Martin Dempsey, alertou ontem (09) que o “enorme” foco de risco que representa a União Européia poderia chegar ao ponto de afetar a defesa americana.

“A zona do Euro esta em enorme risco”, assegurou o general Dempsey, que afirmou que a semana passada manteve encontros durante duas horas com o presidente da Reserva Federal norte-americana, o banco central dos Estados Unidos, Bem Bernanke.

“Foram tomadas algumas medidas aqui com os 17 membros da zona do Euro para tentar alinhar-se de uma melhor forma (...) em termos monetários e de política fiscal. Mas não está claro, para mim pelo menos, que isto seja o pagamento que realmente irá mantê-los unidos”, explicou Dempsey em discurso raro de uma autoridade militar sobre assuntos econômicos.

O general Dempsey deu a entender sua preocupação pelas consequências que podem acarretar “literalmente” em um agravamento da crise da dívida da zona do Euro em matéria de defesa e, por tanto, para o Pentágono e seus programas de desenvolvimento de armas. Especificamente, ele observou que essa exposição pode ocorrer “através de contratos e programas, bem como causas potenciais de distúrbios civis e fratura da UE.”

Neste sentido, Dempsey afirmou que todos os programas de fabricação e desenvolvimento de armas em países como a Grã-Bretanha ou a Itália poderia passar a estar “em um perigo claro, se todas as previsões sobre o potencial colapso econômico (da UE) ocorrerem”.

O hipotético aumento nos custos pode levar a “fazer alguma decisão nacional" que poderia levar a "deslocalização de recursos” de defesa, entre outros, nas palavras de Dempsey, a proposta de F-35 Joint Strike Fighter.

Hoje, mais de 80.000 soldados dos EUA são baseados em bases europeias e mais de 20.000 civis trabalham nos países da zona euro.

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