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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Soldados do Brasil são acusados de espancar três jovens no Haiti

A missão da ONU no Haiti (Minustah), liderada pelo Brasil, voltou a ser alvo de denúncias no país. Desta vez, oito soldados brasileiros são acusados de ter espancado e deixado três jovens à beira da morte em La Salina, nos arredores da capital haitiana, Porto Príncipe.

Depois que a denúncia foi apresentada, na quinta-feira, pela ONG Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos, a porta-voz da missão, Sylvie Van den Wildenberg, afirmou que o caso será investigado. Ela disse ter tomado conhecimento das acusações pela mídia e garantiu que serão esclarecidas "assim que possível".

Sem confirmar ou negar a denúncia, a porta-voz da Minustah afirmou ainda que os responsáveis serão punidos caso seja identificada qualquer irregularidade.

As tropas da ONU no Haiti, que reúnem 12 mil soldados, foram alvo de diversas acusações ao longo de 2011, incluindo abuso de poder, corrupção e violações.

As últimas denúncias - apresentadas pela mesma ONG que acusa os brasileiros - levaram à prisão de cinco soldados uruguaios. Eles foram condenados pela Justiça Militar uruguaia por envolvimento em um caso de abuso sexual contra um jovem haitiano. Johnny Jean, de 18 anos, acusou os soldados de espancá-lo e estuprá-lo em fins de agosto, em uma base militar em Port Salut, no sul do Haiti.

Advogados de vítimas de cólera cobram indenizações
Antes, as tropas da ONU já haviam acusadas de serem responsáveis por um surto de cólera que matou milhares de pessoas no Haiti. A doença não existia no país e, segundo pesquisas independentes, teria sido levada por um contingente do Nepal.

Um grupo de advogados que representa mais de cinco mil vítimas de cólera ameaça agora levar a ONU à Justiça caso a organização não atenda o pedido de indenização apresentado em novembro pelo grupo. Eles pedem uma compensação de US$ 100 mil para parentes dos mortos e 50 mil para os que sobreviveram à doença.

Embora tenha conquistado avanços na estabilização do país, a Minustah vem sendo alvo de protestos dos haitianos. O Brasil já estuda dar início à retirada das tropas do país, com uma redução do contingente no início de 2012.

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