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terça-feira, 5 de março de 2013

Ocidente hesita em fornecer armas, e rebeldes sírios avançam isolados


Os rebeldes sírios tomaram no domingo (3) o controle da Academia de Polícia de Jan al Asal, em Aleppo --uma vitória pela qual lutaram durante dias--, informaram ativistas da oposição. O assédio provocou 200 mortes, a maioria de soldados leais ao regime. O governo de Bashar al-Assad usava essa academia como base para suas operações de artilharia na região, um ponto crucial para as operações de defesa da parte de Aleppo que o regime ainda controla. No domingo, o líder da oposição política, Moaz al-Khatib, visitou a Síria pela primeira vez desde que assumiu a chefia da Coalizão Nacional Síria, em novembro.

Antes de entrar no país, Al-Khatib se reuniu com mais de 200 comandantes de milícias rebeldes e líderes de oposição na cidade turca de Gaziantep com o fim de estabelecer um governo administrativo em Aleppo, em sua maioria já sob controle rebelde. Nessa província vivem 6 milhões dos 20 milhões de habitantes do país. Na quarta-feira, os principais grupos de oposição cancelaram uma reunião que deveria ter sido realizada no sábado, na Turquia, para escolher um primeiro-ministro e um governo de transição que lidere de forma unificada as áreas controladas pelos rebeldes.

Existe uma crescente frustração entre a oposição síria por conta das negativas dos poderes ocidentais, especialmente Estados Unidos e União Europeia, em lhe enviar armas para lutar contra Assad. Por enquanto, seu principal aliado nesse capítulo é o Reino Unido, que defendeu por vias diplomáticas a necessidade de armar os rebeldes para que ponham fim ao massacre que vive o país. Desde que começou o conflito, há dois anos, morreram mais de 70 mil pessoas, na maioria civis, segundo cálculos da ONU.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, criticou os esforços do Reino Unido com duras palavras, em uma entrevista concedida ao jornal britânico "The Sunday Times". "Não cabe esperar que um piromaníaco atue como bombeiro", afirmou. "Para ser franco, a Grã-Bretanha teve um papel celebremente pouco construtivo em nossa região durante muitas décadas, em diferentes assuntos", acrescentou. Assad reiterou que não pretende deixar o poder e opinou que sua saída só trará instabilidade à Síria. "Os precedentes da Líbia, Iêmen e Egito demonstram isso", afirmou.

Posteriormente, o chefe da diplomacia britânica, William Hague, disse à rede BBC que "essa entrevista será lembrada como uma das de menor contato com a realidade que um líder nacional terá dado em tempos modernos".

Assad assumiu em sua entrevista os argumentos que levaram muitas potências ocidentais, sobretudo os EUA, a evitar o envio direto de armas aos rebeldes sírios. Existe nelas o temor de um reforço involuntário das milícias radicais islâmicas que se infiltraram na oposição heterogênea. Israel teme que a Frente Al Nusra, abertamente ligada à Al Qaeda, se reforce no sudoeste da Síria, na área diante das colinas do Golã, ocupada na guerra de 1967. Dali seria relativamente fácil lançar ataques contra centros populacionais israelenses.

No sábado (2), de fato, quatro projéteis de morteiro procedentes da Síria atingiram as áreas do Golã ocupadas por Israel. Por enquanto, a força de defesa de Israel os trata como se tivessem caído ali de forma acidental.

O primeiro vice-primeiro-ministro de Israel, Moshe Yaalon, disse no domingo que seu governo está controlando de perto a situação na Síria, depois que várias reportagens na mídia árabe e israelense afirmaram que um grupo de milicianos da Frente Al Nusra se apoderou de um arsenal de mísseis Scud. "Quando identificamos uma ameaça, tomamos as medidas necessárias em nossas fronteiras e onde for preciso", disse Yaalon em uma entrevista à rádio do exército. Os mísseis Scud, de fabricação soviética, têm alcance de 700 quilômetros.

3 comentários:

  1. Que hipocrisia ... eles já enviam armas há anos e ainda fingem que nunca enviaram nada.....

    os EUA, Israel e Inglaterra , usam Turquia , Jordania e Arabia Saudita para fazer o serviço. Já fazem isso a anos. Todos ele colaboram com esses terroristas.

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  2. Mesmo... não sei a quem eles querem tapar os olhos...

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  3. Só estão esquecendo de uma coisa: Essa armas serão usadas contra os judeuss p a retomada de GOLAM, tão logo se determine o vencedor nessa briga, e de quem + for a favor dos mesmos...Criatura x criador.quem viver verá. sds.

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