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sexta-feira, 15 de março de 2013

Ex-recruta da Força Aérea dos EUA acusa instrutor de estupro


Virginia Messick é a primeira vítima de um escândalo sexual da Base da Força Aérea de Lackland a relatar seu drama

Virginia Messick, que disse ter sido estuprada por seu instrutor da Força Aérea dos EUA, é vista em seu apartamento na Califórnia
Depois de estuprar a jovem recruta Virginia Messick, seu instrutor de treinamento da Força Aérea disse que foi divertido e que deveriam repetir a experiência qualquer dia, ela se lembrou. Então ele lhe devolveu suas roupas e ordenou que tomasse um banho.

Virginia foi incapaz de se mover, chorar ou gritar. Ela era uma garota de 19 anos, do interior da Flórida, em sua quinta semana de treinamento básico na Base da Força Aérea de Lackland, e tinha acabado de ser violentada por um homem cuja credibilidade era inquestionável por servir na Força Aérea.

Após a agressão de 2011, Virginia completou o treinamento básico, seguindo ordens do instrutor por quase mais um mês. Com medo das consequências, não quis contar a ninguém o que tinha acontecido. "Como é possível relatar um acontecimento como esse?", indagou, "quando a pessoa de quem recebo ordens é a que me estuprou?"

Agora, depois de deixar a Força Aérea, Virginia é a primeira vítima de um escândalo de abuso sexual sob investigação em Lackland a falar publicamente sobre o que aconteceu. Desde que começaram a surgir relatos de violência sexual na base no final de 2011, ele surgiu como o maior caso do tipo na história da Força Aérea.

Embora oficiais da Força Aérea tenham dito que tomaram medidas para proteger melhor seu pessoal mais vulnerável, incluindo a nomeação de uma comandante para supervisionar a formação básica e supervisionar melhor o comportamento de instrutores, críticos disseram que isso não será suficiente para lidar com um problema que atinge todo âmbito militar: uma alta taxa de abusos sexuais que muitas vezes não são relatados, pois as mulheres temem represálias.

Nenhuma das vítimas em Lackland contou sobre os ataques aos oficiais da Força Aérea, e os episódios vieram à tona apenas quando uma recruta que não havia sido atacada divulgou o que sabia.

Embora mais de 3 mil casos de agressão sexual tenham sido relatados em 2011 em todos os serviços militares, Leon E. Panetta, o ex-secretário de Defesa, disse que o número real pode ser tão alto quanto 19 mil. O Departamento de Defesa revelou que cerca de uma em cada três mulheres militares foram violentadas, taxa duas vezes maior do que entre os civis.

Comandantes da Força Aérea disseram ter tomado medidas preventivas em Lackland. "Não houve muita supervisão", disse o major-general Leonard A. Patrick, que é responsável pelo recrutamento da Força Aérea. "Mas agora queremos colocar mais liderança na equação e mais prestação de contas."

Várias recrutas disseram em entrevistas recentes que se sentem seguras com o novo sistema de parceria implantado, em que os instrutores não são os únicos responsáveis pela supervisão de um grupo de recrutas. "O escândalo me veio à mente quando me inscrevi, mas não tive nenhum problema", disse Chanler May, 19, do Texas.

Mas Virginia é cética. "Não é como se nada realmente tenha mudado", disse em uma entrevista.

Identificada pela mídia quando compareceu diante de seu agressor na corte marcial apenas como "aviador 7", Virginia sofre de estresse pós-traumático. Ela disse que decidiu falar por acreditar que isso será terapêutico e por esperar ajudar a mudar a maneira como os militares lidam com as vítimas de crimes sexuais. "Não quero que ninguém mais tenha de passar por isso", afirmou.

Hoje, lamenta que a experiência militar que havia sonhado que mudaria sua vida tenha sido uma experiência amarga.

"Eles não estão fazendo nada para as pessoas que passaram por isso", disse sobre o tratamento dado pela Força Aérea às vítimas. "Eles não vêm a mim ou a qualquer uma das outras meninas que passaram por essa experiência para perguntar o que podem fazer para impedir esse tipo de situação. Eles basicamente me abandonaram.”

2 comentários:

  1. Nossa menina bonita! Que crápula!..

    Como se não bastasse os índices de suicídio dos militares americanos.

    Há de se prover meios melhores de fiscalização das condutas. A justifica que por ser situação de combate inexiste tal controle é deturpar completamente o estado que é representado no combatente.

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