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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Viktor Komardin critica a compra de armas ocidentais pelo governo indiano


Viktor Komardin 
O urso russo rugiu em Bangalore.

Viktor Komardin, vice-chefe da estatal Rosoboronexport e chefe da delegação russa na Aero India 2013, alegou que as compras de Nova Délhi de aeronaves, submarinos e armas ocidentais a preços inflacionados "não tem lógica militar".

Komardin questionou a lógica financeira do governo indiano por obter sistemas de armas de países que não são parceiros da Índia de longa data como a Rússia, apesar de não conseguir a transferência de tecnologia de sistemas russos em alguns casos.

"Pergunto o seu ministro das Finanças. Pode ser que ele tenha muito dinheiro para gastar e a Índia não tem problemas sociais", respondeu Komardin sem esconder o sarcasmo.

Komardin chamou um grupo de jornalistas para uma pequena sala do pavilhão russo na Aero India 2013 e disse que sua iria era destinada aos meios de comunicação indianos que constantemente criticam o "enraizamento" russo nas Forças Armadas Indianas.

Ele disse que aquisição de aeronaves de transporte militar americanas como o C-17 Globemaster e o C-130J Hercules pelo Ministério do governo indiano foi um erro muito grande e que essas aeronaves não são adequadas às necessidades dos militares indianos.

"Não é justo! A venda de armas em projetos de tecnologia militar são todas políticas. Bilhões de dólares são pagos em aquisições sem transferência de tecnologia. É impróprio, é injusto. A Rússia é um parceiro estratégico da Índia. Queremos ser tratados como parceiros", disse Komardin.

Komardin estava muito irritado durante a feira, uma vez que o grupo de acrobacias aéreas russo Russian Knights (Russkiye Vityazi), o qual participaria do Aero India 2013, precisou de 3 dias para conseguir permissão para pousar na base aérea indiana de Yelahanka, em Bangalore. Um membro da delação russa confirmou que isso se deu em consequência de um atraso no certificado de segurança interna. A questão só foi resolvida depois que o embaixador russo na Índia, Alexander M. Kadakin, pediu para que Shivshankar Menon, assessor de segurança nacional da Índia, intervisse no caso.

Um porta-voz dos Russian Knights disse após a aterrisagem do esquadrão em Bangalore: "Nós fomos detidos em Nova Delhi por causa de questões jurídicas levantadas pelo governo indiano e que só poderíamos chegar aqui por intermédio de questões diplomáticas"

Komardin também levantou a questão de que a Índia também compra armas de países que vende armas para seu arquirrival, o Paquistão. Segundo ele, os franceses venderam submarinos da classe Agosta e venderam submarinos da classe Scorpène à Índia. A Lockheed Martin vendeu aeronaves para o Paquistão e Índia, enquanto a Boeing fez o mesmo.

“Mas nós não fizemos isso. A Índia não seja isso e nós somos um amigo como um amigo deve ser. Nós não viramos as costas para a Índia.”

Komardin coloca em cheque a escolha da Índia comprar 10 aeronaves C-17 Globemaster III por US$ 4.1 bilhões.

"Esses aviões são usados voos transatlânticos e para os requisitos específicos dos militares americanos. O que eles são? Apenas grandes aviões de carga. E você ignora o Il-76 que você (A Índia) tem operado por 20 anos", disse Komardin.

Enquanto Komardin falava mal do governo indiano por comprar 10 C-17 Globemaster III, a Boeing levava uma equipe de jornalistas para um C-17 Globemaster III indiano para um surtida dobre os céus de Banglore para dar detalhes do avião.

Komardin também criticou a Índia por comprar 5 C-130J Super Hercules na Lockheed Martin por mais de US$ 1.1 bilhão. Para ele, essa aeronave não pode acomodar o lançador de foguetes múltiplos BM-30 Smerch, o que prejudica a operacionalidade das Forças Armadas Indianas.

Komaradin agora passar a criticar a escolha de helicópteros para as Forças Armadas Indianas. Para ele, a escolha do helicóptero de transporte Boeing CH-47 Chinook foi outro erro.

"Quem é o Chinook comparado com o Mi-26? É um bebê. O Mi-26 pode levantar o Chinook pelo pescoço", disse ele.

Isto é verdade. Cerca de três anos atrás, um helicóptero Chinook das forças norte-americanas no Afeganistão foi resgatada por um MI-26 alugado. Fotografias do MI-26 com o Chinook transportando o helicóptero americano já foram amplamente divulgadas.

O CH-47 Chinook foi o vencedor de uma recente concorrência indiana. Ademais, a Índia está em negociações com a Boeing para o fornecimento desse helicóptero.

Komardin chamou a atenção para o fato da Rússia ter mais de US$ 7 bilhões em projetos de transferência de armas para Índia atualmente.

"Estou triste que, apesar disso, acho que o papel da Rússia na construção de indústria de defesa indiana diminuiu", disse ele.

No próximo ano, se completará o 50º aniversário desde que a Índia assinou o seu primeiro acordo de produção licenciada do MiG-21FL com a URSS. Até hoje, Rússia e Índia assinaram mais de 20 contratos que garante à Índia o direito de produzir armas russas. Entre os projetos estão tanques e veículos blindados, aeronaves como o Sukhoi Su-30MKI e porta-aviões.

Perguntado sobre os problemas no fornecimento de peças sobressalentes para os sistemas de armas russos em uso nas Forças Armadas Indianas, Komardin se irritou e disse que isso acontece com outros fornecedores da Índia. Ele disse que a França atrasou em 3 anos a entrega dos submarinos Scòrpene, enquanto a entrega do porta-aviões Goshkov foi adiada.

"Mas há uma conversa de que a Índia cobrará uma compensação financeira por isso, mas não com os franceses", lamentou Komardin.

Ele disse que o equipamento que a Índia comprou de concorrentes da Rússia não iriam resistir aos testes em condições adversas no subcontinente.

"O armamento russo é robusto para combate, não estéril. Se nós vendemos uma cadeira, vamos vender uma cadeira que dure, não decorá-la com espuma e couro, que não vai durar", disse ele.

Komardin disse que ao contrário de seus concorrentes, a Rússia não quer divulgar as suas ofertas de defesa para a Índia, "porque não acreditamos na divulgação de segredos nacionais indianos".

9 comentários:

  1. ele está se esquecendo que a arqui-rival China compra também tecnologia russa e "tem projetos conjuntos" com o Paquistão.

    Mais me parece choro de vendedor que não gosta de concorrência.

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    1. A única coisa que me lembro que a Rússia vende para a China é motores para caças. As exportações para a china têm diminuindo bastante e agora sao insignificantes se compradas com as vendas para a india.

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    2. Pelo que me lembro entre 2000 a 2007, eles foram um dos maiores importadores de armas do mundo ou perto disso, muito de material russo com direitos de fabricação.

      Apesar de serem exportadores agora, não me lembro dos dados de cabeça, mas eles ainda estão bem posicionados no ranking de importadores, não sei o que eles importam mas deve ser mais que motores.

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    3. A China não compra tecnologia russa, a China faz compras de prateleira e por intermédio de engenharia reversa consegue copiar as armas russas.

      E daí que a China é um dos maiores importantes de armas do mundo, hoje o 5º? Isso não me diz nada. E só o 5º maior exportador porque não respeita embargos.

      A venda de armas russas para a China tem diminuído não decisão da Rússia, mas sim pelo fato da China preferir produzir seu próprio armamento.

      Engana-se que a Rússia parou de vender armas que desequilibram poderes em guerras.

      De 1995 à 2011 os russos venderam para os chineses: sistemas de mísseis antiaéreos S-300PMU-2, S-300V, /SA-15 Gauntlet, Tor-M1 e Rif-M, submarinos Kilo, caças Su-27S, Su-30MK, mísseis de cruzeiro Kh-59ME, mísseis anti-navio Moskit, mísseis ar-ar RVV-AE, mísseis de cruzeiro 3M-54 Klub, radar de caça Zhuk, destróiers da classe Sovremenny...

      Na boa, eu se você a Índia preferiria que minha arquirrival recebesse apenas algumas unidades de aeronaves de transporte, do que caças de superioridade aérea, mísseis antiaéreos, submarinos, mísseis de cruzeiro, destróier...

      O Komardin acha que só os russos tem que levar a melhor sempre.

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    4. A questão de ser ainda um grande importador fica que ela compra mais do que motores para aviões. Como vc bem colocou é uma gama de equipamentos sofisticados.

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    5. Agora eu entendi o que você queria dizer. Hoje a China é o 9º maior importador de armas do mundo.

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  2. O q está em jogo é q os EUA kerem quebrar a hegemonia da Rússia na venda de armas a Índia; garanto q irão vender seus F's a preço de banana para estancar as vendas da Rússia. Basta ver a quebra interna dos EUA no repasse de tecnologia nuclear q agraciou a Índia. O Ocidente Maravilha ker o flanco sul da China bastante vulnerável, isso como se ñ bastassem as bases no Pak-Fa, agora a Índia se encaixa como luva. Lembrem q Japão/C. do Sul/Filipinas/Formosa já rezam na cartilha a muito tempo e já tem até calo no joelho e onde mais vcs kiserem. Pra quem gosta da moral dos EUA é mais um prato cheio de PAZ.

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    1. É, mas se os EUA continuarem roubando cada vez mais contratos dos russos, isso pode fazer com que os russos não hesitem em vender armas para Irã, Síria e cia.

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    2. Os russos falam muito, um dia reclamam que perdem vendas, outro que nunca foi tão bom.

      http://en.rian.ru/world/20130213/179443688/No-Warplanes-for-Syria-Says-Russian-Arms-Sales-Boss.html

      Não está nesse artigo, mas eles agora depois que a França auxiliou o governo do Mali, vendeu um lote de armas que já chegou a Bamako. E se tivessem com problemas mesmo entregariam as armas que o Irã pagou e não recebeu.

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