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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Israel censura imprensa e esconde caso de prisioneiro que cometeu suicídio

Prisão de Ayalon

Sua morte foi um mistério. Sua identidade também. Sabia-se que ele esteve em regime de isolamento total na prisão de Ayalon, na mesma cela de segurança máxima que foi projetada para Yigal Amir, o homem que assassinou o primeiro-ministro Isaac Rabin em 1995. Suicidou-se em 15 de dezembro de 2010, enforcando-se. A mídia israelense o batizou de Prisioneiro X. Quando se começou a publicar notícias sobre ele, o Shin Bet - a agência de inteligência interna de Israel - recorreu a um juiz, que impôs o segredo de Justiça. Ao sigilo se acrescentou a censura. Até que uma reportagem de investigação divulgada por um veículo australiano descobriu na terça-feira a identidade do réu, que, divulgada pela internet, aniquilou as tentativas do governo israelense de manter o assunto em segredo.

Ben Zygier tinha 34 anos quando morreu. Era cidadão australiano e membro de uma importante família judia de Melbourne. Em 2000 emigrou para Israel, onde se nacionalizou e assumiu o nome de Ben Alon. Casou-se com uma mulher israelense e teve dois filhos. Moravam perto de Tel Aviv. E, segundo uma pesquisa da televisão pública da Austrália, ABC, trabalhava para o Mossad, a agência de espionagem israelense. Morreu em uma cela que tinha vigilância para evitar suicídios. Em 22 de dezembro de 2010 foi enterrado em Melbourne.

O governo da Austrália ordenou agora uma investigação sobre o caso. "Podemos confirmar que [o ministro das Relações Exteriores australiano, Bob Carr] iniciou uma revisão interna sobre a gestão do consulado neste caso", afirma um porta-voz da Embaixada da Austrália em Israel. Na realidade, segundo essas mesmas fontes, o consulado australiano em Tel Aviv não soube da prisão de Zygier nem de sua morte até que sua família pediu ajuda para repatriar seus restos mortais.

A reportagem elaborada pela cadeia australiana, divulgada na terça-feira (12), foi difundida pelas redes sociais com extrema rapidez. Os meios de comunicação israelenses imediatamente a repercutiram. O importante jornal "Haaretz" publicou uma notícia em seu site. Em questão de minutos recebeu uma ligação do departamento de censura do exército. "Citamos a notícia australiana, e quando percebemos que o sigilo de justiça se aplicava também a citações de meios estrangeiros retiramos a notícia do site", explica Aluf Benn, diretor do jornal.

Então o Prisioneiro X e sua verdadeira identidade já era um dos assuntos mais comentados nas redes sociais em Israel. Três deputados levaram o assunto a uma sessão do Parlamento. "Pode confirmar que um cidadão australiano com identidade falsa se suicidou na prisão, sem que isso fosse informado?", perguntou Ahmed Tibi, do partido árabe Ta'al, ao ministro da Justiça, Yaakov Ne'ema.

O governo de Israel mantinha a censura sobre o caso do Prisioneiro X, mas os legisladores perguntavam ao Executivo sobre suas circunstâncias. "Na terça-feira recebemos um telefonema do departamento de censura do exército, que nos notificou que podíamos informar sobre as perguntas dos legisladores, sem acrescentar a informação publicada pela rede ABC. Criou-se uma situação absurda, na qual qualquer pessoa podia ler na Internet sobre o assunto, através dos sites estrangeiros, mas nós não podíamos escrever a respeito", explica David Brinn, um dos editores do jornal "The Jerusalem Post".

Finalmente, a mídia israelense recebeu autorização para publicar a história, desde que só informasse sobre as perguntas dos legisladores e a reportagem da rede ABC. Na noite de quarta-feira, o governo israelense admitiu a existência do preso e sua morte.

"Não podemos dar nomes de parentes nem entrevistar seus conhecidos ou familiares. E essa norma continua de pé. Qualquer crônica que elaboremos deve passar pelo censor para ser revisada", acrescenta Brinn. "É necessário que o governo reconsidere essas normas neste caso, especialmente quando essas histórias são divulgadas no Twitter e outras redes sociais com tanta rapidez", acrescenta.

Além disso, nada se sabe das razões pelas quais Zygier foi detido e posto em tal regime de isolamento. Segundo Bill Van Esveld, analista em Jerusalém da organização Human Rights Watch em Israel, as alegações da reportagem australiana "incluem abusos graves, que podem incluir a negação de um julgamento justo, detenção em regime incomunicável e inclusive o 'desaparecimento' de um prisioneiro, o que poderia abrir caminho para a responsabilização criminal".

4 comentários:

  1. Além disso, nada se sabe das razões pelas quais Zygier foi detido e posto em tal regime de isolamento. Segundo Bill Van Esveld, analista em Jerusalém da organização Human Rights Watch em Israel, as alegações da reportagem australiana "incluem abusos graves, que podem incluir a negação de um julgamento justo, detenção em regime incomunicável e inclusive o 'desaparecimento' de um prisioneiro, o que poderia abrir caminho para a responsabilização criminal".===== Se estão matando os "deles", imaginem qtos Palestinos, homens,crianças, já " se suícidaram" dentro das masmorras clandestinas dos judeuss?...Isso é q é democradura....q o inefável YAVEH me livre destes democratas.Sds.

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  2. Para Israel só existe justiça para eles e para seu povo e para os Palestino não. São tratados como animais e terrorista..

    Falam em direitos humanos não fazem pior.Eu não consigo ver os Palestinos como terroristas e sim como grupo de resistência que lutam para expulsar o ocupador. Mas ao fazerem isso são taxados como terroristas. È exatamente isso que Israel quer que o mundo inteiro acredite.

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  3. nada de novo é o que acontece com traidores , morte sumaria !

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    1. Qdo o tenente-coronel Alexander Valterovich Litvinenko da FSB (ex-KGB) desertou para o Reino Unido, e foi morto pelos seus próprios colegas por ter colocado a vida de outros espiões russos no exterior em jogo. Aliás um militar-traíra seja de que nacionalidade for merece ser fuzilado, sem perdão! Bom a imprensinha do Ocidente Maravilha morreu de amores por esse traíra e transformou sua execução em comoção mundial contra o PUTIN. Lógico, ex-KGB e deu rumo a RÚSSIA depois do traíra sr. Mikhail Gorbachev entregou sua pátria de bandeja ao cow boy Reagan. Agora vem o casinho desse traíra judeu, pergunto! ONDE ESTÁ A IMPRENSINHA OCIDENTAL? NÃO TER ESTARDALHAÇO? E NO BESTANYAHU, NÃO VAI NADA? CADÊ O gafe=globo-abril-folha-estadão? ... Que vergonha! Pra que serve essa tal de liberdade de imprensa que só publica " O VENHA A NÓS E AO VOSSO REINO, NADA". Pelo visto espião ocidental qdo morre vai pro céu e não precisa ser bem encomendado pela mídia do Ocidente Maravilha, como no caso do russo. Ah sim iSSrael! O espião do caso POLLARD=Jonathan Jay Pollard não foi fuzilado e está preso=prisão perpétua, nos EUA.

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