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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Russos encontram muitos obstáculos para desenvolverem uma aeronave não-tripulada de combate

UAV "Luch"
A principal empresa russa no segmento das aeronaves não tripuladas, o Consórcio Vega, apresentou um novo protótipo durante a MAKS-2011.

O aparelho recebeu o nome de “Luch” e tem a capacidade de realizar ataques. O aparelho pode carregar até 170 kg entre armas e sistemas de navegação.

A existência desse projeto já era conhecida desde o ano passado, quando os projetistas anunciaram o inicio dos trabalhos. Esse é uma das primeiras tentativas da indústria aeronáutica russa de se criar uma aeronave não-tripulada de última geração capaz de realizar ataques.

O status de provedor oficial do Exército Russo que tema a empresa produtora, lhe outorga, todavia, mais peso ao projeto. Recordo que o Consórcio Veja é um conglomerado estatal de empresas especializadas em equipamentos eletrônicos, radares, sistema de controle e coleta de dados.

Um equipamento heterógeno
O equipamento do UAV já gera polêmica. O coração do aeronave será um motor Rotax 914, o qual impõe várias questões.

O motor Rotax 914 é um produto da empresa austríaca Rotax, uma empresa renomada dentre as empresas fabricantes de UAVs. O UAV americano MQ-1 Predator, fabricado pela General Atomics e o UAV israelense Heron, fabricado pela Israel Aerospace Industries, por exemplo, utiliza-se do citado motor. O fato de muitos UAVs famosos utilizarem os motores Rotax, dá-nos o direito de dizer que esses motores servem de padrão para esse tipo de aeronave.

O Luch não é, de longe, o primeiro protótipo de UAV de fabricação russa a ser equipado com esse motor. Na MAKS-2009, a empresa Tranzas apresentou o Dozor-600, um UAV muito semelhante ao americano MQ-1 Predator, mas com dimensões reduzidas.

Um UAV de alto nível necessita de um bom motor, mas também de um bom sistema óptico, sobretudo de raios infravermelhos, um excelente radar, sistemas que são o tendão de Aquiles da Indústria de Defesa da Rússia. É verdade que nos últimos anos os russos lograram grandes avanços nesse campo. No entanto, não chegaram ao nível de qualidade dos outros países.

Os UAVs totalmente equipados com componentes nacionais da geração anterior, também fabricados pelo Consórcio Vega, não logrou em resolver todo o problema da estabilização da imagem das câmeras de bordo. Esse problema se fez público em uma audiência pública do general Vladimir Shamanov em 2009.

Ainda não está claro quais sistemas ópticos o Consórcio Veja utilizará em seu novo aparato. É possível que durante os próximos dias se produzam notícias referente a esse assunto. Por outro lado, os concorrentes da Tranzas não hesitaram em escolher o sistema EuroFLIR 350, da francesa Sagem, para o seu UAV Dozor-600. Nos últimos anos, os franceses preencheram a lacuna deixada pelos russos no tange a equipamentos ópticos aeronáuticos. Esse assunto não agrada muito o Ministério da Defesa da Rússia, uma vez que os UAVs são uma das pedras angulares do sistema moderno de reconhecido e comando no campo batalha.

Uma triste história
A indústria aeronáutica não-tripulada na Rússia está evoluindo com dificuldade sem conta os contínuos escândalos e acusações de gasto inútil dos fundos do estado. Essa indústria fui muito questionada e humilhada ao testemunhar a aquisição do Ministério da Defesa da aeronaves não-tripuladas israelenses.

Finalmente, os russos conseguiram criar alguns modelos pequenos para o reconhecimento, esses estão sendo adotados pelo Exército Russo.

Na opinião dos projetistas russos, o principal obstáculo que está impedido o desenvolvido dessa indústria consiste na indecisão do Ministério da Defesa em escolher o que quer. Os projetistas russos também revelam um fato até agora desconhecido, o fato dos UAVs israelenses falharem a temperaturas de - 20º C.

Resta agora abordar a segunda etapa: que é aumentar a classe das aeronaves para o tamanho médio e pesado. Ademais, dotá-los de armamento e sistemas de reconhecimento de última geração. Em definitivo, dar-lhe as Forças Armadas da Rússia, o que os militares americanos vem utilizando há mais de dez anos.

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