No último dia 27 de julho, Moshe Arens, um ex-ministro da Defesa de Israel, fez duras criticas às pessoas que conspiraram contra o programa do caça IAI Lavi. Em um artigo intitulado “F-35 - take it or leave it”, do jornal hebreu Haaretz, Moshe Arens deixa claro sua insatisfação com a possível aquisição de caças F-35 por parte da Força Aérea Israel. Segundo ele, ter dado procedimento no programa IAI Lavi faria de Israel uma potência aeronáutica e colocaria a Israel Aerospace Industrie na vanguarda do ramo.
Protótipo do IAI Lavi
Moshe Arens fala que à época do desenvolvimento do IAI Lavi, as fabricantes de caças ocidentais estavam ansiosas para participar do programa ou para vender caças concorrentes para Força Aérea de Israel. Hoje, Israel, de forma humilhante pede uma chance para importar o caça de quinta geração americano, o F-35, pela bagatela de US$ 150 milhões a unidade. Mas não é só o preço que é ruim para Israel. Segundo Arens, fato de Israel não poder fazer modificações no caça, a fim de adequá-lo às necessidades da IAF, também é um fator desestimulante. Sem contar que Israel não poderá incluir sistemas nacionais ao caça, com fizera com os caças F-15 e F-16, também americanos.
Arens convoca o leitor viajar no campo das hipóteses. Supondo que o projeto do Lavi não tivesse sido abandonado, segundo ele a IAF estaria hoje operando o caça mais avançado do mundo, e hoje teria colhido a experiência operacional, sem contar que teria incorporado as mais avançadas tecnologias de hoje.
Agora, Arens questiona: "Quais foram as desculpas dadas pelos opositores do Lavi?" O projeto, segundo eles, era grande demais para Israel. Esses céticos, segundo Arens, não acreditaram que poderiam ter convencido o Congresso Americano a financiar o projeto, muito menos previram o crescimento econômico de Israel nos anos seguintes. Agora, os opositores do Lavi são obrigados a olhar para o preço astronômico de US$ 3 bilhões para a aquisição de 20 F-35. Os opositores diziam que Israel não deveria ser um desenvolvedor de plataformas, mas sim de sistemas para serem montados sobre plataformas, mas agora Israel não poderá agregar seus sistemas na possível variante israelense do F-35.
Onde estaria Israel hoje se tivessem acreditado no projeto do Levi? Fora o mercado promissor que Israel têm no âmbito de veículos não-tripulados e satélites. Arens diz que surpreendentemente 23 anos depois, essas pessoas ainda decidem sobre as questões de segurança de Israel.
“Eles eram contra o desenvolvimento Lavi, contra satélites de reconhecimento, contra o sistemas interceptador de mísseis balístico, o Arrow, mas ainda sim eles continuam decidido sobre o futuro de Israel”, diz Arens.
Eles admitem que erraram? Reconhecer os erros do passado é uma rara qualidade humana, mas há as exceções: Dan Halutz, um ex-às da IAF, reconheceu recentemente no seu livro que foi um erro cancelar o programa Lavi.
Por fim, Arens convoca o leitor algumas opções em detrimento da cara aquisição de caças F-35, cujo o valor pode chegar a US$ 11 bilhões por 75 aeronaves.
Ele argumenta que Israel sozinho tem a capacidade para projetar um caça de primeira linha e lembra que aqueles que conspiraram contra o Lavi, não quiseram correr atrás de um financiamento americano para o mesmo de US$ 1 bilhão. A bem da verdade, houvera negociações com o governo americano para o financiamento do Lavi, mas a princípio os americanos foram taxativos.
Uma parceria seria bem-vinda, mas não com os americanos, porque esses não quiseram, no primeiro momento financiar o Lavi. Israel teria que procurar parceiros que não estão no programa do F-35. Índia, França e Rússia seriam opções. A França porque tem uma indústria aeronáutica respeitável e independente, a Índia porque tem dinheiro e porque tem uma considerável experiência no ramo e por último a Rússia, que tem uma indústria aeronáutica não-dependente e de excelente qualidade. O curioso que nenhum desses países hoje tem relações estreita com Israel. Índia e Rússia estão engajadas em um projeto de caça de 5ª geração e dificilmente participaram de uma joint-venture com os israelenses, sem contar que Israel é aliado americano, país esse que se contrapõe muitas vezes aos interesses russos. Resta saber se a França, aquela mesma que os israelenses do Mossad roubaram os segredos industriais do Mirage III, após o governo de Charles de Gaulle embargar a exportação desses para Israel, iria aceitar uma parceria com os gatunos de outrora. A sorte de Israel esta lançada.
Dependência de equipamento importado só gera isso,dependência eterna,e soberania em constante ameaça !
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