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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

É preciso urgentemente da obtenção de paz justa e segura entre Israel e Palestina


Corpo de criança palestina é retirado de escombros após ataque israelense à Gaza
Há uma máxima antiga do Talmud babilônio que diz: "A terra de Israel é adquirida por meio de dificuldades". Os últimos meses de 2012 novamente atestam a veracidade dessa declaração. Assim como uma criança não pode escolher seus pais, um país também não pode escolher seus vizinhos.

Nós vivemos em uma vizinhança difícil, uma em que não há uma segunda chance para aqueles incapazes de se defenderem –uma vizinhança que é caracterizada por incerteza, instabilidade e hostilidade. Para o Estado de Israel, a verdadeira segurança deve ser vista por um prisma multifacetado.  

Aproximadamente 15% de nossos cidadãos passaram a última década sob a ameaça direta de foguetes de artilharia, morteiros e mísseis, lançados de modo indiscriminado por grupos terroristas como o Hamas e a Jihad Islâmica. Durante a recente escalada com o Hamas, metade de Israel esteve ao alcance dos mísseis lançados de Gaza (1.500 foram disparados em oito dias em novembro) pelos terroristas. Sem o engenho do sistema de defesa antimísseis "Domo de Ferro" projetado por israelenses –que interceptou mais de 400 desses mísseis– e o apoio financeiro contínuo para baterias de armas adicionais por parte dos Estados Unidos, as perdas, tanto em termos de vidas humanas quanto de propriedades, seria muito maior.

Além da ameaça de Gaza, em nossa fronteira norte, o Hezbollah, uma organização terrorista xiita baseada no Líbano, reuniu um arsenal de cerca de 70 mil foguetes de artilharia e mísseis. A Península do Sinai se tornou anárquica, enquanto a guerra civil brutal na Síria já chega às colinas de Golan, na fronteira leste de Israel.

Mais longe, o Irã continua sendo o principal patrocinador do terror, continuando a armar e financiar abertamente organizações terroristas que buscam desestabilizar a região. Sua influência se estende até nossas portas por meio de seu apoio ao Hezbollah, enquanto o regime apoia diretamente a campanha brutal de Bashar Assad na Síria. Ele aspira uma hegemonia regional e continua desenvolvendo seu programa de armas nucleares. Enquanto isso, nós enfrentamos a ameaça incessante do terror jihadista da Judeia e da Samaria na Cisjordânia.

Como uma nação que ama a vida e que enfrenta esse terror implacável, nossas instituições de defesa nacional e segurança devem ser construídas sobre um leito maior de resistência nacional; essa é a verdadeira força do país.

A resistência nacional vem de muitos fatores: legitimidade internacional, uma economia forte e vibrante, coesão social, solidariedade e unidade, um senso de propósito e uma visão comum em relação ao futuro da nação. Eles devem ser levados em consideração na formulação de táticas operacionais ou na recalibragem do foco estratégico no ambiente novo e imprevisível do Oriente Médio atual.

Durante a escalada com o Hamas em novembro, o povo de Israel novamente demonstrou de forma exemplar e em abundância a resistência nacional. A economia de Israel permaneceu robusta (com apenas pequenas flutuações no mercado de ações), enquanto as IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês) contaram com o apoio da grande maioria da população por toda a operação.

Novamente, as IDF foram forçadas a lidar com o tipo mais extremo de guerra assimétrica, combatendo uma organização terrorista internacionalmente reconhecida que continua a demonstrar um completo desprezo pela vida humana. Enquanto as IDF conduziam ataques com precisão, baseados em inteligência, visando minimizar as baixas civis em ambos os lados, o Hamas novamente adotou seu uso cínico e covarde de escudos humanos civis por um lado, e lançou barragens de foguetes contra nossos civis por outro –um duplo crime de guerra.

Diante das grandes mudanças na região, nós continuamos recalibrando nossas avaliações estratégicas. O Hamas conta com um vento a favor com os sucessos da Irmandade Muçulmana, enquanto o Irã, assim como seu papel na Síria, continua enganando o mundo em sua busca por armas nucleares. Isso deve ser impedido.

Nesse assunto, nós, nossos amigos e aliados, pensamos igual e acreditamos em tudo o que dizemos. Um Irã nuclear ameaça toda a ordem mundial. É comumente aceito que seria o início de uma corrida armamentista nuclear regional. Arábia Saudita, Turquia e talvez o novo Egito seriam compelidos a entrar na corrida. O vazamento de tecnologia nuclear para organizações terroristas, sejam xiitas ou sunitas, seria quase inevitável.

A liderança mundial –com os Estados Unidos e o presidente Barack Obama à frente– tem a mesma visão. Um Irã nuclear é inaceitável.

É notado com frequência que a ameaça iraniana representa um desafio complexo para Israel. Isso é inegável, mas para Israel, esse desafio pode se tornar uma ameaça existencial. Os Estados Unidos entendem que apenas Israel pode tomar a decisão em relação a questões vitais para sua segurança e futuro.

Essa segurança e futuro também dependem da obtenção de uma paz justa e segura com os palestinos. A resposta é uma solução de dois Estados; dois Estados para dois povos, a demarcação de uma fronteira da terra de Israel. Um Estado seguro de Israel ao lado de um Estado palestino viável, a expressão das esperanças e ambições do povo palestino.

Nós estamos testemunhando uma sacudida geopolítica dramática, uma caracterizada tanto pela incerteza quanto pela instabilidade. Em tempos de tamanha imprevisibilidade é que aqueles que tomam as decisões devem liderar sempre que possível, moldando eventos, não apenas sendo moldados por eles. Os desafios diante de nós exigem vigilância extra e atenção.

Os israelenses são obstinados. Nós devemos permanecer fortes e de olhos abertos, estendendo perenemente uma mão para sentir qualquer oportunidade potencial de paz. A outra mão, entretanto, como é o imperativo em nossa vizinhança difícil, deve permanecer firmemente no gatilho, pronta para proteger nossos cidadãos caso haja necessidade.

*O texto acima é de Ehud Barak, atual ministro da Defesa e ex-primeiro-ministro de Israel, e foi publicado em 02/01/2013 na Prospect

Um comentário:

  1. Essa segurança e futuro também dependem da obtenção de uma paz justa e segura com os palestinos. A resposta é uma solução de dois Estados; dois Estados para dois povos, a demarcação de uma fronteira da terra de Israel. Um Estado seguro de Israel ao lado de um Estado palestino viável, a expressão das esperanças e ambições do povo palestino.===== Pura retorica, quiça sofísma, mentiras e nada + q mentiras.Palavras p mostrar às potencias vigêntes o lado "bom" dos judeuSS~, lado esse q ñ existe.A máscara vai cair.Quem viver verá. sds.

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