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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Iveco vai exportar o blindado Guarani

VBTP-MR Guarani

A Iveco Veículos de Defesa, coligada do grupo Fiat, vai levar para o mercado internacional o novo blindado brasileiro Guarani, veículo padrão do Exército que pretende desenvolver dez diferentes configurações a partir da versão básica. O primeiro cliente externo será a Argentina, que finaliza um pedido de 14 unidades.
O diretor-geral da empresa, o engenheiro Paolo Del Noce, identifica outras "boas possibilidades"de negócios no Chile, Colômbia e Equador - os três países lançaram programas para a substituição de suas frotas.

O Exército brasileiro vai receber 2.044 blindados até 2029, em grupos de 100 unidades por ano. O valor total da encomenda bate em R$ 6 bilhões - cerca de R$ 2,9 milhões cada. A linha de montagem da Iveco Defesa fica em Sete Lagoas, a 70 quilômetros de Belo Horizonte. A compra do lote inicial de 86 unidades foi formalizada pelo governo no dia 7 de agosto. Parte da fatura de R$ 240 milhões cairá na conta do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) - Equipamentos. Na sexta-feira (07), em Brasília, durante o desfile oficial da Independência, o blindado Guarani participou pela primeira vez da solenidade, apresentado com o canhão israelense UT-30/Br de 30 mm.

Organizações como o Centro de Estudos Estratégicos e de Defesa da Universidade de Georgetown sustentam que a demanda mundial, exceto Estados Unidos e Rússia, para blindados médios, será de 20 mil veículos encomendados até 202o ou 2022. Pelo valor médio, estarão em discussão recursos da ordem de US$ 30 bilhões, ou cerca de R$ 60 bilhões. Paolo Del Noce acredita que o produto brasileiro possa entrar nessa disputa. "Trata-se de um veículo com potencial de gerar interesse no mercado mundial." Embora o Guarani seja propriedade intelectual conjunta do Exército e da Iveco, Del Noce acredita que poderá atender as necessidades da Marinha para equipar os Fuzileiros Navais. "Nosso modelo é anfíbio para aplicações fluviais, todavia podemos adequá-lo ao emprego no mar", disse.

A Fiat-Iveco inaugura até dezembro a fábrica dedicada aos produtos de defesa, dentro do complexo de Sete Lagoas. O investimento, segundo Del Noce, é de R$ 55 milhões. "Quando as linhas de produção estiverem atuando a plena capacidade, o número de fornecedores imediatos será superior a 110, e os indiretos serão mais de 600", sustenta. O índice de participação dos componentes nacionais é de 60% no Guarani. O Guarani é, a rigor, uma Viatura Blindada de Transporte de Pessoal - Médio sobre Rodas, um VBTP-MR. Terá navegador GPS, sensores de detecção laser e sistema ótico de visão noturna.

5 comentários:

  1. Michel, vamos supor que o mundo fique mais instável, e o Brasil começa a sentir certas “pressões” internacionais e sente a urgência de se armar mais para uma possível agressão internacional. Vamos supor também... Que os países “irritados” com o Brasil sejam do grupo Itália, Israel, Eua etc. Eles poderiam parar de fornecer os outros 40% de que constitui o Guarani correto? (canhão, sistemas eletrônicos e ópticos) conseqüentemente ficaríamos na mão e teríamos que correr a trás para substituir tais peças?

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    1. Precisaríamos se quiséssemos fabricar mais desses blindados, mas o Brasil pode perfeitamente construir tudo do Guarani.

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  2. "Embora o Guarani seja propriedade intelectual conjunta do Exército" isso pode ser rebatido. ao meu ver, tivemos muita ajuda da Iveco, vide os seus centauros. mass, posso estar enganado.

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    1. O desenho do Guarani é do EB, como não temos nenhuma empresa capacitada para construir veículos blindados, a Iveco foi a escolhida para materializar nosso projeto.

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