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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Cenas líbias são fortes, mas Egito é perigo maior


Resposta do novo presidente aos ataques contra embaixada no Cairo decepcionou governo de Barack Obama

A resposta tépida do Egito agravou ainda mais as preocupações de Washington sobre o novo governo islâmico

Líbios tomam de assalto embaixada americana em Benghazi, Líbia, e estraçalham uma bandeira americana
em protestos contra um filme sionista que ofende a memória do profeta Muhammad 
Apesar de todas as imagens perturbadoras do mortífero atentado contra a missão norte-americana em Benghazi, o governo do presidente Barack Obama precisa encarar a possibilidade de que o maior problema em longo prazo para os Estados Unidos talvez esteja no Egito, e não na Líbia.

Horas antes dos atentados em Benghazi, a embaixada norte-americana no Cairo foi cercada por manifestantes.

Embora a violência lá não tenha causado mortes de cidadãos dos Estados Unidos, a resposta tépida do governo egípcio à agressão agravou ainda mais as preocupações das autoridades de Washington quanto ao novo governo islâmico do presidente Mohamed Mursi.

Obama, discursando na Casa Branca anteontem, fez questão de ressaltar que as autoridades líbias haviam tentado ajudar nos esforços norte-americanos para proteger os diplomatas estacionados em Benghazi.

"O ataque não romperá os elos entre os Estados Unidos e a Líbia", declarou Obama.

O presidente encontrou menos motivos para satisfação quanto ao Egito, o segundo maior recipiente de assistência norte-americana, depois de Israel, com um total de US$ 2 bilhões ao ano.

Mursi repreendeu os responsáveis pelos distúrbios sem muita severidade, e via Facebook, enquanto seu partido, a Irmandade Muçulmana, pedia um segundo dia de protestos contra o grosseiro vídeo anti-islâmico que causou os distúrbios.

E, ainda que a polícia egípcia tenha coordenado suas ações com os diplomatas norte-americanos, Mursi demorou 24 horas a divulgar sua declaração contra os militantes que atacaram a embaixada; já as autoridades líbias divulgaram declarações imediatas de repúdio aos ataques em Benghazi.

Obama parece ter dado a entender que o relacionamento entre Estados Unidos e Egito está em evolução.

"Não acredito que possamos considerá-los como aliados, mas não os consideramos como inimigos", ele declarou em entrevista à rede Telemundo.

Para os Estados Unidos, "politicamente, a questão mais importante é o Egito", disse Martin Indyk, ex-embaixador norte-americano a Israel. "Por um lado, não houve mortes de norte-americanos, mas foi o quarto ataque à embaixada norte-americana no Cairo sem que a polícia egípcia fizesse grande coisa."

Diversos especialistas em política externa dizem estar preocupados com a possibilidade de que Mursi esteja mais preocupado em apaziguar islâmicos de seu país que com segurança nacional.

O acontecido vem se somar a outras decisões de seu governo, entre as quais restrições à liberdade de imprensa e disputas com Israel quanto ao combate a terroristas que estão se estabelecendo na península do Sinai.

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