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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Militares fazem defesa de ataques simulados

Operação Deportex-NE : homens do Comando do 3º Distrito Naval que estão simulando ataques terroristas, de contrabando e de pirataria fazem a segurança do Porto

Participam do exercício dois navios patrulhas e um aviso patrulha, do Comando Naval do Nordeste


Ao chegar ao trabalho na manhã de ontem, o auxiliar de pedreiro Edivan da Silva, 41 anos, logo percebeu que o expediente da segunda-feira não ia ser igual ao dos outros dias, no Porto do Mucuripe. "Na entrada, além do crachá, tive de apresentar também minha identidade. Achei estranho e disseram que teríamos uma operação da Marinha. Achei legal, porque nunca vi uma tão de perto". Assim como ele, os demais funcionários do Porto, que logo se juntavam curiosos, presenciaram movimentação diferente na rotina de seus postos de trabalho.

Na entrada principal, a revista meticulosa nos veículos e a identificação rigorosa dos passageiros. Próximos aos navios, fuzileiros navais armados à espreita de qualquer ameaça. Isso porque, até a próxima sexta-feira, a Marinha do Brasil, por meio do Comando do 3º Distrito Naval, realizará o exercício de defesa do Porto em Fortaleza, chamado de Deportex-NE 2010. Sediada no Porto do Mucuripe, a operação simulará ataques terroristas, de contrabando, de pirataria, de roubo de cargas etc.

Tudo isso, como explica o Capitão-de-Mar-e-Guerra Alessandro de Sá Cavalcante, capitão dos Portos do Ceará e comandante da operação de Defesa do Porto, para que cerca de 300 homens testem o plano de operação de segurança da Marinha, além da capacidade de mobilização, pronta-resposta e de segurança do Porto. "Na verdade, todas as ações contra os Portos são imprevistas. Esse exercício é muito importante porque coloca em prática o planejamento que a Marinha possui, além de avaliar o plano de segurança do Porto do Mucuripe".

Depois do atentado de 11 de setembro, nos Estados Unidos, justificou, houve a elaboração do código internacional de proteção marítima e portuária. Conforme detalhou, para realizar os ataques foram enviados a Fortaleza, algum tempo antes, os oficiais chamados de "figurativo inimigo". A eles, que não se sabe de onde, quem são ou onde estão alojados, cabe a tarefa de simular ataques ao Porto, para que as tropas, os navios e as aeronaves reajam.

Em meio aos ataques, que não envolvem explosões nem feridos, a equipe de defesa precisa conseguir manter as atribuições da Capitania dos Portos que, no caso, são: preservar as instalações; garantir a segurança da navegação; a salva guarda da vida humana no mar; e prevenir contra a poluição.

Para a defesa do Porto do Mucuripe, portanto, participam do exercício dois navios patrulhas e um aviso patrulha, do Comando de Grupamento de Patrulha Naval do Nordeste. Participam, ainda, cinco embarcações da Capitania dos Portos; tropa do Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal, composto por cerca de 120 militares; uma companhia do 23º Batalhão de Caçadores do Exército Brasileiro; composto por cerca de 90 militares; uma aeronave P-95 da Força Aérea Brasileira (FAB); Corpo de Bombeiros; Polícia Militar do Ceará e Agência Brasileira de Inteligência no Ceará (Abin-CE).

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