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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Turquia prepara suas tropas para retaliação a ataques da Síria

O que aconteceria em caso de uma intervenção da Otan na Síria? A Turquia teme poder ser atacada com armas químicas em retaliação. O país tem criticado a ONU por ser hesitante demais e está disposto a agir sozinho contra Assad –sem um mandato da ONU se necessário.

Desde o ataque na Síria, na última quarta-feira (21), com gás que atinge o sistema nervoso, e no qual centenas de pessoas teriam sido mortas perto da capital, Damasco, políticos e generais na Turquia têm feito uma pergunta assustadora: em caso de uma escalada da situação, por exemplo, se os Estados Unidos realizarem um ataque militar, a Síria contra-atacaria? E o presidente sírio Bashar al-Assad ousaria atacar a Turquia e, consequentemente, a Otan, usando armas químicas?

Esse curso de ação é visto como "improvável, mas certamente possível", segundo um funcionário do Ministério da Defesa turco, em Ancara. Nos últimos dias, o governo reforçou as precauções contra um ataque químico nas regiões no sul do país, ao longo da fronteira com a Síria. "Nossas forças armadas estão cientes", ele diz. A mídia turca noticiou que tropas estão realizando exercícios em preparação para o pior.

Do ponto de vista turco, a comunidade internacional não está fazendo o suficiente no conflito sírio. Após a notícia de ataque com gás que atinge o sistema nervoso, o presidente Abdullah Gül pediu à comunidade internacional que tome medidas concretas para conter o derramamento de sangue na Síria, enquanto o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, acusou a ONU de inação.

Segundo a opinião geral, a Turquia não está pedindo por ora por uma ação militar contra Damasco, mas sim endossando sanções internacionais. Claramente, ela não precisa de uma guerra à sua porta. Mas o governo não comentou medidas específicas que poderiam ser adotadas contra o regime Assad. Ancara há muito critica fortemente Assad. Quando um caça turco foi abatido além da costa da Síria em junho do ano passado, a relação entre os dois países deteriorou ainda mais. Erdogan prometeu que apoiaria o povo sírio para libertá-lo do "ditador Assad".

Desde que o conflito na Síria teve início, há dois anos e meio, a Turquia recebeu mais de meio milhão de refugiados de sua vizinha. Ativistas da oposição síria organizam sua resistência dali; a Turquia serve como um refúgio. Eles relatam como os suprimentos de armas são canalizados pela Turquia até eles. Recentemente, um ativista disse à agência de notícias "Reuters" que os rebeldes receberam da Turquia "400 toneladas de armas", financiadas pelos "Estados do Golfo", uma das entregas mais importantes para ajudar na luta deles contra as forças do governo. Como sempre, a Turquia negou isso.

Restrições diplomáticas abandonadas
O ministro das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, disse na segunda-feira que a Turquia se juntaria a uma coalizão internacional contra a Síria, mesmo que não exista um mandado da ONU. Se nenhuma decisão vier do Conselho de Segurança, haveria alternativa na mesa. Atualmente, "36 ou 37 Estados" discutem essas alternativas, ele disse. Ele também criticou a posição adotada pela Rússia e pela China, que se recusam a agir contra Assad.

"Desde o início, a Turquia argumentou que a comunidade internacional não pode simplesmente permanecer inerte diante dos massacres do regime Assad", disse Davutoglu, segundo o jornal turco "Milliyet". A credibilidade da comunidade internacional seria manchada caso seu fracasso em agir prossiga. Pessoas como Assad, que cometem crimes de guerra e crimes contra a humanidade, devem ser punidas, exigiu o ministro das Relações Exteriores.

A Turquia, um país membro da Otan, se vê em uma posição desajeitada diante dos eventos na Síria e no Egito. Ela não é poderosa o bastante para traçar seu curso de ação nesses conflitos sozinha, mas também é importante demais para ser ignorada. Erdogan atualmente abandonou todas as restrições diplomáticas e tem criticado duramente o Ocidente.

Erdogan se indispõe com os Estados do Golfo
No caso do Egito, ele até mesmo fez acusações de cumplicidade. Aqueles que não dizem nada sobre o golpe militar e sobre a remoção e prisão do presidente eleito Mohammed Mursi são "tão culpados quanto" aqueles que de fato perpetraram o golpe. "Vocês permaneceram em silêncio a respeito de Gaza, da Síria e agora do Egito. Como vocês podem falar de democracia, valores globais e direitos humanos?", ele esbravejou.

Contudo, ele também se indispôs com vários Estados do Golfo que apoiam o Exército no Egito, mas que também são importantes parceiros comerciais para a Turquia. Se Erdogan continuar por esse caminho, a estabilidade política da Turquia pode ser ameaçada, alertou o cientista político Hüseyin Bagci, da Universidade Técnica do Oriente Médio, em Ancara, no jornal "Today's Zaman".

Mas Erdogan se recusa a ser influenciado pelas críticas –e agora também começou a atacar os países islâmicos que ajudaram os militares no Egito. "Deus desonrará aqueles no mundo islâmico que traíram seus irmãos e suas irmãs no Egito", ele disse. Ele não mencionou os países nominalmente.

A Arábia Saudita e o Qatar podem ser considerados entre aqueles que apoiam as forças armadas do Egito –os mesmos dois países dos quais a Turquia e a Otan dependem no conflito sírio porque são vistos como oponentes de Assad. Os militares turcos desejam realizar discussões na Jordânia nesta semana sobre como prosseguir, juntamente com os generais de outros países da Otan e representantes da Arábia Saudita e do Qatar.

Um comentário:

  1. Essa ações e possivel atake Sirio veio em boa hora p o Erdogan.Se ele der seu terítorio p os iankss e sua gangue , tem + e q ser atacado..os Sirios estarão certos...e defesa.O amigo do meu inimigo e meu inimigo tbm...Quem viver verá.Sds.

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