sexta-feira, 11 de outubro de 2013
GATE e COE recebem instrução do mais renomado grupo antiterrorista policial do mundo, o GIGN
O GIGN (Groupe d´Intervetion de La Gendarmerie) trouxe um major, um subtenente e dois sargentos para mostrar técnicas de invasão em estruturas tubulares. Ou seja: em aviões, trens, Metrô e ônibus que, por ventura, estiverem tomados por terroristas.
A Polícia Nacional Francesa já ministrou aulas na semana do dia 29 de setembro e o GIGN desembarcou em São Paulo esta semana. O curso se encerra no sábado. Na manhã desta quarta, os policiais do COE (Comandos e Operações Especiais), do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) e do canil da PM receberam instruções em sala de aula e, à tarde, treinaram a tomada de um ônibus invadido por membros do terror.
“Eles são minuciosos no procedimento. Explicaram a forma de utilização de escadas especiais para acesso às janelas do ônibus e o rompimento delas com o uso de explosivos, como agente impactante”, disse o capitão Iron Sergio Silva, comandante do COE.
“Ficaram impressionados com a nossa capacidade de improvisação na ausência de ferramentas. Aqui, a gente não tem essas escadas especiais (que sustentam até três policiais). A gente usa os joelhos de um colega como degrau para acessar as janelas do ônibus. Também temos armas sem mira a laser. Os tiros de precisão nossos são feitos a olho nu. Eles se surpreenderam”, disse o comandante Iron.
Em ação simultânea, o Gate e o COE usam o explosivo e atacam o ônibus. Na saída dos terroristas, um cachorro treinado pelo canil da PM domina o suspeito no chão.
"Temos um convênio de cooperação com a França. A formação dos nossos policiais tem sido de alto nível”, disse o coronel Renato Cerqueira Campos, chefe da assessoria Militar do Tribunal de Justiça de São Paulo. Nesta quinta, o treinamento será em trens.
Policiais paulistas estão recebendo aula de tradução
O coronel Renato Cerqueira Campos explicou que a PM tem feito também trabalhos com policiais para tradução em diversos idiomas. “Em língua francesa temos em São Paulo pelo menos 25 PMs tradutores”, contou.
Ele explica que são ações tomadas com antecedência para atender às necessidades do Centro Integrado para a Copa, que será montado na região central de São Paulo e unirá forças de todas as polícias e acionamentos rápidos dos órgãos de saúde e de tráfego para atendimento das demandas aumentadas por conta do evento.
O comandante Iron Sergio Silva explicou que o COE foi criado em 1970 para combater a guerrilha comandada por Carlos Lamarca. “Treinamos excessivamente em área de mata fechada, tiro ao alvo e, hoje, nossa principal atuação é invasão de áreas de risco para o combate ao crime. Tem de ser ação rápida, focada. A exigência com resultados para os nossos homens é muito grande. Procuramos criminosos em área de difícil acesso, caminhamos às vezes por dias com 80 quilos de equipamentos nas costas. Creio que nossa equipe está apta a receber treinamento antiterrorismo”, argumentou.
“Estamos acostumados a missões de longa duração, negociações, resgate de vítimas em situações difíceis. Combatemos criminosos comuns. E as aulas são para entender o terror.”
Grupo francês teve atuação marcante
A ação mais marcante do GIGN ocorreu em dezembro de 1994. Terroristas do Grupo Islâmico Armado tomaram um avião com 172 passageiros, na Argélia, que tinha como destino, Paris. Houve negociações por 12 horas. O comando islâmico deu ultimato.
Libertação de 172 reféns sem ferimentos
Eles mataram quatro reféns. O GIGN entrou em ação. No Aeroporto de Marignane, em Marselha, fez uma invasão tática. Conseguiu abater todos os terroristas. Nove policiais ficaram feridos, mas todos os reféns foram libertados sem sofrer ferimentos.
Clique aqui e conheça o trabalho do GIGN
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