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sábado, 9 de abril de 2011

"Papai" Muammar e suas seis enfermeiras

Muammar Al-Gaddafi
De volta a seu vilarejo natal de Moguilnoe, na Ucrânia, após uma longa ausência, Oksana Balinskaya, 24, está com saudades de seu “papai”. Um papai pouco comum, uma vez que se trata do coronel Gaddafi. Oksana, uma bela morena de rosto suave, é uma das seis enfermeiras recrutadas dois anos atrás em Kiev, pelo líder líbio, para trabalhar no hospital de sua residência, reservado unicamente a sua família.

Em uma entrevista publicada no dia 5 de abril pelo jornal russo “Komsomolskaya Pravda”, a jovem fala sobre sua vida junto ao Líder, um homem dotado de uma pressão arterial “invejável”, e sem complicações em relação a comida: “Ele adora cuscuz com carne de cordeiro ou de camelo”, mas em geral “ele come de tudo”.

Ela gostava da vida em Trípoli: “Cada uma de nós tinha um apartamento mobiliado à sua disposição. Não tínhamos do que reclamar. Precisa de uma geladeira? Sem problemas. Um papel de parede novo? Era colocado na hora”, ela contou a Alexandre Fedtchenko, correspondente do jornal que foi visitá-la no vilarejo.

A generosidade em pessoa

Todo 1º de setembro, para marcar o aniversário de sua chegada ao poder, o homem forte dava a cada um dos funcionários da residência um relógio de ouro com sua efígie no mostrador. Galyna Kolonytska, outra enfermeira, que trabalhou oito anos a seu serviço, tem uma coleção completa deles.  Descrita uma vez pela imprensa como a enfermeira confidente de Muammar Gaddafi, Galyna, uma mãe de família em seus quarenta anos, não é a bela loira “voluptuosa” descrita nos telegramas diplomáticos americanos revelados pelo WikiLeaks. “A enfermeira principal era Draga, uma sérvia”, explica Oksana.

O coronel era a generosidade em pessoa com suas enfermeiras: “Quando fomos a Nova York, ele mandou nos dar dinheiro para fazer compras.” A mesma cena se repetiu no Cairo: “Nós recebemos um carro e dinheiro para visitar as pirâmides”. O Líder as havia alertado a respeito do horário. O tempo era contado, uma vez que o avião de volta para Trípoli não iria esperar. “Ficamos presas no engarrafamento e perdemos o voo. Felizmente, quando chegamos ao aeroporto, o avião de carga que transportava os automóveis ainda estava lá.”

Uma vez a bordo, a aventura ficou ainda mais interessante. “Os carros estavam presos por correntes, mas nós não tínhamos em quê nos segurar. Por um instante pensamos em entrar em um dos veículos, mas não. A gente se virou como pôde”. Quando elas voltaram para casa, “papai nem ficou bravo”. A cada viagem de avião, “dois aviões de carga seguiam”, um com pertences pessoais, e o outro com os carros. Oksana gostava especialmente dessas viagens. Sua única decepção? Não ter tido tempo de dizer adeus a Gaddafi:  “Ele tinha coisas mais importantes acontecendo”.

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