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sábado, 25 de agosto de 2012

Embraer vence contrato de R$ 12 bi com o Exército


Consórcio liderado pela empresa ficará responsável por sistema que trará mais tecnologia ao monitoramento das fronteiras do País

A Embraer levou a melhor na disputa pelo contrato do novo sistema de monitoramento de fronteiras do Exército, o Sisfron, estimado em cerca de R$ 12 bilhões, que se estende por dez anos. O projeto havia atraído a atenção de vários pesos pesados, como a Odebrecht, a Queiroz Galvão e a Andrade Gutierrez, que participavam da disputa em associação com grandes grupos internacionais de defesa e tecnologia.

O consórcio Tepro, que saiu vencedor, é liderado pela Savis Tecnologia e Sistemas e pela Orbisat Indústria e Aerolevantamento - as duas empresas são controladas pela Embraer Defesa e Segurança. O contrato envolve o fornecimento de equipamentos e a construção de novas instalações para os quase 17 mil quilômetros de fronteira seca do País. A área inclui as divisas com 11 países, englobando 12 Estados brasileiros e cerca de 27% do território nacional. Um dos objetivo do Sisfron é dar mais agilidade ao combate ao crime organizado, como o contrabando e o tráfico de drogas.

A decisão anunciada ontem pelo Exército considerou o Tepro o único consórcio apto a levar o empreendimento adiante. De acordo com comunicado divulgado pela Embraer, agora começa a fase de ajuste de valores do contrato, o que pode alterar um pouco o valor final do Sisfron.

Em um primeiro momento, o trabalho ficará restrito à região Centro-Oeste, com a instalação de equipamentos em uma área que ficará a cargo da brigada de fronteira baseada em Dourados (MS). Segundo apurou o Estado, a implantação do plano começará pela região por causa da maior facilidade de instalação das antenas, radares e sensores que permitirão o monitoramento em tempo real das fronteiras.

À medida que o projeto se desenvolver, a Embraer será obrigada a fazer investimentos complexos em infraestrutura, com a instalação de antenas em regiões de mata fechada, por exemplo. Segundo especialistas na área, isso provavelmente exigirá a parceria com empreiteiras para obras de engenharia.

Além de integrar as diferentes tecnologias a serem usadas - que poderão ser fornecidas, em parte, por companhias estrangeiras -, a Embraer também terá de construir a infraestrutura e levar o número de pelotões de fronteira de 21 para 49. O projeto inclui também o uso de veículos aéreos não tripulados, que, junto com os radares, ajudarão os pelotões a monitorar atividades suspeitas nas fronteiras à distância.

Escolha. A opção pela Embraer pode ser entendida como uma forma de proteger não só a propriedade intelectual da tecnologia aplicada no monitoramento, mas também como uma maneira de evitar que informações sigilosas sobre a segurança das fronteiras do País caiam nas mãos de grupos estrangeiros.

Uma das exigências do governo em projetos para a área de segurança nacional é a transferência irrestrita da tecnologia de todos os softwares e hardwares utilizados. Para assegurar esse direito, o governo estaria até disposto a desembolsar um valor maior no contrato.

Para a Embraer, o contrato significa a garantia de uma receita considerável durante um período relativamente longo. A empresa não ficará, porém, com todos os repasses do governo - terá de remunerar tanto as fornecedoras de equipamentos quanto as empresas que contratar para obras de engenharia.

A área de defesa vem ganhando espaço dentro da Embraer, que registrou lucro de R$ 114,8 milhões no segundo trimestre de 2012, queda de 25% em relação ao ano anterior. A receita, porém, subiu 56% na mesma comparação, atingindo R$ 3,385 bilhões. O mercado de defesa representou 15,6% do faturamento entre abril e junho de 2012, ante 14,7% do segundo trimestre do ano passado.

Na mesma comparação, a participação da aviação executiva diminuiu de 18,2% para 15,5% da receita. A maior parte do faturamento da Embraer continuou a se concentrar na aviação comercial, cuja fatia subiu para 68,1% no segundo trimestre, ante 65,4% de igual período de 2011.

7 comentários:

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    face a isso... quando o sub nuclear estiver operando... provavelmente já teremos alguns satélites militares para lhe dar "olhos"...espero.
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    by XTREME

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    1. O Brasil já tem satélites militares, pouca gente sabe disso.

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    2. -
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      opa .. compartilhe isso Informante
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      by XTREME
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      PS. mesmo usando uma conta google... esse "maldito" captcha não me "larga"..rs.. q falta ?

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    3. Compartilhar o que? É público e notório que todos nossos satélites servem de uso militar. Deixo uma questão para reflexão: O que difere um satélite de observção civil de um satélite militar?

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    4. -
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      seria o acesso a informação que "transita" no mesmo...
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      como o gps(americano) todo mundo pode usar...mais se o "aparato" exceder 1000km/h só militares americanos...
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      ps. malditos capcthas

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  2. A Embraer é uma grande empresa estatal que tem a obrigação de servir o país com sistemas militares de alta-tecnologia... Eu não admito o país ter que se submeter á comprar caças estrangeiros, a EMBRAER poderia estar desenvolvendo um caça de geração 4.5, pois temos empresas que poderiam estar suprindo sistemas para este caça, como a MECTRON, AVIBRAS, AEROELETRONICA, ATECH entre outros. O único problema seria o motor, que teria que ser importado!

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    1. A Embraer não é uma empresa estatal. Ele pode ser considerada uma empresa de capital misto, mas não estatal. Mais da metade do capital da empresa é privado. Sobre a questão de um caça nacional: O Brasil tem capacidade de construir o melhor caça do mundo, afinal temos pessoal capacitado para a função. No entanto, o Brasil não vivia um bom momento financeiro. O Brasil tem muitas prioridades que não a defesa, reduzir a desigualdade social e a infraestrutura do país são apenas dois exemplos. Eu não acho que teríamos muitas dificuldades para construir um motor, mesmo se ele for um motor de empuxo vetorado. Creio que a maior dificuldade seria o desenvolvimento do software.

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