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sexta-feira, 15 de abril de 2016

É verdadeira a ameaça do Estado Islâmico ao Brasil?

 Maxime Hauchard (kunya Abu Abdullah Al-Faransi)
A essa altura a maioria dos meus leitores já tiveram conhecimento da "notícia" que o Estado Islâmico ameaçou o Brasil. Fiquei tranquilos, meus caros. Tudo não passa de uma notícia plantada!

Os meios noticiosos ligados a Rede Globo difundiram uma notícia onde o mujahid do Estado Islâmico Maxime Hauchard (kunya Abu Abdullah Al-Faransi) ameaçara nosso país. A notícia ganhou repercussão nos demais meios de massa de nossa e deram margem à comentários incultos por parte da população brasileira.

Primeiramente, temos que partir do princípio que a afirmativa da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) é no minimo imprecisava, para não dizer inverossímil.

Outra coisa, omo uma agência de inteligência pode se basear por uma ameaça feita em uma rede social? A ABIN não pode verificar a identidade de quem está na Síria!

A ameaça feita por Maxime, a qual gerou todo esse estardalho da ABIN, foi feita em novembro de 2015. Por que só agora eles reportaram isso?

A ABIN afirma que Maxime se juntou ao Estado Islâmico em 2012, mas na verdade o citado fizera o hijirah (migração) em agosto de 2013. Notem a imprecisão da ABIN, que se quer teve a capacidade de colher dados sobre Maxime das agências de inteligência francesa.

Maxime não é por voz do Estado Islâmico. Logo, mesmo se ele tivesse tecido ameaças ao nosso país, ela não seriam críveis. Eu escutei TODOS os discursos de Al-Baghdadi e de seu porta-voz, o sheikh Mujahid Abu Mohammad Al-Adnani, e nenhum deles jamais fez menção do Brasil.

O perfil no Twitter em questão levava o nome de "Maxime Hauchard", o que causa estranheza. Geralmente os ocidentais que se convertem ao Islã ficam ansiosos para usar um nome árabe. No caso dos jihadistas, os kunyas se tornam mais importante que os nomes verdadeiros. Notem que o Califa Abu Bakr Al-Baghdadi se utiliza de um kunya, haja vista que nascera sob o nome de Ibrahim Awad Ibrahim Al-Badri. Por que Maxime utilizaria um nome de kuffar (infiel)?

A última notícia que temos de Maxime, é que ele lutava na frente de Deir ez-Zor, o pior front da Síria para o Exército Sírio e para o Estado Islâmico. Quem luta em Deir ez-Zor não tem tempo de ficar no Twitter. É capaz que Maxime já esteja morto.

Por fim, quero tecer uma critica a agência de inteligência civil brasileira pelo seu amadorismo. A agência que forma espiões só depois de aprová-los em concurso - isso não acontece em nenhum lugar do mundo - não pode prestar esse desserviço ao país. Sabemos que a "notícia da ameaça" tem quase 6 meses e por que só agora falam disso? Porque a Câmara dos Deputados Federais estava debatendo uma Lei Anti-terrorista, a qual quer marginalizar os movimentos sociais. Sabemos que a presidente Dilma enfrenta um processo de Impeachment e esses movimentos prometeram defender a presidente a todo custo, com violência inclusive. Se realmente a presidente fora deposta, quem assumir o governo precisará de leis para governar e no momento não há uma lei que dê segurança aos golpistas.

2 comentários:

  1. Esclarecedor! Valeu! Informações que só quem vê um palmo à frente do nariz entende o que se esta falando!

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