sexta-feira, 29 de junho de 2012

Americanos logram “hackear” UAVs com um aparelho que custa US$ 1 mil

Acima o UAV americano RQ-170 Sentinel capturado pelos iranianos 
Pesquisadores da Universidade do Texas, Austin, EUA, demonstram pela primeira vez a possibilidade de “hackear” os sinais GPS de um avião não-tripulado (UAV, por sua sigla em inglês), assim informa uma nota de imprensa emita hoje pelo centro docente.

O mestre Todd Humphreys e seus alunos usaram uma técnica de suplantação de identidade que conhecida como “spoofing” para gerar falsos sinais de GPS e desviar o UAV da rota programada.

Humphreys e seus alunos colocaram um UAV no ar, depois alguém do grupo utilizando um aparelho que custa menos de US$ 1 mil logrou assumir o controle do UAV. Eles fizeram o UAV fazer piruetas e quando parecia iminente que o UAV se chocaria com o solo, voltaram a mudar o rumo do UAV para assegurarem um pouso com sucesso. Humphreys realizou esta demonstração no final de junho, no Novo México, a pedido do Departamento de Segurança Interna dos EUA.

A façanha, que não é nada nova, diga-se de passagem, chegou até a imprensa americana, a qual gerou um frisson enorme ao ponto da mesma afirmar que “toda frota de UAVs dos EUA está em perigo”, foi assim que a Fox News descreveu os acontecimentos.

Bom, a frota de aviões não-tripulados dos EUA corre perigo a muito tempo. Ao passo que os EUA incrementa seu poderio aéreo com aeronaves desse tipo, muitas delas de altíssima tecnologia e que não possui análogas no mundo, fizeram russos, norte-coreanos e iranianos buscarem alternativas para poder anular essas aeronaves ou pelo menos causarem um certo tipo de dano nas mesmas. Há um software russo que é vendido no mercado paralelo por US$ 30 mil que ajuda pessoas “mal-intencionadas” a tomar o controle de qualquer UAV no mundo. A resistência iraquiana, de posse desse software, logrou várias vezes tomar o controle dos UAVs americanos. O Hizbollah da mesma forma com os israelenses.

E o que dizer do mais sensacional “hacking” de UAV da história? Quem não se lembra daquele sensacional post do Informante "RQ-170 Sentinel shut down", quando eu expus a verdadeira técnica empregada pelos iranianos ao jammear a A Besta de Kandahar” (apelido dado ao RQ-170 Sentinel enquanto as autoridades americanas não admitiam a existência desse UAV espião)?

É amigo, bem-vindos de forma definitiva a Guerra Moderna.

Empresa americana assessorou a China na criação do helicóptero de ataque WZ-10

A empresa reconheceu sua culpa e concordou em pagar uma multa de mais de US$ 75 milhões ao governo americano

Acima o helicóptero de ataque WZ-10
A empresa americana United Tecnologies (UTC) e duas de suas filias, a Hamilton Sundstrand y Pratt & Whitney Canada, reconheceram perante a justiça que infringiram a lei de exportações dos EUA e assessoraram a China na criação de um helicóptero de ataque, o WZ-10.

A empresa concordou em pagar mais de US$ 75 milhões ao Ministério da Justiça e ao Departamento de Estado para chegar a um acordo sem a necessidade de travar um processo judicial.

“A China pode fabricar seu primeiro helicóptero de ataque, parcialmente graças as atividades destas empresas que transferiram tecnologia militar secreta dos EUA”, diz um comunicado do Ministério da Justiça a respeito.

O WZ-10 está equipado com motores Pratt & Whitney Canada, que é uma filial da Pratt & Whitney, um dos maiores produtores de motores civis e militares. A fabricação do helicóptero chinês foi iniciada em 2000 e já em 2009 as primeiras unidades passaram a formar parte das Forças Armadas da China.

Os EUA introduziram de forma unilateral um embargo a exportação de equipamentos e tecnologias militares à China em 1989, depois dos trágicos acontecimentos na Praça Tiananmen, quando as autoridades chinesas esmagaram violentamente os protestos estudantis.

Segundo o Ministério da Justiça dos EUA, a China buscava desenvolver seus helicópteros de combate desde a década de 80 do século passado, com a introdução de tecnologia estrangeira, tecnologia essa que era adquirida por debaixo dos panos com a criação de um programa de desenvolvimento de um helicóptero comercial.

Se apurou que desde 2002 até 2004, a Pratt % Whitney forneceu à China motores para os helicópteros militares que era os mesmos instalados nas aeronaves civis. Não obstante, a empresa instalava “software” militar nesses motores para ganhar privilégios no mercado da aviação civil na China, diz o Ministério da Justiça dos EUA.

O ballet dos tanques russos

Os tanques não só podem duelar com outros tanques e destruir. No vídeo a seguir você poderá conferir o “ballet dos tanques” russos, uma demonstração típica da Rússia, sem precedentes no mundo. Os tanquistas tiveram a consultoria da coreógrafa do Teatro Bolshoi, Melanina Andrei para propiciar o espetáculo acima.

[VÍDEO] T-90AM – O “Tanque Voador”


O tanque de fabricação russa T-90AM, conhecido como "O Tanque Voador", foi apresentando no fórum militar internacional na cidade de Zhukovsky. O tanque foi coberto com uma grande quantidade de camuflagem para não mostrar todas as novidades deste modelo. Veja mais no vídeo acima.

Rússia pode vender munição avançada para os taques indianos

Acima a munição 3UBK20 com o míssil guiado 9M119M
Rússia e Índia estão mantendo negociações acerca do fornecimento de munição avançada para tanque por parte da Rússia, revelou nesta sexta-feira o subdiretor da Rosoboronexport, Igor Sevastyanov.

“A primeira rodada de negociações sobre a entrega munição 3UBK20 (Mango) para tanque foi concluída e uma segunda rondada sobre a fabricação licenciada (da munição) na Índia irá começar na segunda-feira”, disse Sevastyanov.

Sevastyanov não especificou o volume de munições que a Índia está disposta a comprar, mas ele disse que o mesmo é “grande”.

Ainda segundo Sevastyanov, a Rússia começou construiu uma empresa binacional na Índia, a qual fabricará o sistema de artilharia de foguetes múltiplos Smerch.

Rússia e França desenvolvem em conjunto um novo veículo blindado

VBL  na versão RECO 12.7
A Rússia e a França está desenvolvendo em conjunto um novo veículo de combate de infantaria blindado, anunciou nesta sexta-feira (29) Igor Sevastyanov, subdiretor da Rosoboronexport, estatal russa incumbida de gerir a exportação de material bélico russo.

Em fala durante a Fórum de Engenharia e Tecnologia em Zhukovsky, nas cercanias de Moscou, Sevastyanov disse que estava dirigindo um grupo de trabalho que desenvolveu uma nova tecnologia para ambas as nações e que um protótipo já estava sendo construído.

“Temos um projeto, sob a égide de um grupo franco-russo para as forças terrestres, o qual eu dirijo”, disse Sevastyanov. No momento, estamos desenvolvendo um veículo com chassis francês e armamento e terro russa. O veículo deve surgir nos próximos 18 meses. Temos um projeto de concepção e um modelo já foi feito”, disse Sevastyanov.

Sevastyanov disse que a França está também interessada na coprodução de veículos blindados russos para vender para terceiros países.

O novo veículo pode ser usado pelas tropas francesas e russas e que o mesmo deveria atender os padrões da OTAN e da Rússia, disse Sevastyanov.

Em 11 de março de 2011, “pipocou” nas mídias francesas e russas que a França e Rússia estavam mantendo conversas acerca do fornecimento de 500 veículos blindados ligeiros “VBL” (Véhicule Blindé Léger), de origem francesa, para o Serviço Federal de Vigilância de Fronteiras da Rússia. Os resultados das negociações ainda são desconhecidos.

Sevastyanov também disse que a Rússia e os Estados Unidos podem cooperar no desenvolvimento conjunto de armas e outros equipamentos militares. Ele não mencionou quaisquer projetos específicos, dizendo que apenas um "conjunto de produtos" pode ser desenvolvido em torno de cinco a 10 anos.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Submarinos iranianos são “renovados” com sistemas supermodernos, diz alto comandante


Acima o destroier iraniano “Jamaran” disparando um míssil de cruzeiro anti-navio Noor

Um alto comandante da Marinha Iraniana disse ontem (27) que todos os navios da Marinha Iraniana, incluindo os submarinos, foram renovados com sistemas supermodernos de alta tecnologia.

“Nossas unidades antigas foram renovadas e atualizadas ao mesmo que as modernas embarcações foram equipadas com o que as melhores tecnologias  para nossa região existentes no mundo”, disse o comandante da unidade de Assuntos Técnicos da Marinha Iraniana, o almirante Admiral Abbas Zamini.

 Zamini disse que os novos sistemas e equipamentos inclui novos radares, novos sistemas de sonar, novos sistemas para guerra eletrônica, mísseis, torpedos, motores e geradores a diesel.

“Cada um deles goza dos melhores sistemas e estão equipamentos com o que há de melhor no mundo”, disse Zamini em referência as embarcações iranianas.

“Todos os equipamentos que montamos em nossos meios de superfície e submergidos, bem como helicópteros, aeronaves de asas fixas, hovercrafts, bem como todos os equipamentos de mergulho e sistemas de mísseis, desfrutam das mais modernas tecnologias”, ressaltou  Zamini, acrescentando que a Marinha Iraniana nunca está satisfeita com o atual estados e que a mesma sempre tenta seguir em frente, ombro com ombro com os avanços tecnológicos navais, ciência e expertise.



Submarino estratégico russo “Alexander Nevsky” poderá entrar em serviço no final do ano


Acima o submarino Alexander Nevsky fotografado muito perto de sua completa construção 

O segundo submarino estratégico russo da classe Borey, o “Alexander Nevsky”, será comissionado – se tudo der certo - no final de 2012, ou seja, entrará em serviço na Armada Russa, disse nesta quinta-feira (28) o vice-ministro da Defesa da Rússia, Alexander Sukhorukov.

O submarino rumou para o Mar Branco em 21 de junho para se juntar ao seu “irmão mais velho”, o submarino Yuriy Dolgorukiy, submarino insígnia da classe Borey, em testes em mar.

“Se o relatório estatal de 1º de agosto afirmar que todas as tarefas foram cumpridas, vamos começar imediatamente a preparação dos documentos para comissionamento do submarino”, disse Sukhorukov.

Sukhorukov disse também, que caso do submarino entre realmente em serviço na Armada Russa, o mesmo irá realizar um teste de disparo do míssil Bulava.

Os submarinos estratégicos do Projeto 955 “Borey” serão a ponta-de-lança das Forças Navais Estratégicas da Federação Russa depois de 2018, quando na ocasião serão retirados do serviço ativo os submarinos do Projeto 941 (Akula) e 667 BDR e BDRM (Kalmar e Murena, Delta-3 e Delta-4 para na classificação OTAN respectivamente).

Posto em quilha em 1996 e lançado em fevereiro de 2008, o submarino K-535 Yuriy Dolgorukiy desloca 24 mil toneladas, mede 170 metros de cumprimento e 13,5 metros de altura. Sua velocidade na superfície é de 15 nós, enquanto sua velocidade submergido é de 29 nós. É capaz de navegar de forma autônoma durante 100 dias sem emergir.

O armamento é constituído de torpedos, 6 mísseis de cruzeiro RPK-2 Viyuga, 12 mísseis balísticos navais estratégicos RSM-56 Bulava, que terão o alcance de 8.000 km, os quais podem ser armados com até 10 ogivas de guiamento individual e de reentrada múltipla. A tripulação do submarino é de 107 pessoas, incluindo 55 oficiais.

O míssil Bulava entrará em serviço na Armada Russa até o final do ano se todos os próximos testes forem executados com sucesso.

SAM S-400 Triumf russo terá em breve novo míssil de longo alcance


O novo míssil superfície-ar de longo alcance para sistema antiaéreo russo S-400 Triumf, passou com êxito por todos os testes e em breve será incorporado à tropas de defesa aeroespacial da Rússia, declarou hoje (28) o chefe da Defesa Antiaérea e Antimíssil da Rússia, o major-general  Andrei Demin.

“Um míssil de longo alcance para o S-400 passou por todos os testes e em breve será entregue às unidades de defesa aérea”, disse Demin à agência de noticias russa RIA NOVOSTI.

De acordo com especialistas russos, o novo míssil poderia ser uma variante do míssil 40N6, que um míssil guiado por radar ativo e que é capaz de abater aparatos aéreos a uma distância de até 400 km.

A  Rússia atualmente tem 4 regimentos de S-400 – dois em Moscou, um no enclave báltico de Kaliningrado e um no Distrito Militar do Leste. Em 2020, a Rússia será 28 regimentos de S-400, cada um composto por dois batalhões, principalmente nas zonas marítimas e de fronteira.

O S-400 Triumf é um sistema de mísseis terra-ar de médio e longo alcance que pode abater efetivamente qualquer aparato aéreo, seja ele um UAV, um helicóptero, mísseis balísticos, caças, mísseis de cruzeiro e etc. O sistema pode abater alvos a 400 km de distância e a 30 km de altura.

Exército Russo receberá o 1º UCAV nacional em 2014


Acima o UAV Dozor-3, apenas um dos vários UAVs russos que não "vingaram"

A primeiro aeronave não-tripulada russa com capacidade de ataque (UCAV) será colocada em serviço nas Forças Armadas Russas até o final de 2014, revelou uma fonte da indústria de defesa.

No inicio de abril, o Ministério da Defesa da Rússia emitiu uma especificação técnica para o desenvolvimento de um UCAV. A nova aeronave deverá ter uma estrutura modular e será capaz de transportar vários tipos de equipamentos e armas.

“A empresa Tranzas, baseada em Moscou, foi incumbida de iniciar os testes de voo do UCAV no inicio de 2014, afim de coloca-lo em serviço no final do mesmo ano”, disse a fonte.

A fonte não revelou maiores detalhes, como as especificações da aeronave. Segundo a fonte, as características da aeronave são classificadas, mas disse que a mesma pesará menos de uma tonelada.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse em 14 de junho que a Rússia deve desenvolver uma série de UAVs militares, incluindo UAVs de vigilância e ataque.

A Rússia planeja gastar US$ 13 bilhões no desenvolvimento de aeronaves não-tripuladas nos próximos 8 anos.

Até hoje as empresas russas se mostraram incapazes de desenvolver UAVs a nível dos UAVs ocidentais. As empresas russas reconheceram diversas vezes que tem dificuldade em desenvolver aeronaves desse tipo e pediram para que o estado russo concedesse crédito para as mesmas com a promessa de melhora na qualidade dos aparatos. Os militares russos sempre que tiveram uma oportunidade criticaram abertamente a incapacidade das empresas russas. Muitos modelos de UAVs foram construídos pelas empresas russas, mas todos foram recusados do Ministério da Defesa, com exceção de dois modelos de vigilância que são usado para vigilância. Por essa deficiência, os militares russos foram obrigados a comprar alguns modelos israelenses, caso de 8 Bird Eye-400, 8 I-View Mk150 e 2 Searcher Mk.2 UAV ao preço de US$ 53 milhões.

VÍDEO: Especialistas testam o novo Kalashnikov, o AK-12

Um time de atiradores da “Russian Technologies” testam o protótipo do novo fuzil de assalto Kalashinikov, o AK-12.

Há 71 anos atrás, começava a Grande Guerra Patriótica para os soviéticos

No dia 22 de junho de 1941, as tropas alemãs cruzaram a fronteira soviética. Assim começou a guerra mais sangrenta da história russa, a qual durou 1.418 dias e ceifou a vida de mais de 20 milhões de pessoas.

Putin fala grosso

Mandatário russo disse que não tolerará quem falem em uma “linguagem de força”


A Rússia não tolerará que falem em uma “linguagem de força” e responderá de forma operacional e adequada a toda a ameaça a segurança nacional, disse nesta quinta-feira (28) o preside da Rússia, Vladimir Putin, durante uma recepção solene para os ingresses nas escolas militares celebrada no Kremlin.

“A Rússia nunca permitiu que ninguém falasse em uma linguagem militar. A principal tarefa da Forças Armadas consiste em garantir a paz, o respeito aos interesses e a soberania de nosso país e responderemos de forma operacional e adequada toda ameaça de quem quer que seja”, disse Putin.

O presidente da Rússia sublinho que a criação de um Exército moderno e o fortalecimento da segurança nacional são as “prioridades chave a nível estatal”.

“Elaborando a estratégia de defesa, temos que ter em mente as últimas tendências neste âmbito para seguir modernizando as Forças Armadas”, disse Putin.


Corveta furtiva russa "Makhachkala" se lançou ao mar



O navio “Makhachkala”, a mais nova corveta russa, começou ontem (27) suas provas em mar, especificamente no Mar Báltico, antes de ser entregue à Flotilha do Mar Cáspio, comentou um porta-voz do Distrito Militar do Sul.

“O navio se lançou no mar pela primeira vez e se comprovará o funcionamento do grupo propulsor e a preparação da tripulação”, comentou o porta-voz.

Ele disse também que a corveta deverá ser submetida a testes estatais e só depois será incorporada a Flotilha do Cáspio. Se tudo der certo, a nova corveta poderá começar serviço na Marinha Russa já no final de 2012.

O navio é o terceiro de sua classe, que já tem as corvetas “Astrakhan” e “Volgodonsk” no servi ativo da Flotilha do Cáspio.

Construída pelo estaleiro russo Sankt-Peterburg e projetada pelo Zelenodolsk Design Bureau, a corveta Makhachkala, pertencente ao Projeto 21630 “Buyan”, foi construída com tecnologia furtiva. Por ser um navio relativamente pequeno, destaca-se pela sua manobrabilidade. Seu armamento é constituído por um canhão de 100mm A-190-5P-10,  dois CIWS de 30mm AK-630, foguetes BM-21 Grad, mísseis anti-navio, anti-submarino e de cruzeiro 3M-54 Klub, dois metralhadoras em 14.5 mm e três em 7.62 mm, e para prover a defesa aérea a corveta será dotada de mísseis anti-aéreos Igla-1M.





Putin quer restaurar o “Sistema de Aceitação de Material” militar


A prática soviética de manter representantes militares nas empresas que fabricam material bélico deve se restaurada com a finalidade de garantir a alta qualidade da produção de armas, disse ontem (28) o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

“O sistema de aceitação militar foi praticamente eliminado, o que é ruim”, disse Putin na Câmara alta do Parlamento russo, o Conselho da Federação.

“Deve-se ser restaurada porque sem um sistema efetivo de aceitação militar, teremos grandes problemas com a qualidade do equipamento militar”, disse Putin.

Na União Soviética, os padrões de qualidade foram estabelecidos e executados em cada fábrica de equipamento militar por um representante militar do Ministério da Defesa, o chamado “Voyenpred”, quem aceitava o material para as Forças Armadas.

Os Voyenpreds respondiam diretamente ao Ministério da Defesa e, portanto, eram menos propensos a distorção em favor de uma determinada empresa.

Especialistas acreditam que a eliminação do sistema de aceitação de material militar teve um impacto negativo na qualidade das armas feitas por empresas russas.

Mesmo após encontro amigável entre Obama e Putin, americanos preparam sanções contra a Rússia


Uma semana após o encontro de Obama com Putin no México, paralelamente à cúpula do G20, as relações entre russos e americanos podem desandar. No Congresso americano, mais uma etapa foi vencida na direção da votação de sanções contra as autoridades russas envolvidas na morte do advogado Sergei Magnitsky, na prisão, em novembro de 2009.

Depois da comissão dos Assuntos Estrangeiros da Câmara, a do Senado votou por unanimidade o projeto de lei que carrega o nome de Sergei Magnitsky. Mas enquanto os representantes só visaram o caso da Rússia, os senadores estenderam o alcance do texto a todos os responsáveis por violações de direitos humanos onde quer que eles se encontrem. Uma maneira de atenuar ligeiramente aquilo que Moscou está considerando como um ultraje intolerável.

O projeto de lei ainda deve ser examinado pela comissão das finanças da Câmara e depois aprovado em sessão plenária pelas duas Assembleias. Há meses ele vem sendo motivo de um conflito entre a administração Obama e o Congresso. Uma maioria de parlamentares se recusa a conceder o status de nação mais favorecida à Rússia -voto necessário antes que a Rússia entre para a Organização Mundial do Comércio (OMC)-, se ele não vier acompanhado da aprovação da lei Magnitsky.

A administração Obama teme que aquilo que restou de seu "reset" com Moscou seja comprometido pelo ativismo do Congresso. Segundo fontes diplomáticas em Washington, o caso Magnitsky foi mencionado no fim da conversa entre os dois presidentes paralelamente ao G20 de Los Cabos. O presidente norte-americano tentou convencer o número um russo a não "reagir de maneira excessiva" a uma votação que a administração dificilmente poderá impedir.

Em uma coletiva de imprensa organizada pela associação Freedom House para apresentar o "Magnitsky Files", um documentário sobre o crime organizado dentro do governo russo, o senador republicano John McCain lamentou "as inúmeras tentativas do departamento de Estado de esvaziar o projeto de lei de sua substância". Ele acusou a administração Obama de "se apegar a essa ideia de que Vladimir acabará aderindo ao nosso modo de pensamento".

O filme foi produzido pelo fundo de investimentos Hermitage Capital Management, que decidiu usar a morte de Sergei Magnitsky como motivo para uma cruzada anticorrupção contra o regime russo. Ele apresenta uma meticulosa reconstituição dos acontecimentos que levaram à morte do advogado na prisão, em decorrência de negligência e de agressões. Publicações no jornal russo "Novaia Gazeta" e no "Financial Times" nos últimos meses confirmaram a dimensão do escândalo.

Em 2008, Sergei Magnitsky havia exposto um esquema de fraude fiscal sem precedentes na história da Rússia moderna. Seu empregador, o fundo Hermitage, era acusado de ter ocultado US$ 230 milhões (cerca de R$ 476 milhões), uma soma que na verdade foi drenada por um bando criminoso, graças a um sistema de reembolso de TVA [imposto sobre valor agregado].

Esse bando teve cumplicidade e proteção dentro da administração fiscal e do Ministério do Interior. No total, ao longo de seis anos, resume o filme, esse bando teria fraudado do Estado russo quase US$ 800 milhões.

O fundo Hermitage obteve as listas de passageiros de voos comerciais para Chipre e Dubai, mostrando que membros do grupo e funcionários públicos envolvidos viajavam juntos para se divertir. "Esse caso de fraudes é uma ilustração da maneira como o crime organizado e o governo se fundiram na Rússia", explica William Browder, presidente do fundo Hermitage. "Eles matam, eles roubam, eles passam as férias juntos".

A questão ainda em suspenso diz respeito ao envolvimento dos políticos de alto escalão em Moscou. Qual seria o grau de conhecimento de Anatoly Serdyukov, ministro da Defesa, que dirigiu os serviços fiscais entre 2004 e 2007? Algumas pessoas envolvidas no esquema de reembolso, dentro da administração fiscal, o acompanharam até o Ministério da Defesa.

Rede de espionagem na Espanha vendia dados de 3 mil pessoas por mês


A rede de tráfico ilegal de informação desarticulada no mês passado pela polícia de Barcelona vendia mensalmente dados confidenciais de cerca de 3 mil pessoas, segundo fontes próximas à investigação. Isso dá uma ideia do enorme volume de informação manipulado pelos envolvidos na trama e da aparente facilidade com que conseguiam dados não só de pessoas anônimas, mas também de alguém tão relevante quanto Telma Ortiz, a irmã da princesa Letizia, ou o marido de María Dolores de Cospedal, secretária-geral do Partido Popular.

A Unidade Territorial de Segurança Privada de Barcelona, que durante mais de um ano gravou 2 mil conversas e seguiu dezenas de suspeitos, descobriu um comércio obsceno de dados de todo tipo: estado civil, domicílio, telefone, propriedades, vida profissional, atividades empresariais, telefonemas dados pela pessoa investigada, etc.

Nas pesquisas aparecem envolvidos cerca de 150 suspeitos. Entre eles, 70 detetives privados, alguns dos quais haviam transformado a venda de informação em sua verdadeira atividade profissional. Também foram detidos diretores e empregados das empresas de telecomunicações Movistar, Vodafone e Orange, que em troca de 300 euros davam a lista das ligações telefônicas feitas por uma pessoa.

Na trama também desempenhava um papel importante o engenheiro informático Matías B., que realizou trabalhos para o CNI e que é capaz de penetrar em qualquer computador e obter todos os dados contidos em seu disco rígido. Outro escalão da organização era constituído por um grupo de funcionários do Instituto Nacional do Emprego (Inem) e da Fazenda, além de policiais e guardas civis. Segundo fontes da investigação, a maioria dos agentes não cobrava para facilitar algum dado, mas o fazia "como um favor" para algum detetive amigo.

Obter informação do Inem era muito barato para o esquema: apenas 10 euros, dos quais o funcionário corrupto só recebia 3. Em troca, conseguir da Fazenda a informação secreta contida no formulário 347 (a declaração anual de operações com terceiros) era mais caro: cerca de 20 mil euros.

O juiz de instrução nº 17 de Barcelona tem convocados na causa uma funcionária do Inem de Badalona (Barcelona), dois funcionários da Fazenda de Barcelona e outro do País Basco. Entretanto, a polícia está seguindo a pista de um ou mais delatores que poderiam ser funcionários da sede central da Agência Tributária, que os traficantes denominam de "Casa Grande".

As pesquisas duraram mais de um ano: começaram no início de 2011, quando alguns detetives alertaram a polícia de Barcelona sobre a existência de um esquema de detetives que estavam fazendo uma concorrência desleal graças a seu acesso a dados confidenciais.

O ponto de partida do caso foi Sergio C., um policial de Santa María de Palautordera (Barcelona) que compartilhava o emprego com o de detetive privado. O agente estava em estreito contato com Sara D., uma detetive de Sabadell, que trabalhava para multinacionais como Unilever e Du Pont Ibérica e escritórios de advocacia de luxo como Cuatrecasas.

Pouco a pouco foram surgindo outros escalões do esquema, como os detetives Tomás R., de Barcelona, e Juan R., de Cantábria, que supostamente centralizavam todo o descomunal e valioso volume de informação que a rede conseguia.

Uma fonte conhecedora do caso declarou: "Esse tipo de atividade ilícita é praticado na Espanha há anos. Muita gente sabia que a lei estava sendo violada. A polícia conseguiu enfrentar uma situação perigosa e revelar o obsceno tráfico de dados pessoais".

Uma detida, funcionária do Ministério do Emprego e Seguridade Social, comentou com outras pessoas que a batida policial apenas representará um futuro encarecimento do material informativo.

Almoço do marido de Cospedal foi gravado de uma mesa contígua
Em 19 de setembro do ano passado, Ignacio López del Hierro, marido de María Dolores de Cospedal, secretária-geral do Partido Popular, almoçava com vários executivos da empresa Neoris. A refeição se realizava no restaurante Ten con Ten, na Calle de Ayala, em Madri. Sem que ele percebesse, na mesa ao lado estavam duas detetives particulares, uma conhecida como Meri e outra chamada Mercè, que estavam gravando disfarçadamente toda a conversa. Era uma encomenda supostamente feita por um diretor da citada empresa, que queria saber de que falavam seus companheiros.

A operação, que custou 20 mil euros, foi minuciosamente planejada. As detetives foram vários dias antes ao restaurante com a intenção de colocar microfones ocultos sob a mesa em que estava previsto o almoço de López del Hierro e seus amigos. Não conseguiram e por isso tiveram de idealizar um plano alternativo.

O cérebro da operação chegou a planejar que a espionagem continuasse quando os comensais deixassem a mesa. Averiguaram que o marido de Cospedal chegaria de táxi e que talvez deixasse o restaurante pelo mesmo método. De modo que o chefe da operação contatou um taxista amigo e lhe propôs que estivesse casualmente na área no dia D e que recolhesse casualmente López del Hierro em seu táxi, onde continuaria sendo gravado caso falasse por telefone ou estivesse acompanhado. Afinal o dispositivo ficou reduzido à espionagem na mesa.

Compras do governo favorecem área militar


Encomendas do governo beneficiam principalmente a fabricante de lançadores de mísseis Avibrás, que está em recuperação extra judicial

A formalização das compras e investimentos do governo nos programas de produção e desenvolvimento dos blindados Guarani, da Iveco, e dos lançadores múltiplos de foguetes e mísseis Astros 2020, da Avibrás, supera o efeito imediato, da aplicação de dinheiro a curto prazo - a rigor, a inclusão dos projetos no PAC consolida a administração federal como protagonista dos negócios no setor da Defesa. O valor do pacote, que envolve também 5.070 caminhões de diversos tipos, chega a R$ 1,527 bilhão.

Segundo Sami Hassuani, presidente da Avibrás, "o governo assumiu compromissos com a produção. É uma vitória extraordinária".

Os dois projetos estratégicos, do blindado Guarani e do lançador Astros, vão receber R$ 588,4 milhões. Os 40 veículos da Iveco terão R$ 342,4 milhões. O produto da Avibrás, cobrindo 30 unidades da configuração 2020, vai levar R$ 246 milhões. Em 2011, a empresa recebeu um contrato no valor de R$ 160 milhões.

Os restantes R$ 939,6 milhões vão custear a encomenda de 5.070 carretas e transportadores mais leves para o deslocamento de tropas e usos gerais. As Forças já estavam autorizadas a comprar no mercado nacional 900 unidades às quais se somarão, agora, outras 4.170.

Produtos. A Avibrás é a principal beneficiada pela MP dos equipamentos. O grupo de São José dos Campos vive sob regime de recuperação extrajudicial. Após receber um aporte do Ministério da Defesa em 2011, iniciou efetivamente o programa Astros 2020, quinta e mais avançada configuração do Astros, para fogo de saturação de área com alcance entre 9,5 e 90 quilômetros.

No novo conceito, a arma passa a incorporar um míssil de cruzeiro com alta precisão e alcance de 300 quilômetros, o AV-TM, e munições com maior poder de fogo. O principal avanço, todavia, é na área eletrônica, toda digital. Em julho de 2011, durante exercício de instrução no campo de Formosa (GO), a 80 quilômetros de Brasília, foram empregados pela primeira vez os blindados de comando e controle que farão parte do conjunto.

O investimento total no projeto é de R$ 1,2 bilhão - valor distribuído ao longo de seis anos. O material que a Força está comprando é composto por 49 viaturas. Além de incorporar o míssil AV-TM, 0 2020 emprega o modelo FOG, antiblindagem.

O Guarani mede 6,9 metros de comprimento, 2,7 metros de largura. Tem uma torre móvel, de acionamento elétrico, para receber vários tipos de armas, e atingirá a velocidade de 90 km por hora em estrada. Também será equipado com navegador GPS, sistema ótico de visão noturna.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Lockheed não oferece o F-35 ao Brasil para não compartilhar tecnologia


A gigante da norte-americana de defesa Lockheed Martin confirmou que decidiu não apresentar seu avião caça modelo F-35 Joint Strike Fighter à licitação do governo brasileiro para a modernização de sua frota militar. Segundo a empresa, o motivo para não incluir o jato em sua proposta foi o alto grau de transferência de tecnologia, imposto pelas regras da concorrência.

Pelo estipulado pelo governo para o projeto F-X2, o fabricante vencedor terá que repassar toda a tecnologia necessária para manter o avião em operação.

Por isso, a Lockheed decidiu apresentar à licitação o modelo F-16BR, uma versão do F-16, um dos aviões de caça mais utilizados em todo o mundo, adaptada às necessidades da Força Aérea Brasileira. Embora seja um sucesso de vendas, o F-16 é um caça mais antigo, tendo sido desenvolvido nos anos 1970. Sua vantagem é ser relativamente barato e ter um baixo custo operacional. Já o F-35 foi criado no final da década de 1990, começo dos anos 2000 e tem capacidade furtiva (stealth) e de pouso e decolagem na vertical (VTOL), como o britânico Harrier.

Uma das preocupações da Lockheed Martin ao apresentar a proposta com base no F-16 e não no F-35 - uma aeronave muito mais moderna - tem a ver com o tipo de tecnologia que o governo dos EUA autorizaria repassar ao Brasil. Sem esse compromisso, o negócio poderia ser desfeito.

A Boeing, que concorre com seu F/A-18 Super Hornet, porém, acredita que isso não será problema. A proposta da fabricante inclui um sistema de radar de varredura eletrônica ativa de última geração, fabricado pela também norte-americana Raytheon. Tecnologias como essa normalmente são protegidas pelos governos dos países para os quais foram desenvolvidas, uma vez que o acesso a ela facilita a criação de contramedidas eficientes.

Além do F-16BR e do F/A-18 E Super Hornet, modelos de quatro outras fabricantes também estão concorrendo. Eles são o Rafale, da Dassault; o Typhoon, da Eurofighter; o Gripen BG, da Saab; e o Su-30, da Sukhoi.

A intenção do governo brasileiro é adquirir uma primeira leva de até 36 aeronaves, para entrega a partir de 2010. As compras, porém, podem ser elevadas para um total de 120 aparelhos.

Protótipo do míssil hipersônico BrahMos 2 ficará pronto em 2017


O primeiro protótipo de um míssil hipersônico de um novo míssil que está sendo desenvolvido pela Rússia e pela Índia estará pronto para testes de voo em 2017, disse o presidente da empresa russo-indiana Brahmos Aerospace, Sivathanu Pillai.

Rússia e Índia concordaram recentemente em desenvolver o míssil supersônico BrahMos 2, míssil esse que poderia ser capaz de voar a velocidade de Mach 5 ou 7.

“Acho que precisaremos de cerca de 5 anos para desenvolver um protótipo totalmente funcional (do míssil hipersônico)”, disse Pillai.

“Nós iremos realizar uma série de testes em laboratório na velocidade 6,5 Mach”, disse Pillai.

Pillai disse que o BrahMos 2 terá três variantes: Plataforma terrestre, plataforma naval e plataforma aérea.

Pillai disse que o novo míssil só será fornecido à Rússia e a Índia e que não será exportada para países terceiros.


Fundada em 1998, a BrahMos Aerospace Ltd fabrica mísseis de cruzeiro supersônicos russos baseados no míssil 3M55 Yakhont (SS-N-26), fabricado pela empreasa NPO Mashinostroyeniya.

O míssil BrahMos tem um alcance de 290km (180 milhas) e pode carregar uma cabeça guerra acima de 300 kg (660 libras). O míssil é efetivo contra alvos relativamente baixo (menos de 10 metros) e tem uma velocidade máxima de Mach 2,8, o que é cerca de três vezes mais rápido que os mísseis americanos do tipo Tomahawk

Tanto as versões mar e terra foram testas com sucesso pelo Exército e a Marinha da Índia e ambos já está em serviço em ambas as forças.

Veja também: Rússia e Índia conversam sobre o desenvolvimento de um míssil hipersônico
                        “BrahMos-2” começará ser desenvolvido ainda esse ano

Rússia pode colocar o 1º S-500 em serviço já em 2013


As Forças Armadas Russas poderiam receber os primeiros mísseis antiaéreos de novo geração, o S-500, já em 2013, disse o comandante da Forças Aérea Russa, o major-general Viktor Bondarev.

“Eu acho que no próximo ano já teremos o primeiro desses sistemas (S-500) em serviço”, disse Bondarev.

O comandante salientou que as defesas aéreas da Rússia estão em bem equipadas e que algumas unidades estão dotadas do formidável sistema S-400 Triumf, o qual mais e mais entra em serviço a cada ano.

Segundo o comandante, as unidades de defesa antiaérea realizam exercícios afim de melhorar as técnicas e a eficiência.

“Temos que melhorar o tempo de respostas das ameaças aéreas para 3-4 segundo em comparação aos 9-10 segundos”, disse o comandante.

 A  Rússia atualmente tem 4 regimentos de S-400 – dois em Moscou, um no enclave báltico de Kaliningrado e um no Distrito Militar do Leste. Em 2020, a Rússia será 28 regimentos de S-400, cada um composto por dois batalhões, principalmente nas zonas marítimas e de fronteira.

O S-400 Triumf é um sistema de mísseis terra-ar de médio e longo alcance que pode abater efetivamente qualquer aparato aéreo, seja ele um UAV, um helicóptero, mísseis balísticos, caças, mísseis de cruzeiro e etc. O sistema pode abater alvos a 400 km de distância e a 30 km de altura.

As características do S-500 ainda são desconhecidas.

S-400 poderia ser exportado para a China a partir de 2017


A Rússia começará a fornecer sistema de mísseis antiaéreos S-400 Triumf à China antes do esperado. Segundo uma fonte da indústria bélica russa, a Rússia irá fornecer sistemas S-400 Triumf à China já em 2017, contrariando todas as previsões de outrora.

“A versão de exportação do S-400 Triumf será desenvolvida até 2017 e os chineses seria os primeiros compradores”, afirmou a fonte na condição de anonimato.

A fonte ainda disse que primeiro o S-400 Triumf deve ser amplamente implementado das Forças Armadas Russas e depois, já a partir de 2017, a Rússia terá condições de fornecer o sistema, em sua versão de exportação, a outros países, incluindo a China.

O S-400 Triumf é um sistema de mísseis terra-ar de médio e longo alcance que pode abater efetivamente qualquer aparato aéreo, seja ele um UAV, um helicóptero, mísseis balísticos, caças, mísseis de cruzeiro e etc. O sistema pode abater alvos a 400 km de distância e a 30 km de altura.

Obs.: Temos um vasto material de notícia acerca do S-400, a quem interessar é só realizar uma busca no blog. 

Comandante da VVS confirma os planos da Rússia em comprar aeronaves An-70


An-70

A Rússia irá comprar 70 aeronaves propfans de transporte tático de origem ucraniana Antonov An-70 quando a Ucrânia corrigir todas as falhas de projeto indicadas por especialistas, disse o comandante da Força Aérea Russa, o major-general Viktor Bogdanov.

“A parte ucraniana prometeu terminar o trabalho restante no avião (An-70) em um futuro próximo”, disse Bogdanov.

“Nós definitivamente compraremos a aeronave”, disse Bogdanov, acrescentando que os desentendimento anteriores sobre a aquisição haviam acontecido em face das falhas de projeto do avião, as quais a Ucrânia prometeu corrigir em conformidade com as exigências russas.

O avião ucraniano An-70 é construído em conjunto com a Rússia, o qual está em desenvolvimento desde 1994. O projeto é cheio de conturbações e o ápice do desentendimento entre russos e ucranianos aconteceu quando o primeiro protótipo foi destruído em uma colisão no ar com um Antonov An-72 no seu quarto voo de teste, em 10 de fevereiro de 1995. O segundo protótipo do An-70 também sofreu um grave acidente em janeiro de 2001. O mesmo alçou voo para teste de frio em Omsk, capital da província russa de Omsk, logo após a decolagem dois motores Progress D-27 apagaram e aeronave teve que fazer um pouso (de barriga) forçado.

O An-70 será capaz de transportar cargas militares de 35 a 47 toneladas a uma distância de 3.000-5.000 km. Também poderá ser usado com aeronave de assalto aéreo (com até 300 homens) ou avião sanitário de evacuação (com mais de 200 feridos). Sua velocidade de cruzeiro alcança 750 km/h. Os sistemas de bordo permitem pousar o An-70 em aeródromos que carecem de equipamentos especiais em terra, tanto em pista de concreto como de terra de 600-700 metros.

Sistema Club-K é "melhorado"


A companhia russa Kontsern-Morinformsistema-Agat revelou ao público uma modificação do Club-K (sistema antimíssil baseado em um contêiner) usando o novo míssil de cruzeiro Kh-35UE com um avançado sistema de aquisição e rastreamento de alvos, disse o representante da empresa, Rostislav Atkov, nesta quarta-feira (27), que assiste a Technology in Machine-Building 2012, que aconteceu em Zhukovsky, perto do Moscou.

“Estamos exibindo o Club-K com o míssil de cruzeiro Kh-35UE (SS-N-25 Switchblade na classificação OTAN) pela primeira vez, que difere das versões anteriores pelo seu sistema avançado de aquisição e rastreamento de alvos”, disse Rostislav Atkov.

Durante a MAKS do ano passado, a companhia russa apresentou o Club-K com 4 mísseis supersônicos 3M54TE (SS-N-27 Sizzler na classificação OTAN) em um contêiner.

O sistema em contêiner permite uma grande flexibilidade, podendo ser instalado em navios mercantes, disse Atkov.

O sistema não presta serviço nas Forças Armadas Russas, observou Atkov, mas segundo o mesmo, a empresa está em negociações com vários países asiáticos.

Veja também: MAKS-2011: Empresa russa apresenta sistema de mísseis de cruzeiro "único"

Esboço do PAK-FA, futuro bombardeiro estratégico russo, foi finalizado


Acima o "Cisne Branco" (Tu-160), o mais moderno bombardeiro da Força Aérea Russa

O esboço para um projeto do futuro bombardeiro estratégico da Força Aérea Russa, conhecido como PAK-DA, foi elaborado, disse o comandante da Força Aérea Russa, o major-general Viktor Bondarev.

“O esboço dessa aeronave já foi finalizado, e as características técnicas e táticas estão sendo definidas”, disse Bondarev em uma entrevista coletiva dedicada ao 100º aniversário da Força Aérea.

“Eu acho que nós temos os recursos e fundos para construir a aeronave há tempo, por isso ele estará pronto quando precisarmos dele em adição ou substituição dos bombardeiros estratégicos Tu-95 e Tu-160”, disse o comandante.

O comandante não quis precisar o número de aeronaves que deverá entrar em serviço na Força Aérea Russa a partir de 2020.

Bondarev também negou ter conhecimento das divergências entre o premiê russo, Dmitry Rogozin, autoridade incumbida de fiscalizar a indústria bélica russa, e o comandante do Estado-Maior das Forças Armadas Russas.

Rogozin disse na semana passada, em seu blog, que não seria interessante a Rússia seguir o caminho dos EUA e criar um bombardeiro furtivo como o B-2 Spirit e repetiu seu apelo anterior para que o país construa um veículo supersônico ao invés de um bombardeiro estratégico convencional.

Rogozin acredita que os bombardeiros estratégicos, hoje em dia, são alvos fáceis para os modernos sistemas de defesa aeroespacial.


Venezuela compra mais 100 tanques de batalha T-72 da Rússia

T-72B1V
Moscou chegou a um entendimento com Caracas e agora irá fornecer mais 100 tanques de batalha do tipo T-72 à Venezuela como parte de um empréstimo de US$ 4 bilhões concedido em 2011 pela Rússia ao país sul-americano, rico em petróleo.

A Rússia concluiu em março de 2012 a entrega de 92 tanques T-72B1V modernizados, sistemas de artilharia de foguetes múltiplos do tipo Smerch e outros equipamentos militares para a Venezuela pela bagatela de US$ 2,2 bilhões.  Essas aquisições são parte de outro empréstimo concedido pela Rússia em 2010.

Hoje em dia a Venezuela um dos maiores importadores de armas russas. Entre 2005 e 2007, Caracas comprou US$ 4 bilhões em armas da Rússia, armas essas que vão desde caças de combate, helicópteros e armas leves.

O Informante comenta a notícia: 
É muito comum alguém ver notícias da Venezuela e sair fazendo comparações com o Brasil. Sabendo que o povo tende a criticar o Brasil ao ver notícias como essas, eu gostaria de deixar claro que a série T-72 é uma a série de tanque da Rússia mais criticada. Reconheço que essa série tem suas vantagens, como por exemplo, a manobrabilidade, mas essa série jamais esteve nivelada com os análogos ocidentais. Essa série tem muito mais desvantagem do que vantagens. Talvez a maior virtude dessa versão comprada pela Venezuela, está na capacidade do tanque disparar ATGMs.

Intriga corrói a China, mas censura camufla resultados na trama de corrupção


Com bom domínio do inglês, culto, metódico e bem conectado, o que protege e impulsiona sua carreira embora não seja membro do Partido Comunista Chinês (PCCh), o inspetor Chen Chao, que resolveu casos muito delicados - inclusive um que afetava o "Grande Timoneiro", Mao Tsetung - é o policial perfeito para destrinchar a novela de Bo Xilai. O ruim é que Chen Chao é um personagem de ficção criado pelo escritor de Xangai residente nos EUA Qiu Xiaolong, que, no entanto, certamente encontrou em Bo Xilai, 62, e sua esposa Gu Kailai, 53, toda uma fonte de inspiração para seus romances.

Hoje em dia se desenrola no Camboja o último episódio conhecido de uma trama truculenta na qual não falta nada: morte, tentativa de golpe, corrupção, espionagem, conflitos diplomáticos, escutas telefônicas e grandes somas de dinheiro. O governo cambojano reconheceu esta semana que, "a pedido e com a colaboração" de Pequim, deteve em 13 de junho o arquiteto francês Patrick Devilliers, residente em Phnom Penh desde 2005 e velho amigo do casal Bo.

Mas quem são os principais atores da trama? Comecemos por Bo Xilai, uma das estrelas mais brilhantes e populistas da política chinesa, cujo fulgor começou a se apagar em março passado, quando um rápido comunicado da agência oficial Xinhua informou sobre sua destituição como chefe do PCCh e prefeito de Chongqing, uma das quatro municipalidades da China e a mais populosa: 31 milhões de habitantes.

A demissão do líder da ala mais esquerdista e conservadora do PCCh, que supostamente entraria no próximo outono no órgão máximo do poder chinês, o Comitê Permanente do Birô Político - ou, o que é o mesmo, a direção colegiada da China exercida por um grupo de nove homens -, foi um verdadeiro estrondo. A demissão de Bo, que deixou as redes sociais em polvorosa, foi imediatamente vinculada à obscura visita que realizou seu braço-direito e chefe da segurança de Chongqing, Wang Lijun, em 6 de fevereiro ao consulado dos EUA na cidade vizinha de Chendu.

A mídia americana vazou que Wang tinha pedido asilo político nos EUA porque temia por sua vida. O Departamento de Estado não quis abrir uma crise sem precedentes com a China e ordenou que seus diplomatas informassem a Pequim e entregassem discretamente o funcionário. Ninguém voltou a ver Wang.

Mas é tal o sigilo que ronda o círculo de poder chinês que o autêntico escândalo só explodiu em 11 de abril. Foi a televisão oficial CCTV quem informou sobre a expulsão de Bo Xilai do Birô Político (de 25 membros) e do Comitê Central do PCCh, acusado de estar envolvido em "graves violações de disciplina". Minutos depois, a Xinhua anunciava que Gu Kailai, a mulher de Bo, tinha sido detida por ser "altamente suspeita" do assassinato do empresário britânico Neil Heywood, cujo cadáver apareceu em novembro no quarto que ocupava em um hotel em Chongqing. O relatório policial divulgado então indicava que a morte foi causada por um ataque cardíaco.

Os chineses não acreditaram. Gu era uma advogada famosa e Bo Xilai havia chegado tão alto em boa medida porque é filho de Bo Yibo, um dos oito veneráveis. Assim são chamados os oito fundadores do PCCh e participantes da Longa Marcha (1934-35) que foram purgados durante a Revolução Cultural (1966-76) e que depois da morte de Mao Tsetung em 1976 retomaram o poder. Entre esses oito veneráveis também se encontrava Deng Xiaoping, o promotor da reforma que transformou a China na segunda potência econômica do mundo. Os filhos desses veneráveis e de outros fundadores do PCCh são conhecidos como "príncipes" e em sua grande maioria formarão a nova geração de dirigentes que sairá do 18º Congresso do PCCh, cuja realização está prevista para meados do outono. Esse conclave eram o que Bo aguardava para dar seu salto definitivo ao poder.

Desencadeado o escândalo, Pequim ordenou que a polícia cibernética bloqueasse em todas as máquinas de busca da Internet chinesa os nomes dos protagonistas, mas não pôde evitar os vazamentos. Como é habitual, veículos da dissidência chinesa como "Boxun.com", estabelecido nos EUA, são os que divulgaram mais informação, com a qual se vai desfiando essa trama espetacular.

Segundo esses veículos, Wang Lijun entregou ao cônsul americano, para sustentar seu pedido de asilo nos EUA, centenas de documentos que vinculavam Gu Kailai ao assassinato que Heywood e Bo Xilai a uma rede ilegal de escutas contra os dirigentes máximos chineses, incluindo o presidente Hu Jintao. Além disso, revelou subornos milionários e a fuga de volumosas quantias do país.

Tudo indica que Pequim quer interrogar o arquiteto francês detido agora no Camboja sobre os negócios dos Bo no estrangeiro e a lavagem de dinheiro e capital evadido dos cofres chineses. Apesar de a China e o Camboja terem um acordo de extradição assinado em 2000, Pequim quer, para agilizar o processo, que Phnom Penh expulse Devilliers para a China. A França já exigiu que o Camboja esclareça os motivos pelos quais deteve seu cidadão. "No Camboja ele não fez nada de mau; se não houver provas claras contra ele, será posto em liberdade", disse um porta-voz do governo. Mas não será tão fácil. A China é o principal doador do Camboja e seu principal investidor.

Devilliers, 52, trabalhou na urbanização de Dalian quando Bo Xilai era prefeito dessa cidade no nordeste da China (1992-2000). Ele e Heywood foram os dois estrangeiros com maior ligação com a ascendente família Bo nesses anos. Depois de revelado o assassinato do britânico, os jornalistas encontraram o francês em Phnom Penh. "Não tenho nada a esconder", disse Devilliers em maio ao jornal "The New York Times".

A imprensa britânica indicou que Heywood foi envenenado porque ameaçou Gu de revelar seu plano de tirar da China uma grande soma de dinheiro se não lhe pagasse a elevada comissão que exigia pela transação. Fazia tempo que Devilliers havia se afastado, mas sabe-se de pelo menos duas empresas conjuntas com a ambiciosa Gu. Uma, a Bournemouth, fundada em Hong Kong, que deixou de operar em 2006 depois da compra de uma residência no luxuoso bairro londrino de South Kensington pela qual foram vistos tanto Gu como o filho do casal, Bo Guagua. A outra empresa, Adad Ltd, segundo o jornal francês "Le Monde", coordenava diversos escritórios de arquitetura estrangeiros no desenvolvimento de Dalian, o porto mais importante do nordeste da China. Para o pai do arquiteto detido, Michel Devilliers, não há dúvidas: "Meu filho foi manipulado por essa mulher", disse ao jornal "The Telegraph".

A proximidade do congresso do PCCh - tem 80 milhões de membros - acelera a urgência dos dirigentes chineses em encerrar o capítulo mais penoso de sua história desde a chacina da Praça Tiananmen em 1989. Daí seu interesse em interrogar Devilliers o quanto antes. Mas a proximidade do conclave também foi o que promoveu a feroz luta de poder que ficou a descoberto.

Segundo o site "Chariweb.com", Gu, para reduzir sua condenação, denunciou que seu marido e Zhou Yongkang, o czar da segurança chinesa e um dos atuais nove membros do Comitê Permanente do Birô Político, planejavam um golpe para impedir que Xi Jinping ascendesse no outono à secretaria geral do PCCh e à chefia do Estado na primavera de 2013. Xi, substituto previsto de Hu, é considerado "progressista demais" pelo conservador Zhou. A detida declarou que Zhou era "o cérebro do golpe" e o qualificou como a "maçã podre" da direção colegiada.

Essa informação foi revelada por ativistas do Boxun e, como é óbvio, não pode ser confirmada. Mas em um fato insólito, um grupo de 15 veteranos do PCCh redigiu em maio passado uma carta aberta a Hu Jintao na qual pediam a destituição de Zhou Yongkang por seu apoio a Bo Xilai e ao chamado modelo de Chongqing. Quer dizer, as campanhas lançadas por Bo: uma contra a corrupção e a máfia nessa municipalidade - na qual seus críticos afirmam que utilizou sem hesitação a tortura e outros métodos ilegais -, e outra para reviver a parafernália e as canções maoístas para aumentar seu poder e o da facção ultraesquerdista.

Zhou continua em seu cargo. Já estava previsto que seria aposentado no 18º Congresso, e depois do mal-estar que representou para a China que sua roupa suja fosse lavada em um consulado americano a direção optou pelo silêncio para acalmar as turbulentas águas do partido.

O fim da novela ainda não foi escrito, mas, seja qual for, a censura nos deixará saber somente a metade.

Oposição síria recebe suprimentos, mas união é elusiva


Exército Sírio Livre (ESL) defende suas posições em Homs 

As milícias antes populares da oposição síria estão se transformando em uma força de combate mais eficaz com a ajuda de uma rede cada vez mais sofisticada de ativistas aqui no sul da Turquia, que está contrabandeando suprimentos pela fronteira, incluindo armas, equipamentos de comunicação, hospitais de campo e até mesmo salários para os soldados que desertam.

A rede reflete um esforço para forjar um movimento de oposição ligando organizações militares, governamentais e humanitárias, que juntas possam não apenas derrotar as forças armadas vastamente superiores do presidente Bashar Assad, mas também substituir seu governo.

Apesar de ser cedo demais para se falar em um Estado dentro do Estado, a crescente sofisticação do esforço ressalta a natureza em evolução do conflito e como o controle sobre as áreas norte e noroeste do país está lentamente escapando do governo. A rede está surgindo em um momento de aumento das tensões com a Turquia e em meio a relatos de múltiplas deserções de altos oficiais do exército sírio, muitos deles agora ajudando a oposição. A Turquia se sentou na última terça-feira (26) com seus aliados na Otan para discutir uma resposta ao abate de um de seus aviões pela artilharia síria, enquanto a Turquia noticiou que um general e dois coronéis desertaram da Síria, elevando o total para mais de uma dúzia.

O empreendimento da oposição aqui constitui mais do que apenas transportar os suprimentos necessários. A meta maior, mas elusiva, é criar uma coesão e cooperação entre as milícias espalhadas que constituem o Exército Livre Sírio, assim como quaisquer governos civis locais que surgirem.

Atualmente há 10 conselhos militares dentro da Síria, disseram os ativistas, incorporando virtualmente toda cidade importante ou área rural em revolta, com a notável exceção de Homs, onde as diferenças faccionárias continuam atrapalhando a união. Os ativistas que trabalham com o Conselho Nacional Sírio, o principal grupo de exilados sírios, emitem pacotes mensais de pagamento, a partir de US$ 200 por soldado, com mais para os oficiais e uma pensão para as famílias daqueles que foram mortos.

O dinheiro, disseram os ativistas, ajuda a assegurar a disciplina entre os conselhos militares, necessária para o planejamento dos ataques mais coreografados contra as forças de Assad, em vez de atos aleatórios de sabotagem. "As operações militares precisam se tornar mais estratégicas", disse Hasan Kasem, 31, um ativista que fugiu de Aleppo, Síria, em fevereiro, quando foi convocado para o serviço militar.

O general Robert Mood, chefe norueguês dos observadores da ONU na Síria, disse ao Conselho de Segurança na semana passada que a resistência está se tornando cada vez mais eficaz, disse um diplomata que estava presente.

O general atribuiu isso a uma maior experiência, em vez de armas melhores ou maior coordenação, mas os ativistas da oposição discordam. Kasem descreveu como os líderes militares dividiram Aleppo e as áreas a oeste, na direção da fronteira turca, em cinco setores sob um conselho militar geral chamado Brigadas Livres do Norte. "O grupo mudou de um grupo militar voluntário para um corpo de fato, uma estrutura militar muito mais organizada", disse Kasem. "Eles tinham que se tornar um exército organizado, caso contrário se tornariam uma gangue."

O esforço da oposição agora também envolve o envio de armas que podem enfrentar tanques. "Ainda não é uma estratégia decisiva, é apenas uma tentativa de ajustar o equilíbrio militar", disse um membro do Conselho Nacional Sírio, falando sob a condição de anonimato porque o contrabando de armas é um assunto secreto.

Os governos ocidentais têm relutado em fornecer à oposição uma grande quantidade de armas sofisticadas, por temor de que caiam em mãos erradas. Aparentemente cientes dessa preocupação, os oficiais da oposição dizem que os recebedores são cuidadosamente avaliados. "Nós temos que verificar as pessoas", disse um oficial, que não estava autorizado a falar publicamente. "Você não quer fornecer equipamento para pessoas que não conhece."

Em Aleppo, cada setor envia um represente para uma sala de operações dirigida pelo conselho militar, disse Kasem. Mas os ativistas admitem um atrito entre os conselhos militares e os líderes civis tradicionais de famílias proeminentes, que assumiram quando o governo sírio evaporou, e que se ressentem de serem ofuscados.

Um conflito de gerações agrava o problema. Os líderes militares tendem a ser desertores jovens. A ideia é fazer com que os conselhos militares se concentrem em questões táticas, enquanto a estrutura de governo civil, os conselhos revolucionários, distribui a ajuda e mantém vivo o movimento de protesto pacífico.

Essenciais para essa tarefa são pessoas como Rami, um jovem ativista sírio com rabo de cavalo, que deu apenas seu primeiro nome. Até o início do ano passado, ele era um executivo financeiro bem-sucedido em uma empresa de mídia de Damasco. Agora ele mora em um apartamento despojado de dois quartos, onde seu esforço para sustentar o levante inclui encher duas bolsas de lona com câmeras de vídeo, telefones por satélite e aparelhos eletrônicos para converter antenas parabólicas de TV em transmissores.

"Quando você está assim tão perto, você sente que o espírito da revolução ainda está com você, que você ainda faz parte dela", disse Rami, com seu apartamento repleto de colchonetes com estampas florais, usados pelo fluxo constante de desertores do exército e ativistas. "Em Istambul ou qualquer outro lugar, você não é nada, você é uma pessoa preocupada com algo acontecendo em outro lugar."

Alguns dos esforços humanitários parecem casuais. Em uma casa próxima da fronteira, um grupo de homens, com seu capacho na entrada sendo um pequeno tapete cinza com o rosto de Assad, comanda um pequeno negócio de encomendas por correio, cuidando de uma série de pedidos de dentro da Síria: suprimentos médicos, pão fresco e fertilizante para fabricação de explosivos rudimentares.

Com inúmeros rebeldes feridos morrendo na lenta jornada até a Turquia para tratamento, há um esforço ambicioso para melhorar as instalações médicas. "Os feridos estão ficando cada vez piores", disse Monzer Yazji, 48, um especialista sírio-americano em clínica médica do Texas.

Yazji ajudou a fundar a União de Organizações de Ajuda Médica Sírias em janeiro passado, para canalizar os fundos de médicos sírios de todo o mundo. De um apartamento na cidade de fronteira próxima de Reyhanli, Turquia, ela patrocina uma série de projetos, incluindo um esforço para convencer médicos no exterior a bancarem um médico sírio, doarem medicamentos e um salário mínimo.

A organização trouxe 70 ativistas da Síria e os ensinou como transportar pacientes com ferimentos graves. Ela começou a enviar hospitais de campo pela fronteira –cerca de US$ 20 mil em equipamento médico em 20 caixas, o suficiente para encher uma pequena picape– para permitir aos médicos a realização de cirurgias rudimentares. Há projetos mais permanentes, como converter um casarão de dois andares, em uma cidade de fronteira síria sob controle rebelde, em um hospital com 30 leitos.

Os médicos sírios que vivem aqui reconheceram certa tensão com o governo turco com o tempo necessário para liberação de suprimentos de ajuda humanitária pela alfândega, assim como a recusa do governo em relaxar a proibição à atuação de médicos estrangeiros. Vários médicos sírios abriram suas próprias casas para pacientes com ferimentos sérios. Talal Abdullah, um ex-coordenador humanitário na área para o Conselho Nacional Sírio, disse que a certa altura ele lotou seu apartamento com 12 pacientes.

Também há desentendimento entre os sírios, com Abdullah, um dentista cristão de Hama, deixando seu posto no conselho porque disse que a Irmandade Muçulmana alienou os não membros. "O poder deles é que todo o dinheiro e toda a ajuda humanitária estão nas mãos deles, mas não sabemos de onde eles vêm", ele disse.

A posição do governo sírio é de que a insurreição é uma operação estrangeira que visa fragmentar a Síria. As autoridades americanas e autoridades de inteligência árabes disseram que uma pequena unidade da CIA está atuando aqui, selecionando quem recebe as melhores armas. Mas ela não entrou no país, disseram fontes.

 Pelo menos dois ativistas reconheceram saber a respeito de contatos com consultores americanos a respeito de táticas militares, mas não disseram nada mais além disso. Mood disse ao Conselho de Segurança que seus intérpretes foram capazes de identificar alguns poucos estrangeiros pelo sotaque, mas nenhuma presença significativa, disse o diplomata no Conselho.

A maioria dos ativistas destacou que os sírios estão simplesmente lutando por uma vida melhor. "A Síria será dividida sobre nossos corpos mortos", disse Manhal Bareesh, 32, filho de um proeminente renegado do Partido Baath na província de Idlib. "Toda vez que alguém morre, eu sinto que é um preço muito alto."

Membro exemplar da Irmandade Muçulmana assume presidência do Egito


Mohamed Morsi

Ele encarna sozinho o resultado de 84 anos de esforços coletivos, de opressão e de sacrifícios. Quase um século de pensamento político e religioso voltado para uma conquista do poder e para a instauração de um Estado islâmico moderno pela Irmandade Muçulmana egípcia, que por fim chegou ao poder através da intervenção de Mohamed Morsi.

No entanto, seria difícil encontrar o que quer que fosse de brilhante nesse homem atarracado que, tanto em coletivas de imprensa quanto em reuniões políticas, se vale obstinadamente do politiquês impenetrável e ambíguo adotado pela maior parte de seus colegas. Figura pouco carismática lançada por acidente em um cargo de presidente, Mohamed Morsi não é nem um animal político nem um ideólogo. Ele é mais um discreto membro de partido que sabe adotar um perfil discreto para melhor servir a seus ideais.

Nada a ver com seu adversário no segundo turno, Ahmed Chafik, ex-piloto de caça, atlético, nomeado primeiro-ministro por Hosni Mubarak antes de sua expulsão, com sua elegância casual. Essa candidatura improvável chegou a dar algumas falsas esperanças aos partidários do antigo regime, convictos de que seu candidato poderia vencer na última hora um homem por quem ninguém dava nada.

Abnegação do militante
Mas, ao chegar à presidência do Egito, em 2 de junho, o islamita sem graça consagrou o triunfo de uma estratégia que compensou: aquela que levou a Irmandade Muçulmana a abrir mão da violência e a esperar sua vez de ser levada ao poder pela vontade do povo, colhendo assim os frutos de décadas de proselitismo. Esperar, aguentar, negociar, sujeitar-se, resistir, dissimular: valores que Mohamed Morsi carrega consigo com a abnegação do militante.

Que ninguém se engane: antes de ser o presidente do Partido da Justiça e da Liberdade fundado pela Irmandade Muçulmana, que até então não tinha uma vitrine política legal, após a revolução, ele foi primeiramente a engrenagem de uma máquina que permaneceu nas mãos do guia supremo da confraria. E o substituto acidental de outro homem aparentemente mais talhado que ele para a função suprema. Khairat Chater, milionário e célebre ex-prisioneiro político, era o grande favorito dessa eleição presidencial antes de ser eliminado da corrida por causa de seu histórico criminal, provavelmente por instigação dos militares. Além disso, ele reina supremo ainda hoje na organização da Irmandade.

No entanto, o doutor Mohamed Morsi, 60, é provavelmente o mais instruído dos presidentes egípcios. Uma trajetória impecável o conduziu de uma família de camponeses analfabetos do Delta do Nilo até os bancos da faculdade de engenharia da Universidade do Cairo, e depois ao posto de professor da Universidade da Califórnia nos anos 1980, e por fim ao posto de diretor do departamento de engenharia da faculdade de Zagazig, no Delta, que ele ocupou durante 25 anos.

Uma história de sucesso à egípcia que a história local adora. Mohamed Morsi não é o primeiro filho de camponeses das margens do Nilo a ascender ao palácio da República, mas, pela primeira vez na história do Egito, não foi o Exército que deu a um filho de fellahs (camponeses) a oportunidade de chegar à presidência.

É a uma organização secreta de disciplina igualmente militar, à qual ele dedicou 33 anos de sua vida, que Mohamed Morsi deve sua ascensão. Entre 1979 e 1995, ele galgou todos os degraus hierárquicos da confraria, passando de simples membro até o cobiçado "conselho consultivo", a instância suprema da organização. Nos anos 2000, ele foi um dos principais atores das vitórias parlamentares da Irmandade. Ele dirigiu o grupo de deputados na Assembleia do Povo, o que fez com que ele sofresse a repressão do regime, inclusive uma condenação de sete anos de prisão.

Obediência cega às ordens
Mohamed Morsi deve essa rápida ascensão, segundo seus detratores, à sua obediência cega às ordens, que faz dele um perfeito oficial subalterno. Para Abderrahmane Ayash, jovem membro dissidente que deixou a organização após a revolução, "Morsi é capaz de discutir durante uma hora a diagramação de um documento que imprimam para ele, sem dizer uma palavra sobre o conteúdo. É um burocrata antes de qualquer coisa, superautoritário, frio e obcecado por ordem. Para ele, a única coisa que conta é o 'tanzim', a hierarquia".

De fato, o homem não agrada à jovem guarda. Ainda que ele tenha administrado desde 2004 o caso das alianças políticas da Irmandade com as coalizões liberais a favor de reformas democráticas, ele tolera mal as críticas à organização. Em 2007, ele teve um papel central na elaboração do primeiro programa político oficial da Irmandade Muçulmana, que proibia a presidência da República aos coptas e às mulheres e previa que um comitê de ulemás supervisionasse a elaboração das leis. "Morsi nos convocou", conta Abderrahmane Ayash, que havia então assumido a liderança de um grupo de jovens contrários ao projeto. "Nós acreditamos que podíamos dialogar com ele, mas ele nos disse que ninguém tinha o direito de discutir suas decisões".

Entre 2007 e 2011, encarregado de garantir o contato entre a Irmandade e os serviços de segurança do regime, Mohamed Morsi teria estabelecido relações de confiança com certas autoridades da segurança de Estado. A ponto de fechar, em plena revolução, um acordo secreto entre o conselho consultivo e o general Omar Suleiman, chefe dos serviços secretos de Hosni Mubarak: a Irmandade se retiraria oficialmente da Praça Tahrir do Cairo, epicentro da revolta, em troca da libertação de alguns funcionários de alto escalão presos e da legalização da confraria.

Candidato da revolução
Quando o Majlis al-Shura, a instância consultiva da Irmandade, descobriu a existência desse acordo, a notícia causou comoção. "Havíamos jurado sobre o Corão que não contaríamos a ninguém", se justificou Morsi diante da assembleia, antes que saíssem bruscamente. Desde então, seu confronto eleitoral com Ahmed Chafik lhe permitiu se impor como o candidato da revolução diante dos defensores da restauração do antigo regime.

Mas seu discurso, habitualmente sectário em seus comícios de província, repletos de referências religiosas, continuava mais do que nebuloso quando ele falava na mídia. Sua insistência em defender a utopia de um islamismo que por si só bastaria para garantir a diversidade religiosa e o Estado de direito muitas vezes tornava suas declarações confusas.

"Um Estado islâmico é por definição um Estado moderno. É um Estado civil. A estrutura islâmica pode controlar o governo e o comportamento do Estado". Para os casos problemáticos para a confraria, como a liberdade de opinião e de expressão, Mohamed Morsi só tem uma frase na ponta da língua: "Sobre esses assuntos, nós respeitaremos a vontade do povo, as decisões de Justiça e a Constituição".

AEL desenvolve armas do Guarani


Acima a torreta autônoma UT30BR, fabricada pela AEL Sistemas

A AEL Sistemas, de Porto Alegre, está em fase final de desenvolvimento de um sistema de armas nacional para o veículo blindado Guarani. A produção do veículo, que terá 60% de conteúdo nacional, será iniciada no próximo ano, em uma fábrica que a Iveco está construindo no município de Sete Lagoas (MG).

O sistema de armas ou torreta do Guarani, também conhecido pela sigla UT30BR, é composto por um canhão de 30 milímetros e uma metralhadora de 7.62 mm, controlada remotamente pelo atirador e pelo comandante da torre, montada em cima do veículo. Possui ainda um computador central de tiro, que permite à tripulação a execução de tiros de precisão mesmo com o veículo em movimento.

Segundo o vice-presidente de Operações da AEL, Vitor Neves, a venda do primeiro lote de produção do sistema está sendo negociada com o Exército Brasileiro para equipar os 16 carros que vão anteceder a produção seriada do modelo, um programa que prevê 2044 unidades em 20 anos.
O primeiro carro do lote piloto foi entregue pela Iveco, ao Exército, na semana passada, durante a Eurosatory, maior feira de equipamentos de defesa da Europa.

De acordo com o executivo da AEL, um protocolo de intenções firmado com o Estado Maior do Exército contempla o fornecimento de 216 unidades nacionalizadas. "Par cumprir este contrato, a AEL fará um investimento adicional de US$ 8 milhões, além dos US$ 10 milhões já investidos na construção de um centro tecnológico de defesa dedicado ao desenvolvimento de tecnologias na área de defesa", afirmou.
O Exército conta com três torretas fabricadas pela Elbit Systems, empresa de Israel controladora da AEL.

A companhia pretende contratar 70 funcionários para atender a demanda de sistemas de armas do Exército. "O desenvolvimento dos sistemas UT30BR também irá mobilizar o envolvimento de 150 funcionários de outras empresas brasileiras nas áreas de estrutura mecânica especializada e blindagem", destacou o executivo.

O sistema UT30 é utilizado em outros programas militares na Bélgica, Portugal e Eslovênia. Neves comenta que o engajamento dos engenheiros brasileiros no desenvolvimento dos sistemas vai permitir o domínio de tecnologias nas áreas de optrônicos, sensores óticos, blindagem, estabilização de plataformas terrestres e computadores de controle de tiro.

O executivo estima que, a partir de 30% do programa desenvolvido, o índice de transferência de tecnologia dos sistemas de armas do Guarani será de 50%. No fim do programa está previsto quase 100% de nacionalização do sistema. No contrato com o Exército ficou definido que os sistemas de três protótipos serão montados no Brasil por equipes do próprio Exército e com o suporte da AEL.

"A AEL está há dois anos trabalhando neste projeto, que pode ser considerado tão ou mais complexo que os sistemas aviônicos das aeronaves de caça de última geração", ressaltou. A construção do prédio onde serão fabricados os sistemas, de acordo com Neves, já está 60% concluída e ficará pronto para uso em dezembro deste ano.

É neste prédio também que a AEL pretende concentrar o desenvolvimento de tecnologias para atender aos projetos que atualmente trabalha na área de defesa. A empresa foi selecionada para fornecer os sistemas aviônicos (eletrônica embarcada) dos helicópteros Esquilo do Exército, que estão sendo modernizados, assim como para os 50 helicópteros EC725, que vão equipar as Forças Armadas do Brasil e que serão produzidos em parte no Brasil.

A Embraer também selecionou a AEL para fornecer quatro sistemas do cargueiro KC-390, que está desenvolvendo para a Força Aérea Brasileira (FAB). As duas empresas criaram este ano a Harpia, para explorar o mercado de veículos aéreos não tripulados (vants). A Embraer também é uma das acionistas da AEL, com participação de 25% no capital da empresa.

Brasil e Itália reforçam cooperação em defesa e destacam programas prioritários


Acima o caça de ataque ao solo ítalo-brasileiro AMX, o maior fruto da cooperação militar entre o Brasil e a Itália; O caça está dotado

Os ministros da Defesa do Brasil, Celso Amorim, e da Itália, Giampaolo Di Paola, reiteraram o desejo de estreitar as relações de cooperação na área de defesa e promover o intercâmbio de experiências entre as Forças Armadas dos dois países.

O ministro italiano foi recebido com honras militares na entrada do Ministério da Defesa (MD). Logo após, em reunião, Celso Amorim disse que a parceria entre Brasil e Itália já é antiga e precisa continuar. Ele expôs aos italianos projetos realizados conjuntamente com o país europeu e setores que podem gerar potenciais parcerias.

Amorim ressaltou que dentro do Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (Paed), um dos projetos prioritários para a Marinha é o Programa de Obtenção de Meios de Superfície (Prosuper). A iniciativa prevê a aquisição de novos navios de superfície e abrange 11 embarcações (cinco fragatas, cinco escoltas e um super navio de apoio).

A Itália é um dos países que tem interesse em desenvolver embarcações para o Brasil. Nesse sentido, o ministro da Defesa italiano manifestou que a intenção do seu país não é comprar ou vender navios, “mas trabalhar junto” no desenvolvimento deles. Sobre esse assunto, o ministro brasileiro destacou que é importante haver essa transferência de tecnologia para aumentar a capacitação nacional.

Um dos assuntos tratados na reunião foi a histórica parceria entre os dois países no desenvolvimento do projeto dos jatos AMX, iniciado em 1980. Iniciativa bem-sucedida, o AMX foi fundamental para que a Embraer adquirisse capacitação para produção de aviões civis e militares. Foi ressaltado que é preciso continuar a cooperação ítalo-brasileira em logística no programa.

Os AMX brasileiros estão passando por um processo de modernização. Nessa semana, na terça-feira (19), a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou o primeiro voo de um AMX modernizado. O fato aconteceu na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo.

No encontro, os ministros foram acompanhados por seus oficiais de Alto Comando. Pelo lado brasileiro estiveram presentes os comandantes da Marinha, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto; do Exército, general-de-exército Enzo Martins Peri; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Aprígio Eduardo de Moura Azevedo (interino); além do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general-de-exército José Carlos De Nardi.


Troca de experiências
Celso Amorim mencionou a experiência do Brasil em operações de paz, como no Haiti, e disse que “é uma boa oportunidade de cooperação nessa área”. Sobre o país caribenho, o ministro brasileiro reforçou a ideia da retirada gradual das tropas. “Não é bom para nós nem para eles que façamos a segurança do Haiti para sempre.”

Também foi citado o trabalho realizado pelos militares brasileiros no Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), no Rio de Janeiro – responsável pelo treinamento das tropas. O ministro da Defesa brasileiro disse que seria interessante que os italianos conhecessem o centro e abriu as portas para um futuro intercâmbio entre oficiais dos dois países nessa área.

Giampaolo Di Paola, por sua vez, convidou os militares brasileiros a conhecer o trabalho de combate aos grupos de piratas realizado por eles no Oceano Índico. Sobre esse aspecto, Amorim lembrou que é importante para o Brasil ver como se dá uma operação naval em outro teatro e que as ações de pirataria já chagaram no Atlântico Sul, principalmente no Golfo da Guiné.

No que diz respeito às missões internacionais, Giampaolo Di Paola explicou que “a Itália está agora engajada em operações de paz”. O ministro destacou a experiência do país no comando da Força Interina das Nações Unidas no Líbano, a Unifil – a qual o Brasil participa com o comando da Força-Tarefa Marítima. O ministro italiano citou, também, as ações realizadas no Afeganistão, onde o país europeu mantém mais de 4 mil militares.