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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Le Monde: Pentágono propõe criação de rede mundial de forças especiais


O Pentágono levantou uma proposta que os aliados dos Estados Unidos estão olhando com atenção: criar uma rede mundial de forças especiais. Ontem na Líbia, hoje no Afeganistão e amanhã no Mali, essas unidades estão mais do que nunca no centro das intervenções militares internacionais. O assunto foi discutido em Paris nos dias 6 e 7 de novembro, durante o encontro entre os Estados-Maiores da França e dos EUA, e em um seminário que marcou o 20º aniversário do Comando das Operações Especiais (COS, sigla em francês).

O sucesso das forças especiais se deve a uma equação aparentemente simples entre a economia de força e a liberdade de ação. Seus chefes exaltam sua “formidável relação custo-eficácia”. Mas em tempos de restrições orçamentárias, esse trunfo é examinado sob nova luz. Os dirigentes políticos são tentados a reduzir as forças convencionais para apostar nas unidades de elite, combinando sua ação muito direcionada em solo a recursos aéreos modernos (monitoramento e ataques).

O comando americano das operações especiais (USSOCOM) diz enviar homens a 77 países, de alguns operadores a vários milhares. Ele conta com 66 mil soldados e dispõe de enormes verbas próprias (inteligência, transportes etc.) para um orçamento anual de US$ 10,4 bilhões (R$21,5 bilhões, ou seja, 1,7% do orçamento da Defesa). As forças francesas contam com 3.500 homens – para uma melhor comparação, seria preciso somar a Legião Estrangeira, ou seja, um total de 10 mil homens. O COS não dispõe de meios próprios. Ele utiliza os comandos da aeronáutica, da marinha e do exército.

O sucesso da operação “Gerônimo” contra Osama Bin Laden, conduzida pelas forças do almirante William McRaven, diretor da USSOCOM, contou no balanço do presidente Barack Obama. No entanto, a organização que levou a esse sucesso é novidade, do ponto de vista histórico.

Os comandos atuais nasceram de fracassos. Para os Estados Unidos, foi a operação lançada em 1980 para libertar os reféns da embaixada americana de Teerã, um fiasco devido a uma má coordenação entre os serviços. A reforma só chegou a um resultado em 1997, com a decisão do Congresso de criar um comando unificado das forças especiais, algo a que os exércitos resistiam. Os atentados de 11 de setembro concluíram sua transformação.

Na França, foi a primeira guerra do Golfo que evidenciou essa necessidade. O COS foi criado em 1992, sob autoridade do chefe do Estado-Maior dos exércitos. As forças especiais ascenderam na década de 1990: supervisão de guardas presidenciais africanas, segurança aproximada, inteligência, negociações entre beligerantes (e rastreamento de criminosos de guerra), operações de influência, evacuação de civis. Foi preciso esperar os anos 2000 para que a inteligência – inicialmente militar – fosse integrada ao COS. Também foi preciso esperar a operação Ares, conduzida sob autoridade americana em Spin Boldak ao sul do Afeganistão entre 2003 e 2006, para que os comandos dos três exércitos trabalhassem realmente juntos no local.

A cooperação internacional, cuja importância é enfatizada pelos dirigentes americanos, é uma nova etapa. O almirante McRaven expõe duas prioridades. A primeira é concluir a guerra em andamento no Afeganistão, onde as forças especiais estão conduzindo operações antiterroristas e garantindo a cobertura da retirada das tropas. Elas formam 10% dos efetivos da Otan e realizam 500 operações por semana.

A segunda prioridade da USSOCOM é ajudar os países parceiros a construírem suas forças de segurança nacionais. “Tudo aquilo que acontece localmente no Mali, na Ásia, na América do Sul ou em outros lugares tem um impacto sobre nós. Devemos pensar globalmente”, observa uma autoridade americana. É nessa ótica que o comando propõe uma “rede global de forças especiais”.

É verdade que estas “se empregam primeiramente em um contexto nacional e só se dividem de maneira restritiva”, lembra um oficial francês de alto escalão. Mas essas forças têm treinado cada vez mais juntas. Elas também montam operações conjuntas, em matéria de formação e de acompanhamento no combate de tropas parceiras. Do ponto de vista francês, essa mudança é necessária para preparar as “coalizões de boas vontades” que intervirão nas próximas crises.

O COS realizou em outubro na França um primeiro exercício de envergadura, o “Tigre 2”, com os sauditas. Ele tem formado agrupamentos mauritanos há vários anos, dispõe de oficiais de ligação na Jordânia e de um destacamento nos Emirados Árabes Unidos.

Nesse contexto, os militares insistem na necessidade de se ter um sistema de inteligência mais eficiente. Em 2008, o comando americano integrou completamente as agências em sua cadeia de decisão militar. A USSOCOM conta com representantes permanentes do FBI, da CIA, mas também da Drug Enforcement Administration etc.

Os analistas concluíram que o sucesso da operação contra Bin Laden veio de uma relação de confiança inédita entre o almirante McRaven e o então diretor da CIA, Leon Panetta. Na França, o COS conta com um oficial permanente do Grupo de Intervenção da Gendarmaria Nacional (GIGN) mas não permanente da Direção Geral da Segurança Externa (DGSE), nem da Direção Central da Inteligência Interna (DCRI). Uma “célula entre agências” seria indispensável em caso de crise, acredita o chefe do COS, o general Christophe Gomart. Aumentar os efetivos dos comandos reduzindo o viveiro de onde eles saíram nas forças clássicas é uma armadilha perigosa, explicam esses chefes militares. Não é a prioridade.

2 comentários:

  1. Isso eh mais + uma das safasezas do Pentagono:
    1)Interferir no exercitos de de cada pais q estiverem presentes;
    2)Dividir os gastos dessa tropa como se fosse uma despeza comprometida fora dos orcamentos daquela nacao;
    3)Obrigar usar armamento dos EUA;
    4)Os EUA comandariam essas tropas independente das ordens militares dos paises q estao vendendo sua soberania aos militares americanos;
    5)Abrir caminho para as empresas dos EUA explorarem as riquezas dos paises devastados em nome de uma "dita" intervencao humanitaria (isso aconteceu no KOSOVO: la esta instalada a maior base dos EUA na europa/roubo do carvao=maior mina e reserva na europa/nenhum europeu sequer teve uma parte na divisao do roubo do mineral=so americanos/os kosovares sao comandados por uma especie de Fernandinho Beira-Mar q nao tem coragem de abrir o bico, ou seja entregou o KOSOVO ao Diabo);
    6)Abre caminho instalacao de bases dos EUA nesses paises sem custo p/os EUA, visto q essas tropas nao tem patria;
    7)Esses paises so serao aceitos se aceitarem a instalacao permanentes de americanos no comando dessas tropas (Ex:Colombia/Polonia/Bulgaria/Turquia/Rep. Thecha/ ... );
    8)....
    Tem muito mais ... eh soh o comeco; a ponta do iceberg. Aguardem pq os Iraq/Afg/ ... vao aparecer e isso eh q nao falta, tem muita riqueza nos paises fracos para serem roubadas=custo zero ....

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  2. È isso que chamam de democracia, ou talvez intervenção humanitária.Conversa para boi dormir..



    Assinado : Jonas

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