Social Icons

https://twitter.com/blogoinformantefacebookhttps://plus.google.com/103661639773939601688rss feedemail

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

1º Batalhão de Choque: 119 anos de combate ao crime

Muito profissionalismo, dedicação e seriedade. Assim, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Álvaro Batista Camilo, definiu os 119 anos de trabalho do 1º Batalhão de Choque da Polícia Militar (1º BPChq). O batalhão, que é o mais antigo da PM e do Estado de São Paulo, foi fundado no dia 01 de dezembro de 1891, e completou, na quarta-feira (01), 119 anos de história. Ele carrega em seu histórico mais de um século de existência, um passado de muitas lutas, honras e glórias baseadas na missão de manter a ordem a partir da legalidade.

O 119º aniversário do 1º Batalhão de Polícia de Choque Tobias de Aguiar foi comemorado na tarde de quarta-feira, em sua sede, no bairro Tiradentes, na zona leste de São Paulo. Além da comemoração, foi reinaugurado um “Monumento à Legalidade”, que após 40 anos de esquecimento resgata a memória de policiais que sacrificaram a própria vida em prol da sociedade. Também foram entregues as medalhas “Centenário” e “Láurea do Mérito Pessoal”, e o diploma “Amigo da Rota”, oferecido aos colaboradores que patrocinaram o calendário de 2011 da Rota. Entre os convidados estavam o secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, que entregou as medalhas, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Álvaro Batista Camilo; e o comandante do 1º Batalhão de Polícia de Choque Tobias de Aguiar, tenente coronel Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada.

119 anos de história

O 1º BPChq começou a ser construído em 1888 e foi ocupado no dia 01 de dezembro de 1891. Para assegurar a ordem, marcou presença nas mais importantes batalhas do Estado e até mesmo do Brasil, como a Revolução de Canudos, em 1897, e a Revolução de 1924.

O batalhão foi contratado pelo Estado de São Paulo para integrar sua Força Pública, e somente em 1951, passou a ostentar o nome de seu fundador “Tobias de Aguiar”, como uma forma de homenagem por suas lutas e glórias. Em 1970, surgiu dentro dele uma forma de patrulhamento e policiamento motorizado, com a missão principal de controlar os distúrbios civis, nasceu a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), que no dia 18 de outubro deste ano completou 40 anos.

“É com muito orgulho que hoje o Batalhão Tobias de Aguiar completa 119 anos de história. A história desse batalhão se confunde com a história da própria Polícia Militar de São Paulo. Se fôssemos descrever sua história somente hoje seria pouco, precisaria de dois, três dias. Essa tropa trabalha com o mesmo afinco e com a mesma coragem com que os homens de 100 anos atrás enfrentavam todas as batalhas”, disse Telhada.

O coronel Telhada, que comanda o batalhão desde maio do ano passado, também ressaltou o sucesso dos trabalhos desempenhados este ano. “Foram 957 flagrantes, quase 78 mil pessoas abordadas, 23 mil veículos vistoriados e aproximadamente 710 quilos de entorpecentes apreendidos, entre cocaína, maconha e crack. Esses números fazem a população ter uma ideia do que a nossa tropa faz”.

Medalha Centenário e Láurea do Mérito Pessoal
Desde que o 1º BPChq completou o seu centenário, em 1991, foi instituída a “Medalha Centenário”, como forma de premiar não só policiais, mas, também, civis e instituições que de alguma forma contribuem com o brilho do batalhão e prestam serviços relevantes ao Estado e ao seu povo. Esta é 20ª entrega da medalha, e, entre os agraciados estão policiais militares da própria base e tenentes coronéis de outras unidades. A escolha dos PMs do Batalhão Tobias de Aguiar, que receberam as medalhas, foi em decorrência do trabalho desenvolvido e ofertado por eles durante o ano, e pelo desempenho em ocorrências policiais. A medalha “Láurea do Mérito Pessoal” é dividida em cinco graus.

O 1º tenente André da Silva Rosa, que integra há quase três anos o 1º Batalhão de Polícia de Choque Tobias de Aguiar, mostrou-se feliz com a premiação. “Recebo com muito orgulho e muita honra essa medalha. É um momento inexplicável na vida do miliciano. Isso aqui para a gente não é só uma honraria material, uma medalha, ela tem um valor sentimental e espiritual muito grande; é fruto de todo o nosso trabalho e o reconhecimento pelos dias e momentos de dedicação”, disse.

Um dos civis também agraciados foi o comandante José Hamilton Alves da Rocha, o piloto Hamilton, da TV Bandeirantes. Há dez anos ele acompanha, ao vivo, pelo ar, as ocorrências policiais para o programa de José Luiz Datena. O comandante ficou surpreso por receber uma medalha de herói e destacou a importância de apresentar e divulgar o trabalho da Polícia Militar. “A nossa preocupação é mostrar a força que tem a polícia, essa entidade que é a Polícia Militar, para que o policial se sinta motivado; eles que trabalham e arriscam a vida. Por isso a gente tem que mostrar o valor que têm esses homens, um valor muito grande. A instituição da Polícia Militar do Estado de São Paulo é séria e tem acompanhado a criminalidade. Ela, na verdade, está além, está um passo à frente; e isso é muito bom, muito importante”, disse o comandante.

O piloto Hamilton também se lembrou de uma perseguição policial que aconteceu na região da Barra Funda, no dia 08 de outubro, e que foi por ele acompanhada. “Eu tenho amigos nos Estados Unidos que disseram que a policia de São Paulo é muito carinhosa. Os policiais foram muito bons, o marginal não merecia o tratamento que eles deram, mas eles seguiram a cartilha da polícia. Dá para ver o que tem por trás. Hoje em dia o policial tem formação universitária, formação muito boa. Este episódio mostrou que a polícia está preparada e que as pessoas podem confiar”, comentou o piloto.

Monumento à Legalidade
A Polícia Militar, ao longo de seus anos, perdeu muitos homens em combates, são policiais que cumpriram o juramento de sacrificar a própria vida em defesa da sociedade paulista. Um dos fatos gloriosos da história brasileira que o Batalhão Tobias de Aguiar participou e foi o centro, é a Revolução de 1924, na qual muitos policiais morreram. Como forma de homenagem aos homens que deram suas vidas pela defesa do povo, a população de São Paulo doou ao batalhão uma estátua que simboliza o Monumento à Legalidade.

O monumento foi inaugurado em 1926 em uma praça na avenida Tiradentes. Em 1970 foi retirado para construção do metrô e acabou ficando 40 anos esquecido. Nesta quarta-feira, Ferreira Pinto, o coronel Camilo, o coronel Telhada e o comandante do CPChoque, coronel Maércio Ananias Batista reinauguraram a estátua relembrando a gloriosa Revolução de 1924.

Nenhum comentário:

Postar um comentário