“Todo mundo viu o que aconteceu em Benghazi: desastre, instituições destruídas, casas demolidas, mesquitas e universidades queimadas pelas mãos criminosas dos partidários de Haftar (general Khalifa Belqasim Haftar)”, disse em comunicado o recém-formado Mujahideen Shura Council.
Forças leais a Haftar e Abdullah al-Thani, primeiro-ministro da Líbia, estão lutando para tomar o controle total de Trípoli e na cidade de Benghazi, onde há uma forte presente de combatentes muçulmanos.
Haftar, que é aliado do governo internacionalmente reconhecido da Líbia, prometeu expulsar as milícias islâmicas das principais cidades do país. Internacionalmente reconhecida, a Câmara dos Deputados da Líbia declarou o seu apoio as operações de Haftar contra jihadistas.
No último sábado, a Força Aérea da Líbia realizou ataques aéreos contra alvos próximos aos portos petrolíferos no leste de Ras Lanuf e al-Sider para frear o avanço de uma força rival.
Os portos de petróleo, dois dos maiores, representando mais de 300.000 barris por dia em exportações, estavam trabalhando normalmente, disse uma autoridade do petróleo da Líbia.
Saqer al-Joroushi, um comandante da Força Aérea Aérea Líbia, disse que aeronaves tinham atacado posições perto de Sirte, uma cidade costeira no centro de Líbia.
Ele disse que uma força rival de Misrata, uma cidade costeira a oeste de Sirte, tinha avançado para os terminais com um grande número de veículos. "Nós bombardeamos para impedir sua entrada nos portos", disse ele.
O canal televisivo al-Nabaa, baseado em Tripoli, disse uma força que disse ter sido mandatado pelo Congresso Geral Nacional (GNC), o conjunto do rival com sede em Tripoli desde um grupo chamado líbio Dawn (Fajr Líbia) apreendeu a capital em agosto, tinha começado uma operação a tomar as portas.
Ele citou o chefe da força, acrescentando que duas pessoas foram mortas em confrontos perto da porta al-Sider. Websites perto da Líbia Amanhecer também disse que tal operação tinha começado.
Em uma entrevista publicada há duas semanas, Haftar disse ele colocou duas semanas para tomar a cidade oriental de Benghazi e três meses para recapturar a capital, Trípoli.
O Estado Islâmico, grupo que capturou faixas de territórios na Síria e Iraque, vem ganhando uma posição em Derna em meio ao caos que assola a Líbia desde 2011.
No seu comunicado divulgado na noite de sexta-feira, o Mujahideen Shura Council chamou a todos em Derna para se juntarem à nova coalizão.
O comunicado também abordou combatentes islâmicos em Benghazi, dizendo: "Nós estamos com vocês na guerra contra o criminoso Haftar e seus soldados."
Antes do anúncio, os islamitas fizeram uma parada militar em Derna com tanques e combatentes.
Um alto general dos Estados Unidos afirmou na semana passada que o Estado Islâmico criou campos de treinamento no leste da Líbia, e disse que o Exército Americano estava monitorando de perto a situação.
Analistas dizem que uma série de facções em Derna prometeram lealdade ao Estado Islâmico, mas ainda não está claro até onde vai esse apoio.
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