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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Compra de caças só daqui a três anos

Por causa das eleições no ano que vem, franceses da comitiva de François Hollande avaliam que a definição da empresa fornecedora dos 36 supersônicos ficará para 2016

A presença do presidente François Hollande ontem em Brasília, com uma agenda dominada por assuntos na área de tecnologia e educação, serviu também como oportunidade para insistir na venda do caça Rafale para a Força Aérea Brasileira (FAB). Mas a escolha dos 36 novos supersônicos dificilmente será decidida antes de 2016, na avaliação de alguns dos franceses que acompanham o processo.

A compra dos aviões militares não está prevista no Orçamento do próximo ano, o que poderia ser contornado. Há outra razão mais importante para riscar 2014 do calendário: tem disputa eleitoral, momento desfavorável a grandes decisões em qualquer país. Em 2015, o processo poderá ser retomado. E então será preciso refazer as ofertas, já defasadas. Em 2009, a decisão estava muito perto de ser tomada pelo então  presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

O Ministério da Defesa apresentou três finalistas, o Rafale F.3, de um consórcio liderado pela Dassault; o norte-americano F/A-18, da Boeing; e o sueco Gripen NG, da Saab. Cabe ao Planalto bater o martelo. Depois de tanto tempo, será necessário negociar acordos de parceria local para a produção de componentes dos aviões, uma exigência do governo brasileiro, e refazer muitas contas. A demora no processo decisório desagrada à FAB, que pretende aposentar os antigos supersônicos Mirage 3000. Mas vários países, como Paquistão e Egito, seguem usando esses modelos.

Os franceses acham que têm o que comemorar. Avaliam que o Rafale estava praticamente descartado e passa a ter chances crescentes com o esfriamento das relações entre Brasil e Estados Unidos. Os norte-americanos atuaram fortemente não só a favor de próprio avião, mas  também contra o Rafale, segundo um funcionário do governo brasileiro. "Eles chegaram a dizer: se não quiserem levar o F/A-18, escolham o Gripen."

O Rafale é mais caro, mas envolve uma oferta melhor que a dos norte-americanos na transferência de tecnologia. Os franceses têm diversos programas de cooperação com o Brasil, o que foi ressaltado ontem pela presidente Dilma Rousseff no discurso que fez durante o almoço no Itamaraty. "Reiterei ao presidente Hollande minha satisfação com a implementação do Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil, o Prosub", afirmou ela, que depois citou a cooperação bilateral para a produção de helicópteros e a escolha Thales Alenia Space para a construção do satélite geoestacionário brasileiro, de defesa e comunicação de uso civil e militar.

Hollande, em seu discurso no almoço, destacou o apoio ao código de conduta na internet proposto pelos governos do Brasil e da Alemanha, que sofreram com a espionagem norte-americana. "Nós apoiamos essa iniciativa porque é necessária tanto para a soberania das nossas nações como para nossas liberdades individuais."


16 comentários:

  1. Em 2016 não vai ser tem eleição na França e o governo pode da a desculpa que pode ajudar o HOLLANDE se reeleger caso escolha o RAFALE. Em 2017 tem eleição também nos EUA a mesma desculpa que pode ajudar o candidato do pardito do OBAMA caso escolha o F18. Essa desculpa não pode ser aplicada na SUÉCIA lá é monarquia. Ia me esquecendo 2016 tem olimpíadas vai ser mais gasto somado com a copa vai ser difícil o governo anunciar compra de caças pode da essa desculpa. Esses caças vai sair no dia de são nunca.

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    1. A Suécia é uma monarquia parlamentarista, o rei não participa desses assuntos.

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  2. O que afinal este bendito governo está esperando para comprar os caças franceses, que são claramente a melhor oferta, não apenas em relação aos caças em si, mas em relação a todos os acordos já firmados e que ainda podem ser firmados com a França?

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    1. Sim e não. Na verdade o governo está dando uma lição nos entreguistas da FAB.

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    2. Vc poderia ser um pouco mais específico,,,,,,por favor ???????????

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    3. http://codinomeinformante.blogspot.com.br/2013/04/corrigindo-os-erros-da-reportagem-da.html

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  3. Até hoje os caças não se fizeram úteis, não em si. O problema é todo o atraso na área tecnológica, se considerarmos a transferência de tecnologia. Masss, se eu, que sou do EB, não aguento mais essa novela (leio desde 2008 que "a compra sairá até o final desse ano"), imagino os milicos da FAB.
    Michel, não tenho conhecimento sobre o atual estado dos caças da FAB, então te pergunto: como eles estão?

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    1. Estão em ótimo estado, apesar da escassez de peças para os F-5.

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  4. Os que estão ainda voando estão em bom estado ou estado normal de vôo, devido à manutenção preventiva, empenho das equipes de manutenção, dos inspetores, e devido à depenação de outras aeronaves que estão paradas para inspeções, mas sem peças de reposição, o que atrasa muito a disponibilidade de aeronaves para o vôo, sem ajudar em nada o trabalho já muito pesado das equipes de manutenção.

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  5. 2016? Mas não é em 2017 que os F5 começam a dar baixa?
    Até a compra sair, até todo a burocracia do contrato ser acertada, até os caças começarem a ser produzidos, os F5 já não terão dado baixa? E o que ficará no lugar deles?
    E o que ficará no lugar do M2000 ?

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  6. Michel, acabou de sair na Globo e na Folha de São Paulo que o vencedor foi o Gripen NG. Confere?

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    1. Confere e eu já estou dando minha opinião:
      https://www.facebook.com/blogoinformante

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  7. http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/12/governo-anuncia-compra-de-36-cacas-suecos-do-modelo-gripen.html

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  8. We are Gripen Pilots


    http://www.youtube.com/watch?v=oKlQyPOiRuE

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