Militantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante comemoram a tomada de Mosul |
Até o momento, segundo uma fonte governamental, o "Ministério da Defesa não foi acionado". Em outras palavras, por ora a França não pretende se associar a eventuais medidas de "retaliação" no Iraque, "ainda mais porque ninguém nos pediu", afirma essa fonte.
Ao final dessa reunião, a presidência emitiu um comunicado no qual a França se diz "muito preocupada" com o avanço dos combatentes jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL). No entanto, essa reunião pretendia sobretudo enviar uma mensagem política destinada às autoridades iraquianas. Paris fez um apelo para que elas deem uma "resposta decidida" e "urgente" contra a ameaça do EIIL, ressaltando ao mesmo tempo que a ação militar "só fornece parte da solução", que deverá incluir também a instauração de um "governo de unidade nacional".
"Transbordamento da crise síria"
Para além dessa constatação, Paris deixa claro que a França tem papel secundário nesse conflito. "Não temos porta-aviões, nem guarda revolucionária na região", diz um diplomata de alto escalão, fazendo uma referência ao envio de vários navios de guerra americanos ao Golfo e à mobilização das forças de elite do exército iraniano.
É uma declaração que reflete tanto um sentimento de impotência diante de uma crise sobre a qual a França tem pouca influência, quanto uma irritação palpável em relação aos Estados Unidos.
Para Paris, o caos iraquiano é somente "o transbordamento da crise síria", o que equivale a criticar veladamente a recusa do presidente Obama em proceder, no final de agosto de 2013, com ataques contra o regime de Bashar al-Assad depois que este fez uso de armas químicas, sendo que a França era a favor da ação.
"Na época dissemos que se não lidassem com esse conflito, teríamos de enfrentar complicações. A crise atual ilustra o perigo dessa negligência", lamentou uma fonte francesa.
Por ora, "cada um deve cumprir seu papel", afirmam membros do círculo do presidente Hollande, ressaltando que Paris não está envolvida de perto nesse conflito. A França se opôs firmemente à intervenção anglo-americana de 2003 no Iraque, contra o regime de Saddam Hussein.
Cabe primeiramente aos principais atores --os próprios iraquianos e os Estados Unidos-- serem as forças motrizes de uma resposta diplomática e militar. "Não somos nós que organizamos a réplica", observa um diplomata, que explica: "Por enquanto não nos chamaram, veremos quando chegar o momento".
Capacidade "limitada"
Seja como for, segundo um especialista militar a capacidade da França de fornecer uma assistência é "limitada", inclusive no domínio da inteligência, onde os Estados Unidos e os países vizinhos estão "mais bem equipados." "Não é o Sahel, onde estamos na vanguarda em matéria de coleta de informações", observa esse interlocutor.
Paris aparentemente não tem nenhuma intenção de se deixar arrastar para dentro de uma intervenção precipitada e condiciona qualquer possível envolvimento no Iraque a duas condições. Primeiro, deverá haver um diálogo estreito com os países vizinhos para assegurar um amplo apoio diplomático, o que explica os diversos encontros do presidente Hollande com os dirigentes da região.
Ele recebeu o príncipe Mitaeb Ben Abdallah, filho mais velho do rei da Arábia Saudita, na quarta-feira, em Paris, bem como o presidente libanês em final de mandato, Michel Sleiman, na quinta-feira. Havia a previsão também de uma conversa com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, na sexta-feira, e de um encontro com o emir do Qatar, Tamim Ben Hamad al-Thani, na segunda-feira em Paris.
A outra condição é que está fora de cogitação a França assumir uma posição de destaque na questão, sendo que qualquer mobilização só será feita atendendo a uma requisição oficial. Por enquanto, "as autoridades iraquianas dirigiram um pedido à comunidade internacional, não de maneira específica à França", explicou, no dia 17 de junho, Romain Nadal, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
"Ataques de drones não serão o suficiente", insiste um diplomata: uma resposta só será "sustentável no contexto de um esforço político que passe pela união" das comunidades iraquianas.
Em outros termos, de forma alguma será dada carta branca ao primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, cuja política sectária atiçou as tensões no país.
A França ficou com medo agora.Ajudou os EUA a destruir o Iraque e quer fugir da possível responsabilidade...
ResponderExcluirAssinado : Hugo Araújo
a França destruiu o Iraque? mais nem tropas eles mandaram pra lá em 2003 ano da invasão, ou sou eu q to ficando louco?
ExcluirSe liga. Não disse que a França enviou tropa para o Iraque, mas a França apoiou politicamente a intervenção dos EUA no Iraque.
ExcluirAssinado : Hugo Araújo
Se equivocas! A França nunca foi a favor da invasão do Iraque!
ExcluirPerdão, eu sou um antiamericano, tudo que os americanos ou aliados fazem eu critico, mesmo quando estes eliminam assassinos, apesar disso, uso Nike, como no McDonalds e ouço AC/DC. Eu sou um lixo...
ExcluirAssinado : Hugo Araújo
Quem é esse cara usando o meu nome de assinatura pra postar?
ExcluirHugo
o Hugo Araujo veja bem, se os EUA respeitasse realmente o conselho de segurança da ONU e colocasse em votação quem era favor ou contra a invasão, eles perderiam na votação de 5 votos das potencias q tem cadeira assegurada no conselho, seria 3x2 Russia votaria contra, China votaria contra e a França votaria contra o único q votaria a favor seria a Inglaterra e o próprio EUA!
ExcluirNão se esqueça sua conta não vale de nada, pois Rússia e China podem vetar qualquer resolução. Aliás, todo membro permanente pode vetar qualquer resolução.
Excluirpode e o q eu falei?
Excluirah agora entendi o q vc quis dizer é q eu esqueci desse detalhe!
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