Entre 1930 e 1940, a União Soviética viveu um período de continuas repressões políticas. Talvez uma das figuras mais sinistras na época da repressão stalinista foi Levrenti Beria, então todo-poderoso chefe do Serviço de Seguraça que à época era conhecido como NKVD. Veja o seu trágico final nessa reportagem especial:
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Primeiro porta-aviões nuclear construído na Rússia ficará pronto em 2023
O primeiro porta-aviões construído na Rússia sairá dos estaleiros em 2023, assim anunciou nesta quinta-feira Roman Trotsenko, presidente da companhia russa de Construção Naval (OSK por sua sigla em russo).
“Começaremos a trabalhar no desenho do porta-aviões russo em 2016 para passarmos a construí-lo em 2018”, antecipou Trotsenko no Salão Internacional Naval de São Petersburgo.
Tendo em vista que o prazo de construção de porta-aviões é de mais ou menos cinco anos, a Rússia terá o seu primeiro porta-aviões nuclear em 2023, afirmou Trotsenko.
A União Soviética e a Rússia construíram porta-aviões com o descolamento de 50 toneladas. Espera-se que o novo porta-aviões russo tenha um deslocamento de tonelagem maior, cerca de 80 toneladas, disse Trotsenko.
“Começaremos a trabalhar no desenho do porta-aviões russo em 2016 para passarmos a construí-lo em 2018”, antecipou Trotsenko no Salão Internacional Naval de São Petersburgo.
Tendo em vista que o prazo de construção de porta-aviões é de mais ou menos cinco anos, a Rússia terá o seu primeiro porta-aviões nuclear em 2023, afirmou Trotsenko.
A União Soviética e a Rússia construíram porta-aviões com o descolamento de 50 toneladas. Espera-se que o novo porta-aviões russo tenha um deslocamento de tonelagem maior, cerca de 80 toneladas, disse Trotsenko.
Rússia construirá duas corvetas da classe Tigr para a Argélia
A corveta Steregushchiy (acima) é o navio insígnia da classe Steregushchiy
(Project 20382 Tigr é o nome de exportação) |
A Corporação russa de Construção Naval (sigla em russo: OSK) acordou a venda de dois corvetas do Projeto 20382 classe Tigr para a Argélia e três corvetas leves do Projeto 1241.1 Molniya para um país da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), informou o diretor da companhia, Roman Trotsenko.
“Firmamos dois acordos sobre a venda de duas corvetas para Argélia e três corvetas leves para um país da CEI”, disse Trotsenko.
Os acordos foram concluídos durante o Salão Naval Internacional de São Petersburgo. Com as últimas vendas, a OSK já soma US$ 1.3 bilhão em contratos.
O chefe da OSK anunciou que sua empresa tem planos de firmar um acordo com a empresa Tranzas para a compra de equipamentos eletrônicos e simuladores de treinamento.
The Great Prophet 6: TV iraniana exibe silos para lançamento de mísseis
No primeiro dia das manobras de guerra “The Great Prophet 6”, uma TV iraniana exibiu imagens de silos subterrâneos, os quais serviram para proteger e lançar os mísseis balísticos. O The New York Times descreveu a exibição como uma afronta ao Ocidente. Em tempo, esse blog gostaria de esclarecer que essa não é a primeira vez que o Irã exibe seus silos.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Irã mostrou aos russos destroços de UAVs americanos abatidos
Acima, um UAV RQ-2 Pioneer usado para vigilância na Marinha dos EUA |
“Especialistas russos pediram para ver esses aviões teleguiados e nós deixamos. Eles olharam os aparatos abatido e os modelos feitos pela Guarda através de engenharia reversa”, disse Hajizadeh.
General Hajizadeh não entrou em detalhes sobre o número ou o tipo de aeronave não-tripulada que tinham sido abatidas, ou quando ou onde foram abatidas. Ele disse que mais tarde irá colocar as aeronaves em exibição.
O Irã anunciou em 2 de janeiro que suas forças derrubaram dois aviões teleguiados depois que eles violaram o espaço aéreo iraniano.
“Os aviões que foram derrubados estão entre os mais modernos aviões da Marinha dos EUA e têm capacidade de longo alcance”, disse na época Ali Fadavi, o comandante da das Forças Navais da Guarda Revolucionária.
As aeronaves podem ter sido empregadas pela Quinta Frota da Marinha dos EUA que é baseada no Bahrein, do outro lado do Golfo do Irã. Washington nunca confirmou que Teerã havia derrubado qualquer um dos seus drones.
Os militares dos EUA e da Agência Central de Inteligência rotineiramente usam drones para monitorar a atividade militar na região. Eles também usaram para lançar ataques com mísseis no Iêmen recentemente, assim como no Afeganistão e no cinturão tribal sem lei do Paquistão.
Em várias ocasiões, o Exército Iraniano alguns UAVs nacionais, onde autoridades faziam questão de ressaltar que tinham sido construídos tecnologia de ponta. A administração Obama expressou preocupação com a posse de Teerã da tais aeronaves.
Rússia começará a construir a popa do “Mistral” em dezembro
A Rússia começará em dezembro a construir a popa dos porta-helicópteros da classe Mistral, informou hoje o presidente da Corporação Unificada de Construção Naval da Rússia, Roman Trotsenko.
“A Rússia construirá nos Estaleiors do Almirantado em São Petersburgo. De certo, será a metade do barco”, disse Trotsenko.
Ele também disse que os cascos dos navios serão transportados depois para o Estaleiro STX, em Saint-Nazaire, na França, onde será realizada a montagem final dos porta-helicópteros.
Em 17 de junho, a Rússia firmou com a França um contrato para venda de dois porta-helicópteros francesas da classe Mistral. Esta chegou a ser a maior transação comercial registrada entre Rússia e um país da OTAN. A soma dos contratos ascendeu o valor de 1.2 bilhão de euros.
A Rússia planeja construir um total de quatro navios desse tipo: Dois serão construídos na França e os outros dois há expectativa que sejam construídos na Rússia. Segundo o contrato, os primeiros navios seriam entregues à Rússia em 2014 e 2015 respectivamente.
O porta-helicópteros Mistral desloca 21 toneladas, mede 210 metros de comprimento e pode se deslocar a uma velocidade de 18 nós. Sua autonomia de até 10,800 km.
O navio pode operar até seis helicópteros, seis lanchas de desembarque e dois hovercraft, sem contar que pode abrigar um batalhão de tanques de combate Leclerc ou outros 70 viaturas blindadas.
Sua tripulação costa de 160 homens e pode transportar outros 450 homens.
“A Rússia construirá nos Estaleiors do Almirantado em São Petersburgo. De certo, será a metade do barco”, disse Trotsenko.
Ele também disse que os cascos dos navios serão transportados depois para o Estaleiro STX, em Saint-Nazaire, na França, onde será realizada a montagem final dos porta-helicópteros.
Em 17 de junho, a Rússia firmou com a França um contrato para venda de dois porta-helicópteros francesas da classe Mistral. Esta chegou a ser a maior transação comercial registrada entre Rússia e um país da OTAN. A soma dos contratos ascendeu o valor de 1.2 bilhão de euros.
A Rússia planeja construir um total de quatro navios desse tipo: Dois serão construídos na França e os outros dois há expectativa que sejam construídos na Rússia. Segundo o contrato, os primeiros navios seriam entregues à Rússia em 2014 e 2015 respectivamente.
O porta-helicópteros Mistral desloca 21 toneladas, mede 210 metros de comprimento e pode se deslocar a uma velocidade de 18 nós. Sua autonomia de até 10,800 km.
O navio pode operar até seis helicópteros, seis lanchas de desembarque e dois hovercraft, sem contar que pode abrigar um batalhão de tanques de combate Leclerc ou outros 70 viaturas blindadas.
Sua tripulação costa de 160 homens e pode transportar outros 450 homens.
Indonésia mostra grande interesse pelas fragatas russas da classe “Gepard”
A fragata 'Tatarstan' foi a 1ª fragata da classe "Gepard" |
“Nossos sócios da Indonésia se interessam muito pelas fragatas Gepard”, afirmou Oleg Azizov, que encabeça a delegação da Rosoboronexport na nova edição do Salão Internacional Naval de São Petersburgo.
Ele acrescentou que as partes estão debatendo um possível fornecimento dessas Fragatas à Armada da Indonésia. Anteriormente, a Rússia vendeu duas fragatas dessa classe ao Vietnã.
A fragata Gepard 3.9, é capaz de atuar de forma autônoma ou em grupo, foi projetada para detectar, vigiar e destruir alvos sub-aquáticos, de superfície e aéreos, realizar missões de escolta, patrulha e proteção de fronteiras marítimas. A fragata pode deslocar 2.100 toneladas, tem alcance de 5.000 milhas náuticas, autonomia de navegação de 20 dias, seu armamento é constituído de mísseis anti-navio Kh-35 Uran (SS-N-25 'Switchblade' na classificação OTAN), sistemas de artilharia AK–176 e AK-630 de 30mm, mísseis terra-ar 9K33 Osa, minas navais, torpedos e foguetes e mísseis anti-submarino RBU-6000 Smerch-2. A fragata também tem um hangar para abrigar helicópteros Ka-28 ou Ka-31.
Venda aprovada
Congresso Americano aprova a venda dos torpedos Mk-54 à Índia; Os torpedos serão usados nos aviões anti-submarinos P-8I “Poseidon”
Se concretizada as negociações, a Índia se converterá em operadora da versão MK-54 All-Up-Round Lightweigh |
“O avião P-8I equipado com os torpedos Mk-54 será muito eficaz na luta anti-submarina. O número de torpedos, assim como os valores do contrato serão negociados com o Governo Indiano”, diz o comunicado da embaixada americana.
Os torpedos anti-submarinos Mk-54 foram desenvolvidos pela empresa Raytheon Integrated Defense Systems (IDS) em cooperação com as Forças Navais dos EUA. O míssil atualmente integra os arsenais da Marinha Americana e da Marinha Real Australiana.
A Índia desenvolve ultimamente com os EUA uma ativa cooperação técnico-militar, q qual permitiu o país asiático comprar 10 aviões de transporte militar Boeing C-17 Globemaster e seis aviões C-130J Super Hercules.
No caso dos aviões P-8I Poseidon, esses deverão substituir os aviões Tu-142 que prestam serviço a Marinha Indiana e que estão equipados com os torpedos AT-1 e AT-2. Em contrapartida, a Marinha Indiana continuará a operar os aviões Il-38, esses que foram submetidos a uma profunda modernização recentemente.
Submarino nuclear “Yuriy Dolgorukiy” realiza com sucesso lançamento do SLBM Bulava
O submarino nuclear russo “Yuriy Dolgorukiy” realizou hoje um lançamento exitoso de teste do SLBM Bulava, declarou hoje o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Coronel Igor Konashenkov.
“O míssil foi lançado pelo submarino Yuriy Dolgorukiy em posição de imersão no Mar Branco e atingiu o alvo na hora programada contra um alvo instalado na área de testes de Kura, em Kamchatka Krai”, disse Konashenkov.
Konashenkov agregou que esse lançamento foi efetuado pela primeira vez do submarino Yuriy Dolgorukiy, submarino que pertence a classe portadora regulamentar desses mísseis.
Dos 14 lançamentos anteriores, 7 foram realizados de modo exitoso. O teste anterior, também exitoso, aconteceu em 29 de outubro de 2010. Os testes fracassados aconteceram devido a uma falha no processo de produção do míssil e segundo as autoridades, o problema já foi corrigido. Desde então, nenhum dos lançamentos fracassaram. Já são 3, contando com o lançamento de hoje.
Até hoje, todos os lançamentos do Bulava foram efetuados através do submarino nuclear estratégico TK-208 Dmitry Donskoy, da classe Akula (Typhoon na classificação OTAN).
Posto em quilha em 1996 e lançado em fevereiro de 2008, o submarino K-535 Yuriy Dolgorukiy desloca 24 mil toneladas, mede 170 metros de cumprimento e 13,5 metros de altura. Sua velocidade na superfície é de 15 nós, enquanto sua velocidade submergido é de 29 nós. É capaz de navegar de forma autônoma durante 100 dias sem emergir.
O armamento é constituído de torpedos, 6 mísseis de cruzeiro RPK-2 Viyuga, 12 mísseis balísticos navais estratégicos RSM-56 Bulava, que terão o alcance de 8.000 km, os quais podem ser armados com até 10 ogivas de guiamento individual e de reentrada múltipla. A tripulação do submarino é de 107 pessoas, incluindo 55 oficiais.
O míssil Bulava entrará em serviço na Armada Russa até o final do ano se todos os próximos testes forem executados com sucesso.
“O míssil foi lançado pelo submarino Yuriy Dolgorukiy em posição de imersão no Mar Branco e atingiu o alvo na hora programada contra um alvo instalado na área de testes de Kura, em Kamchatka Krai”, disse Konashenkov.
Konashenkov agregou que esse lançamento foi efetuado pela primeira vez do submarino Yuriy Dolgorukiy, submarino que pertence a classe portadora regulamentar desses mísseis.
Dos 14 lançamentos anteriores, 7 foram realizados de modo exitoso. O teste anterior, também exitoso, aconteceu em 29 de outubro de 2010. Os testes fracassados aconteceram devido a uma falha no processo de produção do míssil e segundo as autoridades, o problema já foi corrigido. Desde então, nenhum dos lançamentos fracassaram. Já são 3, contando com o lançamento de hoje.
Até hoje, todos os lançamentos do Bulava foram efetuados através do submarino nuclear estratégico TK-208 Dmitry Donskoy, da classe Akula (Typhoon na classificação OTAN).
Posto em quilha em 1996 e lançado em fevereiro de 2008, o submarino K-535 Yuriy Dolgorukiy desloca 24 mil toneladas, mede 170 metros de cumprimento e 13,5 metros de altura. Sua velocidade na superfície é de 15 nós, enquanto sua velocidade submergido é de 29 nós. É capaz de navegar de forma autônoma durante 100 dias sem emergir.
O armamento é constituído de torpedos, 6 mísseis de cruzeiro RPK-2 Viyuga, 12 mísseis balísticos navais estratégicos RSM-56 Bulava, que terão o alcance de 8.000 km, os quais podem ser armados com até 10 ogivas de guiamento individual e de reentrada múltipla. A tripulação do submarino é de 107 pessoas, incluindo 55 oficiais.
O míssil Bulava entrará em serviço na Armada Russa até o final do ano se todos os próximos testes forem executados com sucesso.
terça-feira, 28 de junho de 2011
Uma visita ao laboratório nuclear do Irã
Trabalhador fica na entrada do reator da usina nuclear de Bushehr, na cidade de Bushehr, no Irã; usina foi infectada pelo vírus Stuxnet |
Amir Reza Jalilian, 39, é aquele tipo de indivíduo que todo mundo gostaria de ter como vizinho, colega de trabalho ou guia de uma excursão. Ele é um homem jovial de voz aveludada, que faz piadas e mexe com frequência na sua barba bem cuidada. Ele tem família, adora uma boa comida e tem dificuldade para resistir a doces, um problema que está começando a se fazer sentir nos seus quadris. Todos os que trabalham com ele dizem que Jalilian é sempre solícito e que ele seria incapaz de machucar uma mosca. Sem dúvida a impressão que se tem é que ele não é nenhum Doutor Strangelove, um homem que sentiria prazer em ver o mundo ser destruído por armas nucleares, ou que poderia até mesmo aniquilar a população do planeta ele próprio.
Existe, entretanto, algo de desconcertante que o cientista iraniano real tem em comum com o monstro fictício que o ator Peter Sellers retratou no filme de 1964, "Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb" (lançado com o nome de “Doutor Fantástico” no Brasil), um personagem famoso que passou a ser o símbolo de uma propensão lunática a destruir a humanidade. Jalilian é um dos principais especialistas em uso medicinal de isótopos. Ele trabalha com os elementos químicos que são enriquecidos para a fabricação de combustível para usinas nucleares, mas que também podem ser utilizados como matéria prima de armamentos nucleares.
O centro nervoso do programa nuclear iraniano
Jalilian é de fato aquele tipo de indivíduo que todo mundo gostaria de ter como vizinho, colega de trabalho ou guia de uma excursão, contanto que ele não tenha uma vida dupla, que a sua natureza amigável não seja apenas uma fachada e que não existia nada de dissimulado ou afetado em relação a ele. Jalilian se ofereceu para ser o guia em uma visita da equipe de “Der Spiegel” ao centro nervoso do programa nuclear iraniano, naquele que é um dos locais de trabalho mais bem protegidos em Teerã, e que se encontra cuidadosamente protegidos de olhos curiosos.
Jalilian trabalha na parte norte da cidade, entre duas autoestradas, onde as montanhas são visíveis e o ar é mais puro do que na base repleta de poluição, onde fica a cidade. Nos bairros densamente habitados da capital iraniana, uma cidade de 13 milhões de habitantes, prédios residenciais se alternam com supermercados, restaurantes e creches. O complexo nuclear nas montanhas, que tem o tamanho de quatro estádios de futebol, é provavelmente tão grande quanto o Parque Lale, que, assim como o distrito governamental, fica a apenas alguns minutos de carro dali.
Não há sinais que revelem que é aqui que fica a sede da Organização de Energia Atômica do Irã, que, pelo menos oficialmente, é o cerne de todas as atividades nucleares do país. O complexo é cercado de altas muralhas e arame farpado, e há câmeras de vigilância eletrônica operando nos cantos mais ocultos. Membros da Guarda Revolucionária que são particularmente leais ao regime protegem o local. Todos os visitantes são obrigados a passar por várias barreiras de segurança, incluindo algumas dotadas de contadores Geiger.
Um mundo isolado
Este é um mundo pequeno e isolado, com a sua própria mesquita, restaurantes, lanchonetes e prédios administrativos. E, caso deva-se dar crédito a fontes que se opõem ao regime, o local abriga também laboratórios altamente perigosos. Uma das instalações de pesquisa mais polêmicas do mundo, o reator de pesquisas de Teerã, o reino de Jalilian, fica dentro de uma estrutura que pouco se destaca, encimada por uma cúpula feita de concreto cinzento.
Especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) e agências de inteligência estrangeiras acreditam que cientistas iranianos como Jalilian poderiam estar trabalhando na construção do armamento supremo para a liderança política desta teocracia. Vários dos colegas de Jalilian já foram assassinados. Em janeiro de 2010, uma bomba detonada por controle remoto matou o físico nuclear Massoud Ali Mohammadi. Poucos meses depois, os cientistas nucleares Majid Shahriari e Fereidoun Abbasi Davani foram alvos de um ataque duplo, realizados quase que simultaneamente. É quase certo que equipes de assassinos israelenses tenham perpetrado os ataques.
Esse é o aspecto visível do conflito. Mas existe também um aspecto invisível, aquele que envolve ataques contra os equipamentos: a ciberguerra, o ataque por meio de vírus aniquiladores que sabotam as instalações nucleares iranianas. Ambos os ataques são desfechados paralelamente. Ambos estão disseminando medo e assombro nos círculos de poder de Teerã. E ambos estão representando um golpe decisivo contra um possível programa iraniano de armamentos, mas eles podem também ajudar a prevenir uma guerra convencional que provocaria milhares e milhares de mortes.
Oficialmente, todas as três vítimas eram professores. Mohammadi lecionava na Universidade de Teerã. Shahriari, um especialista em transporte de nêutrons, dava aulas na Universidade Shahid Behesthti. Abbasi Davani, o único sobrevivente dos ataques, era um especialista em separação de isótopos. Embora Jalilian não faça parte da lista da ONU de cientistas iranianos impedidos de viajar ao exterior – como por exemplo Mohsen Fakhrizadeh, professor e membro da Guarda Revolucionária, que é suspeito de ser o principal organizador de um programa de armamentos –, o nome dele poderia estar em uma “lista da morte” secreta do Mossad, a agência de espionagem israelense.
Salvando vidas
Quando lhe perguntam se ele tem medo de ser alvo de assassinos, Jalilian responde: “É claro que não”, balançando a cabeça em sinal de negação, enquanto fornece jalecos de laboratório brancos e sapatos de plástico e leva os seus visitantes até um armário pessoal. “Por que é que eu deveria me sentir ameaçado?”, pergunta ele. “Eu só lido com materiais nucleares utilizados na terapia contra o câncer. O objetivo do meu trabalho é salvar vidas, e não destruí-las.”
Conforme ele nos conta durante a visita ao prédio do reator, Jalilian estudou em Teerã, na cidade alemã ocidental de Aachen e nos Estados Unidos. Ele diz que quase um milhão de iranianos em 135 centros de tratamento por radiação em todo o país dependem dos “kits nucleares” - recipientes com isótopos de molibdênio 99 – que são produzidos aqui. Mas este é apenas um dos usos possíveis para esses materiais. O outro é como matéria prima inicial de armas nucleares.
A base que sustenta o reator parece uma piscina de um filme de terror. Raios de luz azuis e sinistros brotam da água escura, produzidos por um fenômeno chamado de radiação Cherenkov, que ocorre quando partículas subatômicas eletricamente carregadas passam pela água à sua volta em alta velocidade. Tubos prateados estão encostados na parede. Um retrato do líder revolucionário iraniano aiatolá Khomeini está pendurado na parede sobre uma mesa de interpretação de testes. O retrato está fora de prumo e empoeirado, como se houvesse coisas mais importantes a fazer do que alinhá-lo e desempoeirá-lo.
Medida para “criar confiança”
De acordo com Jalilian, só “muito raramente” estrangeiros com conhecimento técnico nesta área recebem permissão para entrar nestas instalações. Aparentemente, a liderança política abriu uma exceção em janeiro deste ano, quando o presidente Mahmoud Ahmadinejad, em uma iniciativa que foi classificada de uma “medida para criar confiança”, convidou embaixadores selecionados e reconhecidos pela Agência Internacional de Energia Atômica para visitar a instalação.
Mas o evento, que deveria ser um golpe de relações públicas, acabou se transformando em um embaraço para o regime. Os representantes da Alemanha, da França e de Reino Unido, que são particularmente suspeitosos em relação às ambições nucleares do Irã, não foram convidados – e muito menos qualquer indivíduo dos Estados Unidos.
Ironicamente, se os norte-americanos tivessem sido convidados, eles poderiam ter trazido consigo os velhos projetos do reator. Foram os Estados Unidos que construíram este reator de pesquisas de cinco megawatts, de água leve, concluído em 1967, e os norte-americanos chegaram até mesmo a fornecer ao regime do xá urânio enriquecido a um grau compatível com a produção de armas nucleares.
Em Washington, o fato de que o xá do Irã desejava construir a bomba atômica era um segredo de Polichinelo que não parecia incomodar os políticos norte-americanos da época. Os Estados Unidos viam o monarca Pahlevi como um aliado confiável e não podiam imaginar que a situação algum dia mudaria. Os norte-americanos pararam de enviar varetas de combustível nuclear após a revolução de 1979. A Argentina forneceu esse material a Teerã durante algum tempo, mas quando as sanções da ONU foram impostas devido às táticas de encobertamento utilizadas pelo Irã, Buenos Aires também interrompeu toda a cooperação com os iranianos.
“Tudo é cuidadosamente monitorado aqui no nosso reator”, afirma Jalilian, apontando para câmeras que registram todos os movimentos na área. Detectores também estão instalados por toda parte. Ele acrescenta que a cada três meses os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica visitam estas instalações para conduzir inspeções adicionais. No entanto, o Irã jamais ratificou o protocolo suplementar que permitiria que os inspetores nucleares da ONU fizessem inspeções sem aviso prévio. Além disso, os iranianos foram obrigados a admitir que fizeram experiências com polônio 210, o elemento usado para desencadear uma reação nuclear em uma bomba nuclear.
Os líderes de Teerã também provocaram a comunidade mundial de outras maneiras. Eles passaram bastante tempo negociando um acordo de permuta, segundo o qual grande parte do seu urânio enriquecido seria enviado ao exterior em troca do fornecimento de varetas de combustível nuclear para o reator de Teerã. Mas no final, eles acabaram rejeitando o acordo. O Irã continua a enriquecer urânio, em violação a todas as resoluções do Conselho de Segurança da ONU relativas a este caso. E agora eles não estão mais enriquecendo urânio a um grau de pureza de 3,5% para a produção de varetas de combustível, mas sim a um grau de pureza de quase 20%, um grande passo rumo à produção de material compatível com uma bomba. No entanto, Jalilian insiste que ele e os seus colegas só estão interessados em produzir o material do qual necessitam para reabastecer o seu reator com combustível.
Dificilmente alguém poderia descrever o poder curativo do átomo de forma tão tocante e conveniente quanto Ali Asghar Soltanieh, 60, o embaixador iraniano na Agência Internacional de Energia Atômica, em Viena, durante os últimos seis anos. Soltanieh, que é físico nuclear, está bastante familiarizado com o reator de pesquisas porque foi nele que ele iniciou a sua carreira. Mas o seu problema é que, não importa o quão suave seja a sua abordagem, atualmente ele só consegue apoio de países africanos e asiáticos, bem como dos velhos revolucionários de Cuba e da Venezuela. O grupo conhecido como “cinco mais um” que negocia questões fundamentais com Soltanieh – Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China, mais a Alemanha – está reagindo com crescente irritação às declarações de Soltanieh.
E, desde que o diplomata japonês Yukiya Amano, 63, substituiu o mais conciliador Mohamed El Baradei, 68, de nacionalidade egípcia, como diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica no final de 2009, o tom vem se tornando cada vez mais ríspido. O mais recente relatório da Agência Internacional de Energia Atômica afirma de forma inequívoca que o Irã se recusa a responder a perguntas importantes sobre as “possíveis dimensões militares” do seu programa nuclear.
Amano está exigindo uma maior cooperação de Teerã, que “não está cumprindo diversas obrigações”. Enquanto que as agências de inteligência dos Estados Unidos se tornaram mais cautelosas no que se refere às intenções iranianas, chegando a mencionar uma “falta de evidências de um programa para a construção de uma bomba atômica”, a Agência Internacional de Energia Atômica tem adotado um tom cada vez mais alarmado nos últimos dias. No início de junho, os seus inspetores nucleares relataram que Teerã estaria construindo uma ogiva nuclear.
Ciberataques contra o Irã
Porém, os esforços iranianos encontram-se estagnados em áreas cruciais. Por exemplo, Teerã não tem sido capaz de aumentar significativamente o número das suas centrífugas em operação nem a quantidade de urânio enriquecido que possui. O vírus de computador Stuxnet e a ciberguerra podem muito bem ser as causas desses problemas. David Albright, diretor do respeitado Instituto para Ciência e Segurança Internacional, em Washington, acredita que os autores do ataque “plantaram” os vírus nos sistemas iranianos e, ao fazerem isso, destruíram cerca de mil das 9.000 centrífugas já instaladas. Outros especialistas chegam a especular que o programa eletrônico malicioso tenha destruído um terço das centrífugas iranianas. Acredita-se que israelenses e norte-americanos sejam os responsáveis pelo ataque.
Meïr Dagan, que foi diretor do Mossad durante vários anos, chegou a declarar que o Irã revelou “vulnerabilidades técnicas substanciais” e provavelmente não seria capaz de produzir uma bomba atômica até 2015. Na verdade, todos sabem que a comunidade de inteligência israelenses testou o efeito do Stuxnet em centrífugas de verdade no Deserto de Negev. As centrífugas eram idênticas àquelas utilizadas no reator iraniano de Natanz e que em breve serão instaladas no reator de Qom.
Saeed Jalili, o poderoso secretário do Conselho de Segurança Nacional do Irã e um aliado próximo de Ahmadinejad, admitiu a “Der Spiegel” em meados de janeiro último que o vírus de computador havia infectado as instalações nucleares do Irã, mas ele alegou também que o ataque havia sido “repelido”. Em uma entrevista a um jornalista israelense em meados de abril, o diretor da defesa civil iraniana parecia menos eufórico. Ele mencionou “danos potencialmente grandes” e acusou não só os norte-americanos e os israelenses, mas também a Siemens, a gigante alemã do setor de engenharia, alegando que a companhia sabia que um novo vírus de computador conhecido como “Stars” fora infiltrado no Irã. O vírus teria sido introduzido em várias redes de informática por meio de documentos oficiais e teria provocado inicialmente apenas “danos limitados”.
Vizinhos nervosos
Não se sabe se um ciberataque foi o fator responsável pelos adiamentos seguidos da inauguração do reator nuclear de Bushehr. As autoridades iranianas disseram que os adiamentos foram provocados por bombas mecânicas defeituosas. Os vizinhos do Irã, no entanto, não escondem o fato de que a usina nuclear iraniana os deixa nervosos – não necessariamente devido ao seu alegado uso militar, mas sim por causa da sua localização. Bushehr fica no meio de uma zona conhecida de terremotos, no sudoeste do Irã, e um acidente como aquele ocorrido na usina de Fukushima, no Japão, poderia provocar uma catástrofe que se estenderia para muito além das fronteiras iranianas.
É claro que os cientistas do complexo nuclear ao norte de Teerã estão também familiarizados com os problemas do programa nuclear iraniano, com os ciberataques e com todos os empecilhos. No entanto, nenhum deles se dispõe a tecer comentários sobre o assunto, que é aparentemente muito sensível. Esses cientistas dizem que, nas suas instalações, eles estão lidando com problemas completamente diferentes e mais urgentes. Os pacientes iranianos necessitam de “suprimentos medicinais”, afirma Jalilian, com o seu sorriso persistente. Ele insiste que não é uma pessoa que adora a bomba que mata seres humanos, mas sim um indivíduo que ama a radiação que destrói metástases.
Será que o mundo deveria ser mais magnânimo e ignorar o risco de que parte do material radioativo produzido para fins medicinais no reator de pesquisas do Irã pudesse ser desviado para a produção de um perigoso material com grau de pureza necessário para a fabricação de armamentos nucleares? Deveriam os líderes de Teerã, que, devido às suas políticas nucleares rígidas, já são responsabilizados pelo fato de a ONU ter imposto quatro rodadas de sanções contra o seu povo, concordar com um acordo sobre o urânio enriquecido, até mesmo por razões humanitárias? Seria possível que pacientes com câncer estivessem sendo usados como peões políticos por todas as partes envolvidas neste conflito?
Jalilian não faz comentários sobre tais questões. Mas ele ouviu falar sobre os “absurdos” planos israelenses no sentido de um dia bombardear as instalações nucleares em Natanz, perto de Isfahan e nas imediações de Qom. O reator de pesquisas de Teerã já estaria no topo da lista de alvos potenciais para ataques com mísseis. Durante o almoço no restaurante da usina, Jalilian, que geralmente tem a fala suave, faz uma advertência e sugere que os seus convidados a transmitam ao resto do mundo: “Um ataque militar contra as nossas instalações contaminaria com radiação toda a parte norte de Teerã – todos os edifícios residenciais, lojas e playgrounds. Isso seria um assassinato em massa.”
Teleguiados pequenos como insetos podem alterar a guerra
Concepção artística em 3 dimensões do UAV RQ-170 Sentinel |
O laboratório de voo interno da base é chamado de "microaviário". Os teleguiados em desenvolvimento aqui são desenhados para replicar a mecânica de voo de mariposas, falcões e outros habitantes do mundo natural. "Estamos examinando como se esconder à plena vista", disse Greg Parker, um engenheiro aeroespacial.
Os teleguiados aéreos estão transformando o modo como os EUA combatem. O Pentágono tem cerca de 7.000 desses aparelhos, comparados com menos de 50 há dez anos. Na próxima década, a Força Aérea dos EUA prevê um declínio dos aviões tripulados, mas espera que seu número de teleguiados aéreos "multifuncionais" como o Reaper -os que espionam e também atacam- quase quadruplique, chegando a 536. A Força Aérea já está treinando mais pilotos remotos, 350 somente neste ano, do que pilotos de caças e bombardeiros somados.
"É um mercado em crescimento", disse Ashton B. Carter, o principal comprador de armas do Pentágono. Em 2030, o Pentágono prevê que estará empregando "moscas espiãs" equipadas com sensores e microcâmeras. Peter W. Singer, autor de "Wired for War" [equipados para a guerra], um livro sobre robótica militar, os chama de "insetos com insetos".
O teleguiado já desempenha um papel central. A CIA espionou a residência de Osama bin Laden no Paquistão com vídeos transmitidos de um novo teleguiado invisível com asa de morcego, o RQ-170 Sentinel, antes conhecido como "Fera de Kandahar", nome que recebeu depois que foi avistado em uma pista no Afeganistão.
Um dos militantes mais procurados no Paquistão, Ilyas Kashmiri, foi declarado morto em junho em um ataque de teleguiado da CIA, parte de uma campanha agressiva de teleguiados que autoridades do governo dizem que ajudou a paralisar a Al Qaeda na região. Mais de 1.900 insurgentes nas áreas tribais do Paquistão foram mortos por teleguiados americanos desde 2006, segundo o site www.longwarjournal.com.
Em abril, os EUA começaram a usar os teleguiados armados Predator contra as forças de Gaddafi na Líbia. No mês passado, um Predator armado da CIA errou o ataque a Anwar al Awlaki, o religioso radical nascido nos EUA que se esconde no Iêmen.
Os éticos militares admitem que os teleguiados poderão transformar a guerra em um videogame, infligir baixas civis e, sem um risco direto para os americanos, atrair com maior facilidade os EUA para conflitos. Mas, entre os militares, ninguém discute que os teleguiados salvam vidas americanas. Muitos os consideram versões avançadas de "sistemas de armas individuais", como tanques ou bombas despejadas de aviões.
O ímpeto na tecnologia de teleguiados é desenvolver tecnologia de "bater de asas" ou recriar a física do voo natural, mas com um enfoque para insetos, em vez de aves. As aves têm músculos complexos que movimentam suas asas, o que torna difícil copiar sua aerodinâmica. Desenhar insetos também é difícil, mas seus movimentos de asas são mais simples.
Em fevereiro, pesquisadores revelaram um teleguiado beija-flor, construído para a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa, capaz de voar a 17 km/h e pousar em um peitoril de janela. Mas ainda é um protótipo.
No quartel-general da Força Aérea na Base Conjunta Langley-Eustis, na Virgínia, há centenas de TVs de tela plana penduradas de esqueletos de metal em uma sala cavernosa. Essa é uma das mais delicadas instalações para processamento, exploração e disseminação de um tsunami de informações vinda de uma rede global de sensores voadores. Os números são impressionantes: todos os dias, a Força Aérea deve processar quase 1.500 horas de vídeo e mais 1.500 imagens fixas, grande parte delas de Predators e Reapers em patrulhas aéreas de combate 24 horas por dia.
As pressões só vão crescer conforme os militares passarem das visões dos sensores de hoje para a nova tecnologia "Olhar de Górgone", capaz de capturar vídeo ao vivo de uma cidade inteira -mas isso exige 2.000 analistas para processar os dados de um único teleguiado, comparados com 19 analistas por teleguiado hoje.
Em Wright-Patterson, o major Michael L. Anderson, um estudante de doutorado no centro de tecnologia de navegação avançada da base, está concentrado em outra parte do futuro: construir asas para um teleguiado capaz de imitar o voo da mariposa-gavião, conhecida por suas técnicas de planagem. "É impressionante o que elas podem fazer", disse o major Anderson, "comparado com o que nossas aeronaves desajeitadas fazem."
New York Times: A morte da diplomacia
Nova York Richard Holbrooke, um grande diplomata dos EUA cujo avanço em pôr fim às guerras dos Bálcãs em Dayton, em 1995, levou paz ao continente europeu, morreu recentemente. Ele era amigo meu, tenho pensado muito sobre ele, e uma conclusão na qual cheguei é que seu falecimento se deu ao mesmo tempo em que a diplomacia, no sentido convencional, também morreu. Não estou sugerindo que o serviço diplomático dos EUA deva ser desativado amanhã. Como comprovou o site WikiLeaks, ele é repleto de pessoas inteligentes, bem informadas e éticas. Elas ainda são necessárias. Mas a diplomacia, conforme foi concebida ao longo dos séculos -negociações entre Estados hierárquicos, com fronteiras definidas, que levaram a grandes acordos e tratados que mudaram o rumo da história- quase certamente já chegou ao fim.
A razão principal desta mudança se encontra em alguns números que me foram dados outro dia por Jared Cohen, que trabalhou para o Departamento de Estado dos EUA antes de entrar para o Google. Ele me disse que existem mais de 5 bilhões de telefones no mundo, comparados com 907 milhões em 2000. No mesmo período, o número de usuários da internet aumentou de 361 milhões para mais de 2 bilhões. Hoje, há mais de 100 milhões de usuários de telefones celulares apenas no Paquistão, contra 300 mil uma década atrás.
O impacto dessa conectividade irrefreável é, nas palavras de Cohen, "completamente perturbadora para cada Estado". Telegramas diplomáticos são superados por redes que não respeitam fronteiras ou hierarquias. Adeus a Potsdam, Yalta, Xangai, Dayton e tudo isso.
A distinção entre os mundos real e virtual -que as pessoas com mais de 40 anos insistem em traçar- é simplesmente inexistente para os 52% das pessoas do mundo que têm menos de 30 anos. Elas transitam sem dificuldades entre os dois mundos. Qualquer tentativa de separar uma coisa da outra parece simplesmente pitoresca e antiquada.
Quando as pessoas vivem livremente on-line, não querem viver confinadas no interior de fronteiras físicas. Essa é a primeira grande lição a tirar da Primavera Árabe. A sofisticação on-line da juventude tunisiana, vivendo perto da Europa, mas longe das liberdades políticas dela, tornou-se incompatível com a ditadura desse país, cujos esforços para reprimir a revolta mostraram-se tão desajeitados quanto a resistência era ágil. A segunda grande lição vem sendo que conectividade é igual a organização que avança em velocidades que aparelho de Estado nenhum consegue igualar.
A ideia mais revolucionária de nossa era é que tecnologia equivale a empoderamento. Esse empoderamento pode ser utilizado positivamente ou negativamente. Ele pode capacitar as pessoas a superar a repressão, buscar justiça, encontrar atendimento médico, conseguir crédito ou até mesmo encontrar o amor de que necessitam. Ele também pode ser usado por terroristas para recrutamento e por Estados brutais para rastrear seus inimigos. Tanto o Irã quanto a Síria vêm fazendo esforços enormes para controlar a internet e limitar a conectividade. Sua ação implacável é tanto física quanto virtual.
Os esforços de Jared Cohen, que chefia uma unidade nova chamada Google Ideas, visam assegurar que a tecnologia tenha resultados predominantemente positivos.
A ideia básica por trás do Google Ideas é que, se reunirmos pessoas que entendem as ferramentas de nossa era e pessoas que compreendem os desafios de nossa era, os benefícios serão grandes. Isso, para mim, soa persuasivo. Também está claro que os diplomatas estão muito atrasados em termos de compreender como poderiam aproveitar as redes sociais.
Se o empoderamento está se universalizando, se uma visão hierárquica dos assuntos internacionais, estruturada em torno das relações entre Estados, está fora de contato com a maneira como a maioria das pessoas no mundo se relaciona, então uma das perguntas mais urgentes para o Departamento de Estado e outros serviços diplomáticos deve ser: "Como podemos adaptar nossos esforços de modo a moldar essas forças em direções favoráveis?".
Em uma cerimônia memorial promovida em Berlim em homenagem a Holbrooke, o ex-embaixador dos EUA na Alemanha John Kornblum disse: "Estamos ingressando em um novo tipo de mundo. Um mundo em que as redes serão mais importantes do que os tratados. Um novo tipo de diplomacia se fará necessária."
Definir essa nova diplomacia é o trabalho da próxima década. Holbrooke não seria um mau exemplo. Ele nunca deixou de olhar para frente. E gostava de comparar a diplomacia ao jazz -uma improvisação constante sobre um tema, com uma procura constante por novas harmonias.
A razão principal desta mudança se encontra em alguns números que me foram dados outro dia por Jared Cohen, que trabalhou para o Departamento de Estado dos EUA antes de entrar para o Google. Ele me disse que existem mais de 5 bilhões de telefones no mundo, comparados com 907 milhões em 2000. No mesmo período, o número de usuários da internet aumentou de 361 milhões para mais de 2 bilhões. Hoje, há mais de 100 milhões de usuários de telefones celulares apenas no Paquistão, contra 300 mil uma década atrás.
O impacto dessa conectividade irrefreável é, nas palavras de Cohen, "completamente perturbadora para cada Estado". Telegramas diplomáticos são superados por redes que não respeitam fronteiras ou hierarquias. Adeus a Potsdam, Yalta, Xangai, Dayton e tudo isso.
A distinção entre os mundos real e virtual -que as pessoas com mais de 40 anos insistem em traçar- é simplesmente inexistente para os 52% das pessoas do mundo que têm menos de 30 anos. Elas transitam sem dificuldades entre os dois mundos. Qualquer tentativa de separar uma coisa da outra parece simplesmente pitoresca e antiquada.
Quando as pessoas vivem livremente on-line, não querem viver confinadas no interior de fronteiras físicas. Essa é a primeira grande lição a tirar da Primavera Árabe. A sofisticação on-line da juventude tunisiana, vivendo perto da Europa, mas longe das liberdades políticas dela, tornou-se incompatível com a ditadura desse país, cujos esforços para reprimir a revolta mostraram-se tão desajeitados quanto a resistência era ágil. A segunda grande lição vem sendo que conectividade é igual a organização que avança em velocidades que aparelho de Estado nenhum consegue igualar.
A ideia mais revolucionária de nossa era é que tecnologia equivale a empoderamento. Esse empoderamento pode ser utilizado positivamente ou negativamente. Ele pode capacitar as pessoas a superar a repressão, buscar justiça, encontrar atendimento médico, conseguir crédito ou até mesmo encontrar o amor de que necessitam. Ele também pode ser usado por terroristas para recrutamento e por Estados brutais para rastrear seus inimigos. Tanto o Irã quanto a Síria vêm fazendo esforços enormes para controlar a internet e limitar a conectividade. Sua ação implacável é tanto física quanto virtual.
Os esforços de Jared Cohen, que chefia uma unidade nova chamada Google Ideas, visam assegurar que a tecnologia tenha resultados predominantemente positivos.
A ideia básica por trás do Google Ideas é que, se reunirmos pessoas que entendem as ferramentas de nossa era e pessoas que compreendem os desafios de nossa era, os benefícios serão grandes. Isso, para mim, soa persuasivo. Também está claro que os diplomatas estão muito atrasados em termos de compreender como poderiam aproveitar as redes sociais.
Se o empoderamento está se universalizando, se uma visão hierárquica dos assuntos internacionais, estruturada em torno das relações entre Estados, está fora de contato com a maneira como a maioria das pessoas no mundo se relaciona, então uma das perguntas mais urgentes para o Departamento de Estado e outros serviços diplomáticos deve ser: "Como podemos adaptar nossos esforços de modo a moldar essas forças em direções favoráveis?".
Em uma cerimônia memorial promovida em Berlim em homenagem a Holbrooke, o ex-embaixador dos EUA na Alemanha John Kornblum disse: "Estamos ingressando em um novo tipo de mundo. Um mundo em que as redes serão mais importantes do que os tratados. Um novo tipo de diplomacia se fará necessária."
Definir essa nova diplomacia é o trabalho da próxima década. Holbrooke não seria um mau exemplo. Ele nunca deixou de olhar para frente. E gostava de comparar a diplomacia ao jazz -uma improvisação constante sobre um tema, com uma procura constante por novas harmonias.
Papéis secretos da ditadura sumiram, afirma ministro
Segundo Nelson Jobim, Forças Armadas não temem fim do sigilo eterno, pois não existem mais documentos da época
Ele também negou os temores sobre dados da Guerra do Paraguai, e afirmou que apenas tecnologia preocupava
Ministro Jobim |
"Não há documentos, nós já levantamos os documentos todos, não tem. Os documentos já desapareceram, já foram consumidos à época", afirmou Jobim.
Segundo ele, como os arquivos não existem, a revelação de papéis sigilosos não representará problema algum: "Então não tem nada, não tem problema nenhum em relação a essa época".
O debate sobre a abertura das informações consome o governo há várias semanas. A presidente Dilma Rousseff, que originalmente era a favor do fim do sigilo, passou a se posicionar contra a medida diante da resistência dos ex-presidentes Fernando Collor (PTB) e José Sarney (PMDB). Na semana passada, ela voltou a mudar de opinião.
O projeto original, enviado ao Congresso em 2009 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reduzia o prazo para o caráter sigiloso de papéis oficiais. Mas dava a possibilidade de prorrogação indefinida dos prazos.
O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados com uma emenda derrubando o sigilo. Depois foi encaminhado para o Senado. Segundo Jobim, o projeto atual é adequado e não vai oferecer subsídios para mudar a interpretação de fatos históricos. "Não temos nada a esconder, todo mundo já conhece, não tem nenhum mistério", afirmou.
Ele também negou que a pasta tema a revelação de informações sobre a Guerra do Paraguai. "Basta ler sobre a guerra. Tem um livro extraordinário de um professor de história de Brasília que bota a guerra dentro do quadro histórico", disse Jobim.
Segundo o ministro, a única preocupação das Forças Armadas era sobre tecnologia. "Mas esta está preservada, não temos problema."
Irã lança 14 mísseis balísticos em manobras com tropas terrestres, navais e aéreas
O Irã lançou hoje ao menos 14 mísseis de diferentes tipos em virtude das manobras realizadas pelos Guardiões da Revolução no Golfo Pérsico, informou a agência IRNA.
Os Guardiões da Revolução lançaram nove mísseis balístico Zelzal, dois Shahab-1, dois Shahab-2 e um Shahab-3, informou a agência de notícias IRNA sem agregar se os mísseis atingiram os objetivos com sucesso.
O lançamento dos mísseis foi realizado em virtude das manobras iniciadas segunda-feira e que foram chamadas de “Grande Profeta 6”. As manobras se sucedem todo ano na região do Golfo Pérsico e prevê a intervenção das Forças Terrestres, Navais e Aéreas.
Nas vésperas das manobras, as autoridades iranianas sempre ressaltaram que os exercícios têm caráter “defensivo”, buscam garantir a segurança do país e não representam ameaça a região.
Os Guardiões da Revolução lançaram nove mísseis balístico Zelzal, dois Shahab-1, dois Shahab-2 e um Shahab-3, informou a agência de notícias IRNA sem agregar se os mísseis atingiram os objetivos com sucesso.
O lançamento dos mísseis foi realizado em virtude das manobras iniciadas segunda-feira e que foram chamadas de “Grande Profeta 6”. As manobras se sucedem todo ano na região do Golfo Pérsico e prevê a intervenção das Forças Terrestres, Navais e Aéreas.
Nas vésperas das manobras, as autoridades iranianas sempre ressaltaram que os exercícios têm caráter “defensivo”, buscam garantir a segurança do país e não representam ameaça a região.
sábado, 25 de junho de 2011
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Os Últimos Heróis: 300 de Esparta (dublado em pt-PT)
No auge da Segunda Guerra Médica, Xerxes, rei da Pérsia, liderou o exército mais numeroso já reunido para tentar conquistar toda a Grécia. O rei Leónidas de Esparta, acompanhado por 300 guerreiros espartanos e mais uns milhares de soldados gregos, espera no passo das Termópilas para deter o grosso do exército persa, estimado em mais de um milhão de homens. Não tinham praticamente nenhuma possibilidade e, no entanto, os heróis e os seus aliados resistiram na estreita passagem durante sete dias em Agosto de 480 a.C., infligindo baixas terríveis aos persas e lutando até ao último defensor ser assassinado. Este famoso conflito será recordado para sempre como a Batalha das Termópilas. Quando acabou, cada herói que resistiu na passagem tinha sacrificado a sua vida pela liberdade. Durante séculos, os eruditos estudaram a batalha das Termópilas, dado que é a batalha que determinaria o curso da civilização ocidental... batalha na qual 300 heróis resistiram até à morte.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Documentário: Batalhas A.C - Alexandre: Senhor da Guerra
Acompanhe os passos da campanha final de Alexandre Magno, começando pela condução de seu poderoso exército até a Índia, em uma demonstração de desafio, força e fé inquebrantável, quando ele executa uma das ações militares mais memoráveis da história: a travessia de um rio em meio a uma furiosa tempestade. Tal manobra, não só conseguiu fazer desmoronar a confiança do general hindu Porus, mas também permitiu que o exército de Alexandre tomasse suas tropas de assalto, oculto pelo manto escuro da noite.
Letônia diz que pode buscar o apoio da OTAN no futuro em face da “ameaça Mistral”
A Letônia vai pedir o apoio da OTAN se a Rússia implanta os porta-helicópteros de origem francesa Mistral no mar Báltico, porque isso iria mudaria o equilíbrio de forças na região, o disse nessa quarta-feira o ministro da Defesa da Letônia, Artis Pabriks.
Rússia e França assinaram na últuma sexta-feira, um acordo para o fornecimento de dois porta-helicópteros da classe Mistral, de origem francesa. O contrato que ascendeu a importância de US$ 1.7 bilhões (1.2 bilhões de Euros) também visa o repasse de tecnologias sensíveis.
“Se esses porta-helicópteros aparecem no mar Báltico, a Letônia pedirá a França e a OTAN em geral apoio militar e político”, disse Pabriks. “O tamanho desse apoio deve ser adequado para restaurar o equilíbrio das forças na região”, conclui Pabriks.
A Letônia é uma ex-república soviética, que se juntou ao bloco (OTAN) de 28 membros, juntamente com outros estados do Báltico em 2004.
O Ministro da Defesa da Rússia, Anatoly Serdyukov, disse na terça-feira que ainda é muito cedo para determinar a implantação futura dos navios de guerra, como o primeiro navio será entregue à Rússia em 2014 e a segunda em 2015.
“Vamos construir os primeiros navios e depois pensar sobre seu uso. Temos alguns planos e vamos publicá-los quando os navios estiveram quase prontos”, disse Serdyukov.
Rússia e França assinaram na últuma sexta-feira, um acordo para o fornecimento de dois porta-helicópteros da classe Mistral, de origem francesa. O contrato que ascendeu a importância de US$ 1.7 bilhões (1.2 bilhões de Euros) também visa o repasse de tecnologias sensíveis.
“Se esses porta-helicópteros aparecem no mar Báltico, a Letônia pedirá a França e a OTAN em geral apoio militar e político”, disse Pabriks. “O tamanho desse apoio deve ser adequado para restaurar o equilíbrio das forças na região”, conclui Pabriks.
A Letônia é uma ex-república soviética, que se juntou ao bloco (OTAN) de 28 membros, juntamente com outros estados do Báltico em 2004.
O Ministro da Defesa da Rússia, Anatoly Serdyukov, disse na terça-feira que ainda é muito cedo para determinar a implantação futura dos navios de guerra, como o primeiro navio será entregue à Rússia em 2014 e a segunda em 2015.
“Vamos construir os primeiros navios e depois pensar sobre seu uso. Temos alguns planos e vamos publicá-los quando os navios estiveram quase prontos”, disse Serdyukov.
Obama autoriza ataques cibernéticos para fins militares
O presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, assinou uma série de medidas que regulamentam o uso de ataques cibernéticos pelo Exército Americano para defender os interesses dos EUA no mundo, informou o Pentágono.
As medidas detalham quando e como os militares podem solicitar a autorização para ataques cibernéticos contra inimigos e permitem incluir similares operações na estratégia militar dos EUA, assim afirma especialistas militares americanos, que foram citados pela agência de notícia Associated Press.
A disposição correspondente, assinada quase um mês, foi resultado dos esforços do Pentágono para regulamentar a aplicação dos ataques cibernéticos e, é similar as diretrizes sobre o uso de armas convencionais e nucleares.
Anteriormente, as autoridades americanas anunciaram sua decisão de fortalecer a estrutura de defesa contra os ataques cibernéticos originárias do exterior que, segundo uma nova estratégia adotada pelo Pentágono, é considerado como ato de agressão e prevê uma resposta militar.
A nova estratégia foi elaborada depois dos ataques de hackers contra a base de dados do Pentágono e da tentativa de deixar fora de serviço o programa nuclear iraniano mediante ao vírus Stuxnet.
As medidas detalham quando e como os militares podem solicitar a autorização para ataques cibernéticos contra inimigos e permitem incluir similares operações na estratégia militar dos EUA, assim afirma especialistas militares americanos, que foram citados pela agência de notícia Associated Press.
A disposição correspondente, assinada quase um mês, foi resultado dos esforços do Pentágono para regulamentar a aplicação dos ataques cibernéticos e, é similar as diretrizes sobre o uso de armas convencionais e nucleares.
Anteriormente, as autoridades americanas anunciaram sua decisão de fortalecer a estrutura de defesa contra os ataques cibernéticos originárias do exterior que, segundo uma nova estratégia adotada pelo Pentágono, é considerado como ato de agressão e prevê uma resposta militar.
A nova estratégia foi elaborada depois dos ataques de hackers contra a base de dados do Pentágono e da tentativa de deixar fora de serviço o programa nuclear iraniano mediante ao vírus Stuxnet.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Documentário: Serviço militar iraniano
Disponibilizo esse vídeo acima para que o leitor possa se inteirar de como é o serviço de conscritos no Irã. O documentário tem um pequeno “delay”, é em pensar, mas vale as imagens
Folha de SP: Reino Unido apoia Brasil no Conselho de Segurança da ONU
O Reino Unido ativamente apoia a ambição brasileira a um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas
Nick Clegg |
Hoje, ambos os países estão entre as duas maiores economias globais; compartilhamos objetivos, acreditamos na democracia, no livre comércio e nos direitos humanos e estamos determinados a cumprir nosso papel no maior desafio de nossos tempos: a luta contra as mudanças do clima. Contudo, apesar de nossa história, ainda não aproveitamos nossos laços ao máximo. Podemos aprofundar relações comerciais, colaborar mais e buscar um ao outro como aliados naturais no cenário internacional. Juntos, podemos reinventar nossa parceria para o século 21, contribuindo para a prosperidade interna e defendendo os nossos valores no exterior.
Isso significa sermos muito mais ambiciosos em nossas relações comerciais. Algumas de nossas maiores empresas já trabalham juntas: a Rolls Royce fornece peças de avião para a Embraer e tecnologia de ponta à indústria petrolífera brasileira. Já a Embrapa estabeleceu um laboratório no Reino Unido para realizar pesquisa de ponta. Mas ainda há muito a fazer, e inúmeras oportunidades em áreas como energia renovável, infraestrutura, engenharia e serviços financeiros. Firmar parcerias não se resume a assinar contratos.
Trata-se de compartilhar experiências, como as de grandes eventos esportivos, incluindo Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Enquanto o Brasil se prepara para a Rio-2016, compartilharemos nossa experiência na organização de Londres-2012, dentro do prazo e do orçamento, os primeiros Jogos Olímpicos sustentáveis da história.
Estamos felizes por já estarmos trabalhando juntos em questões como sustentabilidade, acessibilidade e segurança, e desejamos garantir um legado duradouro para nossos países.
O trabalho conjunto é importante, assim como o apoio mútuo na esfera internacional. O Brasil é hoje uma força global, não apenas por sua riqueza. O país é uma potência ambiental, sem a qual não pode haver um acordo climático significativo, e tem um papel cada vez maior na segurança internacional -visto a liderança na Missão de Estabilização da ONU no Haiti.
O Brasil é uma grande fonte de apoio às nações que buscam se desenvolver, além de ser uma voz dos direitos humanos e polo para tecnologias sustentáveis, necessárias para o crescimento a longo prazo. Não pode haver resposta às questões dominantes na agenda internacional atual sem o Brasil.
Por esse motivo, o Reino Unido ativamente apoia a ambição brasileira a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
É hora de a estrutura das instituições internacionais refletir o mapa do poder no mundo. Como democracia pacífica e país mais importante da região, o Brasil deve ser plena e formalmente representado nas principais mesas de negociações internacionais.
E queremos ver o Brasil utilizando sua influência: pressionando por uma rodada de comércio internacional justa, ajudando a implementar os compromissos de Cancún, que podem contribuir para uma bem-sucedida Cúpula do Clima em Durban, e utilizar a experiência e influência crescentes para ajudar a assegurar a estabilidade no Oriente Médio.
Juntos, Reino Unido e Brasil podem ser uma força positiva de mudança. Podemos gerar prosperidade internamente e defender nossos valores no cenário internacional.
Em uma parceria igualitária e madura nem sempre concordaremos, mas há muito mais a nos unir do que a nos dividir. No mundo de hoje, em que os países precisam uns dos outros, é algo a ser aproveitado.
Rosoboronexport afirma que a França repassou todas as tecnologias do Mistral
A França repassou à Rússia todas as tecnologias relacionadas com a venda de dois porta-helicópteros da classe Mistra, declarou hoje o diretor geral da exportadora estatal russa de armas, Anatoli Isaikin.
“Os franceses entregaram todas as tecnologias, entre elas, o sistema (de comando) SENIT-9 e outros dois”, afirmou Isaikin ao comparecer ante a imprensa no Salão Aeronáutico de Le Bourget, nos arredores de Paris.
O repasse da tecnologia do sistema SENIT-9 (Système d'Exploitation Navale des Informations Tactiques) e SIC-21 homologados pela OTAN foi o ponto mais espinhoso da negociação prévia do contrato que Isaikin e o chefe do Estaleiro francês DCNS, Patrick Boissier, assinaram na sexta-feira passada, em São Petersburgo na presença do presidente da Rússia, Dmitry Medvedev.
O contrato, cuja a importância ascendeu mais de 1,2 bilhão de Euros, prevê que a DCNS construirá para a Rússia dois porta-helicópteros da classe Mistra em seus estaleiros na França e entregá-los-á à Rússia em 2014 e 2015 respectivamente. No futuro, as partes planejam assinar outro contrato, dessa vez para a construção do mais navios desse tipo na Rússia, e esses teriam as mesmas tecnologias, segundo Isaikin.
O chefe da Rosoboronexport adiantou que o contrato firmado na última sexta-feira entrará em vigor em três meses mais ou menos, uma vez que o governo russo precisa emitir uma resolução correspondente.
Isaikin também disse que a parte russa planeja instalar a bordo dos “Mistral” os helicópteros multi-propósito Ka-52 “Alligator”, uma versão modernizada que a empresa aeronáutica Kamov desenvolveu a partir do helicóptero de ataque Ka-50 "Black Shark".
“Os franceses entregaram todas as tecnologias, entre elas, o sistema (de comando) SENIT-9 e outros dois”, afirmou Isaikin ao comparecer ante a imprensa no Salão Aeronáutico de Le Bourget, nos arredores de Paris.
O repasse da tecnologia do sistema SENIT-9 (Système d'Exploitation Navale des Informations Tactiques) e SIC-21 homologados pela OTAN foi o ponto mais espinhoso da negociação prévia do contrato que Isaikin e o chefe do Estaleiro francês DCNS, Patrick Boissier, assinaram na sexta-feira passada, em São Petersburgo na presença do presidente da Rússia, Dmitry Medvedev.
O contrato, cuja a importância ascendeu mais de 1,2 bilhão de Euros, prevê que a DCNS construirá para a Rússia dois porta-helicópteros da classe Mistra em seus estaleiros na França e entregá-los-á à Rússia em 2014 e 2015 respectivamente. No futuro, as partes planejam assinar outro contrato, dessa vez para a construção do mais navios desse tipo na Rússia, e esses teriam as mesmas tecnologias, segundo Isaikin.
O chefe da Rosoboronexport adiantou que o contrato firmado na última sexta-feira entrará em vigor em três meses mais ou menos, uma vez que o governo russo precisa emitir uma resolução correspondente.
Isaikin também disse que a parte russa planeja instalar a bordo dos “Mistral” os helicópteros multi-propósito Ka-52 “Alligator”, uma versão modernizada que a empresa aeronáutica Kamov desenvolveu a partir do helicóptero de ataque Ka-50 "Black Shark".
Índia pode encomendar um lote adicional de aeronaves Beriev A-50
Beriev A-50EI Mainstay da Força Aérea Indiana |
“Se as Forças Armadas necessitam de aviões desse tipo, junto com seus equipamentos de navegação, então existe uma alta probabilidade da Rússia fornecer um lote adicional”, disse Isaikin em uma coletiva de imprensa.
Isaikin disse que o Beriev A-50 Shmel (Mainstay na classificação OTAN) atende todas as exigências da Força Aérea da Índia.
Perguntado sobre uma possível cooperação entre Índia e os concorrentes da Rússia nesse setor, Isaikin respondeu que a Índia tem o direito de fazer o que bem entender.
“Se a Índia considera necessário negociar com outros países, é seu direito fazê-lo porque é o comprador”, disse Isaikin.
O Beriev A-50 Shmel é um avião Alerta Antecipado e Controle do Vôo, criado às bases do avião de transporte militar Ilyushin Il-76 e foi incorporado à VVS em 1985.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Fim da “novela Mistral”
Rússia assina contra com a França e comprará dois porta-helicópteros da classe Mistral
Mistral (L9013), o primeiro navio da classe Mistral |
O documento foi assinado em São Petersburgo, na presença do presidente russo Dmitry Medvedev.
Revista Época - Polícia faz 50 retratos falados por mês
O retrato digital é feito há nove anos em São Paulo com programas de edição em computador a partir de um arquivo de fotos de presidiários e voluntários. Os detalhes de cada rosto são separados em arquivos: olhos, narizes, bocas e até de cicatrizes, piercings e espinhas.
Olhar Digital - Tecnologia de ponta contra o crime
Polícia Militar utiliza câmeras térmicas, microcâmeras, helicópteros que custam milhões, tablets, GPS e até 4G que auxiliam na segurança da população.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Brigas entre Hamas e Fatah comprometem reconhecimento do Estado palestino
A confirmação da discórdia entre o Fatah e o Hamas a respeito da composição do governo palestino de reconciliação nacional foi uma excelente notícia para os israelenses e os americanos. Os dois irmãos inimigos do movimento palestino estão desde o dia 14 de junho no Cairo para negociações. Segundo Washington e Jerusalém, se eles são incapazes de chegar a um consenso para escolher um primeiro-ministro, que credibilidade pode ter sua iniciativa que visa obter da Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, o reconhecimento de um Estado palestino?
O Fatah, principal partido da Autoridade Palestina, se pronunciou no sábado (11) a favor de Salam Fayyad, atual primeiro-ministro e arquiteto da renovação institucional e econômica da Cisjordânia. Se o Hamas, partido islâmico no poder em Gaza, rejeitou essa escolha logo no domingo, foi porque viu nele o homem dos americanos.
E exatamente por isso que Salam Fayyad é uma escolha dificilmente contornável. Sem ele, é grande o risco de os doadores se afastarem da Autoridade Palestina. Mahmoud Abbas, seu presidente, não aderiu com entusiasmo à escolha de Salam Fayyad. Existe uma rivalidade silenciosa entre os dois homens, e o ex-especialista do Banco Mundial fez muitos inimigos dentro do Fatah, ao combater a corrupção.
No Hamas, o jogo político é igualmente complexo. Fragilizada pela desestabilização política vivida por seu poderoso padrinho sírio, a ala política do Movimento da Resistência Islâmica, dirigida por Khaled Meshaal (exilado em Damasco), quer favorecer uma aproximação com o Fatah. Em Gaza, os “durões” do Hamas, como Mahmoud Zahar, não pretendem conceder ao Fatah uma chance de recuperar a autoridade e popularidade na Faixa de Gaza.
Todos sabem que a “reconciliação” palestina é uma hipocrisia, mas no momento as duas facções têm interesse em jogar o jogo da unidade. Mais ainda do que o Fatah, o Hamas precisa do apoio do Egito, que facilitou a reconciliação palestina e aliviou o bloqueio israelense ao abrir o posto fronteiriço de Rafah. Será que as autoridades egípcias conseguirão convencer o Hamas a aceitar Salam Fayyad? É uma questão importante, uma vez que influi no prazo da ONU, em setembro.
A estratégia que consiste em contornar o impasse das negociações de paz com Israel por meio da ONU é a única que a direção palestina acredita ter, mas ela não é unanimidade. Vários caciques têm se manifestado para ressaltar as incertezas dessa iniciativa. Além disso, se não for certa uma maioria significativa de Estados a favor da criação de um Estado palestino, o que acontecerá no “day after”?
A resposta poderia se resumir a isto: nenhuma melhoria para a população palestina, e chances quase nulas de reiniciar o processo de paz... Os israelenses insistem em exagerar a extensão de tais estados de espírito dentro da liderança palestina. Como os americanos, eles se mobilizam para desarticular o reconhecimento de um Estado independente da Palestina. O ministério israelense das Relações Exteriores enviou um plano de batalha diplomática a todas suas embaixadas. O objetivo é convencer o maior número possível de governos a não apoiar a iniciativa “unilateral” palestina.
A Europa se encontra dividida, e os Estados Unidos decidiram dar seu veto à iniciativa palestina, mas estão desconfortáveis com a ideia de parecerem contrários à criação de um Estado palestino. Portanto, Washington tem intensificado a pressão sobre seu aliado israelense, exortando-o a aceitar os “parâmetros Obama” como base de uma retomada das negociações com os palestinos, única escapatória que permitiria que Mahmoud Abbas desistisse de recorrer à ONU.
São poucas as chances de sucesso, uma vez que o premiê israelense Binyamin Netanyahu insistiu na recusa em aceitar o novo mantra da Casa Branca, ou seja, um regulamento israelense-palestino baseado nas fronteiras de 1967, com trocas acordadas de territórios. Essa obstinação israelense e a iniciativa palestina levam a crer que o mês de setembro pode ser um mês bastante perigoso.
O Fatah, principal partido da Autoridade Palestina, se pronunciou no sábado (11) a favor de Salam Fayyad, atual primeiro-ministro e arquiteto da renovação institucional e econômica da Cisjordânia. Se o Hamas, partido islâmico no poder em Gaza, rejeitou essa escolha logo no domingo, foi porque viu nele o homem dos americanos.
E exatamente por isso que Salam Fayyad é uma escolha dificilmente contornável. Sem ele, é grande o risco de os doadores se afastarem da Autoridade Palestina. Mahmoud Abbas, seu presidente, não aderiu com entusiasmo à escolha de Salam Fayyad. Existe uma rivalidade silenciosa entre os dois homens, e o ex-especialista do Banco Mundial fez muitos inimigos dentro do Fatah, ao combater a corrupção.
No Hamas, o jogo político é igualmente complexo. Fragilizada pela desestabilização política vivida por seu poderoso padrinho sírio, a ala política do Movimento da Resistência Islâmica, dirigida por Khaled Meshaal (exilado em Damasco), quer favorecer uma aproximação com o Fatah. Em Gaza, os “durões” do Hamas, como Mahmoud Zahar, não pretendem conceder ao Fatah uma chance de recuperar a autoridade e popularidade na Faixa de Gaza.
Todos sabem que a “reconciliação” palestina é uma hipocrisia, mas no momento as duas facções têm interesse em jogar o jogo da unidade. Mais ainda do que o Fatah, o Hamas precisa do apoio do Egito, que facilitou a reconciliação palestina e aliviou o bloqueio israelense ao abrir o posto fronteiriço de Rafah. Será que as autoridades egípcias conseguirão convencer o Hamas a aceitar Salam Fayyad? É uma questão importante, uma vez que influi no prazo da ONU, em setembro.
A estratégia que consiste em contornar o impasse das negociações de paz com Israel por meio da ONU é a única que a direção palestina acredita ter, mas ela não é unanimidade. Vários caciques têm se manifestado para ressaltar as incertezas dessa iniciativa. Além disso, se não for certa uma maioria significativa de Estados a favor da criação de um Estado palestino, o que acontecerá no “day after”?
A resposta poderia se resumir a isto: nenhuma melhoria para a população palestina, e chances quase nulas de reiniciar o processo de paz... Os israelenses insistem em exagerar a extensão de tais estados de espírito dentro da liderança palestina. Como os americanos, eles se mobilizam para desarticular o reconhecimento de um Estado independente da Palestina. O ministério israelense das Relações Exteriores enviou um plano de batalha diplomática a todas suas embaixadas. O objetivo é convencer o maior número possível de governos a não apoiar a iniciativa “unilateral” palestina.
A Europa se encontra dividida, e os Estados Unidos decidiram dar seu veto à iniciativa palestina, mas estão desconfortáveis com a ideia de parecerem contrários à criação de um Estado palestino. Portanto, Washington tem intensificado a pressão sobre seu aliado israelense, exortando-o a aceitar os “parâmetros Obama” como base de uma retomada das negociações com os palestinos, única escapatória que permitiria que Mahmoud Abbas desistisse de recorrer à ONU.
São poucas as chances de sucesso, uma vez que o premiê israelense Binyamin Netanyahu insistiu na recusa em aceitar o novo mantra da Casa Branca, ou seja, um regulamento israelense-palestino baseado nas fronteiras de 1967, com trocas acordadas de territórios. Essa obstinação israelense e a iniciativa palestina levam a crer que o mês de setembro pode ser um mês bastante perigoso.
Ayman Al-Zawahiri, o "cérebro", é o novo líder da Al-Qaeda
A organização terrorista Al-Qaeda já tem novo líder: Trata-se do egípcio Ayman Al-Zawahiri, que até agora era o “número dois” do grupo terrorista, assim informa o canal de notícias “Al Arabiya”. Depois da morte de Osama Bin Laden, o também egípcio Saif al-Adel era quem exercia a liderança do grupo.
Bin Laden foi morto no início do mês de maio durante uma operação das forças especiais americanas. Segundo o governo desse país, o corpo de Bin Landen fora lançado ao mar.
Al-Zawahiri, que é médico de profissão, fundiu a organização “Jihad Islâmica Egípcia”, e se converteu em um dos principais inimigos dos EUA. Os americanos acusam-no de numerosos assassinatos de cidadãos americanos fora do país e de organizar ataque contra suas organizações que já causaram numerosas mortes.
Se converteu em um alvo prioritário dos EUA desde o ano de 1998, devido sua relação com os atentados nas embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia: Como resultado desses acontecimentos mais de 200 pessoas perderam a vida.
O FBI oferece uma recompensa de US$ 25 milhões para quem oferecer informações que resultam na sua morte ou captura.
terça-feira, 14 de junho de 2011
'Papéis do Pentágono' se tornam públicos com 40 anos de atraso
Governo dos EUA divulgou ontem documentos vazados em 1971
Quatro décadas após o início do escândalo, o governo dos EUA divulgou ontem a íntegra dos "Pentagon Papers".É um estudo secreto sobre a Guerra do Vietnã que ajudou a mudar o curso da ação americana ao ser vazado para a imprensa em 1971. São 48 caixas com cerca de 7.000 páginas de texto que acabam de ser disponibilizadas na internet (www.archives.gov/research/pentagon-papers).
Segundo o governo, aproximadamente 34% do conteúdo é inédito, incluindo detalhes sobre negociações de paz e material de referência.
Os papéis do Pentágono revelaram um padrão de mentiras dos presidentes John Kennedy (1961-63), Lyndon Johnson (1963-69) e outros que secretamente aumentaram o conflito no Vietnã enquanto garantiam ao público que os EUA não queriam uma guerra mais ampla.
Sua divulgação, iniciada em 13 de junho de 1971 no "New York Times", ajudou a aumentar a pressão pública contra a guerra e resultou em uma decisão histórica da Suprema Corte dos EUA a favor da liberdade de expressão.
A análise completa do material tomará tempo, mas há pouca expectativa de novas revelações bombásticas.
Antes do aniversário da publicação do estudo, ele voltara a receber atenção devido a comparações com a divulgação de materiais secretos do governo pelo site WikiLeaks.
Daniel Ellsberg, responsável pelo vazamento dos Papéis do Pentágono classificou de "absurda" a demora de quatro décadas. Para ele, o estudo nunca deveria ter sido confidencial.
"As razões para isso foram de política doméstica, não por segurança nacional. O segredo prolongado visa esconder o fato de que porções tão grandes da criação de políticas não aguentam o escrutínio público", afirmou.
Quatro décadas após o início do escândalo, o governo dos EUA divulgou ontem a íntegra dos "Pentagon Papers".É um estudo secreto sobre a Guerra do Vietnã que ajudou a mudar o curso da ação americana ao ser vazado para a imprensa em 1971. São 48 caixas com cerca de 7.000 páginas de texto que acabam de ser disponibilizadas na internet (www.archives.gov/research/pentagon-papers).
Segundo o governo, aproximadamente 34% do conteúdo é inédito, incluindo detalhes sobre negociações de paz e material de referência.
Os papéis do Pentágono revelaram um padrão de mentiras dos presidentes John Kennedy (1961-63), Lyndon Johnson (1963-69) e outros que secretamente aumentaram o conflito no Vietnã enquanto garantiam ao público que os EUA não queriam uma guerra mais ampla.
Sua divulgação, iniciada em 13 de junho de 1971 no "New York Times", ajudou a aumentar a pressão pública contra a guerra e resultou em uma decisão histórica da Suprema Corte dos EUA a favor da liberdade de expressão.
A análise completa do material tomará tempo, mas há pouca expectativa de novas revelações bombásticas.
Antes do aniversário da publicação do estudo, ele voltara a receber atenção devido a comparações com a divulgação de materiais secretos do governo pelo site WikiLeaks.
Daniel Ellsberg, responsável pelo vazamento dos Papéis do Pentágono classificou de "absurda" a demora de quatro décadas. Para ele, o estudo nunca deveria ter sido confidencial.
"As razões para isso foram de política doméstica, não por segurança nacional. O segredo prolongado visa esconder o fato de que porções tão grandes da criação de políticas não aguentam o escrutínio público", afirmou.
“BrahMos-2” começará ser desenvolvido ainda esse ano
A empresa aeroespacial russo-indiana começará ainda esse ano o desenvolvimento do novo míssil hipersônico BrahMos-2, comunicou Alexander Maksichev, Diretor da empresa binacional Brahmos Aerospace.
“Estamos planejando começar a trabalhar em um míssil supersônico, o BrahMos-2. Esse será um míssil totalmente novo”, disse Maksichev durante a conferência para o 10ª aniversário do primeiro lançamento do míssil BrahMos.
Maksichev disse que russos e indianos planejam começar os testes da versão do BrahMos que será utilizada em caças no ano que vem.
“Esperamos ser capazes de iniciar os testes com o mísseis BrahMos que serão lançados de aeronaves. O míssil poderá ser lançado de vários tipos de aeronaves, incluindo o caça Su-30MKI”, disse Maksichev.
Fundada em 1998, a BrahMos Aerospace Ltd fabrica mísseis de cruzeiro supersônicos russos baseados no míssil 3M55 Yakhont (SS-N-26), fabricado pela empreasa NPO Mashinostroyeniya.
O míssil BrahMos tem um alcance de 290km (180 milhas) e pode carregar uma cabeça guerra acima de 300 kg (660 libras). O míssil é efetivo contra alvos relativamente baixo (menos de 10 metros) e tem uma velocidade máxima de Mach 2,8, o que é cerca de três vezes mais rápido que os mísseis americanos do tipo Tomahawk
Tanto as versões mar e terra foram testas com sucesso pelo Exército e a Marinha da Índia e ambos já está em serviço em ambas as forças.
“Estamos planejando começar a trabalhar em um míssil supersônico, o BrahMos-2. Esse será um míssil totalmente novo”, disse Maksichev durante a conferência para o 10ª aniversário do primeiro lançamento do míssil BrahMos.
Maksichev disse que russos e indianos planejam começar os testes da versão do BrahMos que será utilizada em caças no ano que vem.
“Esperamos ser capazes de iniciar os testes com o mísseis BrahMos que serão lançados de aeronaves. O míssil poderá ser lançado de vários tipos de aeronaves, incluindo o caça Su-30MKI”, disse Maksichev.
Fundada em 1998, a BrahMos Aerospace Ltd fabrica mísseis de cruzeiro supersônicos russos baseados no míssil 3M55 Yakhont (SS-N-26), fabricado pela empreasa NPO Mashinostroyeniya.
O míssil BrahMos tem um alcance de 290km (180 milhas) e pode carregar uma cabeça guerra acima de 300 kg (660 libras). O míssil é efetivo contra alvos relativamente baixo (menos de 10 metros) e tem uma velocidade máxima de Mach 2,8, o que é cerca de três vezes mais rápido que os mísseis americanos do tipo Tomahawk
Tanto as versões mar e terra foram testas com sucesso pelo Exército e a Marinha da Índia e ambos já está em serviço em ambas as forças.
A infindável “novela Mistral”
Mistral (L9013), o primeiro navio da classe Mistral |
O jornal Kommersant, em sua edição de hoje, já tava como certo o contrato, mas essa fonte enfatizou que “não sim foi firmado a respectiva carta de intenções”. A fonte agregou que as partes negociam detalhes e o local para assinatura do contrato: “A variante mais atrativa é a quarta edição do Salão Naval Internacional de São Petersburgo”, que será celebrada em 29 de junho a 3 de julho.
A importância do futuro contrato, segundo o funcionário, será superior a €1 bilhão, mas ficará abaixo de €1,2 bilhão.
O porta-helicópteros Mistral desloca 21 toneladas, mede 210 metros de comprimento e pode se deslocar a uma velocidade de 18 nós. Sua autonomia de até 10,800 km.
O navio pode operar até seis helicópteros, seis lanchas de desembarque e dois hovercraft, sem contar que pode abrigar um batalhão de tanques de combate Leclerc ou outros 70 viaturas blindadas.
Sua tripulação costa de 160 homens e pode transportar outros 450 homens.
Submarino nuclear “Yuriy Dolgorukiy” inicia testes prévios para o lançamento do míssil Bulava
Submarino K-535 Yuriy Dolgorukiy |
O porta-voz do Estaleiro Sevmash precisou que o submarino, portador regulamentário dos mísseis Bulava, deve “realizar a segunda etapa dos testes oficiais e testar várias tarefas relacionadas com o próximo lançamento” deste míssil balístico, o 15ª desde que começou a série de testes. O teste será o primeiro deste ano.
O porta-voz também disse que os testes se prolongarão até o final dessa semana e que “por hora não há nenhuma queixa a respeito do funcionamento de equipamentos e mecanismo”.
O próximo lançamento do Bulava será o primeiro a ser efetuado pelo submarino K-535 Yuriy Dolgorukiy. Os 14 lançamentos anteriores, dos quais 7 foram fracassados, se realizaram desde o submarino nuclear estratégico TK-208 Dmitry Donskoy, da classe Akula (Typhoon na classificação OTAN).
Os submarinos estratégicos do Projeto 955 “Borey” será a ponta-de-lança das Forças Navais Estratégicas da Federação Russa depois de 2018, quando na ocasião serão retirados do serviço ativo os submarinos do Projeto 941 (Akula) e 667 BDR e BDRM (Kalmar e Murena, Delta-3 e Delta-4 para na classificação OTAN respectivamente).
Posto em quilha em 1996 e lançado em fevereiro de 2008, o submarino K-535 Yuriy Dolgorukiy desloca 24 mil toneladas, mede 170 metros de cumprimento e 13,5 metros de altura. Sua velocidade na superfície é de 15 nós, enquanto sua velocidade submergido é de 29 nós. É capaz de navegar de forma autônoma durante 100 dias sem emergir.
O armamento é constituído de torpedos, 6 mísseis de cruzeiro RPK-2 Viyuga, 12 mísseis balísticos navais estratégicos RSM-56 Bulava, que terão o alcance de 8.000 km, os quais podem ser armados com até 10 ogivas de guiamento individual e de reentrada múltipla. A tripulação do submarino é de 107 pessoas, incluindo 55 oficiais.
O míssil Bulava entrará em serviço na Armada Russa até o final do ano se todos os próximos testes forem executados com sucesso.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
DOCUMENTÁRIO: Novo século americano
Sinopse: Após apresentar as inconsistências da versão oficial dos atentados de 11 de setembro no documentário "Engano Global", em "Novo Século Americano" o diretor Massimo Mazzucco aborda os bastidores históricos, filosóficos e econômicos dos ataques terroristas de 2001, sugerindo que eles não foram perpetrados por terroristas muçulmanos, mas concebidos e orquestrados pela própria administração americana que estava no poder à época dos eventos.
Direção: Massimo Mazzucco
Roteiro: Massimo Mazzucco
O uso do novo robô de guerra russo pode reduzir o número de baixas humanas
O uso do novo robô de guerra russo, que é controlado à distância, chamado de MRK-27 BT, pode reduzir o número das baixas humanas, assim dizem os especialistas.
Essa máquina de guerra não necessita de soldados, somente uma pessoa há um quilômetro de distância pode operá-la por um computador. O robô carrega vários lançadores de foguete, dois lançadores de granadas, uma metralhadora com 600 projéteis e seis granadas de fumaça. Foi desenvolvido nos laboratórios da Universidade Estatal Técnica de Moscou, junto com outros, o que resultou no programa “soldados robô”.
Alexander Glukhov, sub-chefe do laboratório especial de projetos tecnologicos de rebótica aplicada da Universidade Estatal Técnica de Moscou Bauman (Moscow State Technical University n.a. N.E. Bauman), comenta: “Esta máquina pode elevar sua plataforma de armas até dois metros de altura. Mudar sua posição de acordo com o terreno e alvo, com um ângulo de lançamento de 75º, o que lhe permite disparar contra objetivos altos ou aéreos, por exemplo”.
Os projetistas deste engenho espera que muito próximo os robôs façam parte do Exército Russo.
Esses equipamento também podem trabalhar de modo coordenado. Como se pode observar no vídeo anexo nesse post, o robô maior, equipado com armamento pesado, está ajudando o outro, um robô menor, diga-se de passagem. O último capta o áudio e o vídeo ao seu redor, acumulando informação necessária para que o robô maior possa ocupar-se das ações de combate, que através de seu potente armamento, é capaz de abater tanques e outras máquinas inimigas.
Atualmente, os robôs como sistema de defesa militar estão obtendo mais popularidade no mundo. Alguns até crêem que já está aptos para substituir os soldados humanos.
“Este método permite reduzir a quantidade perdas humanas entre os soldados de divisões terrestres ofensivas e defensivas”, crê Alexander Glukhov. “Eles também podem realizar manobras táticas”, conclui. É assim que pensa os engenheiros e cientistas da Universidade Estatal Técnica de Moscou de Bauman, que está trabalhando duro para implementar estes modelos.
Os instrutores informam que os robôs já atraíram a atenção de especialistas estrangeiros.
Essa máquina de guerra não necessita de soldados, somente uma pessoa há um quilômetro de distância pode operá-la por um computador. O robô carrega vários lançadores de foguete, dois lançadores de granadas, uma metralhadora com 600 projéteis e seis granadas de fumaça. Foi desenvolvido nos laboratórios da Universidade Estatal Técnica de Moscou, junto com outros, o que resultou no programa “soldados robô”.
Alexander Glukhov, sub-chefe do laboratório especial de projetos tecnologicos de rebótica aplicada da Universidade Estatal Técnica de Moscou Bauman (Moscow State Technical University n.a. N.E. Bauman), comenta: “Esta máquina pode elevar sua plataforma de armas até dois metros de altura. Mudar sua posição de acordo com o terreno e alvo, com um ângulo de lançamento de 75º, o que lhe permite disparar contra objetivos altos ou aéreos, por exemplo”.
Os projetistas deste engenho espera que muito próximo os robôs façam parte do Exército Russo.
Esses equipamento também podem trabalhar de modo coordenado. Como se pode observar no vídeo anexo nesse post, o robô maior, equipado com armamento pesado, está ajudando o outro, um robô menor, diga-se de passagem. O último capta o áudio e o vídeo ao seu redor, acumulando informação necessária para que o robô maior possa ocupar-se das ações de combate, que através de seu potente armamento, é capaz de abater tanques e outras máquinas inimigas.
Atualmente, os robôs como sistema de defesa militar estão obtendo mais popularidade no mundo. Alguns até crêem que já está aptos para substituir os soldados humanos.
“Este método permite reduzir a quantidade perdas humanas entre os soldados de divisões terrestres ofensivas e defensivas”, crê Alexander Glukhov. “Eles também podem realizar manobras táticas”, conclui. É assim que pensa os engenheiros e cientistas da Universidade Estatal Técnica de Moscou de Bauman, que está trabalhando duro para implementar estes modelos.
Os instrutores informam que os robôs já atraíram a atenção de especialistas estrangeiros.
Irã testa com sucesso novo sistema de mísseis anti-aéreos
Momento exato que o míssil “Shahin” é disparado |
Segundo o brigadeiro-general iraniano, Farzad Esmayeeli, a versão modernizadas do míssil MIM-23 Hawk, o 'Shahin’, de fabricação nacional e incorporados aos arsenais destruíram os alvos designados em polígonos.
O míssil terra-ar Shahin é capaz de abater caças inimigos e helicópteros em velocidades supersônicas. Já o sistema Mersad é equipado com um sofisticado radar de processamento de sinal, um avançado lançador, avançado sistema engajamento eletrônico e guiamento.
No último mês de abril, o Irã testou com sucesso o míssil “Shahin”, baseado no míssil americano MIM-23 Hawk. O sistema é capaz de rastrear e atacar caças de combate inimigos em baixas e médias alturas. Os dois disparos de testes, com os mísseis Shahin, fora feito com o sistema Mersad.
O escudo anti-aéreo “Marsad” (Emboscada em persa) é um sistema completamente desenvolvido por engenheiros iranianos afim de suprir a demanda interna. O sistema foi implantado em todas unidades de defesa aérea do país, que tem a necessidade de aumentar o poder dissuasivo perante os inimigos.
O general Esmayeeli, que também é comandante da base aérea de Khatam-ol-Anbia, disse que a rede de radares do país foi otimizada.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Russian Today entrevista Anders Fogh Rasmussen, Secretário Geral da OTAN
A OTAN não encara a Rússia como uma ameaça e está disposta a desenvolver uma estreita colaboração com o país. Assim declarou à RT em inglês o secretário geral da Aliança Atlântica, Anders Fogh Rasmussen. No vídeo que segue é possível ver a entrevista na integra.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Índia inicia os testes da nova versão do tanque de batalha Arjun
Tanque de batalha Arjun |
“Os testes começaram hoje no campo de testes de Pokhran, situado no deserto do Estado ocidental do Rajastão”, disse a fonte.
Em maio de 2010, os militares indianos pediram a Organização para Investigação e Desenvolvimento de Defesa da Índia (DRDO) desenhar uma nova versão do “Arjun”. Os projetistas prometeram fazer isso para o ano de 2014.
A nova versão do tanque não terá mais um motor alemão, mas sim um motor indiano, levará mísseis guiados por laser e terá blindagem ativa, entre outras inovações.
Na primavera do ano passado, tropas terrestres indianos realizaram testes comparativos do seu tanque “Arjun” de 58 toneladas e do tanque T-90 “Bhishma” de origem russa, que é produzido sob licença na Índia pela empresa Avadi. Depois de terminado os testes, os militares indianos fizeram um pedido de 124 tanques “Arjun” de primeira geração.
O T-90 “Bhishma” como fora dito acima, é produzido na Índia sob licença russa. Conforme o respectivo acordo, a Índia comprou 350 tanques T-90 “Bhishma” e firmou um contrato para produção sob licença de mais 1.000 unidades do tanque.