sexta-feira, 14 de junho de 2013

A rápida disseminação de uma arma feita em uma impressora 3D

Um estudante do Texas inventou um revólver de plástico que qualquer pessoa pode fazer com uma impressora 3-D. Ele é letal e escapa dos detectores de metais. E está se espalhando sem controle por todos os continentes.

Poucos dias após de a invenção de Cody Wilson ter sido criada, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos emitiu um aviso para o resto do mundo. Os funcionários, responsáveis por defender contra ataques terroristas, escreveram três páginas sobre os perigos de uma arma contra a qual eles são impotentes. Eles escreveram que a segurança pública está ameaçada. Eles também disseram que, infelizmente, é impossível evitar que essa arma seja feita.

Quando a polícia na Austrália ouviu falar sobre a invenção de Wilson, decidiu ela mesma fabricar a arma. Levou 27 horas para produzir todas as partes, mas apenas um minuto para montar a arma. Então eles atiraram uma bala contra um bloco de gelatina. Depois disso, o comissário do estado de New South Wales disse numa coletiva de imprensa que o aparato era capaz de matar pessoas, e que ele acreditava que mais cedo ou mais tarde seria usado num crime.

A invenção de Wilson também atraiu a atenção do Departamento Federal de Polícia Criminal da Alemanha (BKA) e de agências de inteligência. Houve uma suposta reunião na Chancelaria Federal em meados de maio para discutir o assunto. Os alemães ainda não estão lançando nenhum alerta, nem tampouco atirando contra blocos de gelatina. Em vez disso, eles estão tentando conter o assunto, assumindo que ele atrairá atenção por conta própria. Uma porta-voz do BKA disse apenas: "Estamos trabalhando para conseguir reproduzir o processo de manufatura."

Cody Wilson é adepto da cultura "faça você mesmo" dos Estados Unidos. Sua invenção, a pistola, é pequena, branca, estranhamente desajeitada e tem um cano ridiculamente curto. Ela consiste quase que inteiramente de plástico. Mas o que parece um brinquedo à primeira vista, é na verdade uma nova ameaça à segurança no mundo inteiro.

Você não precisa de uma licença para obter essa arma, ela não pode ser comprada, não há um mercado oficial para ela, que tampouco é regulada. Na verdade, qualquer um que quiser pode construir esta arma sem nenhuma assistência. Tudo o que você precisa é de um computador comum, uma conexão de internet, um rolo de plástico, um prego e uma impressora 3D.

Em seu último discurso do Estado da União, o presidente norte-americano Barack Obama disse que a impressão 3D "tem o potencial para revolucionar a forma como fazemos quase tudo". Isso foi em fevereiro, quando o presidente ainda não sabia da existência de Cody Wilson.

Antes de Wilson inventar sua arma, as impressoras 3D eram ferramentas modernas da produção industrial. Elas costumavam ser usadas para fazer protótipos de plástico, um processo no qual um fluxo fino de plástico derretido é expelido por bicos para produzir um objeto, camada por camada. As impressoras baratearam com o tempo, e hoje estão em oficinas de inventores domésticos, que s usam para fazer anões de jardim e todo tipo de objetos úteis para o lar.

Tudo começa com dados guardados num computador, que as impressoras 3D transformam em objetos. Alguns especialistas em tecnologia afirmam que as impressoras 3D transformarão nossas vidas de uma forma tão fundamental quanto o computador pessoal fez nas últimas duas décadas.

Ao usar as instruções da invenção de Wilson, dentro de poucas horas, é possível fazer uma arma capaz de matar pessoas. Wilson a chama de "Libertadora".

As armas e o homem
Não foi difícil marcar um encontro com Wilson. Bastou enviar um e-mail, ele respondeu dentro de algumas horas e, alguns dias depois, amigavelmente nos abriu a porta de seu apartamento.

Wilson tem seus vinte e poucos anos, é magro usa a barba por fazer da moda. Ele adora armas e gosta de conversar. Ele não é inepto. Recentemente sugeriu ao âncora de TV conservador Glenn Beck que havia lido as obras do filósofo pós-estruturalista Michel Foucault.

Wilson vive em Austin, Texas, onde estuda direito – com um entusiasmo moderado. Ele parece se sentir pouco desafiado na universidade, e provavelmente o único motivo pelo qual continua estudando é porque acredita na importância de conhecer as leis de seu oponente caso você deseje derrotá-lo. Wilson trava sua batalha a partir de um apartamento dúplex num bairro abastado de Austin, com ruas arborizadas, a apenas poucos minutos da universidade. Sua BMW conversível fica estacionada do lado de fora.

Lá dentro, Wilson, depois de fechar a porta, começa a conversa falando sobre liberdade. Ele diz que sua arma tem a intenção de humilhar governos, tanto democráticos quanto não democráticos. Ele diz que a intenção é iniciar uma revolução. E se pessoas inocentes morrerem no processo, acrescenta ele, é uma consequência aceitável porque, "afinal de contas, a própria liberdade está cerceada."

Para alguém disposto a levar terror e sofrimento a seu país em nome da liberdade, Wilson é surpreendentemente afável. Ele oferece água e biscoitos de chocolate.

Ele diz que sua arma foi baixada da internet mais de 100 mil vezes dentro de duas semanas, e cópias dos arquivos estão agora em computadores de países como os Estados Unidos, Rússia, Egito, Espanha e Alemanha.

Quantas exatamente?

"Não faço ideia", diz Wilson. "Não dá mais para determinar isso."

Uma vez que algo está online, pode-se espalhar como a gripe aviária.

Wilson gosta de passar seu tempo livre em clubes de tiro, e mostra com orgulho o resto de seu apartamento e as armas que possui.

Um rifle de assalto semiautomático AR-15 está dentro de um estojo no balcão da cozinha, munição de todo tipo tem lugar na mesa da sala de estar, e livros sobre a rigidez dos polímeros dividem uma cadeira com as obras de Proudhon e Baudrillard.

No quarto que também serve como escritório, há uma bandeira norte-americana pendurada na parede, meias e roupas íntimas no chão, um AK-47 preto apoiado na parede perto da cama, uma pistola Mossberg 500, também preta, encostada sobre o AK-47, e há um velho Mosin-Nagant, o rifle com o qual os soldados soviéticos lutaram contra os alemães na 2ª Guerra Mundial, apoiado em sua escrivaninha. Wilson gosta particularmente do Mosin-Nagant. Ao comentar o fato de que um pedaço de madeira do cabo havia sido substituído, Wilson diz: "É possível que ele tenha sido usado para esmagar o crânio de alguém."

O tour termina na escrivaninha e na cama, com Wilson, cercado por armas, meias e cuecas, parado ali com um olhar de expectativa. Para ele, um dia sem provocação é aparentemente um dia perdido.

Pioneiro do revólver de plástico
Quando você perguntar a Wilson por que ele está fazendo isso, e se seus motivos são políticos, ele diz que é um libertário. Adeptos radicais de seu movimento político veem os governos como obra do demônio. Wilson também se refere a sua arma, a Libertadora, como a "grande equalizadora" e afirma que ela prova que o controle de armas pelo governo é uma ilusão.

Wilson poderia ser visto como um lunático. Mas ele é mais do que isso: Ele introduziu um novo perigo no mundo, um perigo invisível e livre. Sua história ilustra os riscos que acompanham os avanços tecnológicos – não aqueles que ocorrem nos laboratórios secretos dos ditadores e generais, mas na sala de estar de um vizinho.

O projeto de Wilson começou há mais de um ano, em seu apartamento. A ideia tomou forma durante várias conversas telefônicas com amigos que pensam como ele, fascinados com as possibilidades que a Internet e as tecnologias oferecem.

Wilson e seus amigos não são os primeiros a tentar driblar as leis sobre armas com o auxílio de impressoras 3D. Mas os outros só conseguiram produzir componentes tecnicamente pouco sofisticados, como um cartucho, que nada mais é do que uma caixa estreita de plástico, ou empunhaduras de revólver. Antes de Wilson, ninguém havia tentado seriamente imprimir uma arma inteira. Era considerado impossível projetar um tambor e um cano que pudessem suportar a pressão e o calor liberado quando a arma é disparada.

Mas Wilson discordou. Embora ele não soubesse nada sobre como fazer armas, ele acreditava que bastaria entrar na internet e estudar algumas tabelas, informações sobre diversos calibres e a pressão resultante dos disparos. Ele acreditava que seria suficiente comparar estes números com os dados que encontrou nas especificações técnicas dos fabricantes de plástico.

Então, ele estimou os custos. Primeiro, ele precisava de uma impressora 3D, e não um modelo básico, mas algo mais profissional com a qual os resultados pudessem ser controlados de forma mais eficaz. Ele também precisava de material para a impressão, de preferência acrilonitrilo-butadieno-estireno (ABS), um termoplástico também usado para fazer peças de Lego.

Obstáculos legais e tecnológicos
Wilson estimou os honorários legais e os custos de especialistas externos que ele e seus amigos poderiam ter que contratar visto que todos os integrantes de seu grupo eram novatos e nenhum jamais havia feito uma arma. Alguns eram engenheiros, e outros haviam estudado construção de máquinas. Quando a lista estava completa, a valor chegou a US$ 20 mil.

Era mais dinheiro do que Wilson e seus amigos tinham, então eles decidiram fazer uma campanha no Indiegogo, uma plataforma de financiamento coletivo para levantar dinheiro, esperando doações – caridade para uma arma letal.

Cerca de duas semanas depois que Wilson publicou seu "Projeto Arma Wiki" no Indiegogo, recebeu um e-mail do departamento jurídico do site, informando que o seu pedido de doações havia sido excluído "por causa de atividades incomuns". Wilson enviou uma reclamação.

Em um segundo e-mail, ele foi informado que os termos e condições do Indiegogo proibiam solicitar doações para armas ou a produção de armas e seus componentes. O Indiegogo devolveu aos doadores os cerca de US$ 2 mil que já tinham sido destinados ao projeto. Wilson estava de volta à estaca zero.

Ele programou o seu próprio site intitulado "Defesa Distribuída". Ele pediu doações – e as conseguiu. Eram na maioria quantias pequenas, mas em grande quantidade – uma prova de que há muitos nos Estados Unidos que pensam da mesma forma de Cody Wilson.

Quando ele finalmente levantou dinheiro suficiente para comprar uma impressora decente, alugou um modelo chamado "uPrint", fabricada pela Stratasys, por três meses. A impressora foi enviada a ele em vários pacotes. Mas antes que Wilson pudesse abri-los, recebeu um e-mail do departamento jurídico da Stratasys.

A mensagem informava que a empresa cancelaria o aluguel da impressora porque Wilson pretendia usá-la para produzir armas. Uma vez que ele não tinha licença para produzir armas, dizia o e-mail, a empresa exigia que ele devolvesse a impressora.

Wilson objetou, escrevendo que não precisa de uma licença, porque só pretendia fazer protótipos para uso pessoal. Mas a a empresa ainda assim enviou uma equipe para confiscar a impressora.

Trabalho em equipe levou a inovação
Wilson escreveu sobre isso em seu site. Ele não sabia o que fazer. Mas uma comunidade estava crescendo a cada dia, uma comunidade de pessoas que queriam imprimir suas próprias armas.

Esta comunidade incluía Brian Bauman, um veterano de 10 anos da indústria gráfica, familiarizado com as idiossincrasias de muitos dispositivos e com experiência em misturar granulado plástico. Bauman, que é autônomo, vivia uma vida um tanto isolada num condomínio fechado na cidade de Liberty Hill, cerca de uma hora de carro de Austin. Sua impressora ficava num galpão ao lado da garagem. Quando Wilson o visitou, Bauman disse que o ajudaria. Ele disse que tinha "sentimentos fortes" sobre a Segunda Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que diz que "o direito das pessoas de ter e portar armas não deve ser infringido".

Outros empresários também contatado Wilson, oferecendo conhecimento e equipamento. A primeira arma completa feita com uma impressora começou a se tornar realidade.

Wilson agora podia experimentar, e gradualmente se tornou um especialista no uso de impressoras 3D. Ele imprimiu seu primeiro "receptor baixo", a parte da arma de fogo que compreende as peças de operação. Ele logo melhorou o projeto, fortalecendo o receptor em pontos fundamentais e arredondou os candos para eliminar pontos de quebra. Embora o primeiro receptor tenha quebrado depois dos primeiros cinco tiros, um outro receptor impresso ainda estava funcionando perfeitamente, sem danos visíveis, depois de disparar mais de 600 tiros.

Fama, medo e apoio
O receptor foi o primeiro grande sucesso de Wilson. Até hoje, o componente já foi baixado mais de 140 mil vezes do site do Wilson. O arquivo é valioso para os entusiastas de armas norte-americanos, porque o receptor é a peça que identifica uma arma nos Estados Unidos, não muito diferente do número de identificação do veículo encontrado na indústria automobilística. Sempre que alguém compra uma arma nos Estados Unidos, o receptor é registrado num cadastro nacional. Todas as outras partes da arma podem ser compradas em lojas ou pela internet, sem ter que fornecer identidade. Em princípio, um receptor impresso oferece a qualquer amador a oportunidade de manufaturar um rifle semi-automático não registrado. Não é mais necessário um conhecimento sobre como fazer armas.

O receptor de Wilson o tornou uma figura pública, e talk-shows e políticos subitamente passaram a levá-lo a sério. O congressista democrata de Nova York Steve Israel pediu uma nova legislação para criminalizar a impressão de tais armas, e o senador de Nova York Charles Schumer expressou a preocupação de que terroristas, doentes mentais e estupradores em breve serão capaz de fazer suas próprias armas na garagem.

O sucesso de Wilson atraiu novos aliados, apoiadores e doadores. Ele logo estava comandando uma rede crescente de simpatizantes que, espalhados por todo o Estados Unidos, estavam digitalizando magazines e outras peças de armas para ele. Às vezes, novos arquivos eram enviados para ele sem serem solicitados. Dois desses arquivos possibilitavam imprimir granadas de mão, e Wilson os publicou em seu site.

Quanto mais popular Wilson se tornava nos Estados Unidos, mais furiosamente era atacado. Na Internet, os entusiastas de armas o acusaram de estar bêbado de popularidade. Ele foi chamado de "traidor" porque estava vendendo magazines impressas em sua nova loja online em vez de continuar trabalhando na primeira arma de fogo completa. Wilson deve ter se sentido como um atleta profissional acusado pelos fãs de negligenciar seus treinos.

Projetos, testes e sucesso
Na realidade, entretanto, Wilson há muito estava trabalhando no lançamento perfeito, determinado a não revelar a arma até que ela passasse pelos testes, até que tudo funcionasse e todos pudessem ver que ela era capaz de matar pessoas. Wilson continuou desenvolvendo sua arma de plástico.

Durante testes em março, o primeiro tiro estilhaçou o cano calibre .410 da arma. Ninguém se machucou porque a arma havia sido disparada por um assistente puxando uma longa corda à distância.

O desenho do gatilho também estava causando problemas. Suas molas tinham que ser duras o suficiente para armar o revólver, mas não tanto que quebrassem com o uso. Outro ponto pendente era como uma arma de plástico iria produzir a faísca para a pólvora no cartucho.

Wilson discutia todos esses problemas em conversas diárias, especialmente com um homem chamado John, engenheiro mecânico que mora em seu bairro. John é um homem eloquente com aspecto de surfista, mas leva uma arma carregada à cintura.

Os dois amigos eventualmente concluíram que o cano tinha de ser o mais curto e grosso possível. No próximo teste de impressão, eles criaram um cano para um cartucho de 9 milímetros, com paredes grossas e tão curto que parecia um toco.

Wilson e John testaram o cano numa grande propriedade privada fora da cidade de Austin. O cano aguentou depois que o primeiro tiro foi disparado. "Caramba!", gritou John.

O cano permaneceu intacto depois do segundo tiro, e do terceiro, quarto e quinto. No décimo tiro ainda não havia qualquer dano visível à arma. Wilson e John decidiram que a arma havia passado no teste.

Nos dias que se seguiram, eles conseguiram imprimir molas que funcionavam. Os dois homens projetaram uma câmara de paredes grossas e outras 12 peças de plástico – a Libertadora completa.

Eles tiveram que abrir uma exceção. Precisavam de algo feito de metal para produzir a faísca. Decidiram usar um prego, que desencadeia o tiro.

Apesar disso, a arma de fogo permanece invisível aos detectores de metal, porque o prego é pequena demais para ativá-los. Wilson testou isso com o seu próprio detector, que encomendou da Coreia do Sul. Ele também descobriu que balas individuais podem ser facilmente escondidas.

No início de maio, Wilson decidiu que sua Libertadora estava pronta para o mundo. Foi a primeira vez que ele segurou a arma na mão durante um teste.

Ele havia levado sua câmera e plugues de ouvido. Seu pai também estava lá, para servir de testemunha ao que estava prestes a acontecer – e para administrar primeiros socorros, no caso de o filho perder alguns dedos.

Wilson ligou a câmera, pegou a arma na mão e se estabilizou no chão irregular. Então levantou o braço direito, apontou para um morro e segurou a respiração.

Ele puxou o gatilho e disparou a arma. Então exalou e baixou o braço.

Seu pai veio para apertar-lhe a mão e dizer: "Ótimo, filho! Parabéns!". Wilson guardou suas coisas, dirigiu de volta para seu apartamento em Austin e colocou o vídeo no YouTube.

Disseminação incontrolável
As instruções para fazer a Libertadora foram colocadas online na noite de 5 de maio. Semanas antes, Wilson havia dito que não esperava que os arquivos da arma fossem disponibilizados no site por muito tempo. "Se a Libertadora funcionar", escreveu, "é lógico que o governo lutará contra".

Ele recebeu uma carta do Departamento de Estado dos EUA em 9 de maio. O chefe da promotoria criminal do Departamento de Assuntos Político-Militares o acusou de violar os termos do Ato de Controle de Exportação de Armas. Até que as acusações fossem totalmente investigadas, Wilson deveria retirar os arquivos de seu site imediatamente. Wilson fez isso. Para ele, se os arquivos estão disponíveis para download não tem mais importância, nem tampouco a decisão final do Departamento de Estado. Ele conseguiu fazer o que tinha se proposto.

Nesse ponto, os arquivos da Libertadora não só estão em mais de 100 mil computadores pelo mundo. Eles também fazem parte do The Pirate Bay. A rede de compartilhamento de arquivos que pode ser descrita como uma zona econômica criminosa especial de proporções globais.

Desde que o site foi estabelecido há nove anos, cópias piratas de todo tipo foram distribuídas com sucesso e disponibilizadas para fácil download. Até agora, nenhum governo no mundo conseguiu fazer nada a respeito.

A Libertador se tornou parte do The Pirate Bay em 6 de maio, às 9h53, Horário Central Europeu, quando a primeira cópia apareceu na rede. Duas semanas mais tarde, havia 3.500 cópias, e elas continuam se espalhando.

Alguns dias mais tarde, repórteres do jornal britânico Daily Mail relataram ter impresso e montado uma Libertadora. Eles também haviam conseguido contrabandear a arma para dentro de um trem Eurostar, cujos passageiros são obrigados a passar por detectores de metal antes do embarque.

Alguns dias mais tarde, um dos apoiadores de Wilson distribuiu um novo vídeo. Ele mostra uma Libertadora que supostamente poderia ser impressa por um aparelho doméstico em vez de semi-profissional. Embora as partes individuais sejam unidas por taxas de metal, a boa notícia para Wilson é que o cano e o receptor estão aguentando.

Wilson dissemina os links desses vídeos pelo Twitter. Ele diz que a história da Libertadora é como a Wikipedia: um projeto individual que se tornou uma causa da comunidade global.

Ele já está pensando num novo projeto. Recentemente ouviu de outro texano que quer colaborar com ele. O homem faz mísseis teleguiados caseiros.

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