quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Uma fragata francesa que chega para impressionar


Navio militar será apresentado ao governo brasileiro para renovar frota

Acima a fragata Aquitaine
No lugar onde atracam monumentais transatlânticos turísticos, uma fragata militar francesa atraía os olhares de quem passava ontem em frente ao Píer Mauá. Com 142 metros de comprimento, a embarcação, batizada de Aquitaine (uma região daquele país) causa impacto de outra forma: possui oito mísseis antinavios Exocet, 16 mísseis antiaéreos Aster, 16 mísseis de cruzeiro naval, três canhões, quatro metralhadoras, 19 torpedos e helicóptero de combate.

O poder de fogo e a tecnologia de ponta representam o que há de mais moderno hoje na frota militar francesa. Com tantas qualificações, a fragata se tornou o "carro-chefe" da proposta apresentada pela França, de olho no projeto de renovação da frota militar brasileira, que se aproxima dos 30 anos de vida útil e, portanto, em vias de renovação.

Por reunir sistemas de defesa e ataque para mar, terra e ar, Aquitaine é classificada de multimissão. Outro ponto a favor do navio é que pode ser operado por uma tripulação de apenas 98 pessoas. Ele pertence à nova frota militar encomendada pelo governo francês ao grupo fabricante DCNS, por 7 bilhões de euros.

Agora, a França quer mostrar essa tecnologia ao governo brasileiro. No próximo dia 4, a fragata zarpa com integrantes das duas marinhas para exercícios conjuntos em águas brasileiras. A Aquitaine irá, após a passagem pelo Brasil, para Estados Unidos, Canadá, Islândia e, então, retornará à França. O percurso faz parte da missão de avaliação do navio, construído em 2011, por águas quentes e gélidas.

O diretor-presidente da DCNS no Brasil, Eric Berthelot, diz que ainda é cedo para fechar o custo de cada fragata para o Brasil, pois as negociações incluirão uma cadeia de fornecedores e estaleiros brasileiros na construção da embarcação. Porém, especialistas da área naval calculam que a fragata custa entre 600 e 700 milhões de euros. O navio não será aberto à visitação.

9 comentários:

  1. E haverá transferência de tecnologia, certo?

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    1. O edital da concorrência não foi lançado, então acho prematuro falar dessas questões.

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    2. Hum... Mas provavelmente só compraremos se houver a transferência de tecnologia, visto que desejamos ter autossuficiência.

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    3. A aquisição de novos navios é diferente da dos caças. A FAB vai precisar de dinheiro do governo para comprar seus caças, enquanto a Marinha tem recursos próprios. A concorrência dos caças foi aberta pelo Ministério da Defesa, já a dos navios será aberta pela Marinha.

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  2. Um trabalho de imaginação: Temos às melhores fragatas Gaulesas e caças f-5 com 50 anos;tem de ser assim?!?!Vai ser assim?!?!Sds.

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  3. Michel, desculpe a minha ignorância, as fragatas são as FREMM? Se caso a Marinha se interesse a compra sai rápido (tendo em vista que você disse que é com recurso da própria MB)? E com esses meios de Superfície, em conjunto com os SSN, a MB seria a força marítima mais letal da AS?

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    1. A Marinha do Brasil já é a mais poderosa da América Latina há anos.

      FREEM é o acrônimo francês para Fragata Multi-funcional. O nome correto para essa classe é Aquitaine (França) e Bergamini.

      A Marinha se interessa pela essa classe, mas vai abrir uma concorrência e todos nós sabemos que uma concorrência séria leva cerca de 1,5 ano.

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  4. Michael porque invez de comprarmos as Fragatas nao Contruimos Novas como fizemos com nossas Fragatas da Classe Niteroi nao seria melhor ?

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    1. O Brasil só construiu duas fragatas da classe Niterói, mas não é o Brasil o projetista dessa classe. Essa classe não tem um desenho moderno e por isso temos que recorrer a navios estrangeiros.

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