sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Envolvimento do Hezbollah na crise síria
Enquanto prossegue a guerra civil na Síria, cresce a evidência de que o Hezbollah, o partido militante xiita libanês, está ajudando as forças do governo sírio no outro lado da fronteira em sua luta contra o Exército Livre da Síria rebelde.
“Não é mais um segredo”, disse um morador muçulmano sunita em Al Qaa, uma cidade no Vale de Bekaa, no leste do Líbano. “Isso é um sinal de que o regime está com dificuldade para se defender”, disse o homem, que disse se chamar Abu Obeida e se recusou a ser plenamente identificado, por ter laços com os rebeldes do Exército Livre da Síria.
Ativistas e rebeldes sírios, assim como oponentes do Hezbollah no Líbano, há muito acusam o partido islamita de ter um papel direto no conflito sírio, mas até recentemente a evidência era escassa.
Recentemente, entretanto, uma série de funerais no Vale de Bekaa para membros do Hezbollah –incluindo um comandante militar– morto no cumprimento dos “deveres da jihad”, forneceu sinais mais claros de que a organização está enviando homens para lutar na Síria.
Os combatentes do Exército Livre Sírio, de cidades ao redor da cidade síria vizinha de Qusayr, do outro lado da fronteira, dizem que o Hezbollah está reforçando as tropas do governo envolvidas em uma dura ofensiva na área. Na semana passada, o Exército Livre da Síria, dizendo ter capturado 13 combatentes do Hezbollah perto de Qusayr, ameaçou atacar fortalezas do Hezbollah no sul de Beirute. Os rebeldes disseram que os recentes funerais do Hezbollah foram de homens mortos na Síria.
Os rebeldes do Exército Livre da Síria também disseram que o Hezbollah há várias semanas tem disparado foguetes Katyusha e Grad contra alvos sírios, do território que ele controla no nordeste do Vale de Bekaa.
No fim de noite de segunda-feira (15), disparos de foguetes podiam ser ouvidos de uma estrada rural nos arredores de Hermel, um reduto do Hezbollah ao norte de Al Qaa, a cerca de 10 quilômetros da fronteira –uma distância indicando que os foguetes estavam sendo disparados de dentro do Líbano.
Apesar de afirmar consistentemente seu apoio ao presidente Bashar Assad, o Hezbollah negou envolvimento direto na Síria.
Ainda assim, no início desta semana, a embaixadora americana na ONU, Susan Rice, acusou o Hezbollah de participar ativamente no que chamou de “máquina assassina” de Assad.
As implicações para o Líbano são potencialmente sérias: um envolvimento sustentado e significativo por partes libanesas no conflito sírio poderia exacerbar uma situação tensa. Se não reprimida, essa atividade poderia levar a uma “situação incontrolável” no Líbano, disse Imad Salamey, um professor associado de ciência política da Universidade Americana Libanesa, em Beirute.
Paul Salem, diretor do Centro Carnegie para o Oriente Médio, em Beirute, disse que apesar do Hezbollah estar claramente envolvido na Síria, o poderio militar da organização poderia limitar as repercussões no Líbano. “Não há capacidade no Líbano para confrontá-lo”, disse Salem.
Ainda assim, “se dois ou três anos à frente os rebeldes finalmente vencerem, então o Hezbollah teria participado da guerra civil e os rebeldes poderiam levar a guerra ao Líbano, de uma forma ou de outra”, ele acrescentou.
Salamey disse que, por ora, o papel do Hezbollah provavelmente se limita a operações especiais, assistência técnica e segurança ao longo de algumas áreas da fronteira.
Uma intervenção maior, ele disse, não seria desejável para a organização e prejudicial para sua posição estratégica no Líbano. Mas “contar com a participação do Hezbollah minando a capacidade da resistência síria de cruzar e se mover livremente pela fronteira fornece ao regime sírio um apoio significativo”, ele disse. “Caso contrário, o exército sírio teria que travar muitas guerras.”
Em vários pontos ao longo da fronteira, que é cruzada por rotas vitais de suprimentos para algumas unidades do Exército Livre da Síria, a guerra é uma realidade no lado libanês da linha de demarcação. A aldeia de Masharih al Qaa –uma série de casas de fazenda ao longo de ruas de terra acidentadas roçando a fronteira– é um desses lugares.
Em Masharih al Qaa, o som do disparo de mísseis, das armas automáticas e do fogo de artilharia pontua continuamente a noite. De dia, os disparos de artilharia continuam e helicópteros de ataque circulam no céu.
Alguns dos disparos atingem o Líbano –às vezes disparos perdidos, mas às vezes direcionados, dizem os moradores locais.
As forças do governo sírio “estão abrindo fogo contra nós diariamente”, disse Ali Hujairi. “Dia e noite, elas atacam esta área.”
Hujairi disse que sua casa, próxima da fronteira, foi destruída em abril. Ele agora vive a centenas de metros mais distante da fronteira, onde os disparos atingem com menos frequência. “Eu sou um refugiado de apenas um quilômetro daqui”, ele disse.
Com uma população quase totalmente muçulmana sunita, Masharih Al Qaa nutre simpatia pelos rebeldes sírios. Muitos lares de lá agora abrigam sírios, tanto refugiados quanto rebeldes descansando do fronte. Alguns dos que não lutam organizam o contrabando de suprimentos para posições do Exército Livre da Síria a poucos quilômetros de distância.
Situada entre o exército sírio e as cidades libanesas de maioria xiita, que em grande parte apoiam o Hezbollah, Masharih al Qaa corre o risco de pagar caro por seu apoio ao Exército Livre da Síria.
Quando artilharia síria atinge a cidade, unidades do exército libanês, estacionadas nas proximidades, fazem vista grossa, dizem os moradores.
“O exército libanês pertence ao governo libanês, e o governo pertence a Bashar al Assad”, disse Hujairi, criticando a resposta passiva do exército libanês. “Não é um governo legítimo e ele não está interessado no que está acontecendo aqui na fronteira.”
Os moradores de Masharih al Qaa dizem que fornecem apenas apoio não militar aos rebeldes da Síria. Mas há vários relatos de combates ocorrendo ao longo da fronteira ali e em outros lugares.
Enquanto isso, outros no Líbano estão oferecendo um apoio mais ativo aos rebeldes sírios, com combatentes sunitas libaneses seguindo para a Síria para lutar contra o governo.
Um comandante de milícia sunita na segunda cidade rebelde no Líbano, Trípoli, disse que houve um aumento no número de combatentes libaneses seguindo para a Síria recentemente. O comandante, que se identificou apenas como Abu Bera, disse que alguns se juntaram aos grupos extremistas não ligados ao Exército Livre da Síria, como o Jabhat al Nusra, uma milícia jihadista suspeita de laços com a Al Qaeda.
Com múltiplas facções libanesas agora envolvidas na guerra na Síria de um jeito ou de outro, o Líbano se vê em uma posição cada vez mais precária, tentando impedir de ser arrastado para uma guerra que afeta as divisões políticas e sectárias, amargas e profundamente enraizadas, do país.
“Nós não somos loucos de começar uma guerra contra o Hezbollah, mas se o Hezbollah começar uma guerra, nós teremos que responder”, disse Abu Obeida.
AS FORÇAS ANTI-IMPERIALISTAS E ANTI-SIONISTAS DEVEM SE UNIR E PARTIR PARA A LUTA ARMADA EM TODOS SOS FRONTS E IMPEDIR QUE ESSES CRIMINOSOS, OTAN, UE, TURQUIA ARABIA SAUDITA, EUA E SIONISTAS, E PAÍSES ÁRABES CHALERAS DOS AMERICANOS, IMPLANTEM O DOMÍNIO DE TODO ORIENTE MÉDIO....SE NECESSÁRIO, RÚSSIA, CHINA, IRÃ, COREIA DO NORTE, SÍRIA, LÍBANO, PALESTINOS, HESBOLLAH, HAMAS, VENEZUELA, CUBA E OUTROS PAÍSES RECORRAM A GUERRA GENERALIZADA E DESTRUIR ESSE CONLUIO SATÂNICO: EUA, OTAN, UE, IMPÉRIO FALIDO BRITÂNICO, SIONISTAS E SEUS TENTÁCULOS MALDITOS. RUMO À VITÓRIA. RUMO A GUERRA SANTA.... ALLAHU AKBAR
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