terça-feira, 9 de outubro de 2012
Crise síria põe papel da Otan em xeque
Eleição americana e oposição da Rússia dificultam ação da aliança contra Assad
As hostilidades entre Síria e Turquia reabriram o debate sobre a relevância da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e colocaram a aliança militar em uma encruzilhada. Se agir, abre um mal-estar profundo com o Kremlin e todos aqueles contrários a uma solução militar unilateral para a situação na Síria. Se deixar a Turquia continuar a ser provocada, descumpre sua missão de defender um membro.
Políticos, especialistas e diplomatas ouvidos pelo Estado em Bruxelas e na Conferência de Desarmamento da ONU em Genebra admitem que, além de um desafio para o Oriente Médio, a crise na Síria está se transformando cada vez mais em um novo teste diplomático para a Otan.
Assim que foi atacada, a Turquia pediu uma reunião de emergência da Otan, que condenou as ações e prometeu que apoiaria Ancara. No mesmo dia, os turcos aprovaram uma lei permitindo ataques além de sua fronteira "em caso de necessidade".
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, insiste que a aliança não tem planos para entrar em uma guerra na Síria e a solução em Damasco terá de ser política. Depois das ações na Líbia, a Otan foi fortemente questionada. O caixa da entidade não permite se lançar em mais um conflito, pelo menos sem que países anunciem novas promessas de recursos.
Diplomatas da área de defesa confirmaram ao Estado que a diplomacia americana tem barrado qualquer tipo de debate sobre um envolvimento da aliança na Síria. Barack Obama, em campanha eleitoral, não estaria disposto a apoiar mais uma guerra, justamente quando suas promessas feitas há quatro anos de que os americanos deixariam o Iraque e Afeganistão são avaliadas.
Mas os cálculos não teriam de ser feitos apenas em razão das limitações dos aliados. Na sexta-feira, Moscou também lançou seu alerta contra a Otan e deixou claro que não tolerará uma ação redesenhando o mapa do mundo árabe, nem vai diminuir a área de influência que Vladimir Putin tenta recriar para o Kremlin na região. Do lado europeu, a ordem também é pedir calma, como já fizeram a chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, e o chanceler britânico, William Hague.
Radicalismo. O problema, admitem diplomatas, é que pedir calma pode não ser a solução. O Estado apurou que o comando militar da Otan tem recebido relatórios de serviços de inteligência revelando que, se o Ocidente não agir, os rebeldes na Síria ganharão um caráter cada vez mais radical e grupos islâmicos assumirão o vácuo deixado pelo Ocidente.
Sem o apoio de EUA e Europa, grupos de resistência começariam a olhar para o apoio de radicais. O temor é que, quanto mais o conflito se prolongue, mais espaço radicais islâmicos e jihadistas ganharão, justamente o que não seria o cenário que a Otan gostaria de ver nas fronteiras de um de seus países membros.
Entre os especialistas em estratégia, a percepção é que a crise na Síria é também uma crise na Otan. "Está claro que a Otan não está preparada para uma guerra", disse Nadim Shehadi, pesquisador da Chatham House, de Londres.
Na avaliação de Michael Codner, do Royal United Services Institut, de Londres, está claro que França e Grã-Bretanha não estão dispostos a assumir a liderança militar das operações, como fizeram no caso da Líbia. "Isso envolve responsabilidade e montar um governo após a queda de Assad", disse.
Para Francois Heisbourg,presidente do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos de Londres, não há como negar: "A situação é delicada, para todos".
E o Urso ta de Volta , foi se tempinho bom que os capachos dos Americanos tavao soltos por ai com sede no petrolho alheio.
ResponderExcluirÉ!!! Amenos que a Rússia abra as pernas como o fez na era Cuba! Síria não será manipulada nem a pau!
ResponderExcluirBom eu levanto uma questão, caso a OTAN venha atacar a Síria sem o aval da ONU (Russia e China), que medidas esses dois países podem tomar em retalhação a OTAN? levanto essa questão porque a guerra agora é questão de tempo já Turquia já está fazendo as provocações para que isso ocorra, hoje mesmo a Turquia encaminhou 25 F-16 para a fronteira com a Síria com a intenção de bombardear alvos militares em território sírio, basta um desses caças entrar em espaço aéreo sírio e ser derrubado como aquele F-4 para começar uma guerra.
ResponderExcluirPenso que a Turquia está sendo isca de piranha para a entrada da OTAN, pois sé ela arma e treina os rebeldes, já está em guerra com a Síria basta oficializar.
Dai pergunto: Como ira se portar Russia, China e Irã, já que esses estão sendo cercados pela OTAN/EUA e caso a Síria vir a cair será um aliado a menos e no caso da Russia uma base estratégica a menos, esses 3 irão se curvar ou irão reagir? afinal o cerco aos 3 também está se fechando.
O futuro do mundo depende da resposta a essa pergunta.
O máximo que iria acontecer seria uma nova guerra fria, com grandes negócios em jogo, e muitos políticos sabendo tirar proveito, o resto acontece nada. Do que adianta a Rússia ter uma base no OM se não vai atacar ninguém lá? Síria está cada dia mais pobre, vai comprar armas da Rússia com que dinheiro? A China muito se falam no petróleo do Irã, que diferença faz comprar petróleo do Irã com o governo iraniano ou com alguma empresa privada que venha controlar se o Irã é membro da OPEP? Comprar produtos chineses o mundo todo já compra e comprará cada vez, são bem mais baratos, só essa semana eu comprei vários hehehe. O mercado chinês vai dominar pouco importando se o país A ou B é seu aliado ou não, China e Rússia não dependem de Irã e Síria para nada.A única chance que o Irã teria de aproximar deles seria privatizando petróleo para China e Rússia, mesmo a Rússia já possuindo muito petróleo iria adorar administrar bem mais, sendo administrado pelo Irã estão nem ai para o que acontece, mais é claro jamais Putin e o presidente da China vão reconhecer isso, como ficaria a política interna? Jogo e encenação, faz parte do espetáculo político.
ResponderExcluirRússia e China nunca serão invadidas, se os EUA ás portas de Cuba nunca ousou invadir Cuba para não ter que enfrentar cerca de 1 milhão de guerrilheiros que pertencem ao MTT (milícia de tropas territorial de Cuba), acha que os EUA ousaria enfrentar os milhões de chineses armados, com todos os equipamentos que possuem? Podem colocar tropas até na fronteira nunca terão peito pra entrar um metro que seja dentro da China, o mesmo pode-se dizer em relação a Rússia. Poucos países no mundo pode-se dizer que jamais serão invadidos novamente, entre esses poucos está China e Rússia.
ResponderExcluirComo assim cara, um milhão de guerrilheiros existe em Cuba? É muita coisa para o tamanho da população cubana, se for verdade essa sua informação o S,Cuba seria á maior força militar latina, deve ter erro esse dado.
ResponderExcluirTem erro não, pode pesquisar no Google, o MTT em Cuba tem em torno de 1 milhão de milicianos, eles também construíram tpuneis subterrâneos por toda Cuba, seriam uma espécie de Hezbollah só que muito maior, muito maior mesmo em membros armados, Cuba é de muito longe o país latino americano mais difícil de ser invadido com a defesa mais bem organizada de longe mesmo. Foi um trabalho militar em massa que fizeram em Cuba, arriscado o que fizeram, preparar um milhão de pessoas para á guerra, se parte deçles tivesse se rebelado o Fidel teria se ferrado hehehe, preparar um milhão de pessoas já seria arriscado no Brasil com quase 200 milhões de habitantes imagina lá em Cuba com o que acho q 11 milhões de habitantes, foi muito arriscado mais até agora estão sobre controle do governo. Além do MTT, Cuba tem ás FAR forças armadas revolucionárias com o exército, a força aérea somando com mais de 70 mil militares e ainda ás é as vespas negras (tropa de elite em Cuba). Segundo um coronel amigo meu, ás vespas negras é a melhor tropa que existe na América Latina em preparo, apesar q ele disse que á brigada de operações especiais do Brasil e a da Venezuela também merecem muito respeito em preparo, além dos soldados brasileiros na Amazônia que também são bem preparados.
ResponderExcluirQuando comparei ao Hezbollah, não comparei em preparo, e sim na natureza guerrilheira, uso de túneis, foi uma comparação pra simplificar apenas.
ResponderExcluirO link ai P.A. falando sobre a milicia em Cuba com mais de um milhão de milicianos e a estrutura deles. Eu só não encontrei o link que fala em túneis subterrãneos deles por toda Cuba.
ResponderExcluirhttp://www.cubagob.cu/otras_info/minfar/far/mtt.htm
Surpreendente em S, mais realmente é muito arriscado armar pessoas em massa, nisso o governo cubano arriscou muito, devia ser excesso de medo dos EUA kkkkk.
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