quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Prestígio e dinheiro atraem índios para a carreira militar

Soldados de origem indígena nas fileiras do Exército Brasileiro na região Amazônica 

O emprego do índio Edgar Alves Cardoso, de 24 anos, membro da etnia Pira-tapuya, é defender o rio Içana, um afluente do alto rio Negro, no extremo da fronteira de selva do Brasil com a Colômbia.

Ele nasceu em Yauaretê, vila próxima a São Gabriel da Cachoeira, a principal cidade do extremo norte do Estado do Amazonas, com 38 mil habitantes, e se alistou no Exército como soldado em 1º de março de 2008.

Hoje ele vive com a mulher, também indígena, da etnia Kuripaco, na aldeia da família dela em São Joaquim, a 326 quilômetros ao norte de sua terra natal.

Cardoso trabalha em uma base vizinha à aldeia, o Pelotão Especial de Fronteira de São Joaquim - a unidade militar brasileira mais isolada da selva amazônica. A pequena vila militar não tem telefone e fica a quatro dias de barco de São Gabriel da Cachoeira.

Sua história representa uma opção social bastante cobiçada por indígenas das 14 etnias que habitam a região do alto rio Negro, no Amazonas: entrar para o Exército.

O emprego militar não só é uma boa fonte de renda como dá um certo prestígio social ao indígena em sua comunidade.

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