quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Indígenas ajudam Exército a defender fronteira do Brasil


Um soldado que presta serviço no 3º Pelotão Especial de Fronteira (3º PEF)
Situado na fronteira do Brasil com a Colômbia, o Pelotão Especial de Fronteira de São Joaquim é a base militar mais remota da Amazônia brasileira. Suas trincheiras e casas vermelhas de madeira ficam separadas de uma aldeia de índios Kuripaco por uma cerca e uma pista de pouso de 1.200 metros, raramente usada pela Força Aérea.

Grande parte dos 100 militares que trabalham no pelotão é de origem indígena. Eles são o exemplo de uma tendência adotada pelo Exército Brasileiro: contratar índios para defender e patrulhar a floresta amazônica.

Os indígenas atualmente representam cerca de 70% dos 1.400 militares da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, que agrupa sete bases avançadas nas fronteiras com a Colômbia e a Venezuela, além de um complexo militar na maior cidade do extremo norte do Amazonas: São Gabriel da Cachoeira, de 38 mil habitantes.

Eles são recrutados entre os cerca de 30 mil índios de 14 etnias que habitam a região do alto rio Negro.

São Joaquim, uma dessas sete bases avançadas, está situada a 326 quilômetros de São Gabriel da Cachoeira e a 90 quilômetros do vilarejo colombiano de Mitú, ambos embrenhados na floresta equatorial.

Essas distâncias ficam ainda maiores quando se leva em conta que o deslocamento na região é feito majoritariamente pelos rios, pois não há estradas e não é possível andar longas distâncias pela selva fechada.


1º Pelotão Especial de Fronteira (1º PEF) - Distrito de Yauaretê
O distrito de Yauaretê tem a maior comunidade às margens do Rio Waupés. Possui 01 (um) hospital: Unidade Mista de Iauaretê. Possui também uma escola de formação de 1º e 2º graus.Recebe influência da comunidade de Aduana (Colômbia), às margens do Rio Uaupés. É o último ponto internacional do Rio Uaupés antes de entrar no Brasil.
  • População: aproximadamente 2.000 (dois mil) habitantes.
  • Energia: fornecida pela Companhia Energética do Amazonas (CEAM)
  • Comunicações: telefones públicos (orelhões) fornececidos pela TELEMAR.
  • Distância: Yauaretê/São Gabriel da Cachoeira
  • Aérea: 246 km (duzentos e quarenta e seis quilômetros)
  • Fluvial: 14 (quatorze) horas
2º Pelotão Especial de Fronteira (2º PEF) - Distrito de Querari
Situado às margens do Rio Waupés, o 2º Pelotão Especial de Fronteira (2° PEF) controla toda a circulação proveniente do Rio Querari e Rio Uaupés, em direção ao interior do país. A comunidade vive basicamente da caça, pesca e cultura de subsistência de mandioca. São de etnia "Cubeo" e possuem como crença religiosa o catolicismo.
  • População: no último cadastramento foi verificado uma população de 125 (cento e vinte e cinco) habitantes, sendo 72 (setenta e dois) homens e 53 (cinquenta e três) mulheres.
  • Energia: fornecida pelo PEF.
  • Comunicações: não existem telefones.
  • Distância: Querari/São Gabriel da Cachoeira
  • Aérea: 335 km (trezentos e trinta e cinco quilômetros)
  • Fluvial: 4 a 5 dias
3º Pelotão Especial de Fronteira (3º PEF) - Distrito de São Joaquim
Situado na área indígena do Alto Rio Negro, o 3º Pelotão Especial de Fronteira (3º PEF) faz fronteira com a Colômbia pelo Rio Içana e por marcos terrestres.
A vegetação predominante é a selva primária com árvores de grande porte (15 a 20m).
Pratica-se a agricultura de subsistência, sendo a pesca a principal fonte de alimento de origem animal.
O relevo predominante é a planície, porém, aparecem na região serras isoladas.
  • Energia: fornecida pelo PEF.
  • Comunicações: não existem telefones.
  • Distância: São Joaquim/São Gabriel da Cachoeira
  • Aérea: 320 km (trezentos e vinte quilômetros)
  • Fluvial: 4 dias
4º Pelotão Especial de Fronteira (4º PEF) - Distrito de Cucuí
O 4º Pelotão Especial de Fronteira (4º PEF) está situado no distrito de Cucuí, acima da linha do Equador, na área da tríplice fronteira (Brasil, Colômbia e Venezuela) sendo a única localidade ligada a São Gabriel da Cachoeira por rodovia e via fluvial. A área é formada pelo Rio Xié e Alto Curso do Negro.
  • População: é ocupada principalmente pelos Baré e Werekena, sendo muito falada a Língua Geral.
  • Assistência médico-odontológica: prestada pela equipe médica no PEF às famílias militares e, em grande parte, às comunidades indígenas, tanto nas Ações Cívico-Sociais (ACISO), como em casos de emergência.
  • Órgãos Públicos: 01 (um) posto da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT).
  • Clima: quente e úmido com temperaturas que variam de 25º a 35º. Caracteriza-se ainda pelo alto índice pluviométrico (4000mm/ano).
  • Vegetação: predomina a floresta típica da região amazônica (selva primária).
  • Energia: fornecida pela Companhia Energética do Amazonas (CEAM)
  • Estabelecimento Bancário: 01 (um) posto de atendimento do Banco BRADESCO.
  • Distância: Cucuí/São Gabriel da Cachoeira
  • Aérea: 150 km (cento e cinquenta quilômetros)
  • Fluvial: 6 horas
6º Pelotão Especial de Fronteira - Distrito de Pari-Cachoeira
  • População: a população ribeirinha do Rio Tiquié é de aproximadamente 4000 (quatro mil) indígenas, sendo que destes, 650 (seiscentos e cinqüenta) aproximadamente residem em Pari-Cachoeira. A população indígena é composta por duas etnias: Tucano e Rupd'e Makuna.
  • Agricultura: essencialmente de subsistência em toda a calha do Rio Tiquié com atividade de piscicultura (criação de peixes Aracu).
  • ONG: Saúde Sem Limite (SSL), de origem inglesa, conveniada com a FUNASA e com a FOIRN, presta serviços às comunidades. Realiza um trabalho de cooperação com todas as instituições prestadoras de serviços de saúde, em especial com a FUNAI.
  • Energia: fornecida pelo PEF.
  • Comunicações: não existem telefones.
  • Distância: Pari-Cachoeira/São Gabriel da Cachoeira
  • Aérea: 300 km (trezentos quilômetros)
  • Fluvial: 21 horas
7º Pelotão Especial de Fronteira (7º PEF) - Distrito de Tunuí-Cachoeira
Situado às margens do Rio Içana, próximo da fronteira com a Colômbia, o 7º Pelotão Especial de Fronteira (7° PEF), apesar de instalado, funciona como um destacamento, controlando toda a circulação proveniente da fronteira, pelo Rio Cuiari, em direção ao interior do país. Nas imediações do PEF, existe a comunidade de Tunuí-Cachoeira, que vive basicamente da caça, pesca e cultura de subsistência de mandioca e abacaxi. São de etnia "Baniwa".
  • Energia: É fornecida pelo PEF.
  • Comunicações: Não existem telefones.
  • Distância: Tunui-Cachoeira/São Gabriel da Cachoeira
  • Aérea: 240 km (duzentos e quarenta quilômetros)
  • Fluvial: 36 horas

5 comentários:

  1. Parabéns para esses indígenas,que ajudam nosso país.
    Uma pergunta eles não usam Hidroavião porque?

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    1. Depende para o que será o uso. Qual uso você tem em mente?

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    2. Bom poderia ser para:Transporte de pessoal é carga medica(Ou leve),ajuda medica,resgate,patrulha(super-tucano estilo Hidroavião),um modelo novo criado no Brasil para transporte de umas 15 ou 20 pessoas.
      Michel Medeiros seria isso,mais é só uma ideia não sei se é possível fazer,ou iriam querer,principalmente minha ideia de produzir um modelo para transporte de 15 ha 20 pessoas(Militares)podendo esse ser um mercado bom para America do Sul.

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    3. Sinceramente, eu não vejo aplicação militar para um hidroavião.

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    4. Pena achei que ia poder vender minha ideia. kkkkkkkkkkkkkkkkk olhei em um site que os EUA tinha um projeto de um caça no estilo Hidrocaça.
      Mais não deu certo.

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