Inteligência: Redes americanas de espionagem no Líbano e no Irã caem

Acima o Sheik Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hizbollah

Algumas dezenas de agentes da CIA (agência de inteligência civil dos EUA) foram presos no Líbano e no Irã. O governo americano teme que os espiões sejam executados, algo muito comum naquela parte do mundo.

Um departamento especial de contra-inteligência do Hizbollah, habituado a caçar e punir severamente os espiões israelenses, prendeu alguns membros de uma ampla rede de espionagem que informava a CIA sobre os projetos e as ações do movimento xiita. No Irã se repetiu a mesma situação: um a um começaram a desaparecer os agentes que trabalhavam para a inteligência americana, britânica e israelense. Se estima que algumas dezenas de agentes da CIA foram presos no Líbano e no Irã.

Os funcionários americanos confirmaram a informação difundida pelo Irã e pelo Hizbollah sobre a descoberta das redes de espionagem. “A CIA agora está as cegas acerca do Hizbollah”, admitiu um dos funcionários americanos.

Ao mesmo tempo, os EUA enviaram à Beirut, capital libanesa, alguns agentes da CIA com a tarefa de defender aos poucos agentes que não foram capturados. Os mesmos correm sério perigo, uma vez que estão prestes a serem descobertos.

Vários especialistas preveem o assassinato dos agentes envolvidos nesta guerra de espiões no Líbano e Irã, e qualificam de perigosa a situação atual.

Entre as causas do fracasso americano, israelense e britânico, está a negligência da CIA durante o estabelecimento da comunicação com seus agentes e subestima do trabalho paciente e minucioso da contra-inteligência local.

O Hizbollah logrou êxito em capturar os espiões porque eles se comunicavam com a CIA sempre dos mesmos lugares, enquanto o Irã conseguiu êxito com a obtenção de seus espiões no exterior.

Leia também: Beirute, o paraíso dos espiões