segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Primavera árabe, que completa nove meses, bate à porta da Europa

As revoltas árabes e a guerra da Líbia são motivo de esperança, mas também de preocupação pela incerteza sobre seu futuro e a instabilidade que provocaram em uma área tão próxima


As grandes revoluções constituem um espetáculo desagradável. São longas, sangrentas e de final incerto. Por enquanto, o fenômeno histórico que alguém batizou com o delicado nome de "primavera árabe" exibe todos os atributos revolucionários. Com algumas características adicionais que o tornam especialmente inquietante para a Europa: acontece muito perto, em uma região de vital importância geoestratégica para o planeta e em um momento em que a população europeia, alarmada pela imigração, a crise econômica e o terrorismo, tende a abrigar-se em ideologias reacionárias. O que em janeiro provocava certa simpatia hoje causa ceticismo, medo ou, nos setores mais receptivos ao fenômeno, reações de impaciência. A primavera árabe, no entanto, apenas começou.

É muito cedo para avaliar a magnitude do terremoto diplomático, comercial e demográfico, e para traçar o contorno de suas consequências. A última evolução registrada na região que se estende pelo norte da África e o Oriente Médio foi a iraniana, em 1979, e sua onda expansiva continua a ser sentida com força através do Hizbollah no Líbano, do Hamas nos territórios palestinos e da dinastia Assad na Síria.

O que já se intui com alguma clareza é que o livro de referência para interpretar esses compassos introdutórios não parece ser "O Choque de Civilizações", de Samuel Huntington, no qual se vaticinava uma era de conflito permanente entre o Ocidente e o islã, mas sim "Orientalismo", de Edward Said. Em sua obra, o ensaísta palestino proclamou que o Ocidente só era capaz de olhar para o mundo árabe através de um caleidoscópio de preconceitos e de um profundo complexo de superioridade, e por isso sua visão sofria uma distorção que de alguma forma alcançava a visão que os próprios árabes tinham de si mesmos.

Cada vez que os políticos e os comentaristas preveem um rápido trânsito para a "liberdade e a democracia" (as palavras são sempre essas), como fez George W. Bush em 2003 referindo-se ao Afeganistão, ou como acaba de fazer o britânico David Cameron em referência à Líbia, homenageiam Said. Nem o Afeganistão nem a Líbia jamais tiveram instituições sólidas, ou um sistema judiciário à margem das tradições clássicas, ou uma classe média, e isso torna improvável que se transformem em sociedades do tipo ocidental em um futuro previsível. Acontece que as palavras "liberdade" e "democracia" funcionam nesses casos como código que justifica intervenções bélicas de tipo neocolonial, e encobrem tanto o desconhecimento como os interesses pouco confessáveis.

O simples fato de generalizar e de englobar dentro da primavera árabe países tão distantes e distintos quanto Marrocos, Líbia, Síria, Egito ou Bahrein, unidos somente pelo idioma e os governos repressivos ou estritamente tirânicos, complica as coisas. E fomenta o preconceito orientalista. Como quando se atribui às populações árabes um ressentimento antiocidental que, entretanto, só se percebe na desgastada retórica dos déspotas.

Os riscos são muito grandes, tanto para as populações diretamente envolvidas como para seus vizinhos e para o mundo em geral. O risco principal não consiste na guerra, mas sim na guerra crônica que caracteriza o colapso do Estado ou sua inexistência. E não há uma fórmula que permita prever que país vai se transformar em fracasso, em um espaço sem lei, fértil em bandos armados e acolhedor para o terrorismo. A Somália fracassou, mas a Etiópia, ao seu lado e em condições semelhantes, vai levando.

A Líbia, uma invenção de meio século cuja população se dedicava, até a descoberta do petróleo, a vender o ferro-velho militar abandonado por seus invasores, mostra características semelhantes às da Somália e induz ao pessimismo.

A guerra da Líbia é a primeira na primavera árabe e mostra traços muito específicos. Pela primeira vez desde a desastrosa invasão do Canal de Suez em 1956, França e Reino Unido se aliaram para uma intervenção militar no estrangeiro sem a tutela dos EUA, escaldados pelas guerras do Afeganistão e o Iraque e desejosos de assumir um papel muito secundário, quase invisível. Sem os bombardeios franco-britânicos, apoiados na estrutura da Otan, e sem os soldados de elite enviados para ajudar os rebeldes (embora oficialmente não se tenha feito uso de tropas de terra), Muammar Gaddafi continuaria feliz em sua tenda de Trípoli. Mas esse apoio militar, solicitado pelos chefes rebeldes, contamina o futuro do país.

O Ministério do Exterior britânico insiste em que a intervenção era necessária por razões humanitárias e sobretudo para evitar que a crise atirasse sobre as costas da Europa grandes ondas de imigrantes e terroristas. Não existe qualquer garantia de que isso tenha sido evitado. O que se procura não nomear, depois dos atropelos cometidos no Iraque, é o petróleo. Inclusive crendo que o petróleo leve da Líbia - um dos melhores e o mais fácil de transportar para a Europa devido à evidente proximidade - não constituiu um fator determinante na atitude de Londres e Paris, quem não interpretará as futuras concessões petrolíferas a companhias britânicas e francesas como uma forma de pagamento? Nos próximos meses, será possível manter-se à margem de uma evolução política previsivelmente caótica? A Líbia é um compêndio de quase tudo o que pode dar errado no processo de reforma árabe.

Alguma consequência negativa da guerra na Líbia já se percebe no Oriente Médio. Grandes quantidades de armas, em parte proporcionadas por países da UE nestes últimos meses, saíram do país e são vendidas no mercado negro do Oriente Médio. Egito e Israel concordam em que há cada vez mais caravanas de armamento clandestino vendido por grupos rebeldes líbios que cruzam o deserto do Sinai para dirigir-se a organizações armadas como a Jihad Islâmica. Essas caravanas nem sempre desembocam em Gaza. Embora não exista confirmação oficial, o novo governo do Cairo admite que pelo menos três dos participantes nos recentes ataques terroristas em Israel eram egípcios, e não palestinos, e poderiam ser considerados a expressão de uma nova geração incipiente de guerrilha islâmica nos amplos espaços do Sinai.

O que não significa que a primavera árabe conduza à força a uma eclosão do islamismo e à criação de sistemas religiosos. Esse é um dos grandes temores europeus e um dos muitos paradoxos da situação: é difícil imaginar uma tirania religiosa mais severa que a imposta pelo regime wahabita na Arábia Saudita, um dos mais antigos aliados do que chamamos Ocidente. E ao mesmo tempo, é verdade, o principal financiador dos movimentos salafistas que preconizam a guerra santa.

É complexo analisar o que está acontecendo na Síria, porque o regime de Bashar el Assad não permite a permanência de jornalistas estrangeiros e só faz alguns convites seletivos com fins propagandísticos. Dada a fidelidade que o exército sírio manteve até agora por Assad, não eclodiu uma guerra como na Líbia, mas uma campanha de protestos civis que o governo reprime com muita firmeza e alguns arroubos de sadismo.

A ausência de informação independente e confiável permitiu que os dois lados - o muito centralizado regime ditatorial e a difusa constelação de comitês de coordenação que promovem os protestos - mentissem com liberalidade. O governo de Damasco, por exemplo, insiste que não há manifestações significativas, mas só ações terroristas de bandos armados. Os comitês de coordenação e os ativistas que atuam como porta-vozes, precisando atrair a atenção internacional, inventam por sua vez mentiras como o suposto ataque a cidades pelos canhões de navios de guerra.

A oposição síria, à diferença da oposição líbia (cujos dirigentes eram até há pouco tempo membros da elite gaddafista), não pediu a ajuda da Otan nem qualquer apoio militar. Alepo, a principal cidade do país, e Damasco, a capital, se mantêm em relativa calma, o que dá ao regime uma margem vital. Além de uma informação a contagotas composta por contagens de vítimas não totalmente confiáveis (a ONU estima em 2.500 ao todo, de março até agora) e de relatos nem sempre verossímeis sobre a brutalidade do regime, fervilha um debate intelectual e político de grande riqueza. A revolta da Síria carece de líderes, coisa que preocupa a Europa e os EUA, porque seria muito mais fácil trocar um presidente por outro e promover algo parecido com uma reforma, e uma mudança de programa. Pretende somente derrubar o ditador e começar de novo, isto é, aspira estritamente à revolução.

A agressão sofrida na quinta-feira em Damasco pelo desenhista Ali Ferzat, o caricaturista político mais popular e mordaz da Síria, é só uma amostra de que os resquícios tolerados pela censura governamental (pode-se criticar o poder em geral, por exemplo, mas não caricaturar Assad), a facilidade com que se pode viajar para uma cidade liberal como Beirute e uma cultura antiquíssima fazem que a sociedade síria seja muito mais refinada que a Líbia, e que as ideias contem tanto quanto as armas, ou mais.

Convém recordar, em todo caso, que nesta região os paradoxos são recorrentes e o fundamentalismo islâmico nem sempre é monoliticamente retrógrado. No Líbano, um país desgarrado da Síria pelas potências coloniais e tão fragmentado quanto esta em grupos religiosos, pode-se passear por um bairro controlado pela milícia xiita Hizbollah (Partido de Deus) e ver nos cartazes publicitários anúncios de roupas íntimas que talvez não fossem tolerados em algumas cidades europeias, pelo excesso de erotismo ou pela utilização da mulher como objeto sexual. O Líbano, que nos anos 1980, invadido por Israel e martirizado por uma guerra civil entre diversos lados, não só era considerado um país fracassado como morto e enterrado, é hoje, com a Turquia, o exemplo de que no Oriente Médio podem existir sistemas políticos capazes de dar a seus cidadãos uma certa liberdade e uma certa representação no poder.

Pode-se ser muito pessimista em relação à Síria. O regime criado por Hafez el Assad e seguido por seu filho Bashar exibe traços totalitários, o que torna improvável uma reforma controlada: se Assad cair, e parece provável que o faça em médio prazo por sua falta de apoios externos e sua crescente fragilidade econômica, será preciso enfrentar uma revolução, sem a possibilidade de que o exército assuma uma ditadura teoricamente benevolente como no Egito, à espera de eleições e de uma assembleia constituinte. As minorias religiosas (os alauítas, que compõem a elite do regime, os cristãos, os drusos, os xiitas) podem se sentir avassalados pela minoria majoritária dos sunitas, que hoje se sente por sua vez discriminada pelos alauítas e talvez acumule desejos de revanche. O desastre é possível.

Entretanto, a impressão não é essa quando se acompanha a polêmica que se desenrola em torno de Ali Ahmad Said Esber, mais conhecido pelo pseudônimo de Adonis, poeta exímio, totem da intelectualidade síria e candidato recorrente ao Prêmio Nobel de literatura. Adonis, que residiu por muito tempo na França e é ligado ao pós-modernismo, há anos apregoa a morte da cultura árabe e a esterilidade de suas sociedades. No mês passado, o escritor iraquiano Sinan Antoon (professor em Nova York) publicou um artigo em que denunciava Adonis como um neo-orientalista como os definidos por Edward Said, incapaz de perceber a vitalidade de seus concidadãos e, por seu pessimismo diante das revoltas, cúmplice implícito de Assad.

O artigo respondia a uma carta de Adonis à oposição síria na qual recomendava cooperação com o governo para empreender reformas e preservar a laicidade do Estado. Afloraram muitas opiniões e logo se chegou à questão crucial do orientalismo e do hipotético complexo de inferioridade das sociedades árabes. Antoon e os que se alinham com ele se perguntam por que os árabes deveriam estar condenados à submissão diante de regimes tirânicos e totalmente corruptos, sem dar uma resposta válida.

Debates como este, cheios de matizes, indicam que por baixo da ditadura não há um simples magma de tribos e religiões, mas uma sociedade complexa e madura.

A primavera árabe começou no outono em um país não árabe, a Tunísia, e é ali que permite abrigar maior confiança de êxito imediato. A crise econômica e a explosão demográfica (as sociedades do norte da África e do Oriente Médio se caracterizam pela grande porcentagem de adolescentes e jovens sem perspectivas de futuro) foram uma das causas da revolta e agora atuam como lastro, mas a audácia de certas medidas, como a obrigação de manter a paridade de homens e mulheres nas listas eleitorais, revela que a mudança é ambiciosa.

O Egito, a grande potência cultural do mundo árabe, ainda apresenta numerosas incógnitas, mas a potência icônica das concentrações na Praça Tahrir e da queda do líder Hosni Mubarak, reduzido agora à condição de velho doente julgado por assassinato em massa, foi o que contagiou outros países na convicção de que os tiranos não eram invencíveis e a mudança era possível. Da próxima evolução política no Egito, muito especialmente do resultado das eleições presidenciais e parlamentares (ainda sem data), dependerá em grande medida o rumo da primavera árabe.

Em Bahrein, a monarquia sunita arrasou sem recato a revolta dos xiitas e apelou ao apoio militar saudita; a crise permanece suspensa, mas não finalizada. No Iêmen, o presidente Ali Abdulah Saleh (32 anos no poder) foi ferido e teve de se refugiar na Arábia Saudita, mas ameaça voltar; as possibilidades de que o país desemboque em um caos de bandos armados semelhante ao da Somália são muito altas, embora isso se vinculasse ao turbulento passado recente do país.

Bastarão as tímidas reformas aplicadas pelo rei do Marrocos para desligar seu país do terremoto revolucionário? Bastarão as promessas do rei da Jordânia? Quanto a Argélia vai demorar para receber em cheio a onda expansiva das revoluções em suas vizinhas Tunísia e Líbia? Poderão as duas grandes potências do Oriente Médio, o Irã xiita e a Arábia Saudita sunita, manter-se imunes? O regime sírio cairá na tentação de provocar uma guerra regional para conservar por mais tempo o poder? Como o Iraque vai assumir a tempestade a seu redor? O que fará Israel se algum dia sua estupefação se dissipar?

Por enquanto, ficam muitas perguntas sem respostas. E o fragor revolucionário aumenta dia a dia.

NOVE MESES DE PRIMAVERA ÁRABE

DEZEMBRO DE 2010


17/12/2010. Mohamed Bouazizi acende o estopim da revolução tunisiana ao se queimar como um bonzo quando a polícia confisca sua mercadoria.

JANEIRO DE 2011

12/1/2011. Zine el Abidine Ben Ali, presidente da Tunísia, impõe o toque de recolher na capital.

14/1/2011. O presidente da Tunísia foge para a Arábia Saudita, pressionado pelos manifestantes. Assume o poder o primeiro-ministro Mohamed Ghannuchi.

25/1/2011. Manifestação na Praça da Liberdade no Cairo (Egito), convocada pela Internet, contra o regime de Hosni Mubarak.

27/1/2011. Manifestação em Saná (Iêmen) pelo fim da presidência de Ali Abdalah Saleh.

28/1/2011. Cairo: os policiais que se negaram a disparar contra os manifestantes são alvejados por seus comandantes.

FEVEREIRO DE 2011


1/2/2011. Manifestação maciça no Cairo contra Hosni Mubarak, que anuncia que não se candidatará nas eleições.

O rei da Jordânia, Abdalah 2º, dissolve o governo e nomeia um novo primeiro-ministro, Marouf Bakhit.

3/2/2011. O presidente do Iêmen se compromete a não se apresentar para a reeleição e iniciar um diálogo com a oposição.

7/2/2011. Libertado Wael Ghonim, responsável pelo marketing do Google e membro da oposição egípcia. Foi sequestrado em 27 de janeiro.

11/2/2011. Hosni Mubarak se demite do cargo depois de 30 anos de governo do Egito e foge para sua mansão em Sharm el Sheik, no mar Vermelho.

12/2/2011. Manifestação em Argel (Argélia) na Praça 1º de Maio, pedindo a mudança de sistema.

14/2/2011. Manifestações em Teerã (Irã), Saná (Iêmen) e Manama (Bahrein).

16/2/2011. Confrontos com a polícia durante uma manifestação em Benghazi (Líbia) pela libertação de um advogado defensor de presos de consciência deixam três mortos e vários feridos.

19/2/2011. Gaddafi reprime os protestos líbios com morteiros e metralhadoras.

20/2/2011. No Marrocos, milhares de manifestantes pedem reformas ao rei.

22/2/2011. Depois de 19 anos em vigor, o governo argelino revoga o estado exceção que vetava as manifestações ao ar livre.

26/2/2011. O sultão de Omã, Qabus bin Said, troca vários ministros.

27/2/2011. Demitido o primeiro-ministro da Tunísia, Mohamed Ghannuchi. Estabelece-se em Benghazi (Líbia) um Conselho Nacional para dirigir a mudança.

MARÇO DE 2011
3/3/2011. O exército egípcio nomeia Essam Sharaf para formar um governo de transição.

4/3/2011. Dezenas de mortos no ataque de tropas leais a Gaddafi a duas cidades chaves dominadas pelos rebeldes (Zauiya e Ras Lanuf).

7/3/2011. A Tunísia dissolve a polícia política do presidente Zine el Abidine Ben Ali.

9/3/2011. Mohamed 6º do Marrocos anuncia uma reforma da Constituição que reduzirá seus poderes em resposta aos protestos.

13/3/2011. Los antidistúrbios marroquinos reprimem una manifestação em Casablanca.

14/3/2011. Tropas da Arábia Saudita entram em Bahrein para conter os protestos.

19/3/2011. A coalizão internacional liderada pelos EUA, Freud e Reino Unido ataca a Líbia para conter a repressão lançada por Muammar Gaddafi.

20/3/2011. O presidente do Iêmen, Ali Abdalah Saleh, destitui todo o governo.

Manifestantes sírios queimam a sede do partido Baath, os tribunais e duas empresas telefônicas.

Cerca de 50 cidades marroquinas pedem que o rei ceda seus poderes.

25/3/2011. Tropas sírias causam dezenas de mortes ao reprimir a manifestação em Deraa.

30/3/2011. O ministro do Exterior da Líbia, Musa Kusa, se demite e retira seu apoio a Gaddafi.

ABRIL DE 2011

1/4/2011. Centenas de milhares de iemenitas se manifestam em Saná, Áden, Taiz e outras cidades para exigir a demissão de Ali Abdalah Saleh.

12/4/2011. A Tunísia anuncia paridade de sexos nas listas eleitorais de 24 de julho.

13/4/2011. A promotoria egípcia detém Hosni Mubarak e seus filhos Gamal e Alaa.

15/4/2011. O presidente da Argélia anuncia uma revisão controlada da Constituição.

23/4/2011. O presidente do Iêmen aceita abandonar o poder 30 dias depois de assinar um acordo com a oposição.

MAIO DE 2011


7/5/2011. A Síria cerca com tanques os bairros sunitas do povoado de Banias.

11/5/2011. A UE abrirá um escritório em Benghazi para apoiar o Conselho Nacional de Transição.

21/5/2011. As forças de segurança disparam contra os participantes do funeral de dez ativistas em Homs (Síria). Morrem pelo menos 11 pessoas.

JUNHO DE 2011

3/6/2011. O presidente do Iêmen, Ali Abdalah Saleh, é ferido em um ataque a seu palácio.

16/6/2011. O governo espanhol expulsa o embaixador e outros três diplomatas líbios em Madri como amostra de sua ruptura com Gaddafi.

17/6/2011. O rei Mohamed 6º apresenta a nova Constituição.

Mulheres da Arábia Saudita dirigem carros apesar da proibição da monarquia.

JULHO DE 2011

15/7/2011. Centenas de milhares de pessoas se manifestam em Hama (Síria) contra Bashar el Assad.

30/7/2011. O rei do Marrocos, Mohamed 6º, antecipa para o outono as eleições legislativas.

31/7/2011. O exército sírio entra na cidade de Hama e mata uma centena de civis.

AGOSTO DE 2011

3/8/2011. A população egípcia julga Mubarak.

5/8/2011. Centenas de milhares de pessoas se manifestam nas principais cidades da Síria contra o regime de Assad.

18/8/2011. Barack Obama exige que o presidente sírio, Bashar el Assad, abandone o poder.

21/8/2011. A Liga Árabe insta Muammar Gaddafi a entregar o poder à população da Líbia.

23/8/2011. As forças rebeldes líbias conquistam o quartel-general de Gaddafi e controlam a maior parte de Trípoli. O ditador e sua família continuam em paradeiro desconhecido.

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