sexta-feira, 23 de setembro de 2011

EUA vendeu secretamente bombas “destruidoras de bunkers” à Israel

Enquanto Obama pressiona Israel a parar com os assentamentos judeus em solo palestino, ele, Obama, vende secretamente bombas de alta penetração que Israel procurava faz tempo

Segundo uma reportagem da revista americana Newsweek de será lançada na próxima segunda-feira (26), a administração Obama autorizou uma nova ajuda militar à Israel e vendeu secretamente 55 bombas de alta penetração conhecidas como “bunker buster”.

Em uma reportagem exclusiva, a revista detalhará a cooperação militar entre os dois aliados, citando fontes tanto americanas, como israelenses. As fontes revelaram à revista a venda de bombas de alta penetração do tipo GBU-28, que supostamente poderiam ser usadas em um futuro ataque às instalações nucleares iranianas. Essas bombas foram entregues no ano de 2009, poucos meses após Obama subir ao poder nos EUA.

Obama aceitou vender as citadas bombas à Israel depois que esse país se comprometeu a paralisar os assentamentos judaicos em solo palestino. Como isso não aconteceu, isso desgastou publicamente as relações de ambos os países.

Os israelenses solicitaram a venda desse tipo de armamento em 2005, quando era vigente a administração Bush. Mas o presidente americano à época se recusou a vender as bombas. Na época, o Pentágono havia congelado quase todos os projetos conjuntos na área de defesa com Israel, uma vez que temia o repasse de tecnologia avançada à China.

Em 2007, Bush informou a Ehud Olmert, então primeiro-ministro de Israel, que a entrega aconteceria das bombas de alta penetração aconteceria entre 2009 ou 2010, mas os israelenses queriam para o ano de 2007. Obama finalmente liberou as bombas em 2009, disse uma fonte próxima ao acordo. Acordo esse que era secreto até então.

James Cartwright, general do Corpo de Fuzileiro da Marinha Americana e que serviu até agosto como vice-presidente do Estado Maior Conjunto dos Estados Unidos, revelou à Newsweek que os militares não tinham objeções à venda. Em vez disso, tinha preocupação em transferir as bombas para Israel sem que o Irã percebesse e como os israelenses receberiam tais armas.  Em outras palavras à venda dessas poderosas bombas foi sinal verde para Israel atacasse as instalações nucleares iranianas um dia?

“Se você disser que sim, que de alguma forma dá sinal verde a alguém sem perceber? Se a luz verde foi um sinal verde para Israel ir fazer alguma coisa ou se travava de uma mensagem para os iranianos, ok, esses caras não são sérios ao falar, eles estão se armando, explana Cartwright.

Funcionários do governo americano e israelenses disseram que Israel desenvolveu sua própria bomba de alta penetração entre 2005 e 2009, mas comprar dos EUA era mais barato.

Uzi Rubin, primeiro diretor da Organização Israelense de Defesa de Mísseis, entre 1991 e 1999, e que atualmente é consultor de tecnologia militar do Ministério da Defesa de Israel, diz que as autoridades americanas originalmente tinha preocupação de como Israel iriama usar essas bombas e onde seriam usadas as bombas. Segundo Rubin, os EUA tinham receio de que Israel usasse essas bombas em áreas civis.

A reportagem da próxima segunda-feira irá revelar como é a cooperação américo-israelense na área de defesa e segurança, bem como os esforços dos EUA em ajudar Israel na volátil região do Oriente Médio.

8 comentários:

  1. Náo é Obama, Bush, Clinton, Reagen... rebublicanos ou democratas. Nenhum deles vai mudar a política externa dos EUA. São todos títeres dos Falcões. Esses sim, uma pequena elite recheada de $ionistas, são quem ditam as ordens.

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  2. suponhamos que Israel decida atacar o Irã, Israel como faria? pois ele estar "distante" do irã e teria que sobrevoar alguns paises que nao sao muito "amigo" deele.

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  3. Israel é incapaz de atacar o Irã. Isso só seria possível com a ajuda de terceiros. Por exemplo, Israel teria que ter ajuda do Iraque, da Turquia ou até mesmo da Arábia Saudita. Dúvido que o Iraque forneça ajuda à Israel, a Turquia hoje não daria suporte, uma vez que deixou Israel para abraçar o Irã. O rei da Arábia Saudita está pressionado, não iria querer ter o mesmo fim de Mubarak ou de Khaddafi. A bem da verdade é que o tempo para Israel atacar o Irã acabou e Israel pelo que eu pude perceber já aceita o Irã com armas nucleares.

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  4. Eu discordo que a Turquia abraçou o Irã, pois ela aceitou que a OTAN instale radares contra eventuais misseis iraniano.Entendo que a Turquia ficando contra Israel favorece de alguma forma o Irã.

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  5. E quem garante que a Turquia não dará informações detalhadas de tal radar? Turquia é o único país da OTAN que não isolou o Irã, pelo contrário, está reforçando os laços.

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  6. aparentimente o Irã desistiu de contruir bombas atomica, na reuniao da ONU o presidente iraniano falou que o pais aceitaria interromper suas atividades de enriquecimento em troca de uranio levemente enriquecido, oq fica estranho é o fato das potencias ocidentais preferirem isolar o irã como forma de enfraquece-lo do que realmente fazer um acordo desse tipo.
    Realmente o tempo passou e Israel nao atacou o Irã e um eventual ataque com essa crise palestina seria terrivel pros sionista.

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  7. Todos os países que detém ou detiveram armas atômicas negaram que estavam desenvolvendo tais armas. Não se esqueça!

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  8. Seria um belo confronto.

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