segunda-feira, 29 de agosto de 2011

IDF desenvolve doutrina para melhorar a precisão de seus snipers

Sistema Amit
Forças de Defesa de Israel já se preparam para manifestações violentas originadas pela declaração de um Estado Palestino, pela ONU, em 20 de setembro. Os israelenses colocaram em prática uma nova doutrina operacional para atiradores de elite, doutrina essa que propiciará aos sniper o uso de designadores de laser para aumentar a precisão desses atiradores.

A nova doutrina fora criada pela Brigada de Paraquedistas. Essa Brigada também participou da operação das IDFs que parou centenas de sírios que tentaram passar para o lado israelense no inicio de junho. A ação terminou com mais de 20 mortos do lado sírio, assim disse o governo sírio. Já Israel diz que número óbitos foram significativamente menores.

A nova doutrina também inclui o uso do sistema óptico “Amit”. Esse sistema foi desenvolvido pela empresa israelense Elbit System e se tornou operacional na “Operação Chumbo Fundido” em (dezembro de 2008 a janeiro de 2009). Curiosamente os atiradores israelenses foram acusados de matar vários civis. Sem falar da controversa camiseta usada pelos soldados israelenses que tinha a ilustração de uma mulher palestina grávida na mira de um rifle os dizeres “Um tiro e duas mortes”. Um oficial israelense disse à época ao jornal Ha'aretz que um atirador israelense havia matado uma mulher palestina e seus dois filhos. Segue as palavras do oficial israelense:

“Disseram para que fossem pela direita. Uma mãe e os dois filhos não entenderam [o comandante] e foram à esquerda, mas esqueceram de dizer ao atirador de elite no telhado que deixasse eles irem, que tudo estava normal e que não devia atirar. E ele fez o que achava que devia fazer, cumpria ordens. O atirador viu a mulher e os dois filhos se aproximando dele além das linhas que ninguém devia atravessar. Atirou. Em qualquer caso, o que aconteceu é que os matou”, disse o oficial.

O sistema Amit pesa menos de 2 kg, incluindo uma bateria recarregável de 8 horas. O sistema permite o operador localizar alvos até 1 km de distância, sob quaisquer condições climáticas.

Até pouco tempo atrás, as IDFs utilizavam sistemas mais pesados, os quais precisavam ser montados em um tripé. O novo sistema custa 3 vezes menos que o sistema utilizando anteriormente, sem contar que é mais “móvel”.

As IDFs também testaram a capacidade das imagens térmicas do sistema Amit durante a Operação Chumbo Fundido. Durante os testes, os militares israelenses distribuíram bandeiras envolvidas em um material químico especial, material esse que só foi detectado pelo Amit, assim afirmam os israelenses. Esse teste concluiu que é possível evitar as mortes por fogo amigo.

A Brigada Paraquedista sugeriu o uso do Amit devida a pouca visibilidade que encontrada pelos militares israelenses ao longo da fronteira Síria, durante os protestos do último mês de junho.

“Os snipers não conseguiam ver bem e usamos o Amit, sistema que permite ver em qualquer condição climática. O atirador apontou o Amit para as pernas de um dos manifestantes e disparou, disse um oficial do Exército Israel. “Nosso objetivo não era matar pessoas, mas sim atirar nas pernas dos manifestantes violentos que tentavam cruzar a fronteira para Israel. Isso fez com que os tiros fossem mais precisos.

As IDFs nunca foram reconhecidas por terem bons snipers. Depois que a Rússia conseguiu vencer a Segunda Guerra da Chechênia, Israel passou a assediar os snipers mais experientes das Forças Armadas Russas, prometendo-lhes ótimos soldos. Muitos snipers russos aceitaram a tentadora proposta. Há quem diga os russos modificaram a fraca doutrina israelense para essa finalidade e agora são os russos que ministram os cursos para os futuros snipers das IDFs.