quinta-feira, 15 de maio de 2014

Desertor ucraniano conta seu drama

A seguir vocês conhecerão um da história de um soldado ucraniano que desertou em Donestk. Ele era lotado na 93ª Brigada Mecanizada do Exército Ucraniano, que atualmente baseada em Cherkaske, região Dnepropetrovsk. Ele conta que passou para o lado dos rebeldes porque percebeu que não lutava contra terroristas, mas com pessoas comuns, seu povo.

“Por que eu vim aqui? O pretexto oficial foi visitar minha mãe, uma moradora de Nikolayevka, uma pequena cidade de Lugansk. Na realidade, fui enviado como espião para detectar postos de controles e outras posições dos rebeldes como a finalidade de prover informações de como adentrar em Slavyansk e etc. Mas depois de 02 de maio (dia do Massacre de Odessa e da de uma grande incursão da Guarda Nacional Ucraniana em Slavyansk), eu estava passando pela cidade e me apeguei a pensar: Eu sou o ocupante, um criminoso na minha própria cidade. Sou um tremendo pateta. Depois disso, eu fiquei determinado a me unir à defesa das pessoas. Eu tive que revelar todas as mentiras sobre a presença externa (russa) entre os manifestantes. O ponto mais importante de minha reflexão foi quando eu vi um monge com um fuzil, guardando sua casa. E eu, sendo um soldado ucraniano não tenho coragem de andar em minha própria cidade. Isso foi a gota d’água. Após ser um ocupante, de bom grado me tornei um protetor do povo, um guardião. Eu estou no Exército Popular”, disse o soldado.

Perguntando sobre um possível julgamento como deserto, o soldado responde: “Você sabe, quando eu vejo minha mãe horrorizada porque ela não sabe que os radicais e os fascista dominam a Ucrânia podem vir tomar o poder... Eu prefiro ficar aqui. Eles podem me prender, mas eu vou fazer de tudo para que minha mãe viva pacificamente. Minha mãe é uma cidadã russa e eu temo pensar o que pode acontecer com ela se a juntar tomar nossa terra”.

Sobre os outros soldados, ele diz: “O nosso batalhão foi formado por homens do sudeste. Eles simplesmente se recusaram a vir aqui e atirar nas pessoas. Na sua maioria é gente da reserva de Dnepropetrovsk. Tudo o que eles fazem lá é beber sem parar.”

Sobre o que seus ex-companheiros pensam da Guerra, ele diz: “Eles querem ir para casa. Eles foram arrancados de suas famílias, de seus empregos. As pessoas disseram que isso não duraria mais de 45 dias, mas já se passaram 2 meses. Minha ex-unidade está presa em um vilarejo em Lugansk.

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