Militares brasileiros, dentre eles o general José Carlos De Nardi (boina vinho), visitam a planta de Tula em abril de 2013 |
Bom, tentarei não delongar a dissertação, haja vista que eu já fiz um comentário prévio no Facebook.
A nota não é toda mentira, já adianto de antemão. Ela contém uma informação que é verdadeira. Ademais, o fato dessa nota ter ido parar em um site que comete a "desinformação" e faz propaganda descarada das armas suecas mostra o verdadeiro teor reportagem: fazer o cidadão comum acreditar que nosso Exército é incapaz conduzir um processo de seleção de um sistema antiaéreo de modo profissional e idôneo.
A única parte verdadeira da nota do citado jornalista é que subtenente músico do Exército Jeferson da Silva Figueiredo, marido da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, passou duas semanas na Rússia integrando uma comissão de 10 pessoas que foram à Rússia avaliar o sistema antiaéreo Pantsir-S. Além do subtenente Figueiredo, o ministro da Defesa Celso Amorim ordenou que fossem à Rússia o general-de-brigada Marcio Roland Heise, coordenador do grupo; o coronel QEM Elo Roberto Castelo Branco Jorge; CMG (RM1-FN) José Roberto Santos; CF (FN) Odimar Gomes Leite; o tenente-coronel Edson Ribeiro dos Santos Junior; o major Christian Giorgi Roberto Taranti; o capitão Rodrigo Roversi Rapozo; o capitão Elo Heraldo César Alves Costa; o tenente Jeferson da Silva Figueiredo e Roberto Sarpa.
De fato, o marido da ministra não deveria estar entre as pessoas mencionadas, pois ele não tem competência para integrar um grupo de trabalho que fora formado por especialistas para negociar uma arma estratégica, pois é assim que eu chamo os sistemas de mísseis antiaéreos. O ministro Amorim deve responder porque o subtenente Figueiredo foi escolhido para ir à Rússia e com toda certeza deveria reembolsar o Ministério da Defesa, pois foi esse ministério que custeou as viagens e a estadia dessas pessoas.
No entanto, esse fato isolado não mancha a imagem do nosso glorioso Exército, que nada tem haver com politica e politicagem. Por falar em politicagem, essa força é a que mais é prejudicada no nosso país. O referido jornalista que passar a impressão de que uma pessoa que não capacitada avaliou uma das armas mais promissoras da atualidade. Ele trata o tema com desdem, quando na verdade deveria dar bastante atenção e lutar pela transparência, quiçá se inteirar verdadeiramente dos fatos.
Não é de hoje que estamos avaliando o Pantsir-S1. Para se ter uma ideia, em abril de 2013, o general José Carlos De Nardi foi à cidade de Tula visitar as instalações da empresa KBP Instrument Design Bureau - fabricante do sistema - na cidade russa de Tula. Lá ele conheceu o Pantisir-S1, inclusive assistiu uma demonstração de suas capacidades. Por falar em sistemas antiaéreos, desde 2008 os militares brasileiros estão indo à Rússia regularmente para conhecer os sistemas russos. Foi em 2008 que os militares brasileiros ficaram maravilhados com o sistema Tor-M2E.
Ainda sobre a nota, o jornalistas fala que o Pantsir-S1 custa 3 vezes mais que o modelo preferido pelos militares brasileiros. Mas qual é o sistema preferido? Por quê o jornalista não menciona o modelo? Bom, até aonde eu sei, os sistemas preferidos dos nossos militares são os sistemas russos e eles não são caros se levarmos em conta o que eles cumprem. Como eu bem disse acima, os nossos militares ficaram maravilhados com o sistema Tor-M2E, que pode engajar aeronaves furtivas. Eu não acredito que um SAM de longo alcance como esse possa ser mais barato que o Pantsir-S1.
O Pantsir-S1 é uma arma única, sem igual no mundo. É um sistema que combina um canhão antiaéreo com um sistema de mísseis antiaéreos de baixa altitude. Ele serve para proteger alvos de menor importância ou proteger o deslocamento da cavalaria blindada. Por falar nisso, eu vi gente falando que ele não se adéqua as necessidades do Brasil. Se ele se adéqua as necessidades da Rússia, não vai se adequar as necessidades do Brasil? O sistema custa menos de US$ 15 milhões. Um SAM de curto alcance como o SPYDER, fabricado por Israel, custa cerca de US$ 55 milhões e não cumpre o que o sistema russo cumpre.
Antes de encerrar gostaria de deixar claro que as negociações com os russos são conduzidas por profissionais altamente capacitados. São esses mesmos militares que conduziram a mais complexa negociação da história da Rússia, quando negociaram a compra dos Mi-35M para a FAB. Pra quem não sabe, os russos acreditam que os militares brasileiros são os mais exigentes que eles negociaram. Na negociação do contrato de fornecimento dos Mi-35M, os militares fizeram um contrato longo e extenso, o qual respalda a FAB em caso de não cumprimento das obrigações da parte russa. Nunca nenhum contratante propôs isso quando negociou armas com a Rússia.
Hoje em dia há bandidos em todos os ramos que possamos imaginar, e no caso da mídia manipuladora, não é e nunca foi diferente! A intensão é desvalorizar e descredenciar o nosso exército mesmo! É o que dá um pais ser formado por várias culturas.
ResponderExcluirNão é a primeira vez que a Veja tenta desvalorizar o armamento Russo , colocando informações mentirosas.
ResponderExcluirA Veja ainda vangloria que presta um grande serviço a sociedade. Na verdade ela presta um grande serviço de desinformação para a sociedade.
Assinado : Hugo Araujo
Segundo o blog Montedo (um comentário de um visitante, na verdade, a respeito da mesma notícia), esse subtenente é fluente em russo e já morou na Rússia, indo até lá para ajudar nas conversas.
ResponderExcluirMuito obrigado por sua contribuição, vou chegar a informação.
ExcluirOntem o JN mostrou uma reportagem sobre o iran... outrora um pais do mal, onde vivem milhões de terroristas! Agora na nova ótica Globista, O Iran agora tem gente boa, mulheres bonitas que gostam de poesia... muito lindo... mas eu me perguntava... porque isso agora?
ResponderExcluirE veio a resposta!
"CRISE EUA-RÚSSIA APROXIMA O IRÃ E OS NORTE-AMERICANOS."
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,obama-diz-que-acordo-com-teera-abre-novas-possibilidades-para-povo-iraniano,1143117,0.htm
Ou seja, agora a globo tem permissão para mostrar os iranianos mais ligth digamos...
é ou não é prá acabá?
É verdade, estava lendo uns comentários na coluna do Ricardo Setti e um dos leitores fez a seguinte pergunta:
ResponderExcluirPergunta:
"Mas afinal, que é o sistema preferido dos militares, ninguém fala…
Qual é Ricardo Setti?
E a resposta foi:
Ainda não está decidido. A viagem foi justamente para melhor conhecimento dos equipamentos.
E fico surpreso com o fato de o país pensar em adquirir material da Rússia, cuja indústria bélica fornece, sem dúvida, produtos de qualidade, mas que tem sérios problemas de manutenção — sem contar a compatibilidade de material russo com outros sistemas que as Forças Armadas utilizam."
Ou seja, como eles sabem que o custo do equipamento russo é 3x maior que o suposto equipamento preferido dos militares...heheh
Nunca vi uma arma russa que tivesse manutenção cara. No meu texto eu mostro que o sistema russo não tem análogos e é mais barato. Outra coisa, a Rússia teve um problema, por muito tempo, com a manutenção naval e dos seus caças, mas parece que isso foi resolvido. Nunca vi ninguém falar mal da KBP ou Almaz-Antey nesse sentido.
ExcluirSim, mas acho incrível que eles não digam qual é o bendito sistema preferido dos militares brasileiros. E ainda dizem que o russo é o mais caro. hehe É só enrolação. Com certeza esse sistema russo é de primeira.
ResponderExcluirOs militares brasileiros até hoje só receberam informação de 3 SAMs: Pantsir-S1, S-300 e Tor-M2E. E desses o primeiro é mais barato por motivos óbvios.
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