Marinha Russa afunda por conta própria cruzador anti-submarino descomissionado na Crimeia

Um cruzador russo anti-submarino pode ter sido a primeira baixa a incursão russa na Crimeia isso porque a Marinha Russa afundou um de seus próprios vasos para criar um obstáculo para os navios ucranianos, admitiu um oficial ucraniano ontem (5).

O porta-voz da Marinha Ucrânia, o tenente-coronel Alexei Mazepa, disse que os russos retiraram o cruzador Ochakov de um ferro-velho naval e afundou-o a fim de bloquear a saída do Donuzlav Lake para o Mar Negro.

O naufrágio foi o último de uma série de movimentos das forças navais russas na região com a finalidade de testar os nervos dos oficiais ucranianos.

No inicio da semana, o comandante da Frota russa do Mar Negro, o vice-almirante Aleksandr Viktorovich Vitko, visitou a Base Sul ucraniana, assim relatou o capitão ucraniano Viktor Shmiganovsky. “Ele me pediu para convidar todos os oficiais e nos sugeriu jurar lealdade militar a Rússia e nos convidou para formarmos parte da Frota do Mar Negro. Prometeu-nos bons salários e um futuro brilhante”, conta Shmiganovsky. “Ele insistiu que fizéssemos isso a fim de salvar a Ucrânia dos extremistas. "

“Camarada almirante, não vimos nenhum extremista aqui até a chegada de você e seus homens”, retrucou o Shmiganovsky acrescentando que o almirante russo se sentiu ultrajado.

Na quarta-feira, a foz da baía foi bloqueada por 10 navios russos, incluído o poderoso cruzador lançador de mísseis Moskva.

“A Frota do Mar Negro tem o direito de navegar no Mar Negro, mas não tem o direto de bloquear nosso porto da Marinha assim”, disse Mazepa.

Ainda segundo um coronel ucraniano de nome Andriy Matviyenko, na última terça-feira, cerca de 200 oficiais e soldados russos chegaram a base anti-aérea ucraniana em Yevpatoria. Eles não faziam questão de esconder suas identificações. Um homem se apresentou como coronel Dayatlov, comandante de uma unidade antia-aérea russa. O homem exigiu que os ucranianos abrissem o portão da base para que ele colocasse os sistemas a serviço as Forças Armadas Russa. O coronel ucraniano se negou a fazer isso e os militares russos foram embora.