O Ministro da Defesa, Celso Amorim |
O Ministro da Defesa, Celso Amorim, reconheceu a vulnerabilidade das comunicações oficiais no País e pediu mais recursos para que sua pasta invista em tecnologia nacional de segurança. Ele, o ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota, e o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, José Elito Siqueira, participaram de reunião conjunta das Comissões de Relações Exteriores da Câmara e do Senado para debater as recentes denúncias de monitoramento das comunicações eletrônicas e telefônicas no Brasil por agências de inteligência norte-americanas.
Segundo Amorim, todos os países do mundo, inclusive os Estados Unidos, têm vulnerabilidades. Essa é uma realidade nova, de acordo com o ministro, e uma área estratégica que ainda precisa ser expandida.
“A presidente Dilma criou o Centro de Defesa Cibernético centrado no Exército que já atuou de maneira muito importante em eventos como a Rio +20, a Copa das Confederações, agora precisamos consolidar esse passo, formando pessoal, dando assessoria a outros ministérios”, afirmou. No entendimento do ministro, o passo mais importante a ser dado é desenvolver tecnologia e softwares brasileiros, para não ficar na dependência.
Mais recursos
O presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Nelson Pellegrino (PT-BA) disse que vai atuar para garantir a ampliação dos recursos para o Ministério da Defesa para a área de segurança cibernética. Pellegrino disse que mesmo com as explicações, o Congresso continua a se debruçar sobre o caso.
“Temos que saber realmente a real extensão do que aconteceu. Quem foi investigado, de que forma foi investigado para que a gente possa proteger a nossa soberania. Os nossos cidadãos e também a segurança do Estado brasileiro”, afirmou.
Insatisfação
Na reunião, o ministro Antônio Patriota disse que o governo do Brasil não ficou satisfeito com as informações prestadas até agora pelo governo norte-americano. “Por isso criamos a comissão técnica que vai se dedicar a esse caso", explicou, reiterando que o País deve recorrer à ONU em relação à denúncia de espionagem.
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) disse que a investigação precisa ir a fundo. “Precisamos obter esclarecimentos e saber quem foi monitorado, por quanto tempo e como. Não podemos ficar só no protesto", destacou. A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) sugeriu que o requerimento para criação de uma CPI sobre as denúncias de espionagem, apresentado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), seja transformado em requerimento de CPI Mista para que deputados também possam assinar.
Já o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) pediu cautela na análise desse caso e lembrou que ainda há lacunas na legislação na questão dos crimes cibernéticos. “O Brasil tem sido omisso nessa questão, os recursos são poucos, aprovamos leis com atraso”, concluiu.
Diversos requerimentos sobre o caso foram aprovados em quatro comissões da Câmara, nesta quarta-feira. A Comissão Mista de Inteligência também aprovou quatro requerimentos.
Resposta
O governo anunciou nesta quarta-feira (10) uma série de medidas em resposta às denúncias, como a criação de um grupo interministerial que vai analisar quais pontos ainda precisam ser esclarecidos pelo governo norte-americano e a abertura de inquérito da Polícia Federal. O Ministério de Relações Exteriores também estuda mecanismos para recorrer à ONU sobre as denúncias de espionagem.
Nesse momento o MD está c razão, sem grana ñ e possível reequipar as n FAs...Espero q esse episódio de espionagem,coisa q mt de nós já sabíamos, leve o n GF/congresso a olhar melhor p a necessida de compra de equipamentos bélico novos c a > urgência,vide o FX-2 amarrado e o VLS...p ontem.
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