Eles não pressionam, mas com certeza conspiram

Caros leitores,

Minha insatisfação com a Força Aérea Brasileira é tamanha que eu não sei por onde começar. Essa força ultimamente vive de mentiras e tantos desserviços ao país que poderíamos aproveitar o atualmente momento do país para trocarmos algumas pessoas nas Forças Armadas, ABIN e Polícia Federal.

Apesar de ter muitos motivos para descer o malho na FAB, esse que vos escreve irá se ater ao assunto que motivou esse tópico: A nota de esclarecimento da FAB à Revista Força Aérea.

Confesso aos senhores que eu não li a edição de nº 82 da revista citada. Ademais, pela nota da FAB eu pude compreender "captar" a mensagem que a revista quis transmitir.

Na nota, o Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, desmente a revista de que a aposentadoria dos Mirage 2000, no final deste ano, seja uma forma de pressionar o governo a declarar o vencedor no FX2, bem como assinar um contrato de fornecimento de 36 aeronaves com a empresa vencedora. Realmente, brigadeiro, os oficiais da força que você integra não pressionam o governo, pelo contrário, conspiram contra os interesses da nação. Já afirmei nesse espaço mais de uma vez, que o governo não comprou o Rafale, melhor caça de sua geração atualmente, por "sabotagem" de alguns oficiais da FAB.

Vocês irão desativar aos Mirage 2000, porque vocês não gostam de gastar dinheiro na manutenção dos mesmos. Os Mirage 2000 podem voar por um bom tempo, visto que alguns começaram a ser revitalizados depois do segundo semestre de 2006, outros em 2007 e outros em 2008. A Força Aérea Francesa opera células da mesma época ou mais antigas que as nossas e não cogita aposentar tão logo esses caças. O mesmo vale para a Índia. Por fala em Índia, em julho de 2011, o A Força Aérea Indiana anunciou que iria modernizar toda sua frota de Mirage 2000 (cerca de 60 aeronaves). Nunca é demais lembrar que a Força Aérea Indiana vem utilizando esses caças desde a Guerra do Golfo, passando pelas Guerra da Bósnia, Afeganistão, zona de exclusão aérea na Líbia e no conflito no Mali.

Segundo o oficial, órgãos da FAB trabalharam duro no estudo das novas aeronaves e propostas do FX2. Uma pena, oficial, que todo trabalhou foi em vão quando vocês passaram a plantar informações mentirosas na imprensa de que o Gripen NG (caça que nem existia à época) era a melhor opção para o país e que o Rafale, caça que espantou o mundo na Líbia, era a pior opção.

Na sua nota, oficial, você deixa claro que a escolha de uma nova aeronave é de responsabilidade do governo. Também não era pra menos, visto que vocês não tem orçamento para realizar tão aquisição. Se vocês não tem orçamento para realizar tão aquisição, por que vocês analisam aspectos políticos e sociais que são da competência dos oficias da FAB? Quem deveria analisar a questão da geração de empregos, aspectos financeiros e outros?

Outra coisa, a transferência de tecnologia deveria ser assunto para o governo brasileiro e não para a FAB, visto que a FAB não tem nenhuma empresa para absorver tal tecnologia? Por falar em transferência de tecnologia, por que vocês se aliaram a uma empresa privada (EMBRAER) para declarar em alto em bom som que a proposta sueca era a melhor para o Brasil quando não era? Isso não é uma forma de pressionar o governo?

O discurso sobre a preocupação da FAB com a economia e a questão social do país é muito lindo, mas prática é outra história. Enquanto eles se valem se premissas mentirosas, denuncias surgem de que eles gastam muito dinheiro em festas de arromba (muitas delas regadas a champagne caríssimos), de que eles tem milhares de funcionários "fantasmas", que eles dão carona em suas aeronaves para políticos que nem tem agenda.

Sem mais.

(Clique aqui para ler a nota da FAB)