As vendas anuais do avião Super Tucano, de US$ 200 milhões a 300 milhões, poderão ter aumento de 50% nos próximos dois anos, alavancadas pela confirmação do contrato de 20 aparelhos para a Força Aérea dos Estados Unidos. É com esse cenário que trabalha o presidente da Embraer Defensa & Segurança, Luis Carlos de Aguiar, que diz ter notado um novo interesse pelo aparelho militar depois da obtenção final do contrato com a maior Força militar do planeta.
A Embraer está montando a fabrica para os Super Tucanos no norte da Flórida. A montagem da aeronave começa no fim do ano para entrega desde junho. Pela primeira vez, a Embraer expõe o Super Tucano no Salão Aeronáutico de Bourget, em Paris, e por coincidência ao lado do aparelho que derrotou na licitação nos EUA, o AT-6 da americana Beechcraft.
O contrato com a Força Aérea Americana prevê a possibilidade de aumento da encomenda de 20 para 50 aparelhos, o que elevaria o contrato de US$ 427 milhões para cerca de US$ 1 bilhão.
Mas porta-voz da Beechcraft deixou claro ao Valor que a empresa sediada em Wichita, Kansas, está agindo agora junto ao Congresso para limitar a encomenda dos Super Tucanos a 20 unidades e impedir a compra de mais aparelhos. Beechcraft insiste que o avião da Embraer é mais caro e diz não entender como foi escolhido. Para a empresa, "é hora de o Congresso intervir e pôr fim a este processo de aquisição falho e limitar a compra da aeronave brasileira".
Por sua vez, Aguiar diz que o Super Tucano foi confirmado pelo Pentágono por ser o melhor. É um avião contra insurgência, que vai ser usado no Afeganistão para dar um suporte às tropas terrestres. Ele nota que nove Forças Aéreas já usam o Super Tucano. E a chancela do Pentágono ampliou o interesse.
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