Fui convidado por um colega recentemente para participar de um grupo do Facebook. Como eu não resisto um bom debate, não pensei duas vezes e aceitei o convite.
Discussões em fóruns estipulam o meu raciocínio e me fazem avaliar o nível de conhecimento dos brasileiros acerca da história, geopolítica, armas e afins. Aliás, o baixo nível de conhecimento do povo brasileiro acerca desses assuntos fora um fator preponderante para que o hoje o INFORMANTE existisse.
Fóruns de discussões permitem que as pessoas interajam e troquem informações. Sou adepto da tese de que para se discutir com precisão, precisamos de mais assunto.
Em uma discussão em um determinado post do grupo que eu fora convidado, um colega tocou no assunto da parceria entre a Rússia e o Brasil na esfera aeronáutica. Discordei desse colega em alguns pontos, e defendo o meu ponto de vista eu me lembrei de um determinado assunto que muitos desconhecem, que é o embargo dos EUA à venda brasileira de treinadores avançados para a Venezuela. Esse tema eu trato com os senhores (as) mais adiante.
A discordância com o meu interlocutor começara quando ele expressou que considerava a aquisição de um caça russo de 5ª geração para a Força Aérea Brasileira mesmo sem a transferência de tecnologia. Eu particularmente não concordo com essa opinião, uma vez que o governo brasileiro quer absorver alta tecnologia estrangeira para a capacitação de uma indústria bélica moderna e competitiva. Sermos meros patrocinadores de um super-projeto militar russo não nos traria benefícios algum.
Em novembro de 2008, por ocasião a visita do então presidente russo Dmitry Medvedev ao Brasil, foram assinados alguns acordos bilaterais entre o Brasil e a Rússia e um memorando de entendimento para a participação do Brasil no programa de desenvolvimento do caça russo 5ª geração, o famigerado PAK-FA T-50. No entanto, o que poucos sabem é que os russos não buscavam um parceiro, mas um financiador do projeto PAK-FA T-50. Muitos pensam que o Brasil perdeu uma oportunidade única ao não materializar o memorando de entendimento. Porém, hoje, eu acredito que a decisão do governo brasileiro não ser um patrocinador do PAK-FA T-50 foi acertada. Por que acertada?
Porque iriamos investir bilhões de dólares em um projeto russo e que não foi idealizado para as necessidades brasileiras. Muitos pensarão que o Brasil poderia ter pleiteado uma participação no projeto, mas naquela altura os sistemas, com exceção do motor e do radar já estavam prontos. Como o Brasil não tem experiência alguma na fabricação de motores e no desenvolvimento de radares AESA, em que o Brasil seria útil para o Brasil?
A participação do Brasil nesse projeto seria mais benéfico para o Brasil do que para a Rússia. Será que a Rússia gostaria de ver o Brasil adquirindo know-how russo e absorvendo tecnologias para se tornar um competidor da Rússia na área aeronáutica? Eu não creio. Será que os senhores (as), na condição de chefe de Estado de uma nação oriental, permitira que um país ocidental não-alinhado com seus interesses, que não é uma nação amiga e que tem boas relações com seus rivais participar do projeto militar mais importante do seu país? Eu não creio que os russos permitiram tal coisa.
Outra questão que precisa ser mencionada é que a Rússia já deixou claro que só compartilharia sua tecnologia militar com o Brasil se o Brasil pagasse e pagasse bem. Pagar bem pela tecnologia russa faria a Rússia investir seus lucros em novas tecnologias, o que faria a Rússia sempre estar um passo à frente do Brasil, assim não haveria concorrência. Também gostaria de lembrar é que quando os russos ainda participavam do Projeto FX-2, eles chegaram a declarar que 36 aeronaves não era suficiente para a Rússia se quer cogitar conversações acerca de transferência de tecnologia. Por tanto, precisamos ter parcimônia quando formos analisar os russos como parceiros.
Ainda tratando de novembro de 2008, Brasil e Rússia assinaram acordos de cooperação na aérea aeroespacial, mas precisamente a capacitação dos especialistas brasileiros no desenvolvimento de foguetes, mas nada foi feito até o presente momento. Outra promessa feita pelos russos em acordo assinado, foi repasse de tecnologia de helicópteros de ataque, mas até hoje sabe-se que nenhuma troca de experiência ou tecnologia fora feita.
Outro ponto de discordância entre o interlocutor e eu foi acerca do treinado avançado russo Yak-130. Segundo o mesmo, a fabricação dessa aeronave no Brasil estimularia a indústria aeronáutica brasileira, bem como a cooperação entre o Brasil e Rússia. Apesar de considerar o Yak-130 como um dos melhores de sua categoria, eu não concordo com essa aquisição por 3 motivos: Primeiramente, Sergei Ladigin, executivo da estatal russa Rosoboronexport condicionou essa possibilidade somente caso o Brasil comprasse esse caça da Rússia. A FAB não tem interesse de operar um treinador avançado a jato por a médio prazo. E por fim, por que iríamos investir muitos milhões de dólares em uma aeronave estrangeira, sendo que o Brasil já tem experiência na fabricação de jatos de treinamento avançado (isso é de conhecimento de poucos)? A aeronave brasileira tem desempenho superior e teriam um potencial de exportação muito grande caso os EUA não nos proibissem de exportar essa aeronave para a Venezuela. Mas à frente trato desse tema.
O último ponto de discordância entre o interlocutor e eu foi também acerca do Yak-130. Meu interlocutor acha que seria interessante comprar essas aeronaves russas detrimento dos AMX (AF-1) que atualmente operamos. Obviamente que eu não concordo, uma vez o Brasil investiu em bom dinheiro no desenvolvimento dessa aeronave e na aquisição de unidades da mesma. Até 2016, o Brasil irá desembolsar US$ 2 bilhões para a modernização de 43 caças-bombardeiros A-1. Não concordo também porque as capacidades do A-1 são excelentes e fazem dessa aeronave a melhor de sua categoria. O Yak-130 é inferior ao A-1 em tudo e essa discrepância só irá aumentar com a modernização. Com a modernização, os caças da FAB terão a classificação mudada para A-1M.
Eu dizia mais acima que o Brasil desenvolve treinadores avançados a jato, o que poucos sabe. Que treinador é esse? Na verdade são duas variantes do AMX, conhecidas como AMX-AT (AMX Advanced Trainer) e AMX-ATA (AMX Advanced Trainer Attack). A primeira versão é destinada somente a treinamento, enquanto a segunda pode ser usada tanto para treinado, como para ataque ao solo.
Em julho de 1998, a Força Aérea Venezuelana optou por um mix de treinadores avançados a jato: o italiano Aermacchi MB339FD e o ítalo-brasileiro AMX Advanced Trainer Attack (AMX-ATA).
A venda do AMX Advanced Trainer Attack (AMX-ATA) para a Venezuela se converteria na primeira exportação dessa aeronave. O contrato entre a Força Aérea Venezuelana e a Embraer seria assinado no primeiro trimestre de 1999. As empresas israelenses à época iriam fornecer os aviônicos e o radar para o AMX-ATA.
No entanto, no ano de 1999, o Congresso Americano vetou a venda do AMX-ATA para a Venezuela sob a premissa de que a aeronave utilizava sistemas americanos. Apesar dos EUA estarem corretos em exercerem o seu direito, não havia o que temer, uma vez que esse tipo de aeronave não incrementaria o poder da FAV, muito menos desiquilibraria o poder aéreo na região. Sem contar que a Venezuela não tem nenhuma empresa ou instituição militar capaz de copiar os sistemas americanos utilizados na aeronave ítalo-brasileira.
Essa foi mais uma mostra de que os EUA não são um país confiável para o Brasil e o país. Embasado no histórico de embargos americanos, embargos esses que começaram efetivamente no final da década de 1960, o Brasil jamais deveria considerar a aquisição de caças americanos ou empresas americanas parceiras fornecedoras de tecnologias para os sistemas de armas brasileiros. Diante dos fatos expostos, como um jornalista pode escrever em uma revista que a proposta americana para o FX-2 é a melhor para o Brasil?
Nos amantes do tema defesa deveríamos nos policiar e analisar a fundo as intenções dos estrangeiros. Promessas e propostas não devem ser analisadas com emoções. Devemos deixar as paixões de lado quando saímos em defesa de um lado. O único lado que devemos defender, é o lado da nação brasileira. Reflitam.
Como você falou eu sou um amante do tema defesa, e estou aprendendo e essa matéria é excelente me tirando as duvidas, em relação ao PAK-FA T-50 e outros também. Parabéns pelo blog.
ResponderExcluirObrigado e disponha!
ExcluirEm países mais sérios, a divulgações de informações sobre tecnologia e defesa é ampla. Aqui, quando muito mostram uns milicos com FAL de 1970 com a cara engraxada. Lamentável.
ExcluirE nosso povinho, pior ainda. Se quebram pra assistir uma novela ou futebol, mas assistir uma propaganda política ou relativa a defesa nacional e forças armadas, é muito cansativo né?
Povinho perdedor, acha que futebol, carnaval e praia é o mais importante. ma la cos.
Michel, qual caça você acha que o Brasil escolherá?
ResponderExcluirEu sinceramente não acho que a Dilma seja ingênua a ponto de comprar dos EUA.
Não posso falar pelos outros, mas a presidente é austera, com certeza ficará com a proposta mais barata. Espero que alguém mostre os exemplos das proibições dos EUA para exportação do Super Tucano e do AMX-ATA. Não creio que o F/A-18E/F Super Hornet tenha chances.
ExcluirA presidenta é austera, e a pilantragem corre solta em nossas forças armadas. Não esqueçam que a presidenta não toma decisões sozinha, ela tem seus conselheiros que indicam o rumo. Este é o perigo.
ExcluirEu sinceramente ficaria entre griphen e rafale. Só tem que calcular bem os "novos" custos divulgados pelos franceses. Na propaganda é uma coisa, na realidade pode ser outra. Dizem que baixaram bastante todos os custos relativos a manutenção e utilização.
ExcluirPena que os Russos não estão mais na parada... E mais pena ainda que dependemos do Saito pra decidir algo tão importante. Politicagem é uma merda.
Gripen, aquele caça mesmo que não tem um motor e um radar AESA nacional? Hum... Interessante! Comprar um caça que os principais componentes são americanos é uma burrice só. Ademais, fora a SAAB, qual foi a empresa que vende componentes para o Gripen NG que prometeu nos repassar tecnologia? Como a SAAB pode repassar tecnologias que não lhe pertencem e que eles não fabricam? A proposta francesa, por sua vez, não é uma oferta tão somente de uma empresa, mas sim um compromisso do Estado Francês com o Brasil. A Thales e a SAGEM são apenas duas empresas franceses que reafirmaram o seu compromisso em alavancar a indústria bélica com suas tecnologia. Por falar em SAGEM, ela é quem está fornecendo o know-how e tecnologia para o programa de soldado do futuro brasileiro, o COBRA.
ExcluirE eu nem vou entrar no mérito das capacidades do caça sueco, que são bem fraquinhas para os mais modernos caças.
ExcluirEm que fase está o programa do soldado do futuro brasileiro?
ExcluirNão sabemos.
ExcluirMichel, você tem que ser menos ríspidos na suas respostas, sendo seu o blog ou não... Eu comentei ali em cima que EU acharia interessante pra o Brasil o Gripen ou o Rafale, é minha opinião, aceite ela concordando ou não.
ExcluirTecnologia AMERICANA, se você não quer ela, então compre dos russos ou dos franceses, senão não vai achar mais nada no mercado. Não adianta você vir me contradizer com somente duas informações sobre os caças, mas se você vier com as suas opiniões, ou vou respeitar com certeza.
Meu comentário ali em cima não se baseou em transferência de tecnologia, mas sim em custos das aeronaves e custos operacionais.
Bem, EU acho que sinceramente, tudo é melhor do que ficar com os F-5 atuais, mas fora isso, se formos analizar tudo que engloba esta compra, aí você escolhe: Repasse de tecnologia, fabricação no Brasil, custo da compra das aeronaves, custo de operação e manutenção, origem da tecnologia embarcada... e por aí vai.
Por isso comentei que EU prefiro entre o Gripen e Rafale, descartaria os EUA em qualquer negócio, são pilantras mundiais. Pena os russos não estarem nesta jogada também, mas sei que eles não transferem tecnologia de graça e para qualquer um. Já ocorreram muitos casos deles com os chineses, aqui não vai ser muito diferente.
Um abraço.
Eu não fui ríspido em nenhum momento.
ExcluirConcordo com sua opinião, mas não concordo.
Eu não quero tecnologia americana? Nunca disse coisa nesse sentido. Tenho ressalvas quanto aos americanos, mas sua tecnologia bélica muito me agrada. E não ficaria chateado se o Brasil comprasse o caça americana. Só acho o seguinte: Se é pra comprar um caça "Frankstein", eu prefiro comprar um caça integralmente americano, onde seria mais fácil obter a tecnologia americana. Os americanos pode ficar emburrados caso não escolhamos o caça deles e impedir que suas empresas repassem sua tecnologia ao Brasil, algo semelhante que fizeram conosco quando negociávamos a venda do Super Tucano para a Venezuela.
Eu tenho minha opinião e você tem que respeitá-la. Eu não tenho uma só informação que mostram que escolher o caça sueco é um tiro no pé, eu tenho várias. O meu artigo "O Informante acaba com os 'mitos' da concorrência dos caças brasileira" se tornou referência primária para debater a concorrência dos caças.
Se seu comentário se baseou em custo das aeronaves e em custos operacionais, você acabou de cavar a própria cova. Como podemos falar do preço de um caça que está em desenvolvimento ainda? Como falar dos valores de um caça que não teve seu valor agregado ainda? Custos operacionais? Aqui no blog temos uma notícia que mostra que o Gripen C/D é mais caro de se manter que o Rafale, por exemplo. E olha que o caça sueco é monomotor. Viu como você emiti opinião sem ter base? Opinião se embasamento nem pode ser chamada de opinião, mas sim em "simples direito de falar".
Gosto muito quando você escreve os posts! Faça-o sempre que possível, assim ocorre uma melhor interação entre blogueiro e visitante.
ResponderExcluirSabe o que é, eu mantenho o blog sozinho. É difícil traduzir textos, analisar notícia, fazer projeções, responder os leitores...
ExcluirMas quem disse que vc tem que responder tudo e abraçar o mundo, coloca a notícia e deixa pegar fogo entre quem comenta, ainda que vc não concorde.
ExcluirAqui é democracia, nos limites da lei.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_dos_Direitos_do_Homem_e_do_Cidad%C3%A3o
http://www.pgr.mpf.gov.br/areas-de-atuacao/direitos-do-cidadao-1
A democracia aqui tem limite, cidadão. Aqui, não é qualquer um que comenta. Aqui se tem regras para serem cumpridas. Eu não concordo com um monte de coisas que escrevem aqui, mas respeito.
ExcluirEu tenho a obrigação de sanar as duvidas do meus leitores e o dever sanar quais informações erradas nos comentários.
Muito boas as suas considerações sobre estes casos. Eu particularmente acho que os EUA não são "parceiros" de ninguém neste mundo. A própria história nos afirmou isto repetidas vezes. As decisões são tomadas conforme lhes convém.
ResponderExcluirSinceramente, já ví alguns fóruns discutindo que agora o Brasil iria comprar caças americanos, em função da entrada dos Super Tucanos na escolha dos EUA. Seria como comprar 36 elefantes para compensar a venda de 24 ratinhos. Lamentável.
Acho que nossos políticos deveriam acordar, e negociar firmemente com os EUA sobre este embargos, visto que hoje eles peidam e nós dizemos AMÉM. Até quando iremos baixar a cabeça e nos privar de acordos tecnológicos benéficos para o Brasil nos mais amplos campos?
Não é segredo algum que nos privam de adquirir tecnologia de mísseis, e até quando o Brasil vai sustentar isto? Nem vou levar em conta a discussão sobre o acidente de nosso lançador de satélites, se realmente foi acidente ou não, porque não vem ao caso.
O Brasil deveria utilizar suas boas relações internacionais e aprofundar mais seus laços de pesquisa e comércio militar com diversos países, pois hoje muito se oferece lá fora que poderia ser utilizado para o Brasil.
Muitos falam do Irã, arrotando como verdades tudo que ouvem em fóruns internacionais, mas eles seriam um grande aliado no desenvolvimento de foguetes e mísseis para utilização em nosso programa espacial de satélites. Claro que seria o fim do mundo para os EUA, e a discussão seria grande. Mas então porque não buscar outros aliados nesta busca por troca tecnológica?
Somos autônomos em satélites, mas não temos lançadores, e quantos países querem esta troca no mundo...
Falta é vontade política e vergonha na cara.
Vamos nos abster de nosso desenvolvimento e pesquisas por conveniência dos EUA, até o dia que os EUA não sejam mais nossos "parceiros" e aí sim iremos conhecer a verdadeira face deles. Isso já aconteceu inúmeras vezes, e não pensem que não vai acontecer novamente.
A diferença nesse caso entre Venezuela e Brasil é que a primeira compra montado o produto e a democracia é frágil e no Brasil a gente montaEr e a democracia estabilizou, apesar de tentativas de falidas contrárias.
ResponderExcluirSempre fui um defensor das tecnologias russas, é lógico que os russos façam de tudo para defender sua tecnologia e vender bem caro aos seus possíveis clientes, ainda mais nesse momento em que sua economia se adapta cada vez melhor ao famigerado capitalismo.
ResponderExcluirMas se analisarmos mas de perto os países que desenvolveram sua industria de defesa a partir de tecnologias estrangeiras, a maioria partiu de uma base tecnológica russa.
Não que os russos cedam facilmente e de bom grado a sua tecnologia, mas na minha opinião por não estarem ainda adaptados a politica imperialista do capital acaba sendo mais fácil aprender com eles.
Já com ocidente é de praxe só ceder tecnologia quando ela já está superada e mesmo assim por somas consideráveis, um único país que me vem a mente agora que recebeu tecnologia de ponta americana foi Israel, mesmo os melhores aliados recebem tecnologia em caixas pretas e é comum o congresso americano vetar fornecimento de serviços até para velhas plataformas com mais de 30 anos como é o caso dos Turbo Trackers da marinha que estão parados a anos.
O ocidente tem por politica manter os nanicos no "seu lugar" impedir a qualquer custo que um emergente de hoje se torne no futuro um contestador de sua supremacia, o nosso lugar(Nos América Latina) na visão deles é como eternas republiquetas de bananas, e isso eles vem fazendo com sucesso a alguns séculos.
Os países que eram operadores de armas russos e que desenvolveram sua indústria bélica, o fizeram por decisão própria e sem a ajuda russa. É claro que existe uma exceção nesse exemplo, que é a Índia. Muitos pensam que o Irã e a China desenvolveram sua indústria bélica com a ajuda Russa, o que não é verdade.
ExcluirNão, não é mais fácil aprender com eles, pois eles não gostam de compartilhar sua tecnologia com países ocidentais que não são aliados deles.
Não, não... No Ocidente não é praxe ceder tecnologia militar somente quando ela esta superar. Veja as melhores armas europeias e americanas, por exemplo, tem no mundo inteiro operadores. Quem gosta de vender tecnologia superar são os russos, veja que eles só venderam o S-400 depois que o S-500 estiver desenvolvido. A Turquia queria muito comprar o S-400, cancelou até sua concorrência dos SAM porque os russos não quiseram vender.
Todas as tecnologias de ponta americanas que Israel tem, outros países tem. Não conheço uma super-arma americana que seja usada somente por Israel.
Outra coisa, tem armas que outros países compraram facilmente dos EUA e Israel não.
ExcluirQuando falo em ceder tecnologia não me refiro a comprar de prateleira nisso os ocidentais são mestres ex: As fragatas de projeto Espanhol e as de projeto Sul Coreano usam o sistema Aegis Americano totalmente produzido nos USA e apesar de décadas de fidelidade canina desses dois países eles não tem qualquer acesso a essa tecnologia chave.
ExcluirAqui no nosso quintal os Franceses só nos venderam a linha de produção do Caracal depois de substituí-los pelo NH90, a peso de ouro e transferindo tecnologia deles para eles mesmos. E os helicópteros que estão saindo da linha de produção Francesa estão apresentando defeitos que prejudicarão a imagem do modelo para as futuras vendas do Brasil.
Os Ingleses aliados carnais dos Americanos operam os Trident em seus SLBM a décadas e até agora não tiveram acesso a tecnologia desses mísseis.
Há uma infinidade de casos a citar mas eu ia me alongar muito, como eu já disse os russos também tentam proteger sua tecnologia de cópias mas parecem ter menos sucesso. Uma década depois de os Chineses incorporar em sua armada Destroiers Russos com sistemas anti aéreo naval S300 eles já desenvolveram um similar indigena, outro caso é seu helicóptero de ataque, uma empresa Russa admitiu que vendeu a China todo o projeto.
Quase todos os misseis Chineses tiveram por base Misseis Russos, e países que partiram do nada como a Índia e tem acesso a tecnologia ocidental preferem trabalhar com os Russos. Os Hindus dominam totalmente seus Mig, já não se pode dizer o mesmo de seu Caça indigena e seu motor Kaveri desenvolvidos com tecnologia ocidental e que só tem dado problemas.
Americanos e Europeus nos vendem produtos sabotados. Na guerra das Malvinas quase todos os misseis argentinos dessa procedência falharam. No Brasil os conversores de energia de origem Americana destinados ao satélite Cebers não funcionaram. Sabotagem é de praxe deles. Há boatos do envolvimento da CIA
na destruição de vários projetos de misseis Brasileiros, envolvendo até assassinato. E boias de espionagem eletrônica de origem Francesa foram encontradas no mar logo após a mais uma falha suspeita do VLS.
Esses e incontáveis outros motivos me faz ser um defensor do uso de tecnologia Russa.
Ja agora, a cópia chinesa do s-300 obviamente está longe das capacidades do original e os s-300 que eles venderam para la eram versões de exportação ja por si bem inferiores ao original russo, aliás qual foi o sistema que eles copiaram, as tantas foi até uma das primeiras versões do s-300, que ja é hoje obsoleta.
ExcluirNos anos 80 os Chineses copiaram dos russos o míssil anti navio Stix na época era de qualidade inferior ao original, partindo dessa base hoje os Chineses produzem misseis de igual desempenho ou em alguns casos até superior aos tipos Russos.
ExcluirOs primeiros misseis balísticos foram cópias perfeitas dos primeiros misseis russos, isso implica em ter acesso ao míssil em si(para praticar engenharia reversa) o projeto dele e de sua linha de produção. Acredita se que o prestigiado foguete Longa Marcha teve por base o SS-9 Russo. Será que nós Brasileiros alinhados que somos com o ocidente poderíamos sonhar em ter um velho Titan para servir de base para o nosso PEB?.
O Aegis Ballistic Missile Defense System é um sistema estratégico americano. Quem no mundo vende sistemas estratégicos? Ninguém! Os EUA fazem muito em compartilhar esse excelente sistema de defesa com seus aliados.
ExcluirEi, não culpe os franceses sem ter embasamento. O Brasil é quem estava de olho no EC 725 Caracal e não os franceses é que estavam interessados em vende-los. Esse helicóptero foi vendido para mais 5 países antes do Brasil. Não sei se você sabe, mas esse helicóptero é bem novo. O que você não sabe é que o EC725 é um projeto mais novo que o NH90. Sendo assim, você não pode afirmar o que afirmou. O Brasil não comprou a tecnologia do EC725, vai apenas montá-los.
Qual modelo de helicóptero francês que está saindo de produção e que apresenta defeito? Nenhum! A França hoje é a maior potência no que diz respeito a helicópteros.
Sobre o Trident, você sabe se os britânicos pediram a tecnologia desse ICBM? Outra coisa, pra querer a tecnologia do Trident, sendo que os EUA pagam toda a conta?
Não, a empresa russa Kamov não vendeu o projeto do WZ-10 para os chineses, ela foi contratada para isso, o que é diferente.
Todos os mísseis chineses são projetos de engenharia reversa. Não fale como se a Rússia ajudou os chineses a desenvolver mísseis que isso não é verdade.
A Índia prefere trabalhar com os russos? Não sei não. Eles compram muitas armas de Israel e estão comprando ultimamente armas americanos. Sabe por que eles preferem os russos? Porque a Rússia fez muitas concessões em tempos que nenhum outro país fazia. O que você não deve saber é que os EUA e seus aliados não vendiam armas para Índia por causa do seu programa nuclear.
Os indianos dominam seus MiGs? O que isso que dizer?
Você fala coisas que jamais existiram. Quem disse que o GTX-35VS Kaveri foi desenvolvido com tecnologia ocidental? O GTX-35VS Kaveri só apresenta problemas porque os indianos insistiram na ajuda russa. Depois que os indianos contrataram os franceses da SNECMA, o programa avançou muito bem.
Antes de falar das Malvinas, procure se inteirar da verdade. O míssil Exocet francês só é famoso por causa da Guerra das Malvinas, onde ele teve um desempenho formidável. Esse míssil causou danos irreparáveis no destroier inglês HMS Sheffield, afundou o navio mercante Atlantic Conveyor. Há evidências que um míssil deixou o porta-aviões HMS Invencible com grandes danos. Os mísseis só pararam de ter um efeito devastador depois que a Inglaterra exigiu os códigos dos mísseis para França, do contrário atacaria Buenos Aires com armas nucleares. A França a meu ver foi prudente.
Nenhum míssil chinês tem desempenho semelhante aos russos.
Será mesmo que atacariam com armas nucleares?
ExcluirA linha de produção do Caracal conforme contrato assinado com o Brasil e amplamente divulgado será fechada na França e transferida para o Brasil ficando a Helibras como unica responsável pela produção do helicóptero. No mesmo contrato ficou estipulado que um minimo de 50% da aeronave deve ser produzida no Brasil ficando a cargo da EADS a capacitação das empresas nacionais. O que fez o programa custar uma verdadeira fortuna e causar o protesto de muitos "entendidos do assunto".
ExcluirOs defeitos de projetos do EC725 estão em todos os sites especializados hoje mesmo a própia EADS divulgou uma matéria sob o assunto.
O Caracal é um projeto mais recente que o NH90 mais é baseado na Célula do Puma um projeto do inicio dos anos 70 enquanto o NH90 é um projeto totalmente novo. Apesar disso considero um ótimo negocio feito pelo Brasil com a melhor fabricante de Helicópteros do mundo.
Quanto ao fato de quanto um aliado deve ser recompensado pela sua fidelidade é uma questão de opinião e certamente não chegaremos a um consenso.
Na minha opinião um aliado deve ser tratado como um igual o que implica em dividir tudo que possa servir para o bem comum incluindo aí tecnologia, se ele não é tratado dessa maneira então não é um aliado mas sim um servo.
Quando falo dos misseis Argentinos me referi a todos os tipos que os hermanos utilizaram naquela guerra. Em vários combates os pilotos Argentinos engajaram e dispararam seus misseis primeiro somente para ver eles assumir uma atitude balística ou cair como tijolos perdendo a vantagem do combate e sendo derrubados por jatos de desempenho inferior que são os Harriers Ingleses, Não acredito na balela de que os pilotos Argentinos lançaram seus Misseis fora do Parâmetros dos misseis pois demonstraram sua capacidade nos combates posteriores.
No caso dos Exocet a França não só forneceu os códigos dos misseis de seu cliente ao inimigo como também não embarcou um lote Já pago de misseis e de Super Etendart que teria sem duvida nenhuma dado a vitória aos Argentinos.
Os Ingleses nunca usariam armas nucleares contra a Argentina porque seria uma resposta desproporcional a ameaça e que causaria uma crise mundial naquele contesto da época. se um suposto aliado detruisse um país latino americano quem se sentiria seguro? em pouco tempo bases da URSS brotariam por todo o continente.
Por isso não considero americanos e europeus aliados confiáveis para os latino americanos,mas isso é somente minha opinião e ninguém é obrigado a concordar.
Pelo que sei o kaveri foi principalmente desenvolvido pelos próprio indianos, inicialmente com o minimo de ajuda de outros paises, eu vi que os russos só ajudaram em testes do míssil, porque os indianos não tinham instalações capazes para tal na altura. Depois com os problemas que eles estavam a ter contrataram a SNECMA. Eles fizeram o motor baseado no americano f-414 e tem um sistema muito parecido com esse motor e os motores europeus. De resto nao vi nada sobre eles terem ajuda russa técnica além dos testes.
ExcluirSerá não, eles (os britânicos) iriam atacar a Argentina com armas nucleares:
Excluirhttp://www.guardian.co.uk/world/2005/nov/22/books.france
E ficaria "por isso mesmo" um ataque nuclear contra uma capital populosa como Buenos Aires? Seria crime de guerra isso, olha a quantidade de civis que morreriam... É, o mundo não perdeu nada com a morte dessa mulher.
ExcluirEu desconheço essa informação de que a Eurocopter irá deixar de fabricar o EC725. Aliás, isso não tem fundamento algum por três motivos: O EC725 é uma aeronave nova; Isso faria os empregos na França diminuírem; E por fim, isso prejudicaria a logística dessa aeronave, principalmente para a França. Ademais, a Helibras não teria condições de atender os pedidos como a Eurocopter faz.
ExcluirVocê está equivocadíssimo. O governo exigiu que o EC725 tivesse grande parte de componentes brasileiros e que fossem montados aqui, somente isso. Isso foi uma exigência para compramos o EC725.
Realmente, a compra do EC725 foi muito cara, mas será justamente essa compra que irá permitir o Brasil projetar helicópteros militares. O custo dessa aquisição também tem a ver com as ampliações da Helibras.
Eu nunca ouvi falar que o EC725 tivesse defeitos e olha que eu leio os melhores sites de aviação do mundo. Até hoje eu soube de apenas um problema do EC725, problemas essas que foram encontrados nos dois EC725 da Força Aérea da Tailândia. E acabei de ir no site da EADS e não tem nenhuma noticia ou artigo sobre os problemas do EC725.
O fato de um helicóptero como o EC725 ter aproveitado a experiência e as coisas boas do AS 532, não lhe dão argumento para chama-lo de obsoleto ou coisa semelhante. O PAK-FA T-50 aproveitou a experiência da família Su-27 enquanto o F-22 é um caça totalmente novo, mas sabe-se que hoje que o PAK-FA será o caça mais poderoso de todos os tempos. O gozado é que o NH90 é um projeto muito novo se analisarmos pelo seu prisma, mas ele sim, teve problemas seríssimos. O NH90 nunca participou de uma guerra, entrou em operação depois do EC725 e já tem uma aeronave perdida. O EC725 não. (http://www.youtube.com/watch?v=bsnH2OzNPzo).
Analisar a guerra aérea na Guerra das Malvinas jamais poderia ser feito de uma forma tão sucinta. Pra começo de conversa, quem disse pra você que O Sea Harrier tinha desempenho inferior ao Mirage III e ao IAI Nesher? O fato dos caças argentinos serem mais rápidos tão somente não lhe da argumentos para você afirmar que o Sea Harrier era inferior. O Sea Harrier era mais manobrável e isso contava muito no dogfight. Outra coisa, estávamos falando de um país que é conhecido pela excelência do seus pilotos. O armamento argentino era bom e não tinha problema algum antes dos franceses repassarem seus códigos.
Não vou entrar no mérito da fidelidade da França.
Bases soviéticas na América do Sul naquela época? Duvido.
Tenho de parabeniza-lo pelo contra ponto tão bem exposto..Sds.
ResponderExcluirCaro Daniel, se o que dissertou acima sobre espionagens e fatos que prejudicam nossa Pátria for verdade, redobro o que penso dos EUA e sua patota. Não passam de um bando .... (que cada um os qualifique da maneira quiser) e ainda fico com a máxima do Mahatma Gandhi: Lamento que não consegui passar ao povo indiano A Folisofia Nacionalista (isso ele aprendeu qdo estudou Direito em Londres). Lamento da mesma forma em relação ao BRASIL, basta ver o carnaval noticiário que a globo fez em relação ao acontecido em Boston. Será que tantas horas de satélite valeram apena? Ou será mais uma das lavagens cerebrais que nós são impostas pelo capital americano/judaico de imprensa? Infelizmente a plebe daqui é ignara e não sabem o que representa o BRASIL sob todos os aspectos. Salve-nos Ismael!
ResponderExcluirAmigo concordo contigo. A Rede Globo fez um verdadeiro carnaval sobre atentando em Boston . Uma semana de cobertura, 24h por dia. A globo vem trazendo o problema dos EUA sistematicamente para o Brasil. Parece lavagem cerebral. Começam apontar heróis ali, aqui..
ResponderExcluirEm vez da Rede globo mostrar coisas interessantes sobre brasil, vive se preocupando em trazer problemas dos EUA até nós.
Edson Rezende
Um único ataque de drone americano no Paquistão ou na Africa na suposta guerra ao terror Faz mais vitimas que esse atentado.
ResponderExcluirAlguém já viu a globo noticiar uma linha sequer sobre isso?.
Eu já, por diversas vezes.
ExcluirCaro Michel
ExcluirHá uma semana antes do ocorrido em Boston, aviões dos EUA fantasiados de OTAN mataram 9 (nove) crianças AFGÃS em uma casa e no entanto a globo não fez estardalhaço tanto qto a crianças que faleceu em Boston. Essa tem sido a balada do GAFE (globo-abril-folha-estadão). Sem recalques ou ódios, mas não está hora dessa imprensinha daqui pensar que: "O mundo é para todos e DEUS também é para todos". O que parece é que os EUA querem ser Heróis do Mundo e não terem INIMIGOS. Não dá né!
O BRASIL ACORDOU!!!! A presidenta Dilma Rousseff não é burra, bateu de frente com os americanos na ONU, vale lembrar que antes de tudo, ela buscou apoio com os russos, sendo apoiada incondicionalmente. Em contrapardida, o Brasil deve se unir-se ainda mais com os russos, retribuindo tal apoio, cancelando o projeto FX2 da FAB e comprando caças PAK FA T-50 ou SUKHOI 35 com tranferencia irrestrita de tecnologia, que são muito superiores aos F-18 da Boeng (lixo americano). A Marinha do Brasil já possui a tecnologia para desenvolvimento de submarinos nucleares (tecnologia comprada da França), O Exército Brasileiro comprou recentemente baterias antiaérea PANTSIR S-1 de médio alcance com transferencia irrestrita de tecnologia da Russia e futuramente comprará baterias de longo alcance, também com transferencia irrestrita de tecnologia , só nos falta mesmo a compra dos jatos caças. Não sou petista, mas a presidenta está corretissíma e terá o apoio do povo brasileiro.
ResponderExcluirAlgumas considerações:
ExcluirO caça americano não lixo; O nosso submarino tem tecnologia nacional, a França apenas nos ajuda na construção do casco; O único país que falou em transferência de tecnologia irrestrita foi a França.
Correção:O Brasil iria vender paa a Venezuela o A-29 super tucano e não o AMX, O Amx é um avião desenvolvido pelo Brasil e Itália e nunca foi cogitado sua venda para a Venezuela.
ResponderExcluirMichel Medeiros, me tire a seguinte dúvida, a França não seria o parceiro mais confiável ao Brasil uma vez que a mesma repassou sua tecnologia da produção de submarino nucleares ao nós?
ResponderExcluirEu penso que sim, mas só um detalhe: A França não transferiu tecnologia de submarino nuclear algum, apenas repassou seu know-how na fabricação de cascos ultra residentes.
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