Nicolás Maduro |
O governo dos EUA está disposto a favorecer uma transição pacífica para um novo comando na Venezuela e deseja iniciar o quanto antes um diálogo com as próximas autoridades, mas não renunciará à defesa dos princípios democráticos nem, na realidade, confia em uma rápida normalização das relações com esse país depois da morte de Hugo Chávez.
Pelo contrário. Em Washington, segundo altos funcionários, teme-se inclusive um agravamento temporário das relações enquanto se resolve definitivamente a disputa pelo poder em Caracas. Nenhum dos que aspiram a tomar a tocha deixada por Chávez poderia se permitir agora sinais de reconciliação com os EUA sem ser acusado de traidor da herança do caudilho desaparecido.
A prova mais recente disso foi a intervenção do vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, poucas horas antes do anúncio da morte de Chávez, na qual informou a expulsão de dois conselheiros militares da embaixada americana em Caracas, supostamente envolvidos em um complô que teria provocado a doença do presidente.
Essa acusação do vice-presidente Maduro foi qualificada por um alto funcionário do Departamento de Estado como "parte da campanha eleitoral em curso na Venezuela". Maduro deu esse passo para demonstrar sua autoridade diante de seus concorrentes pelo trono de Chávez, o que, do ponto de vista de Washington, não permite ser muito otimista sobre um rápido acerto das disputas entre os dois países.
Os EUA tentaram no passado aproximações sem sucesso com Maduro, supondo que ele seria o homem do futuro na Venezuela. Em novembro passado, membros do governo Obama tiveram conversas telefônicas com ele na esperança de poder concretizar um encontro. Mas essas conversas jamais deram resultados precisos e foram bruscamente interrompidas pelas declarações do vice-presidente na terça-feira (5).
O governo americano, entretanto, pensa em insistir na política que seguiu nos últimos anos, de evitar o confronto direto com o regime venezuelano e buscar os possíveis pontos de concordância. "Continuamos aspirando a uma relação mais produtiva e funcional", declarou na quarta-feira um alto funcionário americano. "Acreditamos que existem interesses comuns, como o do combate ao narcotráfico, em que poderíamos cooperar."
Nessa linha, a mesma fonte acrescentou que os EUA enviarão uma delegação oficial para o funeral de Chávez, mas o nível dessa delegação ainda será decidido pela Casa Branca.
Isso não significa que os EUA vão renunciar a "levantar a voz pela democracia cada vez que o considerarem necessário", disse o funcionário citado. A primeira exigência neste momento é a realização de eleições livres e abertas, de preferência com a participação de observadores internacionais.
Nesse sentido, causou certo alarme aqui o fato de o ministro da Defesa venezuelano, almirante Diego Molero, ter expressado através da rede social Twitter seu apoio à candidatura presidencial de Maduro. "Se os militares entrarem na campanha a favor de um candidato, obviamente é motivo de preocupação", afirmou a mesma fonte.
Os EUA se preparam para um tempo de incerteza na Venezuela. E o fazem de uma posição relativamente cômoda: sem interferir diretamente, para evitar acusações de intervencionismo, e garantindo seus interesses principais na região, que não parecem atualmente ameaçados pela crise na Venezuela.
Quanto à segurança dos cidadãos americanos nesse país, o governo informou na quarta-feira que, apesar de ter tomado precauções, não existem ameaças nem riscos particulares nestes dias.
No que diz respeito à agenda política dos EUA na América Latina, a promoção do comércio e do desenvolvimento econômico e o estreitamento dos laços políticos com certos países tampouco parece condicionada pelos acontecimentos na Venezuela.
Outro âmbito de preocupação americana sobre esse país, o do petróleo, se vê igualmente em condições de certa estabilidade, mas o agravamento da situação política poderia acelerar a deterioração atual da indústria.
Em termos gerais, portanto, a atitude dos EUA depois da morte de Hugo Chávez é de espera prudente, atentos à oportunidade que se abre, mas conscientes das dificuldades que poderão surgir à frente.
Caracas, supostamente envolvidos em um complô que teria provocado a doença do presidente.
ResponderExcluirTudo e possivel . nao me asusta agora os Yankes se preucuparem com o vice ,nao vai ser tao facil envenenar ele como fizerao com o Chavez.
.
Os EUA tentaram no passado aproximações sem sucesso com Maduro, supondo que ele seria o homem do futuro na Venezuela. Em novembro passado, membros do governo Obama tiveram conversas telefônicas com ele na esperança de poder concretizar um encontro. Mas essas conversas jamais deram resultados precisos e foram bruscamente interrompidas pelas declarações do vice-presidente na terça-feira (5).
.
Esperanca de ter a Colonia de volta frustrada. : )
.
produtiva e funcional", declarou na quarta-feira um alto funcionário americano. "Acreditamos que existem interesses comuns, como o do combate ao narcotráfico, em que poderíamos cooperar."
.
So isso eo Petroleo nao tem interesse nao ne? : )
.
Nessa linha, a mesma fonte acrescentou que os EUA enviarão uma delegação oficial para o funeral de Chávez, mas o nível dessa delegação ainda será decidido pela Casa Branca.
.
Depois de tudo : )
.
A primeira exigência neste momento é a realização de eleições livres e abertas, de preferência com a participação de observadores internacionais.
Manipulada em favor dos interesses da Metropole ne ? certinho : )
.
Os EUA se preparam para um tempo de incerteza na Venezuela. E o fazem de uma posição relativamente cômoda: sem interferir diretamente, para evitar acusações de intervencionismo,
.
verdade os ex colonos nao tao afimde ser colonia de novo
.
Outro âmbito de preocupação americana sobre esse país, o do petróleo,
Conserteza a principal preucupacao : )
.
portunidade que se abre, mas conscientes das dificuldades que poderão surgir à frente.
a incerteza de ter a ex colonia de volta e dura : )
Cara, seu comentário é um lixo completo !
ResponderExcluirCom certeza você é um alienado completo !
Os EUA não precisarão mais do petróleo de outros países em um futuro não muito distante ao contrario irão exportar para a Europa.
Se o povo da Venezuela quer continuar chafurdando na pobreza que continuem apoiando esse regime que prima pela ineficiência em todos os níveis.
Se quiser comentar aqui, respeite a opinião alheia. Lixo é quem ofende as pessoas de forma gratuita.
Excluir