segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Le Monde: França desenvolve o reator mais potente do planeta
Mais potente, mais seguro, mais caro. Em gestação desde o início dos anos 1990, o EPR (European Pressurized Reactor) é uma versão melhorada dos reatores de água pressurizada (PWR, sigla em inglês) de segunda geração que compõem o parque nuclear francês.
Concebido após o acidente de Chernobyl (1986), ele tem como principal trunfo sua melhor resistência a uma fusão do núcleo do reator – situação mais temida pelas operadoras, que ocorreu nos reatores de água fervente da usina de Fukushima-I no Japão, em março de 2011.
Assim, se o núcleo de um EPR vier a fundir, o corium – as centenas de toneladas de um magma muito radioativo, originado da fusão do núcleo – teoricamente poderia ser contido em uma "área de espalhamento" onde ele seria resfriado e contido. Além disso, o EPR dispõe de quatro circuitos de resfriamento autônomos, situados em compartimentos distintos e dispostos em torno do compartimento-reator. Cada um desses sistemas de resfriamento, cruciais em casos de fusão do núcleo, é concebido para conseguir funcionar de forma independente, inclusive em caso de corte de energia elétrica.
"Falta de rigor"
Outro ponto forte do novo reator: o confinamento das piscinas de resfriamento dos combustíveis usados. Em Fukushima, elas ficavam situadas nas partes superiores e não impermeáveis dos compartimentos-reatores. E foi o aquecimento das barras de combustível velho ali entrepostas que provocou a difusão de partículas radioativas na atmosfera.
Além desses avanços, a EDF e a Areva também estão apresentando desempenhos melhores. Com 1.60 megawatts, o EPR será o mais potente reator em serviço no mundo, tendo ainda um rendimento energético 17% maior que os rendimentos atuais, menos efluentes e resíduos radioativos …
Mas entre as melhorias teóricas e sua realização, parece haver alguma distância. Em 2008, a Autoridade de Segurança Nuclear (ASN) havia denunciado "uma falta de rigor da operadora sobre as atividades de construção, dificuldades na supervisão dos prestadores de serviços e falhas em matéria de organização", determinou que a EDF suspendesse certas obras "após diversas lacunas constatadas na ferragem ou na concretagem dos radiers [lajes] que constituem a ilhota nuclear".
No ano seguinte, as autoridades de segurança da França, da Finlândia e do Reino Unido pediram por "uma melhoria na concepção inicial" do reator em razão de uma autonomia insuficiente dos sistemas de controle... Pouco depois do acidente de Fukushima, André-Claude Lacoste, presidente da ASN, declarou: "Se a questão de uma moratória [sobre o EPR] for levantada, e nós a estamos levantando, será sobre a construção de Flamanville".
".. Mais potente, mais seguro, mais caro. Em gestação desde o início dos anos 1990, o EPR (European Pressurized Reactor) é uma versão melhorada dos reatores de água pressurizada (PWR, sigla em inglês) de segunda geração que compõem o parque nuclear francês."=== O problema é ele ser + caro....espero q isso ñ sirva p deixar-mos de usar essa tecnológia.Afinal. teremos de usar a energia nuclear, e seus resíduos ainda serão bem utilizados...questão de tempo. Td de bom p td,e q em 2013 fikemos milionarios em td.Sds.
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