A presidente Dilma Rousseff recebe o presidente eleito do México, Enrique Peña Nieto, para uma reunião no Palácio do Planalto, em Brasília |
O presidente do "El País", Juan Luis Cebrián, definiu como o principal desafio para a modernização da América Latina "encontrar seu próprio protagonismo na globalização", começando por compreender a força de sua comunidade cultural e de um idioma como o espanhol, que é "uma arma de construção maciça", em um debate sobre os novos desafios do continente realizado na semana passada na Feira Internacional do Livro de Guadalajara. O colóquio, moderado pelo diretor de "El País" Javier Moreno, contou com a participação de Enrique V. Iglesias, secretário-geral ibero-americano, e dos historiadores Enrique Krauze e Rafael Rojas.
Moreno abriu o colóquio perguntando se, depois dos últimos anos de extensão da democracia e crescimento e estabilidade econômica na América Latina, já se pode falar em um processo consolidado, ou não. Iglesias explicou a atmosfera de otimismo que percorre a região por três fatores: boa gestão da macroeconomia na maioria dos países, a demanda internacional por matérias-primas, começando pela China, e o aumento do investimento externo.
Cebrián fez notar que a América Latina deve avançar muito ainda na integração regional para "exercer um papel na globalização". "Poucas regiões têm no G20, que é o mais parecido com um governo mundial, três países como México, Brasil e Argentina. No entanto, os três nunca se reuniram antes para levar uma posição comum a uma cúpula do G20", afirmou.
Krauze e Rojas, por sua vez, defenderam que a América Latina, depois de décadas de frustrações e fracassos, parece finalmente cumprir a "promessa" que já foi. O autor de "Biografia do Poder" deu como exemplo o Peru, cujo dinamismo econômico atual contrasta com o país "ensimesmado, pobre, ainda ferido pela conquista", como era há 20 anos. Rojas, de origem cubana, enfatizou que o crescimento demográfico havia sido chave para a decolagem da região - "atualmente somos 577 milhões, e mais de 600 se somarmos os hispânicos dos EUA" - para salientar que a desigualdade continua sendo uma praga: "Há 167 milhões de pobres, 29% da população, enquanto os 15% mais ricos recebem 40% da renda da região". Todos os participantes concordaram sobre a necessidade de que se adotem reformas fiscais.
De boas idéias o inferno está cheio, se é necessário dividir + o bolo da riqueza , q o façam, e logo.Assim teremos menos 29% na probreza na AS/Ac.É p Ontem.sds.
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