segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Congresso Americano se queixa do FBI após queda de chefe da CIA


Para legisladores, polícia deveria avisá-los sobre caso que derrubou o general Petraeus

Funcionária pública é apontada como alvo dos e-mails da amante do general que deram origem a investigação

General David Petraeus
Congressistas dos EUA reclamaram do FBI (polícia federal do país) por não ter informado o Legislativo do relacionamento extraconjugal do general David Petraeus, diretor da CIA (agência de inteligência americana). Petraeus renunciou ao cargo na sexta-feira, após admitir um romance fora do casamento.

A democrata Dianne Feinstein, que preside a Comissão de Inteligência do Senado, disse que a notícia sobre o "affair" de Petraeus "caiu como um raio" e afirmou não entender por que o FBI não avisou a comissão assim que o nome do general emergiu durante as investigações.

Para o deputado republicano Peter King, a conduta do governo deve ser analisada. Segundo ele, é estranho que o escândalo só tenha vindo à tona depois da reeleição do presidente Barack Obama, em 6 de novembro.

"Obviamente, era um assunto com potencial para comprometer a segurança do país. O presidente deveria ter anunciado o quanto antes."

TERCEIRA MULHER
O pivô da renúncia do general é a biógrafa Paula Broadwell, 40, apontada como amante. Broadwell escreveu um livro elogioso sobre Petraeus, lançado no início deste ano nos EUA. Para esse trabalho, passou meses ao lado do general no Afeganistão.

O FBI descobriu o envolvimento da biógrafa com o general depois de descobrir e-mails enviados por ela a uma terceira mulher -identificada ontem pela mídia dos EUA como Jill Kelley, 37, de Tampa (Flórida), funcionária do Departamento de Estado.

Em um comunicado assinado por Kelley e seu marido, Scott, o casal disse ter amizade com Petraeus há mais de cinco anos e pediu que a privacidade de sua família, assim como a do general, fossem respeitadas.

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