quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Rússia construirá os primeiros helicópteros Ka-52K para os 'Mistral' em 2013

Ka-52 alça vôo do porta-helicópteros francês L9013 Mistral durante exercício naval franco-russo no ano passado

A Rússia construirá em 2013 os primeiros helicópteros embarcados Ka-52K para seus porta-helicópteros da classe Mistral, declarou no último dia 29 de outubro o chefe de desenho da empresa aeronáutica Kamov, Sergei Mikheev.

“Os primeiros Ka-52K aparecerão em 2013. Quando for entregue o  primeiro Mistral, em 2014, nossa empresa poderá montar a quantidade de helicópteros necessários”, disse Mikheev.

Mikheev disse que um Mistral pode abrigar até 16 helicópteros.

Os primeiros navios da classe Mistral, que estão sendo construídos na França para a Rússia serão entregues à Frota Russa do Pacifico entre 2014 e 2015.


O Ka-52 está armado com um canhão automático de 30mm Shipunov 2A42, mísseis guiados a laser Vikhr (Tufão), vários tipos de foguetes, incluindo os S-24.

O Ka-52 é uma modificação do Ka-50 Hokum. O desenvolvimento do Ka-52 começou em 1994 na Rússia, mas a sua produção em série só veio em 2008.

O helicóptero é equipado com dois radares: Um para varrer o solo e outro para varrer os céus. Além disso, o helicóptero conta com um moderno sistema de mira térmica, que permite engajar alvos tanto de dia, como de noite.

A Rússia negocia junto com a França a compra de pelo menos um porta-helicópteros da classe Mistral e planeja construir outros três na Rússia com a ajuda do estaleiro francês DCNS.

O Mistral é capaz de transportar 16 helicópteros, 4 hovercraft, mais de 70 veículos blindados, incluindo 13 tanques de batalha e 450 pessoas.

Muitos militares russos e analistas da indústria questionam o sentido financeiro e militar da comprar. Alguns crêem que a Rússia simplesmente deseja ter acesso à tecnologia avançada ocidental, de um país membro da OTAN. Segundo esses, a Rússia poderia tirar vantagem dessa tecnologia em um futuro conflito com a OTAN e seus aliados.

Em abriu, o chefe do Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar, Mikhail Dmitriev, disse que o acordo seria assinado antes do final do ano.

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