terça-feira, 9 de outubro de 2012

Olho em Putin


Líder russo usa força econômica e militar para interferir na política de países ligados à antiga URSS e criar novo bloco

Putin
Na Geórgia, e em seguida na Ucrânia e Lituânia, as eleições parlamentares no Leste da Europa revelam como é frágil a democracia e a soberania em países outrora na esfera de influência de Moscou na era soviética. Entre as grandes prioridades que o presidente russo, Vladimir Putin, estabeleceu para o seu terceiro mandato presidencial está a reintegração das ex-repúblicas soviéticas, com base em vínculos econômicos mais fortes e, por fim, um pacto político e de segurança em torno da Rússia. Moscou pretende criar uma nova União Eurasiana que manteria o equilíbrio com a União Europeia a oeste e a China a leste.

As ligações econômicas criarão aparentemente elos políticos e de segurança mais estreitos, o que deverá tornar menos provável que os vizinhos da Rússia formem alianças políticas e militares alternativas. Essa estratégia se reflete numa política mais assertiva com relação a antigos Estados satélites mais vulneráveis da Ásia Central e Europa centro-oriental.

A Geórgia enfrentou um importante teste político na votação parlamentar da semana passada. Partidários do governo sustentam que o bilionário ganhador da eleição, Bidzina Ivanishvili, vem arquitetando várias provocações para corroer a emergente democracia da Geórgia. Segundo eles, Ivanishvili, que enriqueceu na Rússia, atendeu aos interesses do Kremlin ao criar a coalizão Sonho Georgiano. Uma grande agitação na Geórgia poderia precipitar uma nova intervenção militar russa com o pretexto de restaurar a lei e a ordem, instalando um governo mais amigo em Tbilisi, a capital.

Na Ucrânia, as eleições parlamentares do dia 28 também podem culminar em protestos caso violações flagrantes sejam detectadas pelos monitores eleitorais e por partidários da líder da oposição presa, Yulia Tymoshenko. A Rússia deseja ter mais influência sobre Kiev e estaria mais certa disso com um governo autoritário boicotado pelo Ocidente. Em escrutínios anteriores, os eleitores da região central e ocidental da Ucrânia votaram, na maior parte, em partidos com políticas reformistas e mais ocidentais, ao passo que os das regiões sul e leste do país preferiram candidatos mais conservadores e favoráveis à Rússia.

Se o partido liderado pelo presidente Viktor Yanukovich for visto como um bloco que pretende estabelecer um monopólio político, reverter as reformas democráticas e fraudar as eleições parlamentares, então a próxima revolução pode não ser tão pacífica como a Laranja, de novembro de 2004.

Ao contrário da Geórgia e da Ucrânia, a Lituânia é uma democracia consolidada, tendo aderido à União Europeia e à Otan. A soberania das três repúblicas bálticas ainda é contestada por Moscou. Lituânia, Letônia e Estônia estão à frente de campanhas para promover a adesão de Ucrânia e Geórgia à Otan. Moscou se opõe a isso e as eleições nas repúblicas bálticas constituem uma possibilidade para o Kremlin debilitar os partidos políticos que se opõem a suas ambições.

A Lituânia realizará eleições parlamentes nos dias 14 e 28. O governo de centro-direita é desafiado pelo Partido Trabalhista, que os eleitores russos, minoria, devem apoiar. Contratos comerciais lucrativos, doações para campanhas políticas e a compra de agências de mídia teriam permitido a Moscou convencer políticos a apoiar seus interesses, o que culminou com o impeachment do presidente Rolandas Paksas em abril de 2004, acusado de passar informações sigilosas para empresários russos que teriam vínculos com o serviço secreto de Moscou. Na Letônia, nas eleições de setembro de 2011 o Kremlin apoiou o Partido da Harmonia, de etnia russa, calculando que, se o partido entrasse no governo, poderia fazer com que as decisões políticas favorecessem Moscou.

Cada ciclo eleitoral oferece a Moscou uma nova oportunidade para perseguir suas ambições regionais. Pelo bem da manutenção da independência regional e da democracia nesses países, esperamos que eles consigam resistir a essas ambições.

3 comentários:

  1. Ele ta mais e Certo (Putim), Por tras da Democracia da Ilusao da Europa , e EUA , ta as Ambicoes dos mesmo. contra o Imperio Russo.Nao foi a toa que os EUA gastarao Frustradamente Milhoes de dolares pra que o Putim perdesse nessa ultima Eleicao.
    Agora e Hora dele da o troco nas Ambicoes de Londres ,washington. Bruxelas (Otan ) pra infelicidade dos mesmos , melhor agora que o bundao do presidente da Georgia infraqueceu , um baba ovo de carterinha de washington

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  2. Os EUA/iSSrael/OTAN usam O QUE? para manter o cabresto em todas as democracias do OM=Arábia Maldita=Catar=Omã=EAU=Bahrein ... A. Latrina: Chile=Colômbia(essa coitada Ñ TEM MAIS EXÉRCITO, o comando é EUA/iSSrael); A Central: Honduras, hein! (agora temos 2 Honduras: Honduras Britânicas e a nova HONDURAS AMERICANAS. Ñ sei como ñ mataram o ZELAYA); destruiram a ex-Líbia (foi uma chuva de rosas q jogaram lá); Iraq ñ esqueci de vcs; Afg. é a bola da vez; drones no Paquistão é q ñ faltam; a União Européia obrigaram a Lituânia a fechar a maior usina termo-nuclear da europa-igual a de Chernobyl q foi reformada pela Rússia e q produzia 1800 MW, pois é agora são obrigados a comprarem o gás da Rússia. Bom! os EUA/iSSrael/OTAN são todos Santos, quem ñ prestam: Rússia/China/Cuba/o valente IRÃ/C do Norte/Síria/Myanmar/Sudão/Venezuela/Bolívia/Equador ... esses sim é q estão arrastando o mundo para uma guerra atômica e destruição total, Ñ É iSSrael?

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  3. O fim do texto diz: Pelo bem da manutenção da independência regional e da democracia (??????) nesses países, esperamos que eles consigam resistir. Que independência por acaso regional existe na tão falada democracia ainda por cima europeia? Democracia, sim grande democracia imagina, o Michel pega cada texto ridículo de manipulação pra povão e posta aqui está fora do mapa, o Michel não ve que passa vergonha com esses textos de retórica pra povão ignorante q ele repassa da mídia ocidental, principalmente europeia. Segundo lugar que domínio é esse tão grande que Moscou exerce sobre seus aliados, se um dos principais aliados o presidente da Bielorrússia era aliado do presidente da Georgia que foi derrotado recentemente, o presidente do Cazaquistão tem ótimas relações com o ocidente, que influência é essa toda do Kremlin? Ai agora vai comparar a influência de EUA e Reino Unido sobre a Europa, a UE não compra nem mais chiclete do Irã se o Irã vender, na boa Michel vai pegar esses textozinhos de merda e empurrar em cima de falsos intelectuais q tem orgulho de serem manipulados, um texto desse não serve nem para limpar á bunda.


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